terça-feira, julho 17, 2012

Demiurgo prisioneiro do tempo em "Crimes Temporais"

Como fazer um filme sobre um tema tão revisitado e com tantas versões como viagem no tempo? Na época estreando em longa-metragens, o espanhol Nacho Vigalondo, escreveu e dirigiu o filme “Crimes Temporais” (Los Cronocrimenes, 2007) que dá uma resposta criativa e inovadora ao gênero ao misturar o voyeurismo de Hitchcock no clássico “Janela Indiscreta” com uma curiosa sacada metalinguística onde o diretor faz o próprio cientista que perde o controle de uma experiência temporal – cientista, roteirista e diretor, todos demiurgos prisioneiros de limites análogos: na Física as leis da entropia e inércia; no roteiro, as regras narrativas e a verossimilhança. Física e roteiro governados pelo mesmo inimigo implacável: o Tempo. Após ser indicado...

sábado, julho 14, 2012

Vidro e cultura da interface em "A Day Made Of Glass"

O vidro talvez tenha sido um dos objetos que mais representaram a Modernidade na arquitetura, design e decoração. Da transparência, passando pelo fumê e espelhado dos shoppings e mansões dos novos ricos, hoje chegamos à opacidade definitiva – a conversão em tela touchscreen. O curta publicitário “A Day Made Of Glass” apresenta de forma sintética a ideologia por trás dessa transformação do vidro em interface: da transparência como uma janela aberta para o mundo e para si mesmo (telescópios e espelhos), o vidro transforma-se em tela onde ícones e diagramas fazem a mediação com o real criando a ilusão de controle e funcionalidade. Cada vez menos nosso interesse em objetos, pessoas e eventos é orientado pela curiosidade da descoberta, e muito...

quinta-feira, julho 12, 2012

Góticos, darks e emos vagam pelos shoppings

O poder dos símbolos e divindades pagãs é estetizado há décadas pela indústria do entretenimento, por exemplo, através do imaginário dark, gótico ou de todo um "sub-zeitgeist" que fascina sucessivas gerações. Seria o sintoma ao mesmo tempo de tendências depressivas principalmente de jovens e adolescentes e do anseio pela "experiência religiosa imediata". Com o esvaziamento da mitologia política, temos agora o Sagrado e o Religioso como um novo imaginário para canalizar a angústia por transcendência do jovem. "Toda ideologia tem o seu momento de verdade" (Theodor Adorno) Recentemente os alunos da disciplina de Estrutura de Roteiro da Escola de Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi produziram seus primeiros Argumentos...

quarta-feira, julho 11, 2012

Terrorismo e a propaganda política no filme "Iron Sky"

Imagine uma co-produção finlandesa, alemã e australiana que mistura “Star Wars”, bases lunares nazistas, filme “Independence Day”, a republicana Sarah Pallin na presidência dos EUA, Naziexploitation e um astronauta negro símbolo do marketing político dos republicanos que cai nas mãos dos nazistas lunares para ser embranquecido e tornar-se ariano por médicos da SS. Pois essa combinação delirante foi premiada no Festival de Cinema Fantástico de Bruxelas e no Festival de Berlim. É o filme “Iron Sky” (2012). Pode parecer um pastiche de inconsequente humor negro, mas por trás dessas camadas de puro absurdo estão interessantes insights sobre o terrorismo de Estado e propaganda política além de fazer refletir sobre a natureza das teorias conspiratórias...

domingo, julho 08, 2012

A história secreta da Moda e dos manequins

Os modernos manequins nas vitrines dos shoppings são herdeiros de uma longa tradição do fascínio humano por bonecos, fantoches, autômatos e demais simulacros humanos. Esse fascínio teria suas origens mágicas e herméticas na Teurgia e Alquimia. Se isso for verdadeiro, a história dos manequins revelaria uma nova narrativa sobre a Moda que vai além dos tradicionais discursos antropológico e semiótico/linguístico. Uma narrativa que descreveria a história de como o corpo humano foi ao poucos transformado em um “golem” (o “não formado”): um corpo inanimado à espera de um Espírito (o “Estilo”) que lhe traga a vida...

sexta-feira, julho 06, 2012

O que há em comum entre a fotografia e o dinheiro?

