sábado, maio 17, 2025

Cinderela na cultura coaching vira um conto de horror em 'The Ugly Stepsister'


O filme “The Ugly Stepsister” (Den Stygge Stesøsteren, 2025), da diretora norueguesa Emilie Blichfeldt, é mais uma releitura de contos de fada da cinematografia recente. Ela pega o conto clássico dos irmãos Grimm, “Cinderela”, e inverte o foco: acompanhamos a história não mais do ponto de vista da heroína, mas da ótica da meia-irmã feia que a todo custo quer ser a escolhida do príncipe. Qual o preço da beleza? É quando o conto “Cinderela” se encontra com o horror corporal cronenbergiano. E também quando descobrimos que Cinderela, desde o início com os irmãos Grimm, foi uma história de horror. Até ser embelezada pela Disney. Mas os irmãos Grimm ainda buscavam ensinar para o leitor uma “moral da história”. Ao contrário da versão de Emilie Blichfeldt: vira um conto de advertência sobre zeitgeist atual da hegemonia das tecnologias do Eu da cultura coaching – gerir a si mesmo como marca para ter o maior impacto num mercado competitivo.

VOLTAMOS!!! Live Cinegnose 360!!! Com Pixies; a esquerda e o caso dos pastores mirins; nem a Folha aguentou tropeço woke da Globo com Janja

 


VOLTAMOS!!!! Depois de uma longa permanência no Departamento Médico, esse humilde blogueiro retorna às Lives, com a Live Cinegnose 360 #191, nesse domingo (18/05/2025), às 18h, no YouTube e Facebook. Que começa com tudo: na sessão dos vinis e CDs, vamos conversar sobre a banda Pixies: o retrato sonoro do zeitgeist da contracultura emergente do Final dos Anos 80 e Início dos 90. Depois, vamos falar de dois filmes: o terror racial de “Os Pecadores” e “The Ugly Stepsister” (a releitura de Cinderela para tempos neoliberais). Na sessão dos livros, vamos falar de memes e informação em James Gleick: “A Informação: Uma História, uma Teoria, uma Enxurrada. E na Crítica Midiática: os novos áudios da PF sobre a tentativa de golpe: por que a intensificação agora da PsyOp da Pedagogia do Medo? Até a Folha percebeu o “tropeço Woke” do “agrojornalismo” da Globo News no caso Janja; o que os ministros do STF foram fazer no evento de João Dória e Temer em Nova York? O caso dos pastores-mirins: esquerda esqueceu o que são Aparelhos Ideológicos de Estado; O timing da gripe aviária; Ancelotti na seleção: como mídia é usada como cortina de fumaça; Trump à espera de duas oportunidades de negócios: Projeto Gaza 2035 e um novo Plano Marshall para Europa... Venha comemorar a volta do humilde blogueiro!

sexta-feira, maio 16, 2025

Drops News #16: Lula na China e o "Jornalismo Engov": Globo engole o próprio wokeísmo; burguesia banqueteira em NY; a semiótica de Mujica


Depois do humilde blogueiro sair do Departamento Médico, Drops News Cinegnose 360 #16. Que começa com os Comentários Aleatórios: a churrascaria num parque privatizado em SP: o desprezo da História e o “Presente Extenso”; CERN transforma chumbo em ouro: Alquimia no século XXI; Igrejas evangélicas que parecem shopping centers: a arquitetura genérica; flagrante da elite brasileira: campanha do cartão Elo com Sasha Meneghel. E na Crítica Midiática: Lula na China e o “jornalismo Engov” da grande mídia – Glogo News engole seu próprio wokeismo; Boulos no ministério: PT se distancia das bases sociais; Doria banqueteiro serve a burguesia brasileira em Nova York; Judicialização da Política: na falta da esquerda, juízes do Trabalho fazem a militância; explode luta de classes na periferia de SP: cadê a esquerda? A limpeza semiótica de Pepe Mujica feita pelo jornalismo corporativo. Zambelli condenada: o modus operandi Al Capone.

quarta-feira, maio 14, 2025

Depois do Papa Francisco, é a vez de Pepe Mujica sofrer limpeza semiótica da grande mídia


