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terça-feira, outubro 08, 2024

'Coringa: Delírio a Dois': a desconstrução musical do Palhaço do Crime e o espírito do tempo


O Coringa é o arquétipo mais forte da cultura pop e que paira sobre o tempo, desde quando surgiu nas HQs em 1940. Ao mesmo tempo, a narrativa sobre o Coringa varia de acordo com o espírito do tempo: do Palhaço do Crime psicodélico dos anos 1960 à versão cerebral e adulta de Heath Ledger. “Coringa” (2019) de Todd Phillips espelhou a Era Trump e a onda de ódio e ressentimento do populismo de direita através da Deep Web, fóruns e chans online. Por sua vez, em “Coringa: Delírio a Dois” (2024) Todd Phillips está agora na era de Biden, Kamala e Novos Democratas. Nessa continuação a persona do Coringa deve ser desconstruído em números musicais comandados por Lady Gaga. Aqui, Arthur Fleck é uma colagem de expectativas alheias: um doente mental? Um impostor? Apenas um iconoclasta? Ou um carismático líder antissistema? Quem está por trás da maquiagem de Coringa? O resultado é o atual espírito do tempo.

sexta-feira, agosto 09, 2024

Sincromisticismo, religião e pornografia no filme 'MaXXXine'


Para os pesquisadores em Sincromisticismo, Hollywood é uma gigantesca corporação que recruta médiuns para, sob as bênçãos do Método da Actor’s Studio, incorporarem formas-pensamento retirada do inconsciente coletivo da humanidade. Para, a partir dessa tese, surgirem caricaturas de teorias conspiratórias que denunciam um suposto satanismo para destruir o Ocidente, é um passo. Esse é o pano de fundo do fechamento da trilogia de Tie West, “MaXXXine” (2024), uma homenagem ao terror slash dos anos 1970, agora ambientado em meados dos anos 1980. Agora, Maxine tenta sair dos filmes pornôs e virar estrela no mainstrem hollywoodiano – como sempre, deixando um rastro de sangue. “MaXXXine” revela como pornografia e religião estão estranhamente muito próximas. Afinal, foram os primeiros gêneros bem-sucedidos na história do cinema.

terça-feira, maio 07, 2024

Celebração de Madonna, fiasco do 1º de Maio e calamidade pública no RS: espasmos da realidade


O escritor Norman Mailer dizia que no despertar de grandes acontecimentos ocorrem estranhas coincidências, como fossem espasmos da realidade. A semana passada ocorreu um fenômeno sincrônico com três coincidências significativas num mesmo espaço de tempo: começou com o fiasco do Primeiro de Maio na quarta-feira, encerrando com a simultaneidade da calamidade pública no Rio Grande do Sul enquanto Copacabana fervia com o show gratuito de Madonna para mais de um milhão de pessoas. Eventos sincrônicos revelam a ironia das causas-efeitos: enquanto um banco comemorava 100 anos celebrando em um megashow a sua concepção de projeto de Nação imposto ao País pela hegemonia do financismo, os efeitos desse projeto repercutiram – a precarização de uma força de trabalho dessindicalizada e a catástrofe ambiental que veio depois do comemorado superavit fiscal dos ajustes das contas públicas do RS. 

sexta-feira, outubro 20, 2023

Os cadáveres do hospital em Gaza: terrorismo, 'Napalm Girl' e contínuo midiático atmosférico



Para além do horror do vídeo da coletiva de imprensa sob os escombros de um hospital da Faixa de Gaza, em torno de cadáveres ensanguentados cobertos por lençóis, as imagens revelam a radical transformação da natureza das guerras no século XXI: da guerra clássica que visava a ocupação de território e a destruição do Estado inimigo, agora temos o terrorismo – provocações que visam unicamente impactar o “contínuo midiático atmosférico” que substituiu a velha esfera pública de opiniões. Assistimos na guerra Israel/Hamas, ataques, réplicas e tréplicas dentro dos próprios termos da transpolítica do terrorismo: a escalada de ações que disputam as atenções desse contínuo midiático. Se no passado as fotos-choque de guerras (como a “Napalm Girl” de 1972) eram descobertas pelos fotojornalistas, hoje são as fotos-choque que procuram atrair as lentes e microfones.  Com ações que muitas vezes replicam o repertório imagético desse contínuo, o novo inconsciente coletivo junguiano.

terça-feira, setembro 19, 2023

Você não percebeu: quadro 'Ilha dos Mortos' apareceu em diversas obras midiáticas, por Claudio Siqueira


