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quinta-feira, setembro 19, 2024

'Os Fantasmas Ainda se Divertem': como Tim Burton transforma o Gótico em entretenimento


Assim como as animações da Walt Disney, Tim Burton tem a habilidade de transformar temas sombrios em entretenimento. Se em Walt Disney são os temas do abandono e separação, no caso de Tim Burton seus filmes transformam o Gótico americano de Edgard Allan Poe e Herman Melville em diversão para que o sonho americano dê risadas de si mesmo. Em “Os Fantasmas Ainda se Divertem” (Beetlejuice Beetlejuice, 2024), Burton retorna aos seus efeitos práticos e brinquedos analógicos para levar o Estranho, o Fantástico e o Sobrenatural para a típica família suburbana disfuncional: se no primeiro filme de 36 anos atrás a protagonista era a filha adolescente melancólica e depressiva, agora temos uma nova filha adolescente – também melancólica e depressiva, mas dessa vez pela ausência materna. Supostamente, a mãe prefere mais os fantasmas aos vivos. E Michael Keaton retorna sensacional ao rançoso e rabugento demônio, convidado a voltar ao mundo dos vivos exatamente pela disfuncionalidade do sonho americano.

quinta-feira, setembro 12, 2024

'Armadilha': Shyamalan entre a inverossimilhança e o gap geracional


Será mesmo um estádio lotado com 20 mil pessoas para assistir ao show de um ícone pop o melhor lugar para se prender um homem desconhecido? Para M. Night Shyamalan, sim! Todo roteiro ficcional faz um pacto de suspensão da incredulidade com o espectador. Através da verossimilhança. Mas “Armadilha” (Trap, 2024) força muito a barra – o FBI transforma um estádio em uma grande armadilha para capturar um notório serial killer. Com referências a Hitchcock e Brian De Palma, Shyamalan parece ter transformado o seu último filme em veículo para sua filha, cantora e compositora. Ainda assim, “Armadilha” suscita dois temas do século XXI: a transformação das celebridades em influencers e a ausência simbólica do pais pelo aumento do gap geracional. 

terça-feira, setembro 03, 2024

O candidato coach, a Sociedade do Cansaço e o Capitólio Tabajara


O ex-coordenador da campanha de Trump, Steve Bannon, disse certa vez a jornalistas: “vocês ainda terão saudades de Trump”. Nada é surpreendente no candidato coach Pablo Marçal: ele é apenas a evolução natural da estratégia alt-right de comunicação: forçar os limites de regras, legislações e instituições que supostamente defenderiam a Democracia. O que surpreende é observar como a sociedade não consegue oferecer nenhuma resistência: por todos os lados ou há omissão e negação ou, no caso da grande mídia, hipernormalização. De um lado, o candidato coach é o sintoma daquilo que o filósofo Byung-Chul Han chama de “Sociedade do Cansaço” – uma sociabilidade limítrofe e no espectro do déficit de atenção na qual o excesso de positividade normaliza a própria disfunção; e do outro, Marçal é personagem necessário para reforçar a narrativa do “Capitólio Tabajara” – que a suposta tentativa do golpe de Estado no 08/01 falhou porque “as instituições estão funcionando”.

terça-feira, março 19, 2024

"Zona de Interesse": quando a banalidade do mal vira 'banalidade do bem' na sociedade atual


Oscar de Melhor Filme Internacional, “Zona de Interesse” (The Zone of Interest, 2023) se diferencia de todas outras produções premiadas sobre o nazismo e o Holocausto como A Vida é Bela, O Pianista, O Filho de Saul etc. Vai além da época que pretende retratar. E a fala do diretor Jonathan Glazer na cerimônia do Oscar foi totalmente coerente com o seu filme: “Todas as nossas escolhas foram feitas para refletir e nos confrontar no presente. Não para dizer ‘olhe o que fizeram na época’, mas para olhar o que fazemos agora”, criticando o genocídio de Israel em Gaza. A família de um oficial da SS vive uma vida bucólica e pastoral, indiferentes ao que ocorre do outro lado do muro da propriedade: o genocídio de Auschwitz. A poucos metros do Holocausto, acompanhamos uma típica vida de classe média de comerciais de margarina na TV. Glazer tem um conceito radical: e se a banalidade do mal se transformou em uma “banalidade do bem” na sociedade de consumo pós-guerra?

quinta-feira, março 07, 2024

A imortalidade de uma divindade hedonista enlouquecida em 'Divinity'


