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sexta-feira, novembro 22, 2024

'Plano Punhal Verde e Amarelo', não-acontecimento e paralisia estratégica


Com quatro pistolas, quatro fuzis, uma metralhadora, um lança-granada e um lança-rojão o “Plano Punhal Verde-Amarelo” da trupe dos kids pretos de Bolsonaro pretendia dar um golpe de Estado em 2022, assassinando Lula, Alckmin e “Xandão” com “veneno, bombas e tiros”. E depois, um “núcleo jurídico” daria sustentação ao Estado de Exceção. Bom, parece ser mais efetivo do que a história do cabo e um soldado para fechar o STF. O que chama a atenção é a sincronia do indiciamento da PF (logo depois que o Tiü França se autoexplodiu) e o timing (a vitória do Itamaraty no G-20 e o contra-ataque de Haddad ao divulgar planilha das empresas beneficiadas por renúncia fiscal – destaque para a própria mídia). Um golpe ao estilo república de bananas caribenha em pleno século XXI de golpes híbridos? Ou um não-acontecimento? Para quê? Manter em cartaz o plot do “Ataques à Democracia” e reforçar a paralisia estratégica da esquerda. Mas com um desejado efeito residual que a mídia começa a dar pauta: mudança na Lei Antiterrorismo para criminalizar a própria esquerda em um futuro próximo.

sábado, novembro 16, 2024

O terrorista tabajara, bolsonarismo e a quebra do elo geracional


Depois dos “300 de Brasília” da Sara Winter disparar rojões contra o STF, em 2020, agora temos um homem-bomba que tentou disparar contra o Supremo, mas explodiu contra si mesmo. “Mais um ataque contra a Democracia”, é a voz unânime por todo espectro político (com diferentes tons, da indignação ao cinismo). Golpe Tabajara? O terrorismo de fogos de artifício teve o timming (dia 13, G20 etc.) e a ambiguidade (foi ato político ou suicídio?) suficientes para manter a narrativa da “corda esticada”: aprisionar a esquerda dentro do horizonte binário – ou a democracia liberal burguesa ou... o fascismo. O caso do idoso Tiü França não é um simples exemplar de “envenenamento” ou “contaminação” pelo bolsonarismo. Revela um fenômeno mais complexo do que o chamado “pobre de direita”: revela o drama da quebra do elo geracional.

terça-feira, outubro 15, 2024

O grande truque de Washington Olivetto


Nos anos 1970, dizia-se que os publicitários eram “filhos de Goebbles”. Logicamente, um estereótipo exagerado de uma esquerda combativa dos tempos da ditadura militar brasileira. Washington Olivetto mostrou que a Publicidade não precisava de tudo isso: bastava criar bons textos dionisíacos para que, magicamente, o interesse privado mercadológico se fundisse com o interesse público num inconsciente coletivo abduzido pela prospecção das pesquisas sociopsicológicas de mercado. Para criar o fenômeno das “memórias afetivas”. Há um termo sociológico para esse fenômeno: a “refeudalização da esfera pública” (Habermas). O grande truque cognitivo em que interesses privados de anunciantes ganham uma irresistível relevância pública. A tal ponto que uma agência de publicidade acabou virando título de uma música popular de sucesso. 

sexta-feira, outubro 11, 2024

Em 'Megalópolis', a Nova Roma construída através da economia, jornalismo e sex appeal


 
A América atual é como o império romano e está destinada a ser derrubada pela ganância e arrogância de alguns homens loucos pelo poder. Essa é a ideia central da loucura retro-futurista de Coppola “Megalópolis” (Megalopolis, 2024). Em uma Nova York alternativa, transformada na Nova Roma, um prefeito conservador e um arquiteto visionário estão em confronto: um apenas quer se manter no poder; e o outro, projetar a Utopia cujo otimismo está na relação direta da sua arrogância. Duas concepções diferentes sobre a inerência humana: ela é má ou boa? Uma de inspiração hobbesiana contra a rousseauniana. Ambas pode dar resultados sinistros: a Economia, o Jornalismo e o Sex Appeal – draconianas medidas de austeridade que sufocam uma metrópole, os escândalos midiáticos que desviam a atenção dos problemas fundamentais e a ilusão hedonista sedutora.

terça-feira, outubro 08, 2024

'Coringa: Delírio a Dois': a desconstrução musical do Palhaço do Crime e o espírito do tempo


