Coisa que ganham vida e passam a caçar seres humanos é um tema recorrente no cinema: carros homicidas, tomates assassinos, pneus que se vingam da civilização, vestidos que matam entre outros numa lista infindável. “Mergulho Noturno” (Night Swim, 2024), dos mesmos produtores de “A Freira” e “M3GAN”) acrescenta mais um objeto que ganha vida: uma piscina que engole gente em um típico subúrbio de classe média. Embora “Mergulho Noturno” siga todos os cânones do gênero, seu roteiro é uma curiosa combinação de simbologias antropológicas (a antropomorfização dos objetos e reificação da sociedade), esotéricas (o imaginário do elemento água) e urbanas (o imaginário das classes médias suburbanas e o desencantamento do mundo).