Com essa pergunta não queremos falar sobre a profissionalização da fotografia ou sobre os conflitos entre a arte e a mercantilização. Estamos mais interessados em encontrar as semelhanças entre essas duas invenções no plano do imaginário social. Devido à função de representação que eles carregam (representar o real e a riqueza), a sociedade investe neles um alto valor moral: respectivamente objetividade e verdade; gratificação pelo empreendimento pessoal. Porém, a "obesidade" tecnológica parece inverter essa função ao reservar à fotografia e ao dinheiro o destino da dissimulação, simulação e hiper-realidade. A fotografia e o dinheiro talvez sejam as principais bases imaginárias do Capitalismo. A primeira foi a invenção que deu início...

terça-feira, julho 03, 2012

Filme "Eva": o que você vê quando fecha os olhos?

A chamada “senha sagrada”, a pergunta “o que você vê quando fecha os olhos?”, é uma bomba lógica e fatal para os robôs no filme espanhol “Eva” (2011), usada em situações extremas quando o robô deve ser imediatamente “desligado”. Com temática semelhante a “I.A.” (2001) de Spielberg, o diretor Kike Maíllo evitou os clichês dos mundos sombrios, pós-apocalípticos e distópicos para colocar a questão em um futuro próximo ao focar os robôs dentro do problema central da inteligência artificial: a lógica linear e binária dos robôs não consegue entender os paradoxos lógicos como o que está contido nessa pergunta fatal. Sem vida interior os robôs somente enxergam a escuridão. Isso até tentarem fazer um robô especial que seja capaz de ver a Luz da consciência,...

domingo, julho 01, 2012

Meios "Quentes" e Meios "Frios" - paradoxos das produções midiáticas

Um dos aforismos mais conhecidos de McLuhan é "o meio é a mensagem". Para ele, o conteúdo de uma mensagem não tem uma grande importância. O meio muda mais do que a soma das mensagens incluídas nesse meio. As mesmas palavras ditas de forma presencial, impressas em papel ou apresentadas na televisão fornecem três mensagens diferentes. Oral, escrito ou eletrônico, o canal primário da comunicação molda o modo como entendemos o mundo. O meio dominante numa época domina as pessoas. A partir dessa ideia podemos entender os diversos paradoxos que envolvem a produção midiática e os fenômenos de recepção e das novas linguagens.  1. Paradoxo Fascinação versus Dispersão O fato de a televisão e o rádio terem sido as mídias de massa...

sábado, junho 30, 2012

O sentido do lazer e o lazer sem sentido no curta "Leisure"

O curta australiano de animação premiado com o Oscar “Leisure” (1976) e o filme italiano “A Classe Operária Vai ao Paraíso” (1971) foram repercussões audiovisuais das discussões da chamada “New Left” (Nova esquerda) nos anos 1960-70 quando, diante do enfraquecimento do movimento operário no capitalismo avançado, sentiu a necessidade de politizar o “lazer” como a resultante da dominação do tempo livre pela indústria do entretenimento. Ambos os filmes exploram a situação paradoxal onde trabalho e lazer ao mesmo tempo se opõem e tornam-se semelhantes. Muito tempo antes de se falar em “ócio criativo” e as conexões entre lazer e ócio na sociedade pós-industrial, um curta de animação era premiado em 1976 antecipando essas discussões. É o...

quinta-feira, junho 28, 2012

A crise da utopia espacial no curta "Waltz For One"