O Coringa é o arquétipo mais forte da cultura pop e que paira sobre o tempo, desde quando surgiu nas HQs em 1940. Ao mesmo tempo, a narrativa sobre o Coringa varia de acordo com o espírito do tempo: do Palhaço do Crime psicodélico dos anos 1960 à versão cerebral e adulta de Heath Ledger. “Coringa” (2019) de Todd Phillips espelhou a Era Trump e a onda de ódio e ressentimento do populismo de direita através da Deep Web, fóruns e chans online. Por sua vez, em “Coringa: Delírio a Dois” (2024) Todd Phillips está agora na era de Biden, Kamala e Novos Democratas. Nessa continuação a persona do Coringa deve ser desconstruído em números musicais comandados por Lady Gaga. Aqui, Arthur Fleck é uma colagem de expectativas alheias: um doente mental? Um impostor? Apenas um iconoclasta? Ou um carismático líder antissistema? Quem está por trás da maquiagem de Coringa? O resultado é o atual espírito do tempo.

sexta-feira, outubro 04, 2024

Pós-meritocracia: grande mídia foi traída pela Faria Lima


Poucos estão percebendo uma sutil ironia que envolve o crescimento desse novo ecossistema digital composto, de um lado, pelas apostas e cassinos online; e do outro, a atração da classe média pela diversificação das carteiras de investimentos no alcance dos dedos na tela de um smartphone. “Colonistas” da grande mídia estão se sentindo traídos pelo seu maior aliado e patrocinador, a Faria Lima, a “elite irresponsável” que se apaixonou pelo “forasteiro” Pablo Marçal. Mais do que um hype, Marçal é um sintoma do zeitgeist desse novo ecossistema digital: a pós-meritocracia e a gameficação. Que coloca em xeque a ideologia do mérito-empreendedorismo que o jornalismo corporativo abraçou como a terra prometida pós golpe de 2016. Não chegamos a nenhuma terra prometida, enquanto a Faria Lima descobriu que está no mesmo negócio de apostas e cassinos. Pós-meritocracia: o povo não quer mais empreender, quer jogar!

terça-feira, setembro 24, 2024

Em defesa de Pablo Marçal: ponham ele na conta da grande mídia



Se a lei eleitoral desobriga à grande mídia convidar Pablo Marçal, por que insiste em colocá-lo nos debates? Mesmo com os recorrentes problemas, como no último debate Flow Podcast? Hipocritamente, o jornalismo corporativo se posiciona com a vestal da moralidade política e continua denunciando as “cenas deprimentes”. Marçal é a garantia de audiência e clickbaits de um produto midiático que se tornou engessado e monótono ao longo dos anos. Além de garantir dissonância cognitiva necessária para desmoralizar a política - que alimenta a extrema direita. É hora de defender Marçal, colocando-o na conta da grande mídia: ele é seu filho dileto. Mais do que isso: representa a “pós-meritocracia” dentro do ecossistema atual dos jogos e apostas online e do cassino dos investimentos financeiros para as “sardinhas” iludidas da classe média. Pós-meritocracia: caldo cultural que envolve o ideário da autoajuda, messianismo coach e a promessa do enriquecimento rápido através da gameficação generalizada nesse novo ecossistema da mídia convergente. 

sexta-feira, setembro 13, 2024

O Brasil pega fogo: Jornalismo Tostines e Capitalismo de Catástrofe



Olhamos para as imagens dos incêndios que estão fazendo o País arder e pensamos imediatamente em apocalipse e nas imagens hollywoodianas de filmes como Mad Max. Por que é mais fácil a gente pensar no fim do mundo do que no fim do Capitalismo? Por que falar em Capitalismo? Por que todos esses incêndios guardam um padrão que o jornalismo hegemônico quer esconder: recorrência, sincronismo, sequencialização e precipitação, apontando para uma engenharia política do caos. Muito além do “Aquecimento Global”. E que toda a catástrofe ambiental brasileira é provocada pelo modelo produtivo neocolonial digital de exaustão de todos os biomas. Entra em ação o “jornalismo Tostines”, de viciosidade e “rocambole semiótico”. Mas nem tudo está perdido: a Faria Lima descobriu o Capitalismo de Catástrofe e as Climatechs. Como a catástrofe pode se transformar numa lucrativa commodity. 

