terça-feira, janeiro 30, 2024

Sobre pescarias,"super lives" e operações da PF; flagrante da esquerda pavloviana na Secom; quem ganha com crise na Abin?


E a espuma midiática continua... com requintes semióticos bizarros como “Super Live” e camiseta de Israel, além Bolsonaro falando em peixes pescados em piscina... depois de ter saído para pescar antes da ação da PF. Vamos decodificar esse caos semiótico na Live Extra Cinegnose 360 #35, nessa quarta-feira (31/01), às 18h, no YouTube e Facebook. Depois dos costumeiros e trepidantes Comentários Aleatórios, vamos à Crítica Midiática do meio da semana:  a coreografia combinada da “Super Live” de Bolsonaro com operação da PF contra seu filho; “Toc,Toc,Toc” e “Grande Dia”: a reação da esquerda pavloviana;  um flagrante de como Secom e governo são reféns da pauta midiática; Vale, Mantega e a estratégia semiótica do “rocambole informativo”; a ironia da condecoração de Lula na USP; armas restritas para policiais: com agrojornalismo, Exército cria o problema para depois se apresentar como solução. E outras bombinhas semióticas.

sábado, janeiro 27, 2024

Rolling Stones; Carlos Jordy, Marielle Franco, Abin... crítica da espuma midiática semanal; drag queen comunista prevê fim do mundo!


Corram! Mudança climáticas e desenvolvimentismo estão chegando! Enquanto isso, Milei chama presidente da Colômbia de “comunista assassino” e uma drag queen comunista diz que o mundo só tem mais três anos antes de uma catástrofe climática final... Tá puxado entender as informações da mídia? Então venha participar da Live Cinegnose 360 #141, nesse domingo (28/01), às 18h, no YouTube e Facebook. Começando com os Rolling Stones na sessão dos vinis do humilde blogueiro: Rolling Stones, um sismógrafo da cultura pop. Também vamos discutir o filme com onze indicações ao Oscar: “Poor Things” de Yorgos Lanthimos, líder da “onda estranha” do cinema grego. E o filme “O Homem dos Sonhos”: quando as redes sociais se transformam no inconsciente coletivo. E na Crítica Midiática: dois flagrantes da cismogênese da retórica das mudanças climáticas: um doc sobre o Vale do Ribeira e as profecias de uma drag queen comunista; Carlos Jordy, Marielle Franco, Abin... a espuma midiática semanal; "Steadfast Defender 2024": a maior manobra militar da OTAN desde a Guerra Fria; um comparativo de jornalismo de guerra Folha/Estadão/Globo; Casas de apostas dominam mídia e futebol: o que isso significa? E mais algumas bombinhas semióticas... venha participar!

sexta-feira, janeiro 26, 2024

Um manifesto ciborgue e a reconfiguração do feminismo em 'Pobres Criaturas'


Yorgos Lanthimos, o diretor líder daquilo que os cinéfilos chamam de “onda estranha grega”, mais uma vez em “Pobres Criaturas” (Poor Things, 2023, com onze indicações ao Oscar) lança mão da estranheza. Com um tema obsessivo na sua obra, desde “Dente Canino” (2009): personagens totalmente incongruentes entre si no qual violência, amor, culpa, erotismo, misticismo e horror se misturam em espaços claustrofóbicos ou famílias que se transformam em prisões. Dessa vez, Lanthimos foca sua lente estranha nas questões de identidade e gênero numa espécie de releitura feminista do Frankenstein de Mary Shelley, adaptando o livro “Poor Things” de Alasdair Gray. Livro que certamente se inspirou no “Manifesto Ciborgue” que reconfigurou o feminismo ao se apropriar da figura hipermasculinizada do Ciborgue na cultura pop - a mulher como ser híbrido, parte biológica e que precisa se recompor com a parte técnica, para encontrar a si mesma.

terça-feira, janeiro 23, 2024

Na Live Extra: OMS, Davos e a "Doença X"; droga zumbi e protestos na Europa; existe burguesia industrial no Brasil?


