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sexta-feira, junho 20, 2025

'Theaters of War': como tornar armas e torturas menos sombrias e criminosas no cinema e TV

 


CIA, Pentágono e Ministério da Defesa dos EUA têm os “brinquedos” (aviões caça, porta-aviões etc.), soldados extras e locações de que Hollywood precisa para produzir seus filmes e garantir o sucesso de bilheteria pelo realismo. Em troca, exige o “controle de qualidade” dos roteiros, tornando-se um secreto produtor-executivo. É sob o álibi do “realismo” que começa a intervenção do complexo militar em Hollywood. Como revela o documentário “Theaters of War” (2022), do jornalista investigativo Tom Secker e do estudioso de mídia Robert Stahl. Que mostra como filmes de diversos gêneros se transformam em verdadeiros infomerciais para não só naturalizar a agenda militar geopolítica dos EUA, mas também tornar as armas e as torturas menos sombrias e criminosas para a opinião pública. E justificar aos distintos contribuintes o alto orçamento militar. Por outro lado, revela como Hollywood sempre esteve repleta de veteranos militares, como, por exemplo, Oliver Stone. Indústria do cinema e o complexo militar  norte-americano sempre andaram de mãos dadas.

sábado, junho 07, 2025

Não-acontecimentos: o rompimento amoroso Trump-Musk e a fuga cinematográfica de Zambelli


De um lado, o barulhento rompimento amoroso entre Musk e Trump. Do outro a cinematográfica fuga por terra e ar da deputada federal Carla Zambelli, condenada a 10 anos de prisão pelo STF. De um lado, tudo começou com a piada e trocadilho do DOGE – uma entidade com status indefinido, mas que tocou a música da mídia: corte de gastos! Do outro, tudo termina com cheiro de pusilanimidade proposital da Justiça. Até a imprensa sabia o prefixo, horário de partida e chegada do voo de Zambelli. Por um incrível “golpe de sorte” (duas horas de diferença) o nome da deputada já constaria na lista da Interpol, e ela seria presa no aeroporto. Dois episódios distantes no espaço, mas dotados da mesma natureza: não-acontecimentos criados pela cartilha alt-right de comunicação – duas simulações de acontecimentos: nos EUA, para desviar a atenção das más notícias do governo Trump com as sucessivas derrotas na Justiça; e no Brasil, uma provocação para a esquerda não perceber o movimento de despolarização da Faria Lima com Tarcísio, o Moderado. E o recrudescimento da guerra híbrida dos EUA no Brasil.

quarta-feira, maio 14, 2025

Depois do Papa Francisco, é a vez de Pepe Mujica sofrer limpeza semiótica da grande mídia


A morte do líder esquerdista uruguaio Pepe Mujica revelou que a sua persona transcendeu as diferenças do espectro político. Tanto que jornalões e portais da grande mídia tiveram que colocá-lo nas manchetes principais como “emblemático líder da esquerda”. Mas o jornalismo corporativo não dá o braço a torcer. É nesse momento que entra em ação a costumeira criatividade semiótica e a piruetas retóricas dos “aquários” das redações. Afinal, o momento é delicado – estamos num ano pré-eleitoral. Em tempos de agenda neoliberal, suas referências guerrilheiras e marxistas foram tratadas como “paradoxos” de um “humanista”... quase um santo, em tempos de novo Papa. Ou ainda um pretexto para mais um recall da Lava Jato: “ele era de esquerda, sem corrupção”, como fez questão de frisar um “colonista” da TV. Além de Mujica ser submetido à mesma operação semiótica de limpeza ideológica do Papa argentino Francisco: o líder uruguaio tornou-se “ideogênico”: ideologicamente “fotogênico”, palatável, anódino, de um humanismo genérico e abstrato.

quarta-feira, abril 30, 2025

O resgate de Regina Duarte e a "Festa da Firma" dos 60 anos da Globo: o que há por trás?


