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quinta-feira, agosto 22, 2024

O coach venceu, agora só se fala no coach! Como aloprar a política com a comunicação indireta



O coach venceu! Agora só se fala no candidato coach à prefeitura de São Paulo, condenado por crimes de fraudes bancárias e suspeitas de conexões com o crime organizado. Mas tais denúncias parecem dar ainda mais luz própria a Pablo Marçal. As imagens nos bastidores pós-debate na TV Bandeirantes, cercado por câmeras, microfones e celulares de repórteres dão a dimensão do processo de normalização de mais uma metástase que promete destruir a política de dentro para fora. Ele é a confirmação prática de uma profecia que Paulo Virilio fez em 1995 para o século que viria: o ciberespaço vai destruir a democracia através do tempo real e interatividade digital. Marçal está sintonizado com o zeitgeist: a maneira como a técnica de comunicação indireta alt-right ganha força com os fenômenos do dilema midiático, lavajatismo, o “efeito Padre Kelmon”, alopragem política e a necessidade midiática da demonstração de que “as instituições estão funcionando”. 

terça-feira, agosto 06, 2024

Jamais chegaríamos na Lua sem a força da ficção em 'Como Vender a Lua'


Do quê é preciso para pousar na Lua? Certamente uma equipe de brilhantes cientistas de foguetes, obstinados geeks programadores de computadores e um experiente chefe do controle da missão que foi piloto da Força Aérea. Mas, de que adianta tudo isso se a NASA não conseguir vender o pouso na Lua para financiadores e opinião pública? De que adianta um pouso real na Lua se o evento não render imagens inspiradoras e com suspense hollywoodiano? Então, mais do que cientistas e geeks, é preciso um diretor de vídeos publicitários e uma relações públicas. Esse é o tema do filme “Como Vender a Lua” (Fly Me to the Moon, 2024). Calma! O filme não sugere que o pouso foi uma farsa. Mas de como a América entrou na era do artifício no qual a simulação e o entretenimento passaram a ser forças dominantes em todos os setores da sociedade. 

sexta-feira, março 01, 2024

Esquerda descobre que militares fazem operações psicológicas... mas confunde com propaganda


Somente assim a esquerda iria descobrir. A investigação da PF sobre os atos anti-democrátios acabou resvalando na existência do Batalhão de Operações Psicológicas do Exército. Freak out! Para quê serve? Qual a utilidade de uma unidade desse tipo de operação em tempo de paz? Para usar o próprio povo como alvo? O que poderia ser um vislumbre de esperança de a esquerda entender a radicalidade de uma operação psicológica por trás de um golpe militar híbrido, resultou em apenas mais do mesmo: achar que a Op. Psic. é apenas mais uma mera forma de propaganda. Só que mais “ameaçadora” ou “subliminar”. Se não entendermos a natureza completamente oposta da Propaganda e de uma Operação Psicológica militar continuaremos limitados a um estreito horizonte teórico. Prisioneiros de uma agenda de blefes como não-acontecimentos, pseudo-eventos, eventos-encenação etc. que agendam a política brasileira com fantasmas e chantagens.

sexta-feira, dezembro 01, 2023

A esquerda também precisa de loucos


A esquerda precisa de loucos! Este humilde blogueiro não está se referindo à opção existencial de ser esquerdista ou mesmo professor – que, sabemos, exige uma grande dose de loucura. O que este “Cinegnose” se refere é a recorrência de personagens caricaturais e canastrões promovidos pelas estratégias semióticas alt-right: Trump, Milei, Bolsonaro, Zelensky et caterva. São loucos, mas com método: o marketing político storytelling. Eles performam personagens arquetípicos (para ocultar suas verdadeiras agendas) que viram bombas semióticas – a única coisa que fura as bolhas digitais que flutuam no mar do “contínuo midiático atmosférico”, a transmutação atual da velha esfera pública. Não vivemos mais na “sociedade do espetáculo”, mas na “media life”: o que chamamos de “realidade” é aquilo que mais se assemelha às imagens e narrativas ficcionais. Por que a esquerda não faz o mesmo? Por que não fazer a extrema direita sentir o gosto do próprio veneno? Criar seus próprios Mileis, Bolsonaros e Zelenskys? Criar seus próprios loucos, mas com sinais trocados.

sexta-feira, outubro 13, 2023

Guerra Israel X Hamas: Netflix, guerra híbrida e a invenção do terrorismo islâmico



