sexta-feira, julho 28, 2023
'Barbie' ou 'Barbieheimer'? Da bomba da informação à gnose de Barbie
quinta-feira, maio 05, 2022
Pigmaleão e o mito gnóstico do Divino Feminino no filme 'Ruby Sparks - A Namorada Perfeita'
O mito de Pigmaleão (o escultor que se apaixonou pela própria obra em busca da mulher ideal) tem atraído diversos artistas, produzindo diversas releituras. Uma delas é o filme “Ruby Sparks - A Namorada Perfeita” (2012), escrito, dirigido e estrelado por Zoe Kazan – um jovem escritor com um sucesso comercial aos 19 anos sofre bloqueio criativo para manter a imagem mercadológica de gênio. Sua musa ideal aparece em sonhos e finalmente o inspira para começar um novo livro. Até ela misteriosamente se materializar, controlada pelas palavras que o escritor datilografa em sua velha máquina de escrever. O jovem escritor é prisioneiro daquilo que a psicologia já definiu como “Efeito Pigmaleão” e “Profecia Autorrealizável”. Porém, “Ruby Sparks” vai além: conecta a mitologia de Pigmaleão com o mito gnóstico do Divino Feminino (Sophia) e com o arquétipo contemporâneo do “Viajante”.
quarta-feira, fevereiro 23, 2022
No futuro impostos e anúncios invadirão nossos sonhos no filme 'Strawberry Mansion'
Michel Gondry se encontra com Freud. E “Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças” descobre a “Interpretação dos Sonhos”. Esse é o filme indie “Strawberry Mansion” (2021). Em um futuro próximo o Neuromarketing alcança o estado da arte: sem permissão, poderosos algoritmos dirigidos ao consumidor se infiltram nos sonhos das pessoas, construindo anúncios com o próprio material onírico. Além disso, todos os objetos dos sonhos são tributáveis e auditados através de um “stickair”. Um auditor fiscal vai investigar o caso de uma contribuinte que há anos vem sonhando, sem pagar impostos. Auditar seus sonhos será a chave para uma terrível descoberta sobre a natureza gnóstica da própria realidade.
sábado, março 07, 2020
O preço perigoso das tecnologias do espírito no filme "Perfect"
segunda-feira, fevereiro 03, 2020
Carma, alucinações lisérgicas e o airbag psicodélico da mente no filme "The Wave"
domingo, fevereiro 10, 2019
O apocalipse foi a própria Criação em "Oblivion"
sexta-feira, novembro 16, 2018
Gnosticismo e magia abrem estranhos portais em "A Dark Song"
domingo, janeiro 14, 2018
Após 200 anos, "Frankenstein" continua o Prometeu acorrentado
sábado, outubro 21, 2017
Replicantes, mulheres empoderadas e o Feminino Divino em "Blade Runner 2049"
domingo, outubro 08, 2017
Em "Mãe!" o conflito cósmico no psiquismo de cada um de nós
sábado, maio 06, 2017
"Complicações do Amor": pode algo tão bom não funcionar mais?
segunda-feira, janeiro 30, 2017
I Ching, Cinema e mundos quânticos na série "The Man in The High Castle"
segunda-feira, outubro 24, 2016
Uma viagem no tempo quântica e noir em "Synchronicity"
Nos últimos anos, os filmes sci-fi de baixo orçamento estão apresentando uma verdadeira revolução na abordagem do tema viagem no tempo: caros efeitos especiais digitais são substituídos por roteiros desafiadores e inteligentes; e a abordagem relativística (Einstein) do tempo é trocada pelos desafios e paradoxos do tempo quântico: dimensões paralelas com um número infinito de possibilidades coincidindo simultaneamente. O filme “Synchronicity” (2015) é mais um exemplo dessa tendência no gênero. O tema da viagem no tempo com referencias ao “sci-fi noir” do clássico “Blade Runner”, de Ridley Scott. Como nos filmes “noir” clássico, “Synchronicity” faz a narrativa girar em torno da mulher fatal, que é a encarnação cinematográfica do mito gnóstico de Sophia – uma mulher que serve de ponte para o protagonista atravessar os diversos mundos dimensionais em busca de si mesmo, enfrentando seus diversos “duplos”.