Enquanto a TV Globo tenta resgatar a bolsonarista atriz Regina Duarte, o Jornal Nacional despacha a apresentadora Renata Vasconcellos para a casa de telespectadores do telejornal. O que há em comum entre esses dois episódios? Além da comemoração dos 60 anos da TV Globo, como o projeto militar de monopólio da criação da primeira network brasileira beneficiou a Globo, permitindo-a controlar não só a pauta noticiosa, mas, principalmente, ter a hegemonia construção da memória afetiva do imaginário coletivo nacional. Se a Globo não mostrou, logo não aconteceu! Do arco da reapresentação de matérias jornalísticas antigas à reunião das vilãs mais icônicas da teledramaturgia na “Festa da Firma”, a Globo quer comemorar uma suposta fusão entre a biografia dos espectadores com a pauta do noticiário e entretenimento da emissora. O que explica o porquê da Globo, de repente, ficar tão interessada na crítica à comunicação do Governo Lula: quer mantê-lo na estratégia ineficaz de comunicação centrada na propaganda e marketing.

segunda-feira, abril 28, 2025

Síndrome do vídeo de casamento toma conta da transmissão do funeral do Papa


“É o pior momento, porque nada acontece!”, certa vez disse para mim um videomaker de cerimonias de casamento sobre os minutos da liturgia e da comunhão dos noivos diante do padre. A edição e montagem tem que ser criativa nesse momento para o vídeo não ser enfadonho. Mas para uma instituição de 2000 anos, é o momento simbolicamente mais importante. Mas na linguagem audiovisual não existe o simbólico. Apenas o instante e o simultâneo. A cobertura televisiva ao vivo do funeral do Papa Francisco também se ressentiu dessa “síndrome do vídeo do casamento”: se cada plano era rico em simbolismos e significados, foram esvaziados por uma abordagem bipolar: ou narrar estritamente o que já estávamos vendo ou ativar o clichê do “povo fala” e colocar em ação o “emocionômetro” de repórteres em busca de personagens que dessem a medida de “emoção” de cada momento. Pior do que a perda de qualquer curiosidade informativa, foi a estratégia semiótica da “ideogenia” – retirar do legado do Papa qualquer expressão materialista incômoda e substituir por clichês do neoliberalismo progressista: desigualdade, vulneráveis etc.

quarta-feira, abril 16, 2025

A peleja final da Globalização: Capitalismo Pentescostal X antropofagia espiritual taoísta

 


“O Trump é louco!” É o mantra da propaganda dos Democratas de dez em cada dez especialistas entrevistados pelos jornalões e telejornais do jornalismo corporativo. Porém, há uma realidade na guerra tarifária: historicamente sempre o fascismo foi o botão eject do Capitalismo: Trump terá que fazer o serviço sujo da conta que chegou da ordem mundial sustentada pelos democratas. Para além dos aspectos econômicos da guerra tarifária, está em jogo um choque cultural entre Ocidente e o Oriente – tendo a China como o grande oponente. Lévi-Strauss distinguia dois tipos de cultura: as que introjetam, absorvem, devoram - as “culturas antropofágicas” – as orientais; e as que vomitam, ejetam, expulsam – as culturas “antropoêmicas”. Que seriam as modernas culturas ocidentais. Através de Hollywood e Big Techs, o Império “vomitou” por meio de narrativas e algoritmos, seu “destino manifesto” da Democracia e Liberdade para todo o planeta. É o Capitalismo Pentecostal. Enquanto o Oriente leva ao extremo um velho princípio taoísta de que a vitória não se consegue afirmando-se, mas, pelo contrário, desvalorizando-se, cedendo-se. Assim como no jiu-jitsu onde não se vence impondo sua própria força ou valor, mas absorvendo a força do oponente.

terça-feira, abril 01, 2025

A pauta desmobilizadora e bestializante do julgamento de Bolsonaro no STF


 