A morte do líder esquerdista uruguaio Pepe Mujica revelou que a sua persona transcendeu as diferenças do espectro político. Tanto que jornalões e portais da grande mídia tiveram que colocá-lo nas manchetes principais como “emblemático líder da esquerda”. Mas o jornalismo corporativo não dá o braço a torcer. É nesse momento que entra em ação a costumeira criatividade semiótica e a piruetas retóricas dos “aquários” das redações. Afinal, o momento é delicado – estamos num ano pré-eleitoral. Em tempos de agenda neoliberal, suas referências guerrilheiras e marxistas foram tratadas como “paradoxos” de um “humanista”... quase um santo, em tempos de novo Papa. Ou ainda um pretexto para mais um recall da Lava Jato: “ele era de esquerda, sem corrupção”, como fez questão de frisar um “colonista” da TV. Além de Mujica ser submetido à mesma operação semiótica de limpeza ideológica do Papa argentino Francisco: o líder uruguaio tornou-se “ideogênico”: ideologicamente “fotogênico”, palatável, anódino, de um humanismo genérico e abstrato.

terça-feira, maio 13, 2025

Clichês do Blues e mitologia dos vampiros no terror racial 'Pecadores'



Desde “Corra!”, de Jordan Peele, o terror racial tornou-se um subgênero que vem chamando a atenção: série "Them", "Barbarian", "Us", "Clonaram Tyrone!" etc. Mas essa junção entre o racismo, o sobrenatural e o fantástico vai além dos limites, de quebra renovando a mitologia dos vampiros. Estamos falando do filme “Pecadores” (‘Sinners”, 2025), de Ryan Coogler (Creed, Pantera Negra). Dois irmãos gêmeos voltam financeiramente bem-sucedidos do submundo de Chicago, para sua cidade natal no Delta do Mississipi no início dos anos 1930. Dispostos a inaugurar uma casa noturna de Blues. Mas enfrentarão um mal ainda maior do que deixaram para trás: vampiros ancestrais brancos sedentos por uma música que apaga as fronteiras entre a vida e a morte. Enquanto Coogler renova a mitologia vampiresca, empilha clichês brancos sobre o Blues, como, por ex., supostos pactos diabólicos por trás dos bluesmen. Para reduzir a questão do racismo uma questão de viés cultural: a ignorância e teimosia de pessoas que ainda não perceberam que os tempos mudaram.

domingo, maio 11, 2025

Drops News #15: PMs estão virando bombas-relógio; Data-Centers e colonialismo digital; Lady Gaga preparou visita de delegação dos EUA?


À beira de o humilde blogueiro sair do Departamento Médico, mais um Drops News Cinegnose 360, a edição #15 da série que está próxima do fim. Para depois retomarmos as Lives. Drops #15 que começa com os Comentários Aleatórios: Neymar e a ascensão da Classe C: sincronismos na longa agonia e queda do Santos FC; Igrejas neopentecostais e os “memes de associação”: cristianismo associado a religiões de matriz africana? Anticoncepcionais masculinos: nova revolução cultural e comportamental? Na sessão do Cinema e Audiovisual, a comédia dramática italiana “Perfeitos Desconhecidos”: os smartphones são as caixas-pretas do nosso tempo. E na Crítica Midiática: negacionismo histórico e grande mídia furiosa com Lula na Rússia; Dia de Fúria: policiais militares estão virando bombas-relógio; Conexões entre show de Lady Gaga e visita de delegação dos EUA no Brasil; Pesquisadora da Universidade de Stanford elogia Brasil para reforçar o colonialismo digital; Haddad oferece pacote de bondades para Data Centers das Big Techs no Brasil; Por que Papa Francisco queria cardeal norte-americano Provost como seu sucessor?  

sexta-feira, maio 09, 2025

Habemus Drops News #14: os sincronismos da escolha do novo Papa; protestos contra morte em metrô de SP: cadê a esquerda? A Selic eleitoral