Como um típico evento terrorista do século XXI (cujo ato inaugural foi o 11 de setembro), os ataques do Hamas contra Israel mais uma vez suscitam as recorrentes questões: timming e “cui bono” (quem ganha?). Criando dúvidas justificadas: a construção do Hamas como o inimigo íntimo de Israel e a invenção do terrorismo religioso pelo atlanticismo e a doutrina dos falcões da guerra neocons dos EUA. False Flag? Inside job? Quando os acontecimentos perdem o fatalismo histórico para entrarem no campo das simulações (não-acontecimentos, pseudo-eventos etc.), precisam do efeito do real da ficção. E a Netflix torna-se a ferramenta híbrida para apagar os limites entre ficção e realidade. Tanto na guerra híbrida brasileira com as séries “House of Cards” e “O Mecanismo”; na Ucrânia, com a série “O Servo do Povo”; e agora com a série “Fauda”, o “Tropa de Elite” de Israel. 

sábado, outubro 07, 2023

'Na Mira do Júri': da canastrice da percepção ao fim do reality show



Reality shows e dramas sobre tribunais do júri são duas fixações da TV dos EUA. E elas se encontram na minissérie Prime Vídeo “Na Mira do Júri” (Jury Duty, 2023). Aqui acompanhamos um mix entre o mockumentary e o “media Prank” (“pegadinhas”): um voluntário se inscreve num suposto reality show sobre os bastidores de um tribunal do júri em um condado de Los Angeles. Mas o que ele não sabe é que ele é o alvo do experimento – todos ao redor, dos membros do júri ao juiz, réu e advogados, são atores profissionais. A minissérie lembra a condição de Jim Carey em “Show de Truman”. Porém, com duas diferenças fundamentais: aqui, o protagonista não nasceu no reality show. Por que então ele não percebeu a artificialidade do evento? A condição pós-moderna da “canastrice da percepção” está por trás. E se “Show de Truman” tinha muito a dizer sobre a ascensão do reality show, talvez “Na Mira do Júri” possa ser considerado o fim do próprio gênero reality show.

sábado, maio 13, 2023

CPI das apostas esportivas e linchamento no Guarujá: como mídia faz pseudo-eventos e não-notícias


Pseudo-eventos em jornalismo se caracterizam por timing e oportunismo. É o caso da Operação Penalidade Máxima 2 que, AGORA, ganha destaque da grande mídia (depois da primeira fase da Operação ter sido escondida pelo escândalo que envolveu o técnico Cuca). Por quê? Porque AGORA a Operação ganhou sentido: a oportunidade de turbinar a criação de mais uma CPI no Congresso, dentro da agenda para criar desgastes ao governo. “... uma CPI a gente sabe quando começa, mas não sabe COMO termina”, críptica afirmação de uma “colonista” da Globo, revelando o ardil. Ansiedade midiática capaz de dar pernas também a não-notícias: o suposto linchamento no Guarujá (SP) por conta de uma “fake news”. O caso teve uma reviravolta, criando mais uma “barriga” jornalística: como o jornalismo corporativo sempre tenta encaixar acontecimentos em scripts. Dessa vez, gerado pela pressão da Globo pela necessidade da aprovação da PL das Fake News. 

segunda-feira, dezembro 26, 2022

O pseudoevento da bomba de Brasília feita para explodir no campo semiótico

A bomba do terrorista George Washington de Souza (que nome síncrono!) não foi detonada. Mas explodiu no campo semiótico – parece até que ela foi feita para isso, não ser detonada no mundo real e criar um pseudoevento canastrão. Este Cinegnose chega a essa hipótese amparada na análise das primeiras páginas e manchetes dos jornalões, repletas de termos tautológicos (“bolsonarista radical”), difusos (“provocar o caos”), além da indefectível estratégia de contaminação metonímica para gerar novos sentidos maliciosos. Grande mídia está mais interessada em jogar o problema no colo do futuro governo do que nas autoridades atuais. E “acender a luz vermelha” da posse. Do terrorismo do mercado ao terrorismo “patriota”, é a continuidade da estratégia de emparedar o futuro governo. E para completar, entra em ação a “lupa identitária” da contabilidade de quantas mulheres e negros ocupam o futuro ministério... só que para o jornalismo corporativo não valem negros e mulheres indicadas por petistas.