"O Brasil não tem povo", observou admirado o biólogo francês Louis Conty quando a República foi proclamada no Brasil. Para ele, a população assistiu a tudo "bestializado" - sem entender um acontecimento aparentemente longe da diária luta pela sobrevivência. Esse foi o imaginário fundador da República. No século XIX, iniciado como tragédia. Agora, no século XXI, como farsa, ardil. O julgamento pelo STF dos indiciados pela PGR por tentativa de golpe de Estado no 8/1, e o principal deles, o líder Bolsonaro, foi acompanhado na TV pela esquerda como uma final de Copa do Mundo: a derradeira "defesa da Democracia". Nem a grande mídia ou a esquerda se esforçam em mostrar o que essa agenda tem a ver com o dia a dia do brasileiro onde precarização e financeirização dominam na luta cotidiana. Ardil da extrema direita: abduzir a esquerda com a judicialização numa agenda sem aderência popular. Enquanto grande mídia cria personagens como a "Débora do Batom" para contaminar as eleições de 2026. 

sexta-feira, março 28, 2025

'Rich Flu': e se surgisse uma pandemia que só matasse os super-ricos?



Lembramos de epidemias e pandemias como mazelas sanitárias que atingem principalmente os mais pobres e vulneráveis. Mas, e se surgisse um vírus mortal socioeconomicamente seletivo, matando algumas das pessoas mais ricas e influentes do planeta, começando com os bilionários, depois os multimilionários e assim por diante progressivamente. Depois, ameaçando atingir qualquer um com qualquer tipo de fortuna, e ninguém sabe onde isso pode acabar. Dirigido pelo espanhol Galder Gaztelu-Urrutia (“O Poço”), o filme “Rich Flu” (2024) é mais um exemplo da tendência da recente produção do cinema e audiovisual explorar o tema da luta de classes e desigualdade. Mas, claro, sem deixar a crítica resvalar para o esquerdismo. Para Rich Flu a pandemia é uma punição às obsessões materialistas que seduzem a sociedade. A visão moralista que confunde riqueza com luxo, e não com poder - a capacidade do capitalismo dispor dos meios de produção para uma minoria concentrar ainda mais riqueza.

domingo, março 02, 2025

O que tem a ver queda de aprovação do governo Lula com o hype do filme 'Ainda Estou Aqui'?


Nessa noite o filme “Ainda Estou Aqui” disputa três estatuetas do Oscar: Melhor Filme, Atriz e Filme Internacional. Que este humilde blogueiro consegue lembrar, nenhuma indicação brasileira ao Oscar nos anos 1990 como “O Quatrilho”, (1996) “O Que é Isso Companheiro” (1998) e “Central do Brasil” (1999) mereceu tal comoção típica de uma final de copa do mundo – pelo contrário, eram vistos até com ceticismo. Por quê? Quase como marketing involuntário ao filme, um homem foi preso por tentar invadir STF; polícia achou bomba com suspeito. De repente, o filme criou uma unanimidade: a agenda da urgente necessidade de defender a Democracia. Enquanto a esquerda terceiriza a defesa no Judiciário, a grande mídia bomba a inflação dos alimentos: ninguém come Democracia! E a pesquisa Quaest divulga que a aprovação do Governo Lula desce a ladeira. “Ainda Estou Aqui” se aproveita do zeitgeist pós-8/1, aumentando a paranoia do golpismo. Resultando num governo perdido entre duas agendas: a macro (Democracia, direitos humanos etc.) e micro (carestia, políticas de distribuição etc.). Quaest e “Ainda Estou Aqui” são uma infernal dobradinha psyOp.

sexta-feira, janeiro 31, 2025

'Trilha Sonora para um Golpe de Estado': do Jazz às redes sociais, a música continua a mesma