O avô desse humilde blogueiro, português, dizia: “Nessa terra, em se plantando, tudo dá”... então pra quê indústria, essa reminiscência nostálgica getulista? Então, entre a utopia e a nostalgia, acontece a Live Extra Cinegnose 360 #34, nessa quarta-feira (24/01), às 18h, no YouTube e Facebook. Depois dos costumeiramente controversos Comentários Aleatórios, a Crítica Midiática do meio da semana com: OMS em Davos alerta para uma hipotética pandemia global da “Doença X”; não existe pecado abaixo do equador: mais delícias do capitalismo brasileiro sem risco; porque grande mídia brasileira esconde duas coisas: “epidemia zumbi” nos EUA e protestos dos agricultores na Europa; Casas de apostas e futebol: empresa francesa afirma estar “99% convencida” de possibilidade do Brasileirão 2023 ter sido manipulado; Programa Nova Indústria Brasil: Burguesia industrial brasileira vai mesmo se descolar da burguesia financeira? Aeronáutica não quer salvar Yanomâmis... mais vai salvar turistas ricos em Israel. Venha conspirar com os cinegnósticos nessa quarta-feira! 

sábado, janeiro 20, 2024

Jazz e Guerra Fria; mídia no modo freak out: Refinaria Alberto Lima e Enem dos concursos públicos; dengue será próxima pandemia global?


Lula chamou o pai de careca e a mãe de bicicleta! Grande mídia em modo freak out! Obras da refinaria Abreu Lima são retomadas, Lula fala em autossuficiência brasileira do diesel e aponta digitais dos EUA na Lava Jato! Lula sobe no trapézio e anda no arame. Vamos discutir esses e outros temas na Live Cinegnose 360 #140, nesse domingo (21/01), às 18h, no YouTube e Facebook. Começando com o jazz alemão do Fritz Pauer Trio: como o jazz foi utilizado como operação psicológica na Guerra Fria. Depois dos trepidantes Comentários Aleatórios, discutiremos o filme clássico “A Montanha dos 7 Abutres” (o jornalismo sujo, podre e canalha) e o amor em tempos de inteligência artificial com o filme “Intruso”. Na sessão dos livros, vamos nos deliciar com alguns aforismos. E na Crítica Midiática da semana: Bioimperialismo: a morte do Zé Gotinha; para OMS dengue é candidata a nova pandemia global; o trabalho de Sísifo de Haddad; Lula “acena” para militares: o efeito transmídia do 8/1; Carlos Jordy: mais um spin off do 8/1; o não acontecimento do imposto dos evangélicos; Freak out na grande mídia: Enem dos concursos públicos e refinaria Abreu Lima; a chantagem das companhias aéreas: capitalismo sem risco; por que grande mídia repete os clichês do “fazer a diferença” e da “empatia”? E outras bombinhas semióticas.

sexta-feira, janeiro 19, 2024

'A Montanha dos 7 Abutres': sujo, canalha, podre


“Eu posso lidar com notícias grandes e pequenas. Se não houver notícia, saio na rua e mordo um cachorro”, diz cinicamente Kirk Douglas, numa performance de gelar o sangue do espectador. Mais de meio século depois, “A Montanha dos 7 Abutres” (Ace in the Hole, 1951) continua afiado como um punhal. Um documento histórico de um momento em que o mercado de notícias estava transformando a face da sociedade, rivalizando com a própria indústria do entretenimento. O momento em que o jornalismo corporativo deixava de ser mera testemunha ocular dos fatos para ser a dona ou até criadora dos fatos. Kirk Douglas é um jornalista amargurado, expulso dos grandes centros e que vê num acidente em uma mina perdida no meio do deserto a chance de reavivar a carreira. Rapidamente a situação se torna um circo midiático sujo, podre e canalha, antecipando em décadas aquilo que apenas seria potencializado pelas novas tecnologias e redes sociais.