Adquirido por personagens históricos tão diversos como Hitler, Lenin e Freud, o quadro "Ilha dos Mortos", de Arnold Böcklin, marcou profundamente o imaginário coletivo. Alusões a essa obra apareceram em diversas cenas de obras midiáticas e quase sempre a figura do protagonista visita a ilha e retorna revigorado após um fatídico encontro consigo mesmo. Böcklin, pintor surrealista influenciado pelo romantismo pré-rafaelita, mesclava ambos os estilos para pintar figuras mitológicas em ambientes reais. Embora não soubesse, estava ajudando a fundar os alicerces do ClockpunkJungle FantasyFantasia Medieval e tantos outros gêneros que procuram misturar o real e o fictício.É que, para ele, o real nada mais é do que uma projeção do imaginário. Realmente (com o perdão da piada paradoxal), não há critério para medi-lo e mesmo os fatos estão à mercê das interpretações. Cinegnósticos, bem-vindos à Ilha dos Mortos!

quinta-feira, agosto 17, 2023

A simbologia esotérica e política dos gatos em 'Um Dia, um Gato'


Um clássico cult da República Tcheca que consegue convergir crítica política, entretenimento e simbologia esotérica. Graças à presença disruptiva de um gato com óculos escuros. Esse é o filme “Um Dia, um Gato” (Az Pridje Kocour, 1963 aka When the Cat Comes eThe Cassandra Cat), um conto de fantasia satírica e colorida do diretor Vojtech Jasný. Da simbologia crepuscular dos gatos à crítica política de um país sob a dominação soviética, “Um Dia, um Gato” transforma esse felino no veículo através do qual se revela a hipocrisia dos sistemas autoritários. Uma trupe circense chega a uma pequena cidade com um curioso gato usando óculos escuros. Mas, se retirá-los, o seu olhar confrontará os humanos, revelando, através das cores, a verdade, a desordem e o caos.

quarta-feira, setembro 08, 2021

As bases ocultas de Brasília, por Claudio Siqueira


Dia 7 de setembro comemoramos a independência(?) do Brasil. Sob a iminência de um novo golpe militar, o Cinegnose veio falar não do feriado, mas do Distrito Federal, Brasília. Uma cidade de proveta criada propositalmente em um local apropriado, não como ponto estratégico no caso de uma guerra como é propagandeado, mas como um hipersigilo mágico de dimensões faraônicas – assinatura pictórica ou representação simbólico de um desejo, propósito ou desígnio. As bases ocultas de Brasília sempre estiveram envolvidas com profecias e conjunções astrológicas e sincromísticas.

sábado, julho 03, 2021

'Censor': qual o efeito da violência nos filmes? Copycat ou hipodérmico?


Se no início do cinema os primeiros gêneros de sucesso que alavancaram a nascente indústria cinematográfica foram pornografia e filmes sobre a Paixão de Cristo, na era do vídeo VHS dos anos 1980 foram os filmes slasher, horror gore, nazi exploitation e terror hardcore – os chamados “vídeos nasty” ou “vídeos nojentos”. Na Grã-Bretanha de Margaret Thatcher passaram a ser responsabilizados pelo aumento da criminalidade e ameaça à saúde mental. “Censor” (2021) acompanha Enid, uma censora da British Board of Censors que é responsabilizada pela opinião pública por um crime com requintes de canibalismo, supostamente inspirado por um filme slasher que ela liberou apenas com cortes. Será que os filmes teriam esse poder hipodérmico de influência? Ou seriam apenas “gatilhos cognitivos”? “Efeitos Copycat” de imitação que poderiam ser manipulados politicamente como bombas semióticas.

sexta-feira, dezembro 25, 2020

Astrologia transdisciplinar: com Grande Reset Big Money tenta reverter Grande Conjunção astral

No dia 21 de dezembro houve nos céus a chamada Grande Conjunção de 2020 com o alinhamento de Júpiter e Saturno. Enquanto aqui na Terra, em meio à pandemia global, Klaus Chwab, fundador do Fórum Econômico Mundial, exorta que um “Grande Reset Global” será iniciado em janeiro de 2021 – uma reinicialização através da tecnologia digital guiada pela filosofia do Pós-Humanismo. Para astrólogos transdisciplinares isso não é mera coincidência: é um evento sincromístico e uma batalha no campo astral da humanidade: de um lado, a Grande Mutação: uma nova modulação espiritual para a humanidade; do outro, o Grande Reset Global no qual o capitalismo fará o que sempre fez, mas com nova roupagem. Bilionários precisam de astrólogos, dizia JP Morgan... e ocultistas. Isso desde o nazismo até a Magia do Caos apropriada pela direita alternativa de Trump e Bannon. E nesse momento, o Big Money tenta reverta essa energia da Grande Conjunção a seu favor. Assim como no passado o símbolo esotérico da suástica foi revertido pelo ocultismo nazi. 

sábado, agosto 22, 2020

Série "Sl⌀born": a pandemia é uma profecia autorrealizável?