Enquanto EUA e URSS disputam a corrida espacial dos anos 1960, um excêntrico milionário financia sua própria viagem espacial buscando quebrar o recorde de permanência solitária em orbita da Terra. Mas um irritante “beep” de mau funcionamento do sistema somado à claustrofobia e delírio no interior de uma minúscula cápsula ameaçam a missão. Esse é a sinopse do curta “Waltz For One”  (“Valsa para Um”, em uma tradução literal) lançado esse mês pelo coletivo de artistas “Intellectual Propaganda” que é muito mais do que uma paródia a clichês e filmes do gênero (entre eles, “2001” de Kubrick): é uma melancólica desconstrução do gênero ficção científica, enfraquecido na pós-modernidade porque perdeu a própria essência que o constituía: a visão confiante...

segunda-feira, junho 25, 2012

A privatização das relações humanas no filme "Amor Por Contrato"

Mesmo confinado dentro dos limites de um gênero hollywoodiano, "Amor Por Contrato" (The Joneses, 2009) tematiza o resultado de táticas híbridas de publicidade que cruzam conceitos como de "marketing invisível" e "reality show": a privatização das relações humanas. Influenciar "alvos" sem parecer ser uma informação comercial por meio de "agentes" ("trendsetters", atores ou perfil fake), o chamado "marketing invisível" exploraria o endosso da credibilidade e autenticidades das relações pessoais em uma época onde os consumidores cada vez menos confiam na publicidade tradicional. Leia essas duas afirmações abaixo: (a) “Já estamos cansados de atores com emoções falsas. Cansados de pirotecnias e efeitos especiais. Aqui não há roteiros....

quinta-feira, junho 21, 2012

Os deuses estão mortos no filme "Prometheus"

A crítica especializada e os fãs de sci fi e da franquia de filmes “Alien” têm se demonstrado decepcionados com “Prometheus” (2012) onde Ridley Scott retorna ao gênero que o consagrou. Todos procuraram nesse filme as explicações para o que se sucedeu antes da chegada da nave Nostromo naquele planeta perdido onde a morte estava à espreita no clássico “Alien” de 1979. Mas parece que Ridley Scott pregou uma peça em todos. “Prometheus” aproxima-se muito mais dos temas do outro clássico “Blade Runner” (1982) que também dirigiu: assim como o replicante Roy buscava seu criador em uma sombria Los Angeles, em “Prometheus” arqueólogos procuram os “Engenheiros” da humanidade. Como em “Blade Runner”, humanos e androides vão encontrar demiurgos tão...

terça-feira, junho 19, 2012

Edgar Allan Poe, a tortura e a ditadura militar

Dando sequência às adaptações dos contos de Edgar Allan Poe realizadas pelos alunos da disciplina Estrutura de Roteiro da Escola de Comunicações da Universidade Anhembi Morumbi, temos o vídeo “Somos Todos Filhos de Deus”. Inspirado na música “Deus lhe Pague” de Chico Buarque, transpõe o terror e delírio do protagonista do conto “O Poço e o Pêndulo” para os porões da tortura durante os “anos de chumbo” da ditadura militar brasileira. O vídeo consegue captar dois elementos universais do conto de Allan Poe: a manipulação do tempo e espaço como técnica histórica nas torturas e inquisições e o simbolismo metafísico do poço, que o autor norte-americano apenas sugere no conto, mas o vídeo vai explorar até as últimas consequências. O conto “O...

domingo, junho 17, 2012

Reflexões sobre um filme da Sessão da Tarde

Uma cidadezinha chamada Redbud tenta imitar os personagens e cenários das famosas capas da revista "The Saturday Evening Post" feitas pelo conhecido ilustrador Norman Rockwell. Objetivo: transformar a cidade num cartão postal para atrair incautos compradores de uma fazenda. "Uma Fazenda do Barulho" (Funny Farm, 1988) é uma das típicas comédias românticas de Sessão da Tarde da TV, mas encontramos na sua narrativa uma sequência antológica que apresenta de forma hilária e sintética todas as discussões acadêmicas sobre a contaminação da realidade pelos simulacros e hiper-realidade da civilização das imagens. Redbud tenta tornar-se nostálgica de uma época que jamais existiu. “Uma Fazenda do Barulho” é uma dessas comédias românticas que passavam...

