Desde que a Inteligência militar brasileira emulou a teoria da Guerra Híbrida dos think tanks dos EUA, traduzindo como “guerra cultural” e “operações psicológicas” (ironicamente citando pensadores como Jean Baudrillard e Umberto Eco em artigos de revistas do meio militar) acabou criando o principal protagonista político nesse século: o Partido Militar. Por isso, é absolutamente ridícula a narrativa que a grande mídia criou sobre a “crise” (na verdade, estratégia de dissonância cognitiva da guerra semiótica militar, um não-acontecimento) provocada pela “queda” do ministro da Defesa e dos comandantes das três Forças Armadas. A grande mídia liberta fantasmas e espantalhos que saem de buracos e armários numa espécie de nostalgia vintage (64’s style) da suposta ameaça de golpes ou quarteladas provocadas pelo suposto conflito entre Forças Armadas legalistas versus Bolsonaro golpista. Alguém tem que avisar aos analistas que vivem de notícias plantadas e “vazamentos” que o golpe militar já ocorreu, e não foi televisionado. Por quê? Porque foi um golpe híbrido.