Uma pandemia global avança pelo planeta. Numa comunidade em uma pequena ilha no Mar do Norte as telas de TV mostram o drama que avança pelo mundo. Mas todos estão indiferentes, imersos em seus próprios problemas pessoais. Até que um veleiro abandonado encalha em uma das praias, mudando para sempre o destino da ilha: traz a cepa do vírus que fará aquela ilha fazer parte de uma crise sanitária global sem precedentes. A primeira temporada da série alemã “Slborn” (2020-) descreve de forma precisa e detalhada todas as consequências que estamos vivendo nos últimos meses – políticas, sociais e econômicas. Porém, as coisas ficam mais assustadoras quando sabemos que a série foi rodada e produzida no ano passado – em todos os detalhes, os episódios parecem antever a pandemia COVID-19. Ao lado do “Event 201” de 2019, vazamentos de informações da comunidade de inteligência do EUA e de outros filmes como Contágio (2011), “Slborn” seria mais uma peça de uma gigantesca profecia autorrealizável? Peça de um “Grande Reset” do Capitalismo? 

quarta-feira, maio 20, 2020

"Novo normal": a nova expressão da reengenharia social do coronavírus


Marcinho é despertado pelos amigos. Ainda zonzo ouve péssimas notícias: João Doria é governador, Luciano Huck será candidato a presidente e o atual é Bolsonaro... “Como assim! Aquele do CQC e Super Pop?”. Não! Não estamos na atualidade. Estamos em 2014, e tudo não passou de uma pegadinha para assustar o amigo de ressaca. No dia do fatídico 7x1 da Alemanha... Esse vídeo impagável da trupe de humor “Porta dos Fundos” provoca uma discussão sobre a expressão que cada vez mais aparece na mídia: o chamado “novo normal” – coisas que anteriormente seriam consideradas anormais que depois tornam-se normais, aceitas pelas condições adversas. Expressão de reengenharia social, plantada na mídia como forma de criar resignação numa situação totalmente bizarra: personagens canastrões, promovidos por programas de entretenimento, viram personagens políticos na crise COVID-19. Mecanismo psicológico de amnésia social. E o sincrônico 7X1 da Alemanha foi o gatilho que desencadeou a sucessão de eventos que nos levou ao “novo normal”. 

quarta-feira, abril 01, 2020

Plano Astral em guerra: Magia do Caos, o movimento antifascista e a Corrente 108


Além da análise fílmica, esse Cinegnose vem se dedicando ao longo desses anos à engenharia reversa das bombas semióticas nos seus diversos cenários políticos (guerra híbrida, guerra criptografada etc.) – bombas persuasivas, retóricas e de manipulação para conquistar corações e mentes e criar uma paródia de opinião pública. Mas outra guerra está sendo travada, no cenário etéreo, energético ou do Oculto: uma “baderna Magicka” – criação verdadeiras “bombas magickas” nas quais são condensados “sigilos”, formas astrais e “mantras mágickos”, como forma de atacar a egrégora bolsonarista e ao mesmo tempo energizar uma egrégora antifascista. Apresentamos nesse Cinegnose uma resposta da escritora e ocultista Lua Valentia à postagem deste blog sobre o livro “Dark Star Rising – Magick and Power in the Age of Trump”: como a extrema-direita manipula elementos da Magia do Caos na rede digital global que substituiria o Plano Astral. Lua Valentia mostra que o movimento da Magia do Caos não está “infestado de fascistas”: de fato, aqui no Brasil, existe um movimento antifascista – o movimento caoista representado pela “Corrente 108”.

domingo, fevereiro 16, 2020

Cinco programas da TV (+ um bonus track) que "previram" a política atual: vida imita a arte?


