domingo, agosto 30, 2020
Com Neuralink, Elon Musk quer privatizar a mente humana com interface bio-eletrônica
sexta-feira, agosto 28, 2020
Quando o eletromagnetismo abriu portas para estranhos mundos no filme "A Vastidão da Noite"
Estamos no final dos anos 1950. Há algo no céu nos arredores de uma pequena cidade em uma noite em que todos estão no ginásio assistindo à uma partida de basquete. Menos dois jovens em seus empregos noturnos: ele, na estação de rádio; e ela como telefonista da central da cidade. Rádio e telefone, eletromagnetismo e eletricidade: essas duas descobertas abriram a humanidade para o mundo desconhecido micro e macro (o quântico e o cósmico): e a possibilidade de formas de comunicação com outros mundos ou dimensões. O filme “A Vastidão da Noite” (“The Vast of Night”, 2019) capta essa atmosfera misteriosa que cercou o eletromagnetismo, desde 1899 quando o físico Tesla acreditou ter recebido sinais codificados vindos do espaço. Paranoia da invasão soviética na Guerra Fria, interferência da CIA, visitantes alienígenas, fantasias adolescentes, tudo envolve uma misteriosa transmissão de rádio que invade as linhas telefônicas naquela noite.
quarta-feira, agosto 26, 2020
Mídia corporativa sacrifica seus próprios repórteres à humilhação e lacração das esquerdas
sábado, agosto 22, 2020
Série "Sl⌀born": a pandemia é uma profecia autorrealizável?
Uma pandemia global avança pelo planeta. Numa comunidade em uma pequena ilha no Mar do Norte as telas de TV mostram o drama que avança pelo mundo. Mas todos estão indiferentes, imersos em seus próprios problemas pessoais. Até que um veleiro abandonado encalha em uma das praias, mudando para sempre o destino da ilha: traz a cepa do vírus que fará aquela ilha fazer parte de uma crise sanitária global sem precedentes. A primeira temporada da série alemã “Sl⌀born” (2020-) descreve de forma precisa e detalhada todas as consequências que estamos vivendo nos últimos meses – políticas, sociais e econômicas. Porém, as coisas ficam mais assustadoras quando sabemos que a série foi rodada e produzida no ano passado – em todos os detalhes, os episódios parecem antever a pandemia COVID-19. Ao lado do “Event 201” de 2019, vazamentos de informações da comunidade de inteligência do EUA e de outros filmes como Contágio (2011), “Sl⌀born” seria mais uma peça de uma gigantesca profecia autorrealizável? Peça de um “Grande Reset” do Capitalismo?
quarta-feira, agosto 19, 2020
Adnet e Hélio de la Peña revelam no Roda Viva o ardil semiótico da direita... e a esquerda ignora
A repercussão da participação do humorista Marcelo Adnet no Roda Viva da TV Cultura foi muito reveladora de como a esquerda ainda continua prisioneira da cilada semiótica armada pela guerra híbrida brasileira desde 2013. Como sempre de forma reativa, resolveu “lacrar” contra Marcelo Tas e sua pergunta sobre a posição de Adnet como humorista “de esquerda”. “Se serviu para alguma coisa, o Roda Viva confirmou que Marcelo Tas é idiota”, foi o tom reativo. Mas serviu sim! Só que a esquerda não percebeu. A oportuna pergunta do humorista Hélio de la Peña e a resposta de Adnet revelaram o segredo do ardil semiótico das estratégias da extrema-direita que a esquerda simplesmente ignora: a canastrice na política, desafiadora até para humoristas: quando os próprios políticos antecipam e emulam a charge política, neutralizando a crítica do humor.
terça-feira, agosto 18, 2020
Em "Um Amor Inesperado" a quebra do elo geracional amplia a intransitividade do amor
O filme argentino “Um Amor Inesperado” ("El Amor Menos Pensado", 2018) aparentemente é mais uma comédia romântica, um subgênero marcado por clichês e personagens estereotipados. Mas essa produção mostra que ainda é possível fazer uma comédia romântica sofisticada para adultos. Quando o filho único deixa a casa para estudar na Espanha, seus pais chegam à conclusão que o único motivo para estarem juntos se foi. Síndrome do ninho vazio? O filme vai além das situações tragicômicas de um casal recém-separado em desventuras amorosas: coloca em questão como o esvaziamento da função de elo geracional dos pais potencializa duas facetas da condição humana: a angústia existencial e a intransitividade do desejo e do amor.