domingo, maio 08, 2016
Curta da Semana: "The Controller" - o recorrente simbolismo de Sophia no cinema
sábado, março 19, 2016
Curta da Semana: "Bright Future My Love" - o amor em uma distopia gnóstica
sábado, janeiro 30, 2016
No filme "O Novíssimo Testamento" Deus não morreu - apenas se tornou inútil
segunda-feira, setembro 07, 2015
Mitologia gnóstica no cinema para iniciantes
Apesar de em toda História o Gnosticismo ter cultivado o elitismo espiritual por meio de sociedades secretas e conhecimentos arcanos, desde a literatura do Romantismo até o cinema a mitologia gnóstica vem cada vez mais fazendo parte do atual cenário da cultura pop. O Cinema atual insere em suas narrativas de diversos gêneros quatro principais mitos gnósticos: o do “Demiurgo”, o da “Alma Decaída”, o do “Salvador” e do “Feminino Divino”. Portanto, vamos introduzir aos novos leitores do Cinegnose o tema do Cinema Gnóstico e fazer um pequena síntese das pesquisas desses oito anos aos mais antigos seguidores do blogue.
1. O Mito do Demiurgo
Êxodo: Deuses e Reis (2014) e Noé (2014) – Deus do Velho Testamento como um Demiurgo
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Prometheus (2012) ou Dark City (1998)
– Demiurgos como raças avançadas de seres alienígenas que transformaram os
humanos em experimentos científicos.
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Mais Estranho Que a Ficção (2006) – o Demiurgo é um escritor que manipula
de diversas formas uma narrativa literária tentando matar o protagonista.
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Show de Truman (1998), EDtv (1999) ou Mad City (1997) – o Demiurgo pode ser um produtor de um
reality show, um repórter manipulador ou a própria grande mídia que explora a
espontaneidade e simplicidade do protagonista.
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Uma Aventura Lego (2014) – o Demiurgo é o pai de um menino que disputa o filho o
controle do destino de uma cidade construída em blocos de Lego
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2. O mito da alma
decaída.
Earthling (2010) ou ET
(1982) – Aliens caem na Terra e vivem uma situaçãoo de
ameaça e estranhamento. Filmes que são uma metáfora da gnóstica condição
humana
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Sense8 (2015) – Humanos com sensibilidade especial (os sensates) despertam de
suas vidas ordinárias para o chamado de luta contra um Demiurgo – uma agência
quase governamental especializada em manipulações genéticas.
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O Destino de Júpiter (2015) – uma humilde empregada recebe
o chamado da Plenitude. Os mitos gnósticos da Criação, Queda e Ascensão
representados de forma explícita em uma space opera.
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O Homem Que Caiu na Terra (1976) - Thomas Jerome Newton é um alien humanóide que vem para a Terra em busca
de água para seu planeta que está morrendo. Sua inteligência e
revolucionárias invenções atrai corporações que tentam corrompê-lo.
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Upside Down (2012) – Mescla de ficção científica com drama romântico que dá uma
nova roupagem ao mito da Queda humana.
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3. O Mito do Salvador
Matrix (1999) – Neo e Morpheus criam a clássica relação do mestre e do iniciado que
será o Salvador.
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Clube da Luta (1999) – A iniciação de um neófito a
um Clube que mudará sua visão de mundo. Mais do que isso, o protagonista se
torna o líder de um grupo que buscará algo politicamente muito maior.
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Branded (2012) – Outro neófito, dessa vez no mundo da Publicidade, será
iniciado no mundo da luta entre as marcas, descobrindo as forças ocultas que
controlam o mundo.
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4. O Mito do Feminino Divino
WALL-E (1999) – Sophia é encarnada em um robô chamado EVA com design high tech que
vêm à Terra devastada buscar sinais de vida e encontra um nostálgico
robozinho que empilha lixo e tenta resgatar fragmentos de uma civilização que
desapareceu.
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Dead Man (1995) – A personagem Theo, a
prostituta, tem um papel decisivo no início da jornada espiritual do
protagonista. Ela é Sophia, prisioneira do Demiurgo que domina a cidade.
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L’Imortelle (1963) – Filme
francês precursor do mito de Sophia no cinema que eleva a mulher a um patamar
metafísico revelando as formas ilusórias do mundo ao protagonista.
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Vanilla Sky (2001) – Aqui Sophia está explícita.
Penélope Cruz faz a própria personagem exorta o protagonista David Aymes a
despertar do interior de um “sonho lúcido”, na verdade uma simulação
tecnológica da realidade.
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