terça-feira, setembro 03, 2024

O candidato coach, a Sociedade do Cansaço e o Capitólio Tabajara


O ex-coordenador da campanha de Trump, Steve Bannon, disse certa vez a jornalistas: “vocês ainda terão saudades de Trump”. Nada é surpreendente no candidato coach Pablo Marçal: ele é apenas a evolução natural da estratégia alt-right de comunicação: forçar os limites de regras, legislações e instituições que supostamente defenderiam a Democracia. O que surpreende é observar como a sociedade não consegue oferecer nenhuma resistência: por todos os lados ou há omissão e negação ou, no caso da grande mídia, hipernormalização. De um lado, o candidato coach é o sintoma daquilo que o filósofo Byung-Chul Han chama de “Sociedade do Cansaço” – uma sociabilidade limítrofe e no espectro do déficit de atenção na qual o excesso de positividade normaliza a própria disfunção; e do outro, Marçal é personagem necessário para reforçar a narrativa do “Capitólio Tabajara” – que a suposta tentativa do golpe de Estado no 08/01 falhou porque “as instituições estão funcionando”.

quinta-feira, agosto 22, 2024

O coach venceu, agora só se fala no coach! Como aloprar a política com a comunicação indireta



O coach venceu! Agora só se fala no candidato coach à prefeitura de São Paulo, condenado por crimes de fraudes bancárias e suspeitas de conexões com o crime organizado. Mas tais denúncias parecem dar ainda mais luz própria a Pablo Marçal. As imagens nos bastidores pós-debate na TV Bandeirantes, cercado por câmeras, microfones e celulares de repórteres dão a dimensão do processo de normalização de mais uma metástase que promete destruir a política de dentro para fora. Ele é a confirmação prática de uma profecia que Paulo Virilio fez em 1995 para o século que viria: o ciberespaço vai destruir a democracia através do tempo real e interatividade digital. Marçal está sintonizado com o zeitgeist: a maneira como a técnica de comunicação indireta alt-right ganha força com os fenômenos do dilema midiático, lavajatismo, o “efeito Padre Kelmon”, alopragem política e a necessidade midiática da demonstração de que “as instituições estão funcionando”. 

sábado, agosto 17, 2024

A alopragem política da Folha e as estratégias de comunicação 'alt-right'


As estratégias de comunicação alt-right da extrema-direita basicamente se estruturam em dois princípios: a “alopragem política” e a “comunicação indireta”. O não-acontecimento da matéria de Glenn Greenwald e Fabio Serapião na Folha contra a “falta de ritos” de Alexandre Morais, abrindo uma espécie de “Vaza Xandão” e a denúncia de “perseguição política” contra bolsonaristas flagrantemente revela isso. Principalmente com o timing no momento em que a ultradireita na Venezuela espelha o modus operandi da extrema-direita brasileira, colocando a grande mídia, que incensa Xandão como o guardião da Democracia, numa espécie de saia justa. Por que lá pode e aqui não? Folha não quer impeachment do Xandão, mas duas mais valias semióticas: (a) gerar mais uma crise e continuar suprindo a grande mídia de acontecimentos (alopragem política); (b) com o barulho todo, o efeito Firehose e dissonâncias cognitivas, criar o background subliminar da simetria lulismo-bolsonarismo.

quinta-feira, agosto 01, 2024

Bomba semiótica wokeísta e guinada na propaganda política nos Jogos de Paris



Que os Jogos Olímpicos são uma arma de propaganda política, não é novidade para ninguém. Porém, os Jogos Olímpicos de Paris apresentaram duas novidades: um sintoma que reflete o atual zeitgeist geopolítico europeu e uma guinada na propaganda política - uma cerimônia de abertura que abandonou os princípios da propaganda tradicional nesses eventos (nacionalismo, doutrinação ideológica, retórica e sedução) para detonar uma bomba semiótica wokeísta às margens do Rio Sena, com uma paródia de diversidade numa estilização da “Última Ceia”. Enquanto a propaganda clássica visava a esfera pública, a bomba semiótica cria ondas de impacto no contínuo midiático atmosférico: calculadamente “irritar” bolhas de extrema-direita e a “maioria silenciosa” para criar cismogênese – destruir aquilo que havia de civilizatório na democracia liberal burguesa: o ideal de uma tolerância em uma perspectiva cosmopolita, o equilíbrio entre tolerância e a aspiração à universalidade. 