terça-feira, janeiro 16, 2024

Taylor Swift pra ministra da Economia! Uma semiótica da visita de Boulos à Marta Suplicy. Globo e o prato da vingança que se come quente



O ex “fazendeiro de bundas”, Luciano Huck, faz mediação de painel em Davos; mídia comemora a “revolução” do PIX; e jornalões dizem que Taylor Swift salvou economia brasileira em novembro. Esse é o patafísico início de ano que a Live Extra Cinegnose 360 #33 vai decodificar. Nessa quarta-feira (17/01/2024), às 18h, no YouTube e Facebook. Depois das ironias e paradoxos dos Comentários Aleatórios, a Crítica Midiática do meio da semana: os cinco maiores bilionários do planeta dobraram suas fortunas... e para grande mídia o problema é que são todos homens; Hipocrisia, Equador e narcotráfico; Taylor Swift para ministra da Economia do Brasil! Por que a pauta do jornalismo corporativo é “eleições municipais polarizadas”? Uma semiótica da visitaTaylor  de Boulos à residência de Marta Suplicy; Globo joga de uma vez Moro ao mar para salvar a si mesma; Modus operandi midiático é vingança é um prato que se come... quente: José Dirceu e Lava Jato.

sábado, janeiro 13, 2024

Live está de volta! Com bombas semióticas: polarização nem-nem, metonímicas, dos spin-offs do 8/1, da vaidade, da empatia...


O humilde blogueiro está de volta! Live Cinegnose 360 #139, nesse domingo (14/01), às 18h, no YouTube e Facebook. Como este Cinegnose estava de férias, mas sem deixar de acompanhar a distopia que nos cerca, teremos uma enxurrada de assuntos. Começamos com os vinis do humilde blogueiro: Diana Washington, jazz e uma vida autêntica abreviada. Na sessão do Cinema e audiovisual vamos de três filmes: “Saltburn” (a “rich exploitation”), o brasileiro “Retratos Fantasmas (memórias em ruínas) e “A Sociedade da Neve” (canibalismo e horror cósmico). Na sessão dos livros, vamos discutir o conceito de castas. E na Crítica Midiática: o ano começa com jornalismo metonímico e contaminações semióticas... e o ano na Globo começa com o Japão como reserva moral dos brasileiros; Haddad: a vaidade é o pecado predileto do diabo; a bomba semiótica transmídia do 8/1 com mais spin-offs; violência no Equador... e Globo News preocupa-se com EUA; Eleições municipais: a polarização semiótica “nem-nem”; as bombas semióticas da “Empatia” e do “fazer a diferença”; a retórica da distopia high tech de Musk... e, como sempre, outras bombinhas semióticas. 

Canibalismo e horror cósmico em 'A Sociedade da Neve'


A história dos sobreviventes dos Andes (o acidente aéreo de 1972 com dezesseis sobreviventes entre 45 pessoas a bordo) já foi contada e recontada na literatura e cinema – sempre com o toque sensacionalista do canibalismo. Mas em “A Sociedade da Neve” (2023), do diretor espanhol J.A. Bayona, a questão do canibalismo é colocada num cenário mais amplo: o do horror metafísico ou cósmico, com forte traço gnóstico. Os planos grandiosos dos Andes os infinitos campos de neve contrastando com fragilidade dos sobreviventes diante da escala do cenário acentuam a absoluta indiferença da Natureza diante da presença humana. Ali não há Deus, propósitos divinos, sentido ou sequer destino. Apenas a fúria dos elementos. Diante da “morte de Deus” resta o pós-humano: o homem tornar-se uma máquina de sobrevivência tão furiosa quanto a Natureza – e o canibalismo é apenas um elemento nesse quadro mais geral.

