Depois de “Parasita” ganhar o Oscar de Melhor Filme em 2020 levando a luta de classes para as telas, agora é a vez de “Triângulo da Tristeza” (Triangle of Sadness, 2022, disponível na Amazon Prime) concorrer ao Oscar desse ano: Melhor Filme, Diretor e Roteiro Original. O cineasta sueco Ruben Östlund (“Força Maior” e “The Square”) é o principal nome da onda de filmes em que os obscenamente ricos são objetos da vingança das forças sociais e até mesmo naturais. Dessa vez com uma cruel e impiedosa sátira contra os super-ricos globais, incluindo a exploração do mercado da moda e o insípido mundo dos influenciadores das mídias sociais. Dividido em três episódios, “Triângulo da Tristeza” une os segmentos com o fio condutor dos temas do poder, submissão, humilhação, ruína e ressentimento. Ecoando principalmente a famosa dialética hegeliana do senhor e do escravo – o ponto de partida para as reflexões de Karl Marx.