Habemus Drops News Cinegnose 360 #14! Claro, vamos analisar os sincronismos do “Habemus Papam Leão XIV”. Que começa com os Comentários Aleatórios: “Nosso Lar” e “Despertar dos Mágicos”: as bases da Para-Política e a lenta decadência da cosmopolita cultura das madrugadas urbanas. Na sessão de Cinema e Audiovisual, “Mother, Couch” para cinéfilos aventureiros: no surrealismo, um sofá não é só um sofá. E na Crítica Midiática: os sincronismos da escolha do novo Papa; Escândalo do INSS e eleições em SP: lentamente a ficha está caindo para a esquerda; Grande mídia fala da proposta de congelamento do salário-mínimo de Armínio Fraga em atmosfera otimista de comercial de matinais; Taxa Selic sobre de novo e Roberto Campos Neto vai para a Nubank: o que tem a ver? Mídia corporativa bate bumbo para mais aumentos; protestos dos movimentos sociais contra morte de passageiro na Linha privatizado do metrô de SP: cadê os políticos da esquerda no protesto?

quinta-feira, maio 08, 2025

No surrealismo, um sofá não é apenas um sofá em 'Mother, Couch'


Esse filme é para cinéfilos aventureiros. “Mother, Couch” (2023) é uma co-produção Suécia, Dinamarca e EUA, cuja estreia no cinema do diretor e roteirista Niclas Larsson segue a trilha de Charlie Kaufman de filmes como “Sínedoque, Nova York” (2011) e “Estou Pensando em Acabar com Tudo” (2020). Três meio-irmãos são forçados a ficar juntos quando sua mãe que se recusa a sair de um sofá em uma grande loja de móveis à beira da falência. Ela decide largar a sua casa e a própria família para viver num show room vintage dos anos 1980. O filme constrói uma ambiguidade entre o surrealismo e o realismo - Com muitos simbolismos, alegorias e o desenvolvimento dos personagens e de tramas abertas a diversas interpretações, percebemos que sofá não é apenas um sofá. A loja não é apenas uma loja. Pessoas não são apenas pessoas. Incomunicabilidade das relações humanas é o tema geral: quando uma instituição como a família deixa de funcionar, podemos trocá-la como fosse um móvel velho?

terça-feira, maio 06, 2025

Escândalo do INSS e eleições em SP: lentamente a ficha está caindo para a esquerda


Este “Cinegnose” já vem há algum tempo argumentando que a Comunicação-Propaganda é um beco sem saída para o Governo – não é à toa que é incentivada pela própria grande mídia: a necessidade de Lula ter uma comunicação institucional, profissional, competente, neutra etc. A alternativa a esse equívoco seria a Comunicação-Acontecimento: jogar no mesmo campo simbólico da extrema-direita. Só que com sinais invertidos. E não é que parece (pelo menos, parece) que estão ouvindo a este humilde blogueiro! Uma notícia (“De Dr. Dráuzio Varela a Raí, esquerda cogita ‘outsiders’ para o governo de SP nas eleições 2026”) e um artigo (“Como tirar o irmão de Lula das manchetes”, por Moisés Mendes, sugerem que, lentamente, começa a cair a ficha no campo progressista. De um lado, a necessidade da aplicação do storytelling no marketing político. E do outro, a expressão desesperada da necessidade de a esquerda romper com a hegemonia da pauta noticiosa e da agenda política da mídia corporativa.

segunda-feira, maio 05, 2025

Drops News #13: com Lady Gaga, STF e com tudo, prepara-se um grande acordão nacional... e a esquerda combate moinhos de vento


Com Lady Gaga, STF e com tudo, assista ao Drops News Cinegnose 360 #13 ... enquanto a esquerda enfrenta moinhos de vento. Que começa com os Comentários Aleatórios: TSE e o vídeo da “urna-shan”: por que o Poder quer tanto que votemos? O significado cultural da “diáspora” Lady Gaga; físico lança mais argumentos para a tese do universo como simulação computacional. Na sessão do Cinema e Audiovisual: mais alguns comentários sobre a série “O Eternauta”; série “Black Mirror” Sétima Temporada: hipo-utopia e os futuros que jamais existiram. E na Crítica Midiática: estão ouvindo o Cinegnose 360: esquerda pensa em candidatos “outsiders” e acontecimento comunicacional; os limites do “wokeísmo” da TV Globo na afiliada em RN; Lady Gaga é o projeto colonizado de desenvolvimento econômico para o País; a crise do INSS e o plano da grande mídia de ressuscitar Ciro Gomes; STF, pejotização e fascismo; Collor condenado a viver numa cobertura luxuosa e o grande acordão nacional com STF e com tudo.