Série “Mundo da Lua”, “TV Pirata”, “Sai de Baixo”, “A Grande Família” e “Pânico na Band”. O que esses produtos audiovisuais da TV brasileira dos anos 1990 e começo dos 2000 têm em comum com a atual realidade política? Nos últimos dias, muitos internautas vêm apontando nas redes sociais “coincidências” ou “previsões” que estariam se realizando no atual cenário político. Muitos falam: “a vida imita a arte”. Mas é muito mais do que esse lugar-comum. A estratégia bolsonarista de guerra criptografada e do chamado “domínio total do espectro” transita por uma espécie de “twilight zone” entre ficção e realidade - a realidade faz uma bizarra paródia da ficção e, paradoxalmente, valida-se como “realidade” ao aproximar-se da ficção midiática. E, tal como a sineta de Pavlov, faz salivar de ódio todo espectro da esquerda: identitária, namastê, parlamentar... O “Cinegnose” analisa cinco “profecias” (e + um “bônus track”) revelando como a estratégia militar bolsonária se serve do contínuo midiático para emular narrativas ficcionais para o “controle do espectro”

quarta-feira, novembro 13, 2019

O estranho mundo crepuscular que envolve os vivos em "O Fantasma da Sicília"


Em 1993 um jovem de 14 anos foi sequestrado pela Máfia siciliana como resposta ao seu pai, ex-membro da organização criminosa, que passou a delatar companheiros para a polícia. “O Fantasma da Sicília” (“Sicilian Ghost Story”, 2017) traz ao cinema essa história de uma forma inusitada, misturando a realidade brutal com fantasia onírica: elementos de romance adolescente, psicodrama gótico, fantástico e suspense político. A namorada do jovem estranha porque todos naquele vilarejo (da polícia local aos colegas de escola) são complacentes com o sequestro. Então ela passa a procura-lo não só no mundo físico, mas também com os olhos da mente. “O Fantasma da Sicília” abre para o espectador um estranho mundo crepuscular que envolve o mundo dos vivos: onde o mundo onírico se encontra com o plano astral. 

terça-feira, outubro 15, 2019

Filme "Coringa": cultura cosplay e copycat gerou o Palhaço do Crime

Para muitos pesquisadores em Sincromisticismo, desde que o Coringa surgiu em 1940 nas HQs, o personagem transformou-se em uma forma-pensamento autônoma, um arquétipo que paira sobre o tempo. Mas como produto da indústria do entretenimento, ele também reflete o espírito de cada época, do Coringa bufão de Cesar Romero nos anos 1960 psicodélicos à inteligência sinistra do Coringa de Heath Ledger. Em “Coringa” (Joker, 2019) o Príncipe Palhaço do Crime ganha uma atualização, dessa vez um “spin off”: as origens do Coringa numa Gotham City vintage, mas que pode muito bem ser o espelho da nossa época. O Coringa de Joaquim Phoenix (numa interpretação assustadora onde, mais uma vez, um ator pagou o preço psíquico para encarnar o personagem) reflete a atual onda de ódio e ressentimento articulados pela Deep Web, fóruns e chans na Internet e pelo populismo de direita. Coringa é a persona da cultura copycat e cosplay atual dominada por um ciclo de feedback de identificações equivocadas que fogem do controle.

terça-feira, outubro 08, 2019

Metástase do envenenamento psíquico nacional: os efeitos midiáticos "Copycat" e "Heisenberg"

O atentado de um procurador da Fazenda Federal contra uma juíza do TRF-3 em São Paulo revela a existência de um mundo crepuscular de sinais e símbolos (“formas-pensamento”) do qual o Bolsonarismo e a direita alternativa se nutrem – uma psico-esfera nacional psiquicamente envenenada resultante da guerra híbrida e anos de “Efeito Copycat” e “Efeito Heisenberg”. Efeitos midiáticos da saturação do discurso anticorrupção que, de tão ambíguo ou polissêmico, criou um perverso “acontecimento comunicacional”: o encontro da narrativa midiática com a jornada pessoal de receptores - todo um subconjunto de pessoas vulneráveis, homicidas e suicidas em um nível inconsciente quem podem infectar a população em geral a acreditar que a “meganhagem” e “justiçamento” são o paradigma tanto para as soluções nacionais como para as mazelas pessoais afetivas, emocionais e familiares. 