quinta-feira, junho 14, 2012

Uma Disneylândia mortal no filme "Westworld"

Uma Disneylândia hightech para adultos milionários onde todos podem realizar suas fantasias de sexo e violência. Reproduções de mundos do passado habitados por ciborgues programados para serem assassinados ou seduzidos. Do mesmo autor do  livro "Jurassic Park", o filme "Westworld - Onde Ningém Tem Alma" (1973) de Michael Crichton parece prenunciar a necessidade ideológica de um mundo onde os parques temáticos esconderiam a infantilidade que já estaria em toda parte. Coincidentemente, esse clássico surge dois anos depois da inauguração da Walt Disney World nos EUA e do "Nixon Shock", conjunto de decisões do então presidente que criaram as bases da transformação do mundo financeiro em um verdadeiro cassino. Imagine uma Disneylândia...

sábado, junho 09, 2012

Edgar Allan Poe Gnóstico: os vídeos

Vamos dar início a uma série de postagens com vídeos produzidos pelos meus alunos da Disciplina Estrutura de Roteiro da Escola de Comunicação na Universidade Anhembi Morumbi. Foi proposto para eles o seguinte desafio: fazer roteiros literários livremente adaptados de contos do escritor norte-americano Edgar Allan Poe. Porém, deveriam manter o núcleo do argumento, ou seja, as atmosferas góticas e reflexões metafísicas e gnósticas do autor. Esses são os primeiros vídeos resultantes desses roteiros. Edgar Allan Poe (1809 - 1849) foi o primeiro escritor do continente americano a influenciar os rumos da literatura para além do seu país. Se Freud ao visitar os EUA e avistar a Estátua da Liberdade teria dito “não sabem que estamos lhes trazendo...

quinta-feira, junho 07, 2012

A controvérsia dos games violentos

“Você joga games? Não? Então, como quer criticá-los”, defendem-se os usuários de jogos por computador diante das velhas e moralistas críticas de pesquisadores ainda presos a conceitos como “influência”, “comportamento” e “efeito subliminar”. Ambos os lados da controvérsia em torno dos games violentos não conseguem se desvencilhar de duas armadilhas que travam o debate: de um lado a defesa reflexa do “gosto não se discute” e, do outro, críticas ainda presas a modelos mecanicistas e comportamentais de comunicação. Uma pesquisa realizada por alunos da Escola de Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi (UAM/São Paulo) a partir de uma enquete feita com desenvolvedores de jogos e especialistas na área de sociologia e psicologia apontou para um...

quinta-feira, maio 31, 2012

Vídeo "Paranoia Tecnológica"

O que aconteceria se, de repente, todos os equipamentos de comunicação de sua casa deixassem de funcionar: celulares, computador, notebook, Ipads, Iphones e assim por diante? Provavelmente, o usuário rotineiro desses dispositivos de comunicação seria tomado pela ansiedade, medo, sensação de vazio e, por fim, a paranoia. Esse é o tema do curta “Paranoia Tecnológica”, de Gabriela Pagliuca, aluna do curso de Jornalismo. O vídeo fez parte do trabalho de conclusão da disciplina Estudos da Semiótica que leciono no curso da Escola de Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi (UAM/São Paulo) cujo tema era “Obsolescência Planejada” A narrativa do curta procurou traduzir em imagens algumas ideias discutidas em torno das relações cada vez...

quinta-feira, maio 24, 2012

Pesquisas revelam a influência, vício e narcisismo no Facebook

As redes sociais devem ser pensadas a partir de conceitos como influência, vício e narcisismo. Essa é a interpretação de um trabalho de conclusão da disciplina Estudos da Semiótica, que eu ministro dentro do curso de Comunicação Social da Universidade Anhembi Morumbi (UAM/São Paulo), a partir dos dados de pesquisas empíricas realizadas nos EUA e Noruega sobre usuários do Facebook e redes sociais. A informações levantadas por essas pesquisas mudariam o foco da discussão: a questão não é a tradicional oposição entre os mundos real/virtual, mas a relação fetichista e de viciosidade com os gadgets tecnológicos que se inicia na própria sociedade de consumo, além da diluição das fronteiras entre a vida pública e a privada. Falar mal das redes...