O que aconteceria com uma sociedade cuja tecnociência descobrisse a droga da imortalidade? Do corpo, não da mente, que continuaria em seu natural processo de envelhecimento. Resultado: o ser humano se tornaria uma divindade hedonista e enlouquecida através do poder fálico  eterno proporcionado por uma droga vendida como produto para poucos em comerciais na TV. “Divinity” (2023) é uma estranha ficção científica em p&b, uma alegoria enigmática de horror corporal com uma estética que faz homenagem ao expressionismo alemão de Fritz Lang. Sobre a descoberta da imortalidade que, de alguma forma, prejudicará o equilíbrio cósmico. Que fará o acerto de contas contra o cientista inventor do elixir. Um filme estranho para cinéfilos aventureiros.

sexta-feira, setembro 22, 2023

Tragédia e ironias no filme 'Dalíland': como a realidade superou o surrealismo


O filme “Dalíland: A Vida de Salvador Dalí” (Daliland, 2022) começa com uma tragédia e termina com uma ironia. Começando com o trágico incêndio na sua casa na Espanha em 1984, acompanhamos a vida do pintor (interpretado por Ben Kingsley) nos anos 1970, a partir das memórias de um jovem admirador e funcionário de uma galeria de arte em Nova York. Mostra como sua arte havia se transformado em um produto pop, tão contemporâneo como o de  Andy Warhol. Sempre sedento por dinheiro em cash para custear seu estilo de vida de excessos, Dalí acabou prisioneiro do personagem que criou. Ironicamente, a única forma que o artista modernista encontrou para sobreviver à pós-modernidade: parecia que o mundo tinha ultrapassado o surrealismo – através da publicidade, sociedade de consumo e cultura pop a realidade roubou dele os estranhos mundos que sonhava. Restou a ele se agarrar no próprio personagem que criou para si mesmo.

sábado, agosto 19, 2023

Toxicomania de minorias versus toxicomania de massas na minissérie 'Império da Dor'


A pior crise de saúde pública nos EUA, entre e epidemia da AIDS e a pandemia do coronavírus. Uma epidemia de opioides iniciada com o lançamento do analgésico OxyContin, em 1995, fabricado pela Purdue Pharma, que matou 500 mil pessoas nas duas últimas décadas. Como a família Sackler descobriu a pedra filosofal da Big Pharma: o ciclo vicioso da dor e prazer com uma simples pílula. Esse é o tema da minissérie Netflix “Império da Dor” (2023) que explicita toda a hipocrisia por trás do debate em torno das drogas: o diferente tratamento dado à toxicomania de minorias e a toxicomania de massas. A primeira, criminalizada e alvo de toda a condenação moral pelas mídias. E a segunda, a criação legalizada da dependência química em massa sob aprovação das agências federais que executam uma inversão mercadológica: primeiro inventa-se a droga, depois a doença.

quinta-feira, julho 13, 2023

Na série 'Silo' a verdade não está lá fora... foi esquecida



Baseado na trilogia literária "Wool", de Hugh Howey, a série Apple TV+ “Silo” (2023-) é uma ficção científica distópica que foge do clichê clássico “a verdade está lá fora” ao contar a história de um bunker de 144 andares abaixo da superfície com o que restou da humanidade num mundo pós-apocalíptico. A paranoia permeia todos os cantos do Silo e os habitantes estão sob constante vigilância. Todos perderam a memória da História: quem construiu o Silo, com qual propósito e como vieram parar ali. O esquecimento é incentivado e a curiosidade reprimida. Ninguém pode sair, a não ser condenados à morte, para morrerem envenenados pelo ar tóxico exterior. Mas, e se tudo for uma mentira totalitária? O problema é que a verdade em “Silo” não é aquilo que simplesmente se opõe à mentira.

sexta-feira, junho 09, 2023

A invenção social do diamante no documentário 'Nada é Eterno'


A Natureza leva um bilhão de anos para fazer um diamante. Mas bastam os 87 minutos do documentário Netflix “Nada é Eterno” (Nothing Lasts Forever,2022) para desconstruir a mitologia mercadológica do “sonho do diamante”: o mito da pedra “preciosa” e exclusiva, incrustrada em anéis que celebrariam a eternidade de noivados e casamentos. O documentário descreve como o cartel do diamante criou o mito da escassez que atribuiu um valor imaginário para a pedra. Principalmente, quando diamantes sintéticos secretamente invadiram o mercado – a nível molecular idênticas aos “originais”. “Nada é Eterno” nos convida a refletir sobre a produção artificial do valor das mercadorias no capitalismo e o seu simulacro puro: a inexistência das fronteiras entre o original e a cópia, o falso e o verdadeiro, o natural e o artificial.

sábado, maio 20, 2023

'Sick of Myself': cultura do narcisismo ou como esquecer quem você já foi um dia


Até onde podemos chegar para ganhar atenção e aprovação dos outros? E se o custo para conseguir isso for performar um eu até você esquecer quem já foi um dia? A comédia dramática norueguesa “Sick of Myself” (2022, disponível na plataforma MUBI) discute a cultura do narcisismo contemporâneo que chega ao auge na cultura influencer das mídias sociais. O filme cria uma metáfora poderosa: o narcisismo como deflação do ego - quanto mais se aproxima da fama, mais literalmente o corpo se auto consome e se destrói; ou a fronteira com a ilegalidade desaparece. “Sick of Myself” joga com a reversibilidade irônica do narcisismo moderno: ao invés do excesso de ego, quanto mais procuramos o centro das atenções e a aprovação dos outros, mais somos ameaçados pela desintegração e o vazio interior.

quarta-feira, maio 10, 2023

'Um Lugar Secreto': e se a vida adulta for apenas uma extensão perversa da infância?