Cinegnose lança versão impressa do "Bombas Semióticas na Guerra Híbrida Brasileira (2013-2016)"
Por último, mas não menos importante... Finalmente saiu a versão impressa do livro “Bombas Semióticas na Guerra Híbrida Brasileira” (2013-2016): Por que aquilo deu nisso”. Junta-se à versão digital “Kindle Edition”, lançada primeiramente. Como os leitores deste Cinegnose sabem, o livro reúne de forma cronológica e narrativa a série de 52 postagens que o blog fez, acompanhando o dia-a-dia da guerra híbrida brasileira iniciada com as “Jornadas de Junho em 2013” e executada com o impeachment de 2016.
domingo, agosto 16, 2020
Alguém ainda se espanta com os números Datafolha de Bolsonaro?
quinta-feira, agosto 13, 2020
Em "Coma" podemos ficar prisioneiros nas nossas próprias telas mentais
Num estilo semelhante ao conceito visual do filme “A Origem”, a ficção científica russa “Coma” ("Koma", 2019) apresenta um misterioso universo alternativo para onde vão as consciências de todos os paciente em estado de coma do planeta - um mundo estruturado por redes neurais que desafiam todas as leis da física, reunindo memórias coletivas que criam um contínuo tempo-espaço que parece dobrar sobre si mesmo. Depois de um grave acidente, um arquiteto desperta nesse universo. Ele terá que compreender as leis que regem esse mundo para poder voltar ao mundo “real”. A forma como “Coma” desenvolve esse argumento aproxima-se dos clássicos temas da Teosofia (formas-pensamento no Plano Astral) e a noção de “sonho da consciência” do gnosticismo samaeliano. Principalmente como podemos nos tornar prisioneiros das telas mentais da nossa própria consciência.
segunda-feira, agosto 10, 2020
Por que comemos pipoca no cinema?
sexta-feira, agosto 07, 2020
"A Casa da Praia": somos um pequeno ponto dentro de um Universo indiferente
quarta-feira, agosto 05, 2020
Com Felipe Neto Fake News vira bomba semiótica
Combate às fake news voltou à pauta da grande mídia depois de anos de silêncio desde o hipe de 2016 e a omissão durante a campanha presidencial de 2018. Volta à pauta com um garoto propaganda: o youtuber Felipe Neto, a versão digital de Luciano Huck em seu momento mercadológico de reposicionamento de discurso, fazendo “mea culpas” e dizendo que “leu muito” e mudou de opinião. Com o influenciador digital, convidado por Rodrigo Maia para debater o tema no Congresso, a grande mídia volta a repercutir o combate às fake news como mais uma bomba semiótica: desviar o foco da atenção do respeitável público para os malvados favoritos de sempre – o “gabinete do ódio” do clã Bolsonaro e as buchas de canhão do “Brasil profundo”. Desviar do quê? Da embaraçosa questão de quem financia as caras táticas digitais e que o Projeto de Lei das Fake News faz parte de um movimento em pinça: hoje, enquadra os perfis “fascistas”. Amanhã, será a mídia alternativa de oposição. Tudo dentro da legalidade. Como sempre, “em defesa da Democracia”.
sábado, agosto 01, 2020
Série "Dark" Temporada 3: uma luz gnóstica no fim da caverna
A terceira e última temporada da série “Dark” (2017-2020) confirma aquilo que todos suspeitavam: toda a complexidade da narrativa está repleta de “paradoxos de inicialização” ou aquilo que em Física chama-se CTC – Closed Timelike Curve – linha de tempo fechada, inspirada em clássicos como “Em Algum Lugar do Passado” (1980). Como, então, os criadores da série poderiam dar uma solução aos ciclos aparentemente infinitos sem criar um final aberto e com muitas pontas soltas? Assim como nos acostumamos a ver em muitas séries do gênero, desde “Lost”. A luz no final do túnel (ou da caverna, no caso) foi a mitologia gnóstica: uma releitura de Adão e Eva do Paraíso bíblico e a Criação como um acidente. E o estranho mundo da mecânica quântica como a confirmação da secreta suspeita dos gnósticos: o Universo é imperfeito por ter sido obra de um acidente cosmológico.