O fonógrafo de paraquedas, a mais nova arma da América jogado do céu com música pró-americana. O toca-discos pode ajudar a vencer a guerra fria”. O jornal NYT estampava essa manchete em 1955, celebrando a mais nova arma na Guerra Fria: o Jazz. O documentário belga “Trilha Sonora para um Golpe de Estado (Soundtrack to a Coup d'Etat, 2024, em cartaz no cinema) revela como a CIA e Departamento de Estado utilizavam os chamados “Embaixadores do Jazz”, músicos como Louis Armstrong, Nina Simone, Duke Ellington e Dizzy Gillespie, como cavalos de Tróia – junto com eles desembarcavam no país anfitrião espiões e mercenários para prepararem golpes de Estado. Como em 1961, na ex-colônia belga República Democrática do Congo: a chegada apoteótica de Louis Armstrong encobriu a operação de assassinato de Patrice Lumumba, ex-primeiro-ministro e líder africano. O urânio do Congo foi decisivo para fazer a primeira bomba atômica dos EUA. E o Ocidente queria mais. Hoje, em busca de lítio e metais raros, as Big Techs não precisam mais do Jazz. Têm as redes sociais. Será que as lendas do Jazz estavam conscientes do seu papel na Guerra Fria?

sexta-feira, janeiro 17, 2025

A extrema-direita tem um "Gabinete de Inteligência Semiótica". E o Governo?


A humilhante derrota do Governo no episódio da normativa do Pix da Receita Federal (voltando atrás, passando recibo e pulverizando a credibilidade não só de um órgão público, mas também dos próprios jornalistas do campo progressista que lutavam contra a desinformação) revelou a extrema vulnerabilidade diante das operações de um “gabinete de inteligência semiótica” na extrema-direita: a sinergia entre o jornalismo corporativo e extrema-direita, fornecendo insights e munição para a desinformação. Desde o episódio dos imóveis perdidos do Palácio da Alvorada e reencontrados pela Comissão de Inventário (e depois bombado nas manchetes de primeira página) no início de 2024, encontramos um trabalho de prospecção rotineira de crises em potencial, para servir como munição às redes extremistas. O caso da normativa do Pix foi outro exemplo. Grande mídia desvia o foco para o “Gabinete do Ódio”, deixando oculta a verdadeira cena: o “Gabinete de Inteligência Semiótica” da comunicação alt-right. Quando cairá a ficha do Governo que propaganda NÃO é comunicação? Comunicação É o campo dos acontecimentos, gerido e operado por um Gabinete de Inteligência Semiótica (GIS). 

domingo, dezembro 29, 2024

Ninguém vai nos salvar na comédia geopolítica 'Rumours'


Rumours” (2024) é uma sátira geopolítica extremamente engraçada da imaginação fértil do cineasta cult Guy Maddin – o equivalente canadense das elocubrações surrealistas do norte-americano David Lynch. Um cérebro do tamanho de um Volkswagen Beetle no meio de uma floresta, um chatbot projetado para prender pedófilos e cadáveres mumificados da Idade do Ferro que viram zumbis onanistas. Tudo isso atormentará uma reunião de cúpula do G7, realizada em um castelo em algum lugar remoto na Alemanha, liderado por Cate Blanchett, fazendo um avatar de Angela Merkel. Estão redigindo uma declaração conjunta sobre uma crise global indeterminada. Acabam sendo esquecidos lá e ficam isolados. Terão que lutar pela própria sobrevivência. O mundo os esqueceu porque sabe que ninguém irá nos salvar. 

sexta-feira, dezembro 13, 2024

A máquina semiótica que oculta o demasiado humano em 'Conclave'


Um dos eventos mais antigos e secretos do mundo: a reunião do Colégio de Cardeais trancada e incomunicável  com o mundo exterior na Capela Sistina, para a escolha do novo Papa. É o Conclave, um evento que acende a imaginação sobre o que ocorre por trás dos muros da pequena cidade-estado do Vaticano – uma instituição total profundamente hierárquica, inimaginavelmente rica com códigos de conduta rígidos e poder tremendo. Dan Brown imaginou conspirações ocultistas em “O Código Da Vinci”. Enquanto “Conclave” (2024) coloca a questão em termos mais prosaicos: como um grupo tão demasiado humano (ambição, luxúria, inveja etc.) pode escolher o Sumo Pontífice que será o suposto representante de Deus na Terra?  Para ocultar esse paradoxo, a Igreja criou uma máquina semiótica de intrincados símbolos, liturgias e mistérios teológicos.