domingo, maio 04, 2025

Série 'Black Mirror', Sétima Temporada: hipo-utopia e os futuros que nunca existiram

 


A grande questão que a crítica levanta sobre “Black Mirror” é: será que a série ainda tem algo a dizer num mundo atual em que Big techs e Big Pharmas parecem realizar os pesadelos distópicos do criador Charlie Brooker? Parece que muitos críticos ainda não entenderam a proposta da série: “Black Mirror” não mostra futuros distópicos, mas hipo-utópicos. Nunca assistimos a mundos futuros na série. O que existe é uma projeção hiperbólica do que já vivemos no presente. Nos divertimos porque vemos a nós mesmos em tragicomédias tecnológicas, supostamente ambientadas no futuro. E a Sétima Temporada continua com a proposta hipo-utópica. Seis episódios unidos por uma ideia geral: o que está em jogo é a capacidade de transferir ou copiar seu Eu completo, ou partes como fragmentos de memória ou neurais, para uma realidade alternativa, uma dimensão alternativa ou simplesmente para uma nuvem para armazenamento. Reflexo do mundo atual dominado pelas “Tecnologias do Ego” que buscam um Eu performático.

sábado, maio 03, 2025

Série 'O Eternauta': os latino americanos sabem muito bem o que é ser invadido


Era mais uma noite de verão despretensiosa em Buenos Aires, quando de repente cai uma forte nevasca. Porém, mortal: aqueles flocos brancos e fofos são tóxicos e matam imediatamente em contato direto com a pele. A energia acaba, celulares perdem o sinal e os sobreviventes ficam incomunicáveis, isolados em suas residências. Um dos poucos sobreviventes é Juan Salvo (Ricardo Darín), um homem de meia-idade e cabelos grisalhos que veste uma máscara de gás e um casaco pesado impermeável e se aventura pela capital decadente em busca de pessoas para salvar.  Mas a nevasca é apenas o primeiro passo de uma invasão. Baseado na lendária HQ argentina de 1957, a série Netflix “O Eternauta” (2025-) transforma um típico subgênero Hollywoodiano em uma alegoria verdadeira de um continente que historicamente sofreu invasões, sejam colonialistas ou golpes militares. É sempre bem-vindo uma produção de ficção científica latino-americana que bota a colher nesse subgênero. Afinal, temos conhecimento de causa. Sabemos muito bem o que é ser realmente invadido por forças alienígenas.

sexta-feira, maio 02, 2025

Drops News #12: vídeo 'corporativo' do 1o. de Maio de Lula; ABL vira puxadinho da Globo; esquerda cai no 'rebranding' da CBF; Europa sem luz



O que está por trás da festa dos 60 anos da Globo ao blecaute na Europa? A resposta você encontra aqui nos Drops News Cinegnose 360 #12, diretamente do Departamento Médico no qual o humilde blogueiro está em tratamento. Que começa com os Comentários Aleatórios: Infantilização de adultos e os “bebês reborn”; esquerda cai na jogada de rebranding da camiseta vermelha da CBF; uma abordagem psicanalítica: por que o futebol feminino é flopada? Depois, vamos falar sobre a série argentina Netflix “El Internauta”: a simbologia política de um sci-fi latino-americano. E na Crítica Midiática: uma análise semiótica da fala de Lula do Primeiro de Maio em Cadeia Nacional; o governo sangra semioticamente no escândalo do INSS; derrubada de pauta ao vivo na Globo; Pablo Marçal no SBT: grande mídia sempre vai para a direita; ABL virou puxadinho da Globo; esquerda quinta coluna e a Margem Equatorial; Blecaute na Europa: foi a transição energética, estúpido! Aprofundando a “Síndrome de Vídeo de Casamento” na transmissão ao vivo do funeral do Papa; 60 anos da Globo resgata Regina Duarte para criar a memória afetiva do imaginário coletivo do brasileiro. 

quarta-feira, abril 30, 2025

O resgate de Regina Duarte e a "Festa da Firma" dos 60 anos da Globo: o que há por trás?