quinta-feira, agosto 04, 2022

Em 'Georgetown' a América é enganada pela sua própria ilusão



Washington DC é um verdadeiro Triângulo das Bermudas, habitado por poderosos, aqueles que tentam influenciar os poderosos e aqueles que escrevem sobre ambos. Gente, com muito dinheiro, status, posição e privilégios. Mas que, mesmo assim, não estão a salvo de serem enganadas pelas mesmas armas que fizeram a hegemonia da América: a ilusão e a mentira. Baseado em um caso real, “Georgetown” (2019), estrelado e dirigido por Christoph Waltz, acompanha um vigarista que fez carreira no centro do poder à base de falsos currículos, diplomas e certificados impressos a partir de sites fakes da Internet, citações de amizades fictícias e relações imaginárias com potências estrangeiras. Uma história que terminou em assassinato. E que aponta para o ponto fraco de um país construído a partir da imagem: a nostalgia de alguma essência real que nunca teve.

sábado, maio 07, 2022

Agenda setting e a profecia autorrealizável do "golpe" ou... como fazer Paulo Guedes sumir


Sobe a temperatura de um país em transe, aterrorizado pela iminência de um golpe militar contra as eleições Enquanto isso, nas telas da grande mídia os “colonistas”, agora com sangue nos olhos depois que Lula virou capa da revista Time, gritam que ele só “erra”, está “fora de forma” e sua campanha está “em crise”. Aproveitando a bagunça, o ministro Paulo Guedes sai de fininho, aliviado por não lhe cobrarem a conta da fome, desemprego e inflação. Mais uma vez, jornalismo corporativo e PMiG põem em ação as estratégias de comunicação de “agenda setting” e “profecia autorrealizável”. Deu certo no golpe contra o segundo governo Dilma ao criarem a crise econômica autorrealizável. E agora repetem num ano eleitoral para aloprar o cenário político com um telecatch que oculta duas coisas: desde 2018 as eleições já estão tuteladas pelo PMiG (o golpe militar já ocorreu e as instituições não funcionam mais) e a crise econômica neoliberal – transformada em catástrofe natural pela grande mídia. 

sexta-feira, março 25, 2022

Um mês de cobertura da guerra na Ucrânia revela clichês e mascara "video news releases"


A cobertura midiática da guerra na Ucrânia completou um mês e já demonstra as mazelas de todas as coberturas extensivas, de Olimpíadas a conflitos como esse no Leste europeu: a obrigação de cumprir o mesmo script por um tempo tão longo expõe a recorrência de clichês e contradições retóricas e das condições em que os fatos são reportados: a retórica da “guerra de narrativas”; civis mortos vs. apologia à resistência civil; o silencioso mascaramento da utilização de vídeo news releases nos telejornais; hipernormalização da tragédia com o pianista ou violinista mais próximo; a avaliação “sobrenatural” do poderio militar russo vs. fracasso militar russo; a retórica metonímica da “guerra nuclear” etc. Porém, o maniqueísmo midiático não faz a pergunta principal: quem ganha com a guerra? O jornalismo corporativo quer ocultar que tanto Biden como Putin ganham, dentro da atual agenda do Grande Reset Global.

sexta-feira, março 18, 2022

Efeito Heisenberg midiático torna São Paulo e Ucrânia estúdios de TV a céu aberto


O que há em comum entre uma cratera que quase parou a Linha 11 da companhia de trens de São Paulo e mercenários brasileiros que ingenuamente facilitam a localização da ciberinteligência russa por postarem, nas redes sociais, fotos e clipes ao som de “Tropa de Elite”? Um efeito midiático que praticamente transforma acontecimentos em estúdios de TV a céu aberto: o “Efeito Heisenberg” – a mídia já não consegue transmitir os fatos, mas o impacto que a cobertura produz nos próprios fatos. Na verdade, o tempo todo ela cobre a si mesma. Enquanto a “alternativa técnica” da Prefeitura para tapar a cratera provocou cenas catastróficas de enchentes na região da Zona Leste de São Paulo, a vaidade das poses heroicas em busca de likes atrai os mísseis russos. O Efeito Heisenberg ilustra muito bem o potencial efeito letal da grande mídia em guerras híbridas.  

sexta-feira, março 11, 2022

Seria a guerra na Ucrânia um filme mal produzido?