sexta-feira, novembro 22, 2024

'Plano Punhal Verde e Amarelo', não-acontecimento e paralisia estratégica


Com quatro pistolas, quatro fuzis, uma metralhadora, um lança-granada e um lança-rojão o “Plano Punhal Verde-Amarelo” da trupe dos kids pretos de Bolsonaro pretendia dar um golpe de Estado em 2022, assassinando Lula, Alckmin e “Xandão” com “veneno, bombas e tiros”. E depois, um “núcleo jurídico” daria sustentação ao Estado de Exceção. Bom, parece ser mais efetivo do que a história do cabo e um soldado para fechar o STF. O que chama a atenção é a sincronia do indiciamento da PF (logo depois que o Tiü França se autoexplodiu) e o timing (a vitória do Itamaraty no G-20 e o contra-ataque de Haddad ao divulgar planilha das empresas beneficiadas por renúncia fiscal – destaque para a própria mídia). Um golpe ao estilo república de bananas caribenha em pleno século XXI de golpes híbridos? Ou um não-acontecimento? Para quê? Manter em cartaz o plot do “Ataques à Democracia” e reforçar a paralisia estratégica da esquerda. Mas com um desejado efeito residual que a mídia começa a dar pauta: mudança na Lei Antiterrorismo para criminalizar a própria esquerda em um futuro próximo.

terça-feira, setembro 24, 2024

Em defesa de Pablo Marçal: ponham ele na conta da grande mídia



Se a lei eleitoral desobriga à grande mídia convidar Pablo Marçal, por que insiste em colocá-lo nos debates? Mesmo com os recorrentes problemas, como no último debate Flow Podcast? Hipocritamente, o jornalismo corporativo se posiciona com a vestal da moralidade política e continua denunciando as “cenas deprimentes”. Marçal é a garantia de audiência e clickbaits de um produto midiático que se tornou engessado e monótono ao longo dos anos. Além de garantir dissonância cognitiva necessária para desmoralizar a política - que alimenta a extrema direita. É hora de defender Marçal, colocando-o na conta da grande mídia: ele é seu filho dileto. Mais do que isso: representa a “pós-meritocracia” dentro do ecossistema atual dos jogos e apostas online e do cassino dos investimentos financeiros para as “sardinhas” iludidas da classe média. Pós-meritocracia: caldo cultural que envolve o ideário da autoajuda, messianismo coach e a promessa do enriquecimento rápido através da gameficação generalizada nesse novo ecossistema da mídia convergente. 

sexta-feira, agosto 09, 2024

Sincromisticismo, religião e pornografia no filme 'MaXXXine'


Para os pesquisadores em Sincromisticismo, Hollywood é uma gigantesca corporação que recruta médiuns para, sob as bênçãos do Método da Actor’s Studio, incorporarem formas-pensamento retirada do inconsciente coletivo da humanidade. Para, a partir dessa tese, surgirem caricaturas de teorias conspiratórias que denunciam um suposto satanismo para destruir o Ocidente, é um passo. Esse é o pano de fundo do fechamento da trilogia de Tie West, “MaXXXine” (2024), uma homenagem ao terror slash dos anos 1970, agora ambientado em meados dos anos 1980. Agora, Maxine tenta sair dos filmes pornôs e virar estrela no mainstrem hollywoodiano – como sempre, deixando um rastro de sangue. “MaXXXine” revela como pornografia e religião estão estranhamente muito próximas. Afinal, foram os primeiros gêneros bem-sucedidos na história do cinema.

terça-feira, agosto 06, 2024

Jamais chegaríamos na Lua sem a força da ficção em 'Como Vender a Lua'