Enquanto a TV Globo tenta resgatar a bolsonarista atriz Regina Duarte, o Jornal Nacional despacha a apresentadora Renata Vasconcellos para a casa de telespectadores do telejornal. O que há em comum entre esses dois episódios? Além da comemoração dos 60 anos da TV Globo, como o projeto militar de monopólio da criação da primeira network brasileira beneficiou a Globo, permitindo-a controlar não só a pauta noticiosa, mas, principalmente, ter a hegemonia construção da memória afetiva do imaginário coletivo nacional. Se a Globo não mostrou, logo não aconteceu! Do arco da reapresentação de matérias jornalísticas antigas à reunião das vilãs mais icônicas da teledramaturgia na “Festa da Firma”, a Globo quer comemorar uma suposta fusão entre a biografia dos espectadores com a pauta do noticiário e entretenimento da emissora. O que explica o porquê da Globo, de repente, ficar tão interessada na crítica à comunicação do Governo Lula: quer mantê-lo na estratégia ineficaz de comunicação centrada na propaganda e marketing.

segunda-feira, abril 28, 2025

Síndrome do vídeo de casamento toma conta da transmissão do funeral do Papa


“É o pior momento, porque nada acontece!”, certa vez disse para mim um videomaker de cerimonias de casamento sobre os minutos da liturgia e da comunhão dos noivos diante do padre. A edição e montagem tem que ser criativa nesse momento para o vídeo não ser enfadonho. Mas para uma instituição de 2000 anos, é o momento simbolicamente mais importante. Mas na linguagem audiovisual não existe o simbólico. Apenas o instante e o simultâneo. A cobertura televisiva ao vivo do funeral do Papa Francisco também se ressentiu dessa “síndrome do vídeo do casamento”: se cada plano era rico em simbolismos e significados, foram esvaziados por uma abordagem bipolar: ou narrar estritamente o que já estávamos vendo ou ativar o clichê do “povo fala” e colocar em ação o “emocionômetro” de repórteres em busca de personagens que dessem a medida de “emoção” de cada momento. Pior do que a perda de qualquer curiosidade informativa, foi a estratégia semiótica da “ideogenia” – retirar do legado do Papa qualquer expressão materialista incômoda e substituir por clichês do neoliberalismo progressista: desigualdade, vulneráveis etc.

domingo, abril 27, 2025

Drops News #11: enterro do Papa e a "síndrome de vídeo de casamento"; o jogo semiótico do escândalo do INSS: governo pego de surpresa?


Ao cobrir ao vivo o enterro do Papa ao vivo, a mídia caiu na “Síndrome de Vídeo de Casamento”. Quer saber que anomalia midiática é essa? Então assista ao Drops News Cinegnose 360 #11. Que começa com os polêmicos Comentários Aleatórios: Selfies e a “História Deteriorada” no enterro do Papa; Adaptação cinematográfica de “Geni e o Zeppelin”: como a ideologia Woke reproduz o discurso da supremacia racial eugenista e nazista; Neoliberalismo e narcisismo: na cultura do empreendedorismo a marca é você. No Cinema e Audiovisual, a atualidade da comédia italiana de 2011 “Habemus Papa”: Kierkegaard, fé e angústia. E Na Crítica Midiática: o culto da emoção – cobertura midiática do enterro do Papa é dominada pela “Síndrome de Vídeo de Casamento”; a metalinguagem indesejada na Globo News; Estratégia semiótica Nem-Nem: mídia quer provar que Trump e Lula são iguais; Escândalo do INSS é a necessidade de um Gabinete de Inteligência Semiótica: Governo pego de surpresa? UTI com Bolsonaro vira quermesse com sanfoneiro, live e chilique: alguém vai investigar o hospital DF Star?



quinta-feira, abril 24, 2025

Fé e angústia existencial em 'Habemus Papam': não é uma coisa terrível ser Papa?


