domingo, março 09, 2025

Live no Departamento Médico: 8/1 está dando certo; 'Veja' lança "Plano T"; Por que Europa quer continuar guerra na Ucrânia sem EUA?


Ao vivo, diretamente do Departamento Médico, o humilde blogueiro em recuperação após acidente faz a Live Cinegnose 360 #02, nessa segunda-feira (10/03), às 18h, no YouTube e Facebook. Para começar, vamos analisar duas minisséries Netflix: “Zero Day” (um projeto abortado pela Netflix com a vitória de Trump?) e “Cassandra” (A inteligência artificial demasiado humana). Depois, os Comentários Aleatórios. E terminando com a Crítica Midiática: Dia da Mulher e não-mulheres no jornalismo corporativo; PIB e o jornalismo adversativo; 8/1 não fez o golpe de Estado, mas está dando certo; Veja lança campanha de Tarcisão e o “Plano T”; Globo corta discurso de Erika Hilton: efeito Trump? Por que Europa quer continuar por conta própria a guerra na Ucrânia?

Jornalismo corporativo institui a não-mulher no Dia da Mulher


Dia da Mulher. Grande mídia celebra. Porém, quando se fala em política, curiosamente o jornalismo corporativo não quer celebrar e nem reconhece como mulher a ativista petista feminina. Vira a não-mulher. É o caso de Gleise Hoffmann, condenada a repetir o caso da presidenta Dilma – não é mais sexismo ou misoginia. É anti-petismo mesmo. Enquanto isso, aproveitando a efeméride, a única crítica possível da jornalista Natuza Nery contra as medidas anti-inflação dos alimentos  (ocultadas pelas medidas do PIX pelo BC) foi dizer que Alckmin era “um branco engravatado que não vai a supermercado” e, portanto, as medidas não tinham representatividade feminina (!!!). E o 8/1 pode não ter conseguido dar o golpe de Estado. Mas já está dando muito certo o seu ardil secreto: fazer o tempo correr com alopragem política e “Efeito Firehose”. Para contaminar as eleições 2026.

sexta-feira, março 07, 2025

A inteligência artificial demasiado humana na minissérie 'Cassandra'


À primeira vista, parece mais do mesmo. Apenas com um toque estilístico retrô. A casa inteligente mais antiga da Alemanha desperta sua IA dos anos 1970, Cassandra, depois de décadas, quando uma nova família se muda para lá. Ela realiza todas aquelas tarefas irritantes e mesquinhas - lavar a roupa, cortar a grama, preparar o café da manhã - mas as coisas parecem sinistras quando descobrimos que Cassandra possui uma agenda secreta. Esta é a minissérie alemã Netflix “Cassandra” (2025), que parece repetir o velho clichê das máquinas na ficção: depois de esotericamente adquirirem poderes sobrenaturais, veem humanos como seres descartáveis. Mas “Cassandra” vai muito além: quem codifica inteligências artificiais são humanos, que codifica nos algoritmos suas próprias mazelas, pessoais e de classe. “Cassandra” revela uma oportuna narrativa anti-fetichismo tecnológico – a tecnologia digital nada mais seria do que o demasiado humano amplificado em dimensões perversas e disfuncionais.

quinta-feira, março 06, 2025

A invenção do inimigo externo na Minissérie "Dia Zero': um projeto abortado da Netflix?



Os EUA sofrem um inesperado ciber ataque: um minuto a nação fica sem energia e comunicações. O suficiente para gerar o caos com pesadas perdas materiais e humanas. Com uma mensagem ameaçadora em cada celular: “Isso acontecerá novamente!”. Uma comissão especial, com poderes marciais, é criada para investigar. Um ex-presidente aposentado é chamado para chefiar a Comissão. Terá que se defrontar com uma escolha: ou protege a Nação com uma versão curativa do inimigo externo (a culpa é dos hackers russos) ou encara uma conspiração na própria casa. “Dia Zero” (Zero Day, 2025) parece uma minissérie pastiche de seis episódios costurados pelos algoritmos da Netflix. Mas com elenco tão estelar (primeiro filme para a TV de Robert De Niro) que parece outra coisa: um projeto abortado com a inesperada vitória de Trump e entregue editada apenas como minissérie –  originalmente seria uma produção com várias temporadas que hipernormalizaria um hipotético governo Kamala Harris.

segunda-feira, março 03, 2025

HOJE: Live Extra com o humilde blogueiro, diretamente do Departamento Médico


O humilde blogueiro resiste a mais um pesadelo ortopédico-traumatológico... e está de volta num primeiro contato, diretamente do Departamento Médico. Com as Conversas Aleatórias. Pouco mais de uma hora de bate-papo aleatório... e, por isso, produtivo! É a Live Extra Cinegnose 360, excepcionalmente HOJE, segunda-feira (03/03), às 18h, no YouTube e Facebook. Dê um tempo no Carnaval e venha conspirar na Live Cinegnose 360.

domingo, março 02, 2025

O que tem a ver queda de aprovação do governo Lula com o hype do filme 'Ainda Estou Aqui'?


Nessa noite o filme “Ainda Estou Aqui” disputa três estatuetas do Oscar: Melhor Filme, Atriz e Filme Internacional. Que este humilde blogueiro consegue lembrar, nenhuma indicação brasileira ao Oscar nos anos 1990 como “O Quatrilho”, (1996) “O Que é Isso Companheiro” (1998) e “Central do Brasil” (1999) mereceu tal comoção típica de uma final de copa do mundo – pelo contrário, eram vistos até com ceticismo. Por quê? Quase como marketing involuntário ao filme, um homem foi preso por tentar invadir STF; polícia achou bomba com suspeito. De repente, o filme criou uma unanimidade: a agenda da urgente necessidade de defender a Democracia. Enquanto a esquerda terceiriza a defesa no Judiciário, a grande mídia bomba a inflação dos alimentos: ninguém come Democracia! E a pesquisa Quaest divulga que a aprovação do Governo Lula desce a ladeira. “Ainda Estou Aqui” se aproveita do zeitgeist pós-8/1, aumentando a paranoia do golpismo. Resultando num governo perdido entre duas agendas: a macro (Democracia, direitos humanos etc.) e micro (carestia, políticas de distribuição etc.). Quaest e “Ainda Estou Aqui” são uma infernal dobradinha psyOp.

sábado, março 01, 2025

Depois da humilhação, jornalismo corporativo tenta juntar os pedaços de Zelensky


Já pairava um cheiro de armadilha no ar. Como assim? Convidar Zelensky para um encontro no Salão Oval com Trump, dias depois de chamar o ucraniano de “ditador” e ter uma conversa bilateral com Putin? Deu no que deu, uma pequena amostragem do “caos com método” abateu um Zelensky monocórdico que acreditava que tudo seria normal – mas foi humilhado e enxotado pelas conhecidas armadilhas semióticas alt-right: comunicação indireta, técnicas de dissociação, desautorização do interlocutor e roll over. Depois, restou à grande mídia brasileira salvar a própria credibilidade: como ajudaram um obscuro ator-comediante de uma série Netflix ucraniana a inventar a imagem de um destemido herói patriótico a ousado líder geopolítico global? Se há um aspecto positivo na Era Trump, é esse: agora o Império emergiu sem filtros.

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