Do quê é preciso para pousar na Lua? Certamente uma equipe de brilhantes cientistas de foguetes, obstinados geeks programadores de computadores e um experiente chefe do controle da missão que foi piloto da Força Aérea. Mas, de que adianta tudo isso se a NASA não conseguir vender o pouso na Lua para financiadores e opinião pública? De que adianta um pouso real na Lua se o evento não render imagens inspiradoras e com suspense hollywoodiano? Então, mais do que cientistas e geeks, é preciso um diretor de vídeos publicitários e uma relações públicas. Esse é o tema do filme “Como Vender a Lua” (Fly Me to the Moon, 2024). Calma! O filme não sugere que o pouso foi uma farsa. Mas de como a América entrou na era do artifício no qual a simulação e o entretenimento passaram a ser forças dominantes em todos os setores da sociedade. 

sexta-feira, julho 19, 2024

Cinegnose anteviu o apagão digital? Evento 'Cyber Polygon': a próxima pandemia será digital



Será que o Cinegnose anteviu o apagão digital? Esse é o texto desse humilde blogueiro publicado em 2021: "Em outubro de 2019 o Fórum Econômico Mundial (FEM) promoveu o “Event 201”, um exercício de simulação de cenários cuidadosamente projetados de uma possível pandemia de coronavírus. DOIS MESES depois, a pandemia aconteceu seguindo como um script cada um dos cenários simulados. Agora, o FEM realizará esse ano o evento “Cyber Polygon” que simulará um ataque cibernético fictício com participantes de dezenas de países. Klaus Schwab, fundador do FEM, justifica o evento dizendo que o mundo deverá se preparar para uma potencial pandemia ainda mais grave que a atual: a pandemia cibernética. Será que o sincronismo do “Event 201” se repetirá com o “Cyber Polygon”? Devemos esperar para 2022 uma nova pandemia, dessa vez digital? O fato é que as crises parecem surgir convenientemente sempre que as elites desejam operar grandes mudanças. Principalmente a atual: o Grande Reset Global, na qual o dinheiro eletrônico é substituído pelo digital".

terça-feira, julho 09, 2024

Como roubar com muita empatia e solidariedade no filme 'Eu Me Importo'


Nada mais atual do que o pânico da senilidade, demência, Alzheimer etc. A controvérsia midiática em torno das limitações cognitivas do presidente Joe Biden mostra isso. Para o Capitalismo, toda crise é oportunidade: por que não transformar esse pânico em mais uma forma de drenagem de dinheiro para o rentismo improdutivo? E tudo com uma cara politicamente correta, com muita empatia e solidariedade – uma tutora legal cuida de idosos judicialmente impedidos a partir de falsos laudos de médicos parceiros, mandando-os para asilos, enquanto drena dinheiro e propriedades das vítimas. É o filme Netflix “Eu Me Importo” (I Care a Lot, 2020). Até o momento que a golpista se envolve com a idosa errada. Mas... toda crise pode ser uma oportunidade. Uma história tragicômica do sonho americano invertido: a meritocracia é um conto de fadas inventado para os pobres.

quinta-feira, julho 04, 2024

Dez anos do 7 a 1 da Alemanha: uma goleada geopolítica


Nesse dia 08 de julho chegamos aos dez anos do chamado “Massacre de Belo Horizonte” ou simplesmente “Mineiraço”: a humilhante goleada de 7 a 1 da Alemanha sobre o Brasil na semifinal da Copa do Mundo de futebol de 2014. Uma anomalia em um esporte marcado por baixas contagens, principalmente em semifinais com equipes de forças equivalentes. Tão anômalo que mereceu uma análise exclusiva sobre a performance do jogador David Luiz, feita pelo New York Times. O fato é que num espaço de 48 horas após a goleada, a mídia internacional especializada foi dominada pela ideia de que o resultado da semifinal foi muito mais do que um evento esportivo: foi uma goleada geopolítica. Por que a mídia internacional politizou tão rapidamente um evento esportivo? O “Mineiraço” simplesmente aconteceu como um evento lógico e conveniente dentro da escalada de eventos que se iniciou nas Jornadas de Junho. O pontapé inicial do jogo da guerra híbrida que transformaria o 7 a 1 numa goleada geopolítica. 

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