Um jovem no limite da adolescência anseia em chegar à vida adulta para fugir do tédio e vazio da sua existência. O que aconteceria se descobrisse que a vida dos seus pais, jovens adultos, nada mais fosse do que uma extensão da própria infância da qual quer fugir? Esse é o tema do psicodrama sombrio em tom de fábula “Um Lugar Secreto” (John and The Hole, 2021), uma espécie de “Esqueceram de Mim” invertido: é ele que esquecerá dos pais, esquecendo sua família presa em um buraco. Um bunker abandonado que é a metáfora central do filme: o abismo geracional criado pela negação e distanciamento nas relações familiares contemporâneas.

quinta-feira, abril 06, 2023

Cada movimento da cultura pop cria seu próprio assassino na série 'Enxame'


“Esta NÃO é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, NÃO é mera coincidência”. Com esse alerta abrasivo começa cada episódio da série da Prime Video “Enxame” (Swarm, 2023), inspirado na cultura da base de fãs da celebridade pop Beyoncé. A “Abelha Rainha” da comunidade de fãs chamada “Colmeia”. No século XX fãs se limitavam a rasgar roupas dos ídolos ou, eventualmente, assassiná-los. Agora vemos a ascensão da chamada “cultura stan” das redes sociais cujas comunidades de fãs geram haters. Que decidem fazer justiça rápida, agindo como um enxame contra qualquer um que sequer sugira ofender a “rainha”. Cada movimento na cultura pop cria seu próprio assassino. Esse é o tema da série de humor negro “Enxame”.

quinta-feira, março 23, 2023

O terror social e racial no filme 'Excluídos'


Em “Excluídos” (The Strays, 2023) o terror racial de Jordan Peele (Corra, Nós) se encontra com o terror social de Joon-ho Bong (Parasita). Uma mulher vive uma vida aparentemente perfeita em um subúrbio de classe média alta, trabalhando como vice-diretora em uma prestigiosa escola privada e vivendo ao lado de seu marido e dois filhos. Negra, ela vive perpetuamente tensa e paranoica, querendo a todo custo tornar-se “branca” para ser definitivamente aceita pela comunidade. Quando começa a desconfiar que está sendo seguida por dois estranhos que poderão colocar em xeque sua desesperada escalada social. “Excluídos” é mais um exemplo de um novo campo aberto para o gênero: como as desigualdades sociais e de gênero podem ser propulsoras para uma nova dimensão do terror. Filme disponível no Netflix.

quarta-feira, fevereiro 22, 2023

Série 'Olá, Amanhã!': a ideia de futuro é o que faz a sociedade parecer avançada


Olhar o estilo retrofuturista otimista, brilhante e ensolarado dos anos 1950-60, ao estilo “Os Jetsons”, ainda nos fascina. Olhamos com a nostalgia do futuro do passado do século XXI: e se tivesse dado certo? Mas a série Apple TV+ de comédia dramática “Olá, Amanhã!” (Hello Tomorrow!, 2023-) suspeita que todo esse tecno-otimismo esconde algo muito mais sombrio: uma sociedade (tanto no passado como no presente) repleta de produtos avançados que apenas fazem a sociedade parecer avançada – um futuro que nada mais foi do que uma ilusão de fuga do tédio e angústia existencial numa sociedade que impõe a rotina e padronização. Uma empresa vende um projeto inédito: um condomínio de classe média na Lua, prometendo aos felizes compradores abandonar a Terra e fugir dos seus próprios problemas. Mas tudo parece ser um castelo de cartas pronto para desabar.

sexta-feira, fevereiro 17, 2023

Em 'Pearl' nasce uma estrela... sangrenta!



