Hipo-utopia: diferentes das distopias que imaginam mundos futuros totalitários com tecnologias e sociedades tão inéditas que se diferem das atuais, nas hipo-utopias vemos as tendências e mazelas atuais projetadas no futuro de forma hiperbólica. É o caso do filme austríaco “Rubikon” (2022) no qual vemos um futuro que é uma versão degradada e perversa do mundo que conhecemos. Em 2056 países e governos foram extintos, e cada região da Terra foi tomado e dividido entre corporações gigantes, cada qual com seu exército. Ricos escapam de uma atmosfera terrestre que virou tóxica enquanto a maioria luta para não morrer. Em uma estação espacial privada na órbita terrestre cientistas cultivam algas que produzem oxigênio. Dilema moral: entregam a descoberta para a empresa e salvam uma sociedade perversa ou assistem de camarote a erradicação da raça humana da superfície terrestre.