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sábado, março 15, 2025

Pânico como valor no Capitalismo de Catástrofe e como mídia descobriu que Gleisi é mulher

Os leitores mais velhos devem lembrar dos ícones do sensacionalismo na TV: O Homem do Sapato Branco, Gil Gomes, programas O Povo na TV e Aqui e Agora etc. Essa linguagem sensacionalista ficou para trás, em uma época de outro capitalismo. Hoje, o rentismo e o Capitalismo de Catástrofe (capaz de imaginar o fim do mundo como oportunidade de comoditização) impõem uma mudança nesse clássico gênero midiático. É a ascensão do PÂNICO CAPITALISMO: o pânico elevado a valor cultural através do qual a sociedade e tendências políticas e econômicas são percebidas – Pânico Moral, Pânico Racial, Pânico Climático, Pânico Inflacionário, Pânico da Segurança Pública, Pânico Econômico etc. Com uma mais-valia ideológica: inverter relações de causa e efeito para...

domingo, março 09, 2025

Jornalismo corporativo institui a não-mulher no Dia da Mulher

Dia da Mulher. Grande mídia celebra. Porém, quando se fala em política, curiosamente o jornalismo corporativo não quer celebrar e nem reconhece como mulher a ativista petista feminina. Vira a não-mulher. É o caso de Gleise Hoffmann, condenada a repetir o caso da presidenta Dilma – não é mais sexismo ou misoginia. É anti-petismo mesmo. Enquanto isso, aproveitando a efeméride, a única crítica possível da jornalista Natuza Nery contra as medidas anti-inflação dos alimentos  (ocultadas pelas medidas do PIX pelo BC) foi dizer que Alckmin era “um branco engravatado que não vai a supermercado” e, portanto, as medidas não tinham representatividade feminina (!!!). E o 8/1 pode não ter conseguido dar o golpe de Estado. Mas já está dando muito...

domingo, março 02, 2025

O que tem a ver queda de aprovação do governo Lula com o hype do filme 'Ainda Estou Aqui'?

Nessa noite o filme “Ainda Estou Aqui” disputa três estatuetas do Oscar: Melhor Filme, Atriz e Filme Internacional. Que este humilde blogueiro consegue lembrar, nenhuma indicação brasileira ao Oscar nos anos 1990 como “O Quatrilho”, (1996) “O Que é Isso Companheiro” (1998) e “Central do Brasil” (1999) mereceu tal comoção típica de uma final de copa do mundo – pelo contrário, eram vistos até com ceticismo. Por quê? Quase como marketing involuntário ao filme, um homem foi preso por tentar invadir STF; polícia achou bomba com suspeito. De repente, o filme criou uma unanimidade: a agenda da urgente necessidade de defender a Democracia. Enquanto a esquerda terceiriza a defesa no Judiciário, a grande mídia bomba a inflação dos alimentos: ninguém...

sábado, março 01, 2025

Depois da humilhação, jornalismo corporativo tenta juntar os pedaços de Zelensky

Já pairava um cheiro de armadilha no ar. Como assim? Convidar Zelensky para um encontro no Salão Oval com Trump, dias depois de chamar o ucraniano de “ditador” e ter uma conversa bilateral com Putin? Deu no que deu, uma pequena amostragem do “caos com método” abateu um Zelensky monocórdico que acreditava que tudo seria normal – mas foi humilhado e enxotado pelas conhecidas armadilhas semióticas alt-right: comunicação indireta, técnicas de dissociação, desautorