sexta-feira, julho 19, 2024
Um estranho aparelho de TV no início da era da televisão no filme 'The Twonky"
quinta-feira, abril 13, 2023
Filme 'Cidadão Kane', marcianos e pânico
“Cidadão Kane” (Citizen Kane, 1941) foi um milagre no cinema: um diretor estreante; um escritor cínico e alcoólatra; um diretor de fotografia inovador e um grupo de atores de teatro e rádio de Nova York receberam carta branca e controle total, e fizeram uma obra-prima. Da transmissão de rádio sobre uma invasão marciana que levou os EUA ao pânico em 1938, a um filme sobre um magnata da mídia, Orson Welles estimulou a reflexão sobre duas formas de poder: o da influência midiática e da propriedade das mídias. Na primeira, a descoberta de que o século XX estava preparado para o pânico; e na segunda, uma exploração freudiana do desejo pelo poder – basicamente poderia ser a busca para recuperar algo perdido na infância. O Poder como fantasia adulta regressiva a uma forma neurótica e compulsiva.
sábado, outubro 08, 2022
A invenção misteriosa e esotérica da fotografia no filme 'A Noiva'
Desde o início, com a invenção do daguerreótipo, a fotografia esteve envolvida com o misterioso e o esotérico: afinal, em todas as culturas, ver o próprio duplo é um evento misterioso podendo até mesmo ser o prenúncio da morte. Com a fotografia, para começar, a possibilidade de ter a própria alma roubada. E na Rússia? Onde a Ciência e antigas crenças conviveram no período czarista. Esse é o universo que inspira o terror russo “A Noiva” (Nevesta, 2017): uma garota está prestes a se casar com seu namorado e é levada por ele para conhecer sua família numa região remota que parece ter parado no tempo. Uma família de gerações de fotógrafos, especializados em fotografar mortos, antiga crença de que isso os manteria vivos. Logo será incomodada com a estranheza dos seus anfitriões: algum tipo de experimento deve ter saído do controle em algum momento da história daquela família.
quinta-feira, fevereiro 17, 2022
Filme 'A Nuvem Rosa' anteviu o presente capturando o espírito do tempo
De repente nuvens rosas tóxicas ocupam os céus e baixam à terra, envolvendo as grandes cidades do planeta – capazes de matar humanos após dez segundos de exposição. Todos ficam aprisionados onde quer que estejam: em casa, supermercados etc. Um jovem casal acorda em seu apartamento e toma pé da situação através da TV. O que deveria ser apenas um caso de uma noite, vira a única conexão humana por anos, numa espécie de prisão domiciliar. Escrito em 2017 e filmado em 2019, a produção brasileira “A Nuvem Rosa” (2021) é assustadoramente profética ao descrever com detalhes aquilo que hoje chamamos de “novo normal”. Após a estreia do Festival de Sundance em 2020, tornou-se um sucesso de crítica nos EUA pela forma como “A Nuvem Rosa” capturou o espírito do tempo: a coincidência da pandemia (ou a nuvem tóxica) acontecer quando a mediação tecnológica era possível; os processos psíquicos de negação e normalização; a apatia diante do desastre; e o quanto a nossa percepção do que chamamos por realidade pode ser moldável.
terça-feira, agosto 17, 2021
Documentário 'Generation Wealth': quando o império americano cair, levará o mundo junto
sábado, dezembro 29, 2018
Esquerda desarmada diante das operações psicológicas "alt-right"
sábado, dezembro 08, 2018
"Coletes Amarelos" na França: a revolução não será televisionada!
quarta-feira, outubro 10, 2018
Bolsonaro é um avatar. Como enfrentá-lo?
quarta-feira, maio 02, 2018
O mal-estar dos millennials diante do fim do mundo em "Bokeh"
sexta-feira, julho 14, 2017
A condenação de Lula e a midiática "crítica nem-nem"
sexta-feira, junho 30, 2017
Quando sorrir soa parecido com gritar em "Helter Skelter"
domingo, dezembro 04, 2016
O "momento decisivo" na foto símbolo da aprovação da PEC 55
segunda-feira, julho 04, 2016
Curta da Semana: "The Nostalgist" - estamos viciados em nossas ilusões?
sexta-feira, maio 06, 2016
O despertar xamânico no filme "O Abraço da Serpente"
sábado, novembro 29, 2014
"Veja São Paulo" detona bomba semiótica na Cracolândia
- Olá, querida - gritou Joe Louis a sua mulher ao vê-la o esperando no aeroporto de Los Angeles. Ela sorriu enquanto aproximava-se e quando estava a ponto de ficar na ponta dos pés para lhe dar um beijo, deteve-se de pronto.
- Joe, onde está sua gravata? - perguntou.
- Ai, querida - ele desculpou-se encolhendo os ombros - estive fora toda a noite em Nova York e não tive tempo... (...)
quinta-feira, novembro 20, 2014
A fotografia pode roubar nossa alma no filme "Skew"
Aclamado em diversos festivais de filme de terror, o filme independente “Skew” (2011) parte de uma curiosa teoria da fotografia formulada pelo escritor francês Balzac no século XIX: toda fotografia é um “crime espectral” – cada exposição à câmera nos rouba uma das camadas espectrais que compõem o nosso ser. A cada fotografia morremos um pouco. Com essa premissa, o diretor Sevé Schelenz constrói uma narrativa com câmera na mão que no início parece se filiar a estilo de filmes como “Bruxa de Blair” ou “Rec”. Apenas parece. Ao se inspirar no temor de Balzac, Schelenz não só leva a premissa às últimas consequências como também a atualiza: na verdade, as imagens estariam roubando não as nossas camadas espectrais, mas as camadas de memórias que compõem quem nós somos. Filme sugerido pelo nosso leitor Felipe Resende.
sábado, maio 31, 2014
A bomba semiótica Forte Apache
segunda-feira, maio 26, 2014
Semiótica do amor revela o desencontro marcado
domingo, dezembro 29, 2013
Retrospectiva e perspectivas das bombas semióticas para 2014
quarta-feira, dezembro 25, 2013
Semiótica das fotografias "newborn": que histórias elas contarão?