terça-feira, julho 16, 2024

Os tiros contra Donald Trump não aconteceram


Foi visível a perplexidade inicial do jornalismo corporativo diante dos disparos contra Donald Trump em um comício na Pensilvânia, tanto pela conveniência dos tiros à sua campanha quanto pela flagrante complacência do serviço secreto na segurança. Que posteriormente a mídia normalizou como “milagre” que supostamente teria salvo a vida do ex-presidente. Essa perplexidade e mal-estar são típicos quando estamos diante de não-acontecimentos, que sequer a mídia pode discutir a hipótese: põe em risco a própria matéria-prima da notícia: o acontecimento. É tudo coisa de “chapéus de alumínio”, têm que dizer para salvaguardar a própria profissão. Porém, o resultado, a mais-valia semiótica da fotografia perfeita, mais uma vez revela didaticamente as características de um não-acontecimento: timing, sincronismos, anomalias e chantagem midiática.

terça-feira, julho 09, 2024

Como roubar com muita empatia e solidariedade no filme 'Eu Me Importo'


Nada mais atual do que o pânico da senilidade, demência, Alzheimer etc. A controvérsia midiática em torno das limitações cognitivas do presidente Joe Biden mostra isso. Para o Capitalismo, toda crise é oportunidade: por que não transformar esse pânico em mais uma forma de drenagem de dinheiro para o rentismo improdutivo? E tudo com uma cara politicamente correta, com muita empatia e solidariedade – uma tutora legal cuida de idosos judicialmente impedidos a partir de falsos laudos de médicos parceiros, mandando-os para asilos, enquanto drena dinheiro e propriedades das vítimas. É o filme Netflix “Eu Me Importo” (I Care a Lot, 2020). Até o momento que a golpista se envolve com a idosa errada. Mas... toda crise pode ser uma oportunidade. Uma história tragicômica do sonho americano invertido: a meritocracia é um conto de fadas inventado para os pobres.

quinta-feira, julho 04, 2024

Dez anos do 7 a 1 da Alemanha: uma goleada geopolítica


Nesse dia 08 de julho chegamos aos dez anos do chamado “Massacre de Belo Horizonte” ou simplesmente “Mineiraço”: a humilhante goleada de 7 a 1 da Alemanha sobre o Brasil na semifinal da Copa do Mundo de futebol de 2014. Uma anomalia em um esporte marcado por baixas contagens, principalmente em semifinais com equipes de forças equivalentes. Tão anômalo que mereceu uma análise exclusiva sobre a performance do jogador David Luiz, feita pelo New York Times. O fato é que num espaço de 48 horas após a goleada, a mídia internacional especializada foi dominada pela ideia de que o resultado da semifinal foi muito mais do que um evento esportivo: foi uma goleada geopolítica. Por que a mídia internacional politizou tão rapidamente um evento esportivo? O “Mineiraço” simplesmente aconteceu como um evento lógico e conveniente dentro da escalada de eventos que se iniciou nas Jornadas de Junho. O pontapé inicial do jogo da guerra híbrida que transformaria o 7 a 1 numa goleada geopolítica. 

quarta-feira, junho 26, 2024

Da Lava Jato ao PL do Estupro: CogWar, OTAN e a nova etapa da Guerra Híbrida


Hoje uma nova operação Lava Jato seria impossível. A agenda da guerra híbrida mudou: enquanto a primeira fase (as “primaveras” e “revoluções coloridas”) foi marcada por operações psicológicas, nesse momento a guerra híbrida entrou no modo Guerra Cognitiva (CogWar). É o que mostra o relatório resultante de painéis de discussões da OTAN “Mitigating and Responding to Cognitive Warfare”, de 2023. Enquanto as PsyOps visavam a influência das crenças, a CogWar age sobre cognições, excesso sensorial e perceptivo; saturação da atenção e geração de viéses cognitivos. Trata-se agora tornar o debate público irracional, forçando vieses baseados em religião, valores e costumes. O “PL do Estupro” é um exemplo que cria o chamado “efeito firehose”, aversão à política e despolitização.

sexta-feira, junho 21, 2024

Pregação evangélica, coaching e crime financeiro em 'O Vendedor de Ilusões: O Caso Geração Zoe'