sábado, outubro 05, 2019

Uma batalha de deuses no plano astral da humanidade na série American Gods

Quem surgiu primeiro: os deuses? A humanidade? Nós os criamos ou fomos criados por deidades cósmicas. Essas questões perpassam as duas temporadas da série da Amazon "American Gods" (2017-): acompanhando um protagonista ex-presidiário, vamos descobrindo as camadas mágicas que compõem o mundo no qual deuses antigos caminham livremente sobre a Terra misturados com os humanos em atividades banais como, por exemplo, uma garçonete de beira de estrada – divindades nórdicas, celtas, hindus, eslavas, egípcias, africanas e babilônicas. Pagãs e sagradas. Todas encontram-se nos Estados Unidos, trazidas pelos corações e mentes dos imigrantes de todo o mundo, e que lá descobriram os novos deuses: os deuses do Mercado, da Mídia e do Dinheiro. Deuses impiedosos que querem destruir as antigas deidades, numa batalha cósmica travada no plano astral da humanidade. A série é uma grande metáfora parapolítica dos tempos atuais: a propaganda política e o marketing das marcas e do consumo manipulam formas-pensamentos que se transformaram em entidades invisíveis e autônomas. O controle ideológico-político ou psíquico tiraria sua força e letalidade de uma luta travada no plano astral humano.

domingo, agosto 11, 2019

Livro "Dark Star Rising": como a Magia e o Oculto levaram Trump e Alt-right ao poder


Quando pensamos em magia e ocultismo logo associamos a coisas como feitiçaria, estranhos rituais, incensos, satanismo etc. Porém, a magia moderna está muito além disso.  Desde que, no século XX, o mundo da magia e do oculto, representado por figuras como Julius Evola e Aleister Crowley, se encontrou com a propaganda política e meios de comunicação de massa na conjuntura do nazi-fascismo. Hoje, dentro do cenário da ascensão da chamada “direita alternativa” (alt-right), surge uma nova convergência: a partir de nomes como Steve Bannon e Richard Spencer, a Magia do Caos (corrente esotérica moderna) encontra-se com Internet, redes sociais e a campanha vitoriosa de Donald Trump. Esse é o tema do livro “Dark Star Rising – Magick and Power in the Age of Trump”, de Gary Lachman - pesquisador que investiga as conexões entre Sincromisticismo e Política. Para o pesquisador, assim como crianças brincando com fósforos, a extrema-direita manipula elementos da Magia do Caos (o Caos como método pragmático: “sigilos”, “memes mágicos” etc.) numa rede digital global que substitui o Plano Astral. Com consequências imprevisíveis. A não ser, a conquista do Poder.

quinta-feira, janeiro 24, 2019

Ano 2019 é um Vortex Temporal? Como modular a atenção em tempos extremos, por Nelson Job

Este ano de 2019 aparece com recorrência no imaginário especulativo como um ano de "turning point". Parece ter sido privilegiado por obras do passado de cineastas, escritores e médiuns que o elegeram como um ano marcante. Os filmes “Blade Runner” e “O Sobrevivente”, o animê “Akira”, as previsões de Isaac Asimov e de Chico Xavier, todos fazem referência a este ano. Quais as razões disso? 2019 será, de fato, o trampolim de uma Nova Era, como astrólogos e esotéricos do mundo inteiro anunciam, ou será uma completa catástrofe? Podemos entender o ano de 2019 como uma espécie de vortex transtemporal? Forças dos acontecimentos anteriores e do futuro estariam de auto-organizando no tempoNeste artigo, investigaremos essas ocorrências e traçaremos um desdobramento delas.

segunda-feira, dezembro 24, 2018

"Cinegnose" faz nove anos, na direção da primeira década

Em dezembro, o “Cinegnose” completa nove anos de existência, aproximando-se da primeira década de intensas atividades – postagens, cursos e palestras. Em todo esse tempo, o “Cinegnose” passou por dois momentos de mudança: no terceiro aniversário (2012), quando deixamos de ser um site “sobre Gnosticismo” para se tornar “Gnóstico” – a criação de um olhar gnóstico (ontológico, sincromístico, irônico e sintomático) mais amplo para Cinema, Cultura e Sociedade. E agora no seu nono aniversário: esse “olhar gnóstico” coverte-se num pressuposto metodológico para a Teoria da Comunicação, Semiótica e Crítica Ideológica. Por quê?  Porque a realidade é uma ilusão. Mas não uma ilusão qualquer, como “mentira” ou “falsa consciência”. Mas porque a realidade cada vez mais imita roteiros cinematográficos e narrativas ficcionais. Cada vez mais se aproxima do Cinema, a moderna Caverna de Platão.

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