Na cobertura jornalística da Guerra na Ucrânia, a grande mídia vem falando muito em “guerra de narrativas” e “propaganda de guerra”, além da “verdade como a primeira vítima”. Claro, que tudo isso só se aplica aos russos. Porém, na utilização dessas expressões de “desconstrução” existe um ardil: oculta uma coisa mais grave do que “narrativas” – o fato de que na guerra atual não há mais dissimulações, mas simulações: “eventos-encenação”. Não importam as narrativas de dissimulações, sejam da OTAN ou de Putin. O ponto de partida já é simulado. Dois exemplos: o vídeo-diário do “Illusion Warfare Report” e o site “Anti-Spigel” que denunciam como a Ucrânia está se tornando um estúdio de TV a céu aberto para a produção de vídeo especialmente roteirizados para serem posteriormente segmentados em pequenos clipes pelos telejornais – para serem exibidos em lopping nas inúmeras entrevistas ao vivo com especialistas.

quinta-feira, setembro 16, 2021

Temer dá continuidade ao blefe da 'Operação 7 de Setembro'


O show deve continuar. Dando continuidade ao blefe da “Operação Sete de Setembro” entra em cena o “apaziguador” Michel Temer com direito a fotos do seu embarque triunfal para Brasília em avião da FAB, vídeo “vazado” e notas cuidadosamente plantadas nas colunas da imprensa corporativa. O mininistro  do STF Alexandre de Moraes “trocou uma ideia” com Temer, que “trocou uma ideia” com Bolsonaro, que “trocou uma ideia” com Alexandre de Moraes. Dessa maneira, Temer nos livrou do abismo do golpe para o qual Sérgio Reis, Zé Trovão e Batoré arrastavam a Nação. Como, no futuro, um professor de História conseguirá descrever esse melodrama tão inverossímil? Uma sequência de não-acontecimentos (dos blefes com dinheiro público ao estado da arte de um vídeo canastríssimo) que a grande mídia deu pernas, parceira das operações psicológicas que objetivam: (a) apagar rastros das próprias PsyOps militares; (b) criar a ilusão de que as “instituições que funcionam resistem ao golpe” (que já ocorreu, mas foi híbrido); (c) manter o ciclo vicioso de volatilidade política para as “sardinhas” se afogarem no mar da especulação financeira infestada de “tubarões” com informações privilegiadas.

quinta-feira, agosto 26, 2021

O novo totalitarismo híbrido narco-militar-midiático no filme 'A Ditadura Perfeita'


Quando falamos em ditaduras, logo imaginamos um governo totalitário que suspende as liberdades individuais e o Estado de Direito mantendo uma nação subjugada por um forte aparato repressivo policial e militar. Essa é uma ditadura clássica, mas não perfeita, porque ainda necessita do terror, violência e censura e a mídia é o seu maior inimigo. No filme mexicano “A Ditadura Perfeita” (“La Dictadura Perfecta”, 2014, disponível na Netflix) encontramos o estado da arte de uma ditadura híbrida e perfeita, sob o véu da democracia formal, fundada na relação promíscua entre grande mídia, políticos, narcotráfico e Forças Armadas. Uma sátira mordaz da política do México na qual a gestão dos meios de comunicação e dos escândalos de corrupção fazem eleger qualquer presidente que a aliança narco-militar-midiática queira. Ser o leitor encontrar no filme qualquer semelhança com a realidade política brasileira NÃO é mera coincidência.  

sábado, maio 22, 2021

Efeito Heisenberg na CPI: atirou no que viu, acertou no que não viu... e nem percebeu

Ao querer terceirizar as funções investigativas da CPI da Pandemia (ou do Genocídio?) para agências de checagem, o relator Renan Calheiros revelou a natureza midiocêntrica da Comissão: um grande efeito Heisenberg no qual prints de portais de notícias entram como “provas” e as “perguntas” dos senadores são na verdade longos discursos para gerar vídeos virais nas suas redes sociais. Não há nenhuma estratégia para cercar os depoentes com perguntas indiretas para induzi-los a contradições. Por isso, a CPI passou batida por duas verdadeiras confissões de culpa do ex-ministro Pazuello: justamente nos momentos em que ele ficou mais relaxado e desandou a falar, assumindo a persona de herói militar – orgulhoso, expôs a sua “missão cumprida” dentro da psy op da guerra semiótica criptografada militar. O orgulho de caserna do general falou mais alto. E a CPI atirou no que viu e acertou no que não viu... e nem percebeu!