Em Pearl (2022), o diretor Ti West troca a fazenda abandonada e sombria dos anos 1970 do slasher do filme “X” pela mesma fazenda, mas agora em 1918, com um brilhante colorido tecnicolor, em busca das origens do massacre do filme anterior da futura trilogia. Lá encontramos Pearl jovem e cheia de sonhos escapistas tentando fugir de uma realidade familiar e econômica opressiva. Sonhos de se tornar uma celebridade: dançarina dos filmes de uma seminal Hollywood. Ser amada e aceita por todos. Mas há algo muito errado com ela – como as pessoas podem se tornar assustadoras ao alimentar a necessidade corrosiva de serem vistas a todo custo.

quinta-feira, janeiro 05, 2023

O olhar hollywoodiano para a luta de classes no filme 'O Menu'


A cinematografia recente não está deixando os ultra-ricos em paz. Dessa vez é o filme “O Menu” (The Menu, 2022), uma sátira brutal sobre a divisão de classes que acompanha integrantes daqueles 1% mais ricos do planeta que pagam muito dinheiro para vivenciarem uma experiência única: um jantar exclusivo em uma ilha no Noroeste do Pacífico, cujo menu foi elaborado por um chef celebridade que trata seus cozinheiros como um sargento comanda soldados rasos. “O Menu” é uma ópera em humor negro sobre humilhação, auto-aversão e vingança. Com o tempo, os pratos feitos sob medida começam a assumir um tom intrusivo, sinistro e violento contra os próprios ricos clientes. Porém, é a visão hollywoodiana da luta de classes, cuja indignação não se transforma em uma reação política coletiva, mas em ódio e ressentimento individual.

terça-feira, janeiro 03, 2023

A morte e o pavor existencial no filme 'Ruído Branco'




Um verdadeiro épico do pavor existencial que sintetiza todas as questões filosóficas de Albert Camus em torno da morte e suicídio em uma simples expressão: “Shits Happens!”. Esse é o filme “Ruído Branco” (White Noise, 2022), intrigante adaptação do cineasta Noah DeLillo ao romance pós-moderno homônimo de 1985. Uma comédia híbrida com acidente ferroviário que produz uma nuvem tóxica que gera uma evacuação em massa de famílias de subúrbios, freiras cínicas e um supermercado que, com suas cores e assepsia, vira um revigorante espiritual em um mundo absurdo e aleatório. Também a angústia pela morte que vira o leitmotiv da crise conjugal na família de um professor que é autoridade mundial em “Hitlerologia”. “Ruído Branco” mostra pessoas tentando esquecer de que todos nós vivemos no limite tênue entre a descoberta do absurdo e a esperança num sentido ou propósito que faça sentir que a vida vale a pena.

quinta-feira, novembro 24, 2022

Natto, mapo tofu, macarrão lamen e autoconhecimento erótico no filme 'Sexual Drive'



O que iguarias da culinária japonesa como natto, mapo tofu e um macarrão lamen com gordura extra têm a ver com sexo? Tudo, principalmente numa sociedade de consumo que promove os alimentos como forma fetichista e regressiva de realização compulsiva e ilusória de desejos: comemos demais e fazemos sexo de menos. Porém, a comédia de humor negro “Sexual Drive” (2021), exibido na MUBI, vai no sentido contrário: transforma esses três produtos da cozinha japonesa em formas de autoconhecimento psíquico e erótico. São três contos centrados em cada uma dessas iguarias que se tornam objetos de excitação. Estórias sobre sexo, mas sem nunca o mostrar.

sexta-feira, novembro 04, 2022

Da positividade hipócrita ao riso maligno e viral no filme 'Sorria'


No terror “Sorria” (Smile, 2022) há duas linhas de diálogo que são chaves de compreensão do filme: ““Faça uma cara feliz. Você fica mais bonita quando sorri” e na cena clássica da protagonista diante do monstro: “por que você está fazendo isso comigo?” “Porque sua mente é tão convidativa!”, responde a entidade com um sorriso psicótico. Dessa maneira, “Sorria” incorpora as origens antropológica ambíguas do riso: de um lado como inversão e desestabilização diante da positividade hipócrita da sociedade; e do outro, as origens sardônicas do riso na violência e crueldade: o riso como fenômeno demoníaco. Mas numa sociedade mediada pela Internet e redes sociais, o riso maligno só pode ser infeccioso e viral, cuja força está no trauma, culpa e ressentimento.

quarta-feira, setembro 14, 2022

Boneca sexual, multidão solitária e alienação no filme 'A Garota Ideal'



Um filme que tinha tudo para dar errado pelo seu argumento: um homem solitário, incapaz de se relacionar com a própria família e conhecidos no trabalho, compra através da Internet uma boneca sexual de látex em tamanho natural. Ela se chama Bianca e, orgulhoso, apresenta a todos como sua “namorada”. O que poderia virar um conjunto de piadas grosseiras se transformou em um filme inteligente, reflexivo e tocante. Ele usa Bianca como uma espécie de alter-ego terapêutico para seus traumas familiares e uma forma de conseguir aprovação social.  O filme “A Garota Ideal” (“Lars and the Real Girl”, 2007) expressa o fenômeno psicológico comum numa sociedade de multidões solitárias: de animais de estimação aos gadgets promovidos pela sociedade de consumo, nos alienamos de nós mesmos para nos projetarmos em pets e objetos em busca de gratificação e aprovação do mundo externo.

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