A comédia italiana “Habemus Papam” (2011) ganhou a fama de ter antevisto a renúncia inédita do Papa Bento XVI. Agora ganhou uma inesperada atualidade. Além de ser uma versão paródica do thriller eclesiástico “Conclave” (2024), também trata com humor a angústia existencial por trás de toda fé: não é uma coisa terrível ser Papa? “Habemus Papam”, é anunciado pelo cardeal do balcão da Basílica de São Pedro. Então ouvimos um grito sobrenatural vindo por trás das cortinas que decoram a sacada. É o Papa escolhido tendo uma crise de pânico agarrado ao trono. O anúncio cessa, para escalar uma crise sem precedentes. Um psicanalista é chamado, mas as coisas só pioram: o Papa foge e ganha as ruas de Roma em busca da solução do seu diagnosticado “déficit parental”. Fé é crer no absurdo, dizia o existencialismo cristão do filósofo Kierkegaard. Como um ser finito pode ter fé e encontrar acolhimento numa totalidade infinita chamada Deus? Esse é o absurdo paradoxo da fé, satirizado pela comédia “Habemus Papam”.

quarta-feira, abril 23, 2025

Drops News #10: Papa não resiste à visita de JD Vance: o que isso tem a ver com fim da Globalização? Petrobrás e Modo Conspiração

 




O que há em comum entre a morte do Papa Francisco e o incêndio em uma plataforma da Petrobrás na Bacia de Campos? O MODO CONSPIRAÇÃO acionado nesse humilde blogueiro. Essa é a pegada do Drops News Cinegnose 360 #10. Que começa com os aguardados Comentários Aleatórios: técnico do Flamengo, Felipe Luís, detona a presença das Bets no futebol; IA no mercado da pornografia: precarização do sexo? Travestismo digital em desfile de moda em Milão. Depois, vamos falar sobre o novo filme de David Cronenberg, “O Senhor dos Mortos” – sexo e morte, os dois eventos mais significativos na existência. E na Crítica Midiática: Papa Francisco não sobreviveu à visita surpresa de JD Vance? O fim da Globalização e o interesse de Trump no Conclave; como grande mídia neutralizou progressismo do Papa Francisco com retórica Woke; mundo foge do dólar atrás de ouro; Trump ataca FED e grande mídia compara com ataque de Lula ao BC; Blindagem para 2026: cresce roubo de motos e celulares em SP e Fantástico some com governador e prefeito; Greenpeace e incêndio em plataforma da Petrobrás: Ocidente não quer petróleo no Sul Global; IA de Musk diz que internação de Bolsonaro é fake.

terça-feira, abril 22, 2025

A muleta tecnológica do pós-morte transmitido online no filme 'O Senhor dos Mortos'

Tirando fora as produções de cunho moralista e/ou religioso, o tema da morte vem sendo abordado pelo cinema e audiovisual por dois vieses tecnognósticos: ou pela tecnologia prometeica que tenta ressuscitar a carne (Frankenstein), ou pela tecnologia que promete a imortalidade através do atalho de uma consciência digitalizada que transcenderia a carne graças a um upload final. Mas o emblemático diretor canadense David Cronenberg criou uma terceira via em “O Senhor dos Mortos” (The Shrouds, 2024): um cemitério/mausoléu conectado à internet que permite aos visitantes assistirem ao apodrecimento gradual da carne até aos ossos, em tempo real, de seus entes queridos enterrados, por meio de um aplicativo criptografado para iPhone. Uma muleta tecnológica que transforma o processo de luto num evento voyeurístico no qual sexo e morte se transformam em duas faces de uma mesma moeda. Até o sistema ser atacado, e o cemitério depredado, por algum tipo de ativismo: ambientalista ou contra um suposto ateísmo tecnológico.

domingo, abril 20, 2025

Drops News #9: os sentidos simbólicos e políticos das encenações da Paixão de Cristo; mídia esquece feriadão e abre guerra contra Lula

Que tal discutirmos os sentidos simbólicos, ideológicos e políticos da “Paixão de Cristo”? Ou como o jornalismo corporativo mandou às favas a pauta da “Sexta-Feira Santa” e resolveu bater bumbo contra o Governo Lula? Então assista ao Drops News Cinegnose 360 #09 especial do feriadão. Começando com os indefectíveis Comentários Aleatórios: os sentidos ideológicos e simbólicos das Encenações da Paixão de Cristo pelo Brasil; motoqueiros de entrega e Necrocapitalismo; Neoliberalismo subliminar: CLT está virando xingamento entre os jovens. No Cinema e Audiovisual, a comédia geopolítica do “David Lynch canadense”, Guy Maddin, “Rumours”. E na Crítica Midiática: Análise crítica das capas dos jornais de sábado; consumo no feriado da Sexta-Feira Santa derruba pauta de repórteres da grande mídia ao vivo; para a Banca, a culpa é do salário mínimo; jornalismo corporativo tenta ressuscitar Lava Jato e dar munição para bolsonaristas com a fabricação da crise do asilo político no Brasil da ex-primeira dama do Peru; Trump: nos EUA o Banco Central não é independente.

