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sexta-feira, março 22, 2024

O ardil midiático da "crise da comunicação" do governo Lula e contínuo midiático atmosférico


A volta do jornalismo de guerra. Nesse momento a grande mídia tenta criar a tempestade perfeita com um concerto de crises: alta dos alimentos, Petrobrás, dengue, segurança pública, Saúde, diplomática, climática, queda da aprovação do governo Lula etc. Porém, nos últimos dias esse modus operandi da mídia hegemônica revelou uma nova faceta: a preocupação com comunicação do Governo – por que, apesar dos bons feitos na Economia, os resultados não chegam ao povo? Mais uma crise, a da comunicação que, como sempre, reativamente, faz Lula convocar ministros. Qual o ardil desse súbito interesse da grande mídia na comunicação? No afogadilho da “crise”, induzir Lula a fazer mais do mesmo: confundir comunicação com propaganda. Enquanto grande mídia e as bolhas virtuais das redes estão articuladas em uma operação semiótica que vai muito além desse senso comum da comunicação: o acontecimento comunicação provocadas pelas bombas semióticas detonadas num contínuo midiático atmosférico.   

sexta-feira, fevereiro 16, 2024

Bolsonaro-Tamagotchi NÃO pode ser preso! Deve ser esquecido


Bolsonaro NÃO pode ser preso! Calma! Esse humilde blogueiro não trocou de lado. Hoje a grande mídia faz a pergunta para os indefectíveis especialistas: “Bolsonaro pode ser preso?” Ela já está calculando a mais-valia semiótica que ganhará com a prisão. Como parte de uma Operação Psicológica de guerra híbrida da inteligência das Forças Armadas: todas as etapas do projeto manchuriano Bolsonaro (iniciado em 2014) podem ser encontradas no “Manual de Campanha de Operações Psicológicas” do Estado-Maior do Exército, de 1999. Tal como aquele bichinho virtual, o Tamagotchi, que precisava ser alimentado, a Op Psi Bolsonaro precisa ser alimentada midiaticamente, através da hipernormalização do jornalismo corporativo. Tamagotchi morria quando era esquecido. Esse é o único antídoto contra esse golpe militar híbrido. Mas como esquecer (isto é, pular fora de uma agenda criada pelo próprio inimigo) se a própria mídia progressista está sendo alegremente conduzida para esse desfecho?

sexta-feira, outubro 20, 2023

Os cadáveres do hospital em Gaza: terrorismo, 'Napalm Girl' e contínuo midiático atmosférico



Para além do horror do vídeo da coletiva de imprensa sob os escombros de um hospital da Faixa de Gaza, em torno de cadáveres ensanguentados cobertos por lençóis, as imagens revelam a radical transformação da natureza das guerras no século XXI: da guerra clássica que visava a ocupação de território e a destruição do Estado inimigo, agora temos o terrorismo – provocações que visam unicamente impactar o “contínuo midiático atmosférico” que substituiu a velha esfera pública de opiniões. Assistimos na guerra Israel/Hamas, ataques, réplicas e tréplicas dentro dos próprios termos da transpolítica do terrorismo: a escalada de ações que disputam as atenções desse contínuo midiático. Se no passado as fotos-choque de guerras (como a “Napalm Girl” de 1972) eram descobertas pelos fotojornalistas, hoje são as fotos-choque que procuram atrair as lentes e microfones.  Com ações que muitas vezes replicam o repertório imagético desse contínuo, o novo inconsciente coletivo junguiano.

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