Se o demônio existe, ele está na intersecção desses mundos: a pregação evangélica combinada com técnicas de vendas e coaching “ontológico”. O argentino Maximiliano Cositorto conseguiu isso e criou um dos maiores golpes recentes de “Esquema Ponzi”: a plataforma financeira Geração Zoe, uma espécie de Matrix financeira em que os trader lidavam com número irreais, gerando lucro imaginários exorbitantes. O documentário argentino Netflix “O Vendedor de Ilusões: O  Caso Geração Zoe” (2024) narra a ascensão e queda de um negócio que prometia ganhos estratosféricos e transformação pessoal coaching. Hoje Cositorto está preso e se diz vítima do sistema que o teria sabotado. Seguindo a pista deixada por Durkheim sobre a função social dos crimes, podemos compreender porque entidades reguladoras parecem fazer vistas grossas ao surgimento desses esquemas. Por contraste, ajuda a ocultar que na verdade toda a financeirização do capitalismo já é um gigantesco Esquema Ponzi.

sexta-feira, junho 14, 2024

Por que a extrema-direita cresce? Assista ao filme 'Não Espere Muito do Fim do Mundo'


Se no passado era a religião, hoje quem cria as imagens do Apocalipse é Hollywood. Com um ponto em comum em suas variações: um fato marcante como guerra nuclear, uma pandemia etc. Mas e se o apocalipse for uma fato tão banal e cotidiano que não percebemos, fruto da nossa capacidade hercúlea de normalizar e racionalizar? Essa é a visão diretor romeno Radu Jude em “Não Espere Muito do Fim do Mundo” (Nu astepta prea mult de la sfârsitul lumii, 2023,  disponível na MUBI): a luz se apagará tão sutilmente que não perceberemos até que tudo esteja escuro como breu. O filme acompanha um dia de trabalho da produtora de vídeo corporativo precarizada, condenada a horas extras mal remuneradas e que desconta todo o seu ódio e resentimento no seu alterego obsceno ultra-macho no TikTok, com um humor duvidoso em torno de estupro, xenofobia, misoginia e ódio. Quer saber por que a extrema-direita internacional está crescendo? Assista a este filme.

sexta-feira, maio 31, 2024

Marcha para Jesus, escola cívico-militar... extrema direita faz esfera pública fascista. E a esquerda?


Da Marcha para Jesus, passando por templos religiosos dando “assistência espiritual” a PMs e chegando a sanção da lei em SP que institui escolas cívico-militares, acompanhamos a estratégia da construção de uma esfera pública fascista. Para entendermos a gravidade política disso, precisamos compreender o conceito de “esfera pública”, sempre confundida com a noção de “opinião pública”. Sobrevalorizamos o expertise digital da extrema direita nas redes sociais e Internet: o seu timing, a velocidade na produção de recortes, memes e a linguagem da lacração. O que fez os progressistas partirem para a militância digital, enquanto a esfera pública de esquerda se fregmentou em “progressismos”e as ruas foram abandonadas. Qual a importância da esfera pública na comunicação? Não importa a linguagem ou o poder midiático. A esfera pública vai além da propaganda. Sem uma esfera pública de relações face a face, nenhum conteúdo midiático é sancionado.

sábado, maio 18, 2024

Pânico cromático: por que jornalistas corporativos têm tanto medo da cor vermelha?

O pânico cromático provocado pela cor vermelha está de volta. Dessa vez, para tentar salvar das enchentes o governador do RS, Eduardo Leite. Depois do pânico das ciclofaixas pintadas de vermelho em SP, do pavor de símbolos vermelhos entrarem na bandeira brasileira e de a Folha exaltar a retirada da cor vermelha dos pilares do MASP, agora o pânico cromático retorna na politização da catástrofe ambiental que o jornalismo corporativo diz que não deve ser feito. A jaqueta vermelha do ministro da Reconstrução do RS, Paulo Pimenta, provocou pavor semiótico na Globo News. O apalermado Eduardo Leite estaria de cara amarrada por estar diante de uma propaganda política explícita do PT. Segundo a Globo News, ao contrário, o jovem ativo político midiático estaria “neutro”, com colete da Defesa Civil. Grande mídia diz combater as fake news da extrema direita. Mas continua alimentando com pautas, imagens etc. as redes bolsonaristas. “Eritrofobia” é termo psiquiátrico dado ao pavor irracional pela cor vermelha... será que os jornalistas corporativos sofrem disso? 

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