sábado, maio 15, 2021

É a CPI da Pandemia ou do Genocídio? Pouco importa, o show psy op tem que continuar


Desde o primeiro dia, todo dia, incansavelmente, o governo Bolsonaro opera a psy op da guerra criptografada: gerenciamento de informações caóticas, dissonantes, repletas de pseudo-eventos, não-acontecimentos, balões de ensaio, que depois são desmentidos, confirmados... ou não! Para a grande mídia transformar em narrativas episódicas, com ação, drama, indignação, num jogo de morde-assopra. Com a CPI da Pandemia (ou do Genocídio?) o show continua com um novo pseudo-evento: timing, sincronismos, conflitos de interesse e logística para a cobertura midiática tautista na qual repórteres viram protagonistas da própria notícia em matérias metalinguísticas (primeira evidência de um pseudo-evento). Para quê tudo isso? Seguindo a cartilha de Milton Friedman (Escola de Chicago), criar crises reais ou percebidas como reais para tornar politicamente inevitável a agenda neoliberal. No radar, a privatização do SUS.

quinta-feira, abril 29, 2021

Guerra semiótica criptografada: o 'apito de cachorro' de Paulo Guedes


Grande mídia exclama fazendo-se passar por inocente: “quem é essa gente?” A mídia progressista comemora: “um terremoto na abertura da CPI da pandemia!”. Em vídeo vazado, vemos um Paulo Guedes raiz falando em “vírus chinês” e reclamando que “todos querem viver 100 anos!”. E depois vem candidamente para as câmeras dizer: “não sabia que a reunião estava sendo transmitida...”. Esse governo se notabiliza por uma deliberada e metódica estratégia de “vazamentos”, desde a infame reunião ministerial de maio de 2020. É a guerra semiótica de informações criptografada, que agora entra na fase “apito de cachorro” com a proximidade das eleições de 2022: manter a fidelidade da sua base eleitoral fundamentalista que garanta o segundo turno para Bolsonaro. Para, depois, entrar em ação o expertise semiótico “alt-right” nas redes sociais.

sexta-feira, abril 16, 2021

Guerra Híbrida: engenharia do caos cria o pseudo-evento da 'Vacina Prozac'


Em um teatro de operações de guerra semiótica híbrida, todos os atores funcionam no piloto automático, sob o loop OODA (Observação-Orientação-Decisão-Ação), retroalimentando o cenário caótico planejado pela operação psicológica. O melhor exemplo é a narrativa e o imaginário da vacina Covid-19. Tudo começa com a deliberada sabotagem do Governo Federal (negacionismo, omissão etc.) para hipervalorizar a vacina (através da escassez) como solução individual em detrimento de ações coletivas. Ato contínuo, governadores e prefeitos respondem com a corrida (maluca) das vacinas e se esmeram para criar pseudo-eventos de vacinação em conta-gotas ao estilo dos SACs corporativos. Enquanto a grande mídia vende imagens de “alegria” e “esperança” com imagens de felizardos sendo vacinados. No mercado do imaginário hiper inflacionado, a vacina vira a varinha de condão para um alívio meramente individual (a “vacina Prozac”) enquanto a sociedade afunda no caos, sem soluções coletivas.

quinta-feira, abril 01, 2021

Crise militar de Bolsonaro é a bomba semiótica do não-acontecimento


Desde que a Inteligência militar brasileira emulou a teoria da Guerra Híbrida dos think tanks dos EUA, traduzindo como “guerra cultural” e “operações psicológicas” (ironicamente citando pensadores como Jean Baudrillard e Umberto Eco em artigos de revistas do meio militar) acabou criando o principal protagonista político nesse século: o Partido Militar. Por isso, é absolutamente ridícula a narrativa que a grande mídia criou sobre a “crise” (na verdade, estratégia de dissonância cognitiva da guerra semiótica militar, um não-acontecimento) provocada pela “queda” do ministro da Defesa e dos comandantes das três Forças Armadas. A grande mídia liberta fantasmas e espantalhos que saem de buracos e armários numa espécie de nostalgia vintage (64’s style) da suposta ameaça de golpes ou quarteladas provocadas pelo suposto conflito entre Forças Armadas legalistas versus Bolsonaro golpista. Alguém tem que avisar aos analistas que vivem de notícias plantadas e “vazamentos” que o golpe militar já ocorreu, e não foi televisionado. Por quê?  Porque foi um golpe híbrido.

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