quinta-feira, janeiro 11, 2024

Filme 'Intruso' e o amor na era da inteligência artificial


A premissa de “Intruso” (Foe, 2023) soa familiar, sobre a ideia de robôs e androides se tornarem tão reais que percamos as fronteiras entre simulação e realidade. Mas, lembre-se! Não estamos mais diante de replicantes sencientes e autônomos. Mas agora lidamos com inteligência artificial machine learning – algoritmos que “aprendem” conosco e não mais emulam, mas imitam. Num futuro em que o planeta está ambientalmente agonizante e a saída é o espaço sideral, um casal que mora em uma fazenda remota no Centro-oeste americano recebe a visita de um representante do governo convocando o marido para uma missão em uma colônia em outro planeta. Para dar continuidade ao casamento, no lugar ficará um clone com o qual a esposa nem perceberá a diferença. Para garantir isso, um pesquisador deverá passar um tempo com o casal para recolher o máximo de informações para que o clone seja o mais real possível. Em “Intruso” acompanhamos o que poderá ser o amor em tempos de inteligência artificial. 

sábado, janeiro 06, 2024

Culpa e fúria nos 40 anos da série 'Chaves' no Brasil



Está fazendo 40 anos da estreia da série mexicana “Chaves” (El Chavo Del Ocho) aqui no Brasil Criado por Roberto Gómez Bolaños, falecido em 2014, era apelidado de Chespirito - “Pequeno Shakespeare”. Mas ele sempre esteve muito mais próximo de Stephen King e do escritor francês Camus. Se King dizia que o inferno era a repetição e Camus via no homem moderno atualização do mito de Sísifo, Bolaños vai mixar esses insights em uma pequena vila de pobres e remediados em algum lugar no Distrito Federal do México. Uma galeria de personagens que parecem condenados a repetir seus pecados na eternidade, assim como Sísifo rolava uma pedra montanha acima numa tragédia sem fim. Mas se fosse apenas isso, “Chaves” não seria tão cultuado por tantas gerações. Há algo mais: se por um lado a série revela um sentido auto moralizante onde cada personagem repete "ad aeternum" seus pecados mortais, do outro ninguém demonstra o menor respeito pela Ordem, seja a de Deus ou a do Diabo. A receita de um cult: a ambígua da mistura da culpa com a fúria.

quinta-feira, janeiro 04, 2024

Filme 'Saltburn' e a "rich exploitation' de uma aristocracia que perdeu seus predadores naturais


A produção original Amazon “Saltburn”, de Emerald Fennell (“Bela Vingança”) é uma combinação explosiva de sexo com luta de classes. Mais uma produção de uma tendência dos últimos anos que poderíamos definir como subgênero “rich exploitation”: obscenamente ricos que se autodestroem. Mas “Saltburn” explora uma faceta do topo da pirâmide social: os aristocratas, aqueles que apenas herdam a riqueza com um senso quase ingênuo de nobreza – sem predadores naturais, basta apenas um pequeno empurrão para que tudo desabe. Um jovem proveniente da classe trabalhadora chega à exclusiva universidade de Oxford para conviver com jovens herdeiros que não têm a menor necessidade de estarem ali. A não ser justificar para a sociedade a sua absurda riqueza. “Saltburn” é uma espécie de remix de “O Talentoso Ripley”, porém transitando entre o thriller sexual e o humor sombrio.

quarta-feira, janeiro 03, 2024

Memórias em ruínas no filme 'Retratos Fantasmas'


As ruínas nos fascinam. Desde o início da arqueologia moderna, influenciou a sensibilidade artística criando um imaginário associado a memórias, fantasmas e desaparecimento até chegar, no século XX, ao “princípio das ruínas” como propaganda e estética política nazista: ruínas como inspirações para as gerações futuras. Kleber Mendonça Filho consegue representar esse imaginário em “Retratos Fantasmas” (2023) através de uma jornada pessoal e sociopolítica pelas memórias trazidas pelas ruínas urbanas: da casa vizinha ao edifício em que mora aos cinemas de rua abandonados do Centro do Recife. Como a modernidade cria incessantemente ruínas. E como nos relacionamos com elas através das memórias. Além de as ruínas apontarem para o futuro quando salas de projeção viram templos religiosos.

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