sábado, maio 19, 2012

A História Secreta do Rock 'n' Roll

O rock 'n' roll seria uma expressão renovada de mistérios antigos profundamente enraizados na cultura contemporânea, como os de Orfeu, Cibele, Átis, Isis, Mitra, Druidas e toda uma conjunto de escolas antigas herméticas. Essa é a premissa do livro “The Secret History of Rock 'n' Roll” do pesquisador e editor de comic books Christopher Knowles. O autor vai além dos estereótipos sobre a presença do ocultismo e esoterismo na cultura pop como expressões da megalomania e hedonismo dos astros do rock. O autor vai encontrar uma linha de transmissão dos mistérios herméticos da antiguidade até a modernidade, demonstrando como um gênero musical marcado pelo descompromisso e rebeldia juvenil evoluiu para formas estéticas simultaneamente introspectivas...

sexta-feira, maio 18, 2012

A globalização do "salve-se quem puder" no filme "Nove Rainhas"

O filme argentino “Nove Rainhas” (Nueve Reinas, 2000) do falecido diretor Fábian Bielinsnky continua ainda desconhecido no Brasil. Embora reflita o colapso econômico argentino do final da década de 1990 e a amoralidade que a corrupção e a inflação estariam provocando na cultura nacional, permanece bem atual. O impacto mundial (nos EUA mereceu um remake de qualidade bem inferior) da saga de dois anti-heróis trambiqueiros que descobrem que, na verdade, a própria sociedade é feita de pequenos e grandes golpes, fez Bielinsky afirmar que o sucesso do filme simbolizaria “a globalização do salve-se quem puder”. Provavelmente porque Bielinsky explora dois grandes arquétipos da literatura e do cinema: o "Pícaro" e o "Trickster". “Nove Rainhas”...

sexta-feira, maio 11, 2012

A Religião é um Meme?

Em 1976 Richard Dawkins sugeriu a existência de estruturas vivas que replicariam músicas, ideias, slogans e modas: os memes. De hipótese sugerida “en passant” no livro “O Gene Egoísta”, hoje se tenta transformar em área científica (a Memética) para entender o processo de transmissão e seleção natural dos memes principalmente nos ambientes digitais como Internet e redes sociais. Mas muito tempo antes de a Publicidade e o Marketing se interessarem pelo fenômeno, certamente a Religião foi a primeira instituição a por em prática as hipóteses da Memética, principalmente as chamadas “igrejas eletrônicas” (pentecostais e neopentecostais) que substituem as antigas liturgias pelos memes como forma de conexão entre o fiel e o plano do Divino. Memes...

domingo, maio 06, 2012

Um conto sombrio sobre o vazio moral do consumo no filme "Rosalie Vai Às Compras"

“Quando deve 100.000 o problema é seu, mas se você deve um milhão o problema é do banco”. É essa linha de diálogo solta no meio do filme “Rosalie Vai Às Compras” (Rosalie Goes Shopping, 1989) que sintetiza toda a crítica que o diretor alemão Percy Adlon faz da “doença contemporânea”: o cartão de crédito. Apesar da fotografia com muita luz e cores, uma trilha musical composta originalmente para o filme e muito bom humor, Adlon faz um conto sombrio sobre uma sociedade de consumo onde a única barreira para a realização dos desejos não é mais moral ou religiosa, mas financeira. “Rosalie Vai às Compras é uma sátira ao consumismo, ao materialismo yuppie de uma década de 1980 conservadora de Ronald Reagan e Margareth Thatcher, e que terminou...

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