sexta-feira, abril 18, 2025

Drops News #8: o que mídia esconde ao insistir que Trump é "louco"? Agenda do "sem anistia" oculta avanço neoliberal no País

 


Você quer informações e críticas sobre cultura pop, cinema e audiovisual, mídia e jornalismo e para onde vai a economia política? É aqui, no Drops News Cinegnose 360 #08. Que começa com os costumeiros Comentários Aleatórios: para quais “baixinhos” Xuxa canta atualmente? O “travestismo digital” da inteligência artificial e a “missão espacial” de Jeff Bezos. No Cinema e Audiovisual, o filme “Death of a Unicorn”: por que os unicórnios invadiram a cultura pop? E na Crítica Midiática: Mídia progressista e esquerda sequestrados pela agenda da “defesa da Democracia” e “sem anistia”. Enquanto isso, STF e extrema direita tocam para frente o futuro neoliberal para o País. Por que grande mídia insiste com o mantra de que Donald Trump é “louco autocrático”? Como o jornalismo corporativo esconde a conta da Globalização: o “Acordo Mar-a-Lago” de Trump se choca com o pensamento taoísta do Oriente.

quarta-feira, abril 16, 2025

A peleja final da Globalização: Capitalismo Pentescostal X antropofagia espiritual taoísta

 


“O Trump é louco!” É o mantra da propaganda dos Democratas de dez em cada dez especialistas entrevistados pelos jornalões e telejornais do jornalismo corporativo. Porém, há uma realidade na guerra tarifária: historicamente sempre o fascismo foi o botão eject do Capitalismo: Trump terá que fazer o serviço sujo da conta que chegou da ordem mundial sustentada pelos democratas. Para além dos aspectos econômicos da guerra tarifária, está em jogo um choque cultural entre Ocidente e o Oriente – tendo a China como o grande oponente. Lévi-Strauss distinguia dois tipos de cultura: as que introjetam, absorvem, devoram - as “culturas antropofágicas” – as orientais; e as que vomitam, ejetam, expulsam – as culturas “antropoêmicas”. Que seriam as modernas culturas ocidentais. Através de Hollywood e Big Techs, o Império “vomitou” por meio de narrativas e algoritmos, seu “destino manifesto” da Democracia e Liberdade para todo o planeta. É o Capitalismo Pentecostal. Enquanto o Oriente leva ao extremo um velho princípio taoísta de que a vitória não se consegue afirmando-se, mas, pelo contrário, desvalorizando-se, cedendo-se. Assim como no jiu-jitsu onde não se vence impondo sua própria força ou valor, mas absorvendo a força do oponente.

terça-feira, abril 15, 2025

"Death of a Unicorn": por que os unicórnios invadiram a cultura pop?

 


Saem tiranossauros e velociraptors. Entram os míticos unicórnios... mas com garras de velociraptos em seus cascos. Muitos críticos apontam que o filme “Death of a Unicorn” (2025, chega aos cinemas daqui em maio) é o clássico “Jurassic Park” (1993) do século XXI – enquanto os dinossauros invadiram a cultura pop dos anos 1990, agora é a vez dos unicórnios: de símbolos alegres do movimento LGBTQI+ à figura que designa startups tecnológicas que supostamente valeriam mais de um bilhão de dólares. Um pai e uma filha acidentalmente atropelam e matam um unicórnio enquanto estavam a caminho de um retiro de fim de semana numa mansão isolada, onde seu chefe bilionário de uma Big Pharma tenta explorar as propriedades curativas milagrosas do sangue e chifre da criatura. Para tudo virar em um massacre vingativo da Natureza contra bilionários: “rich explotation”. Em cada época, dos seres pré-históricos do passado e agora as lendárias criaturas, cada qual representou o zeitgeist do seu tempo: em 1993, a Globalização triunfante. E o unicórnio atual, o triunfo das Big Techs e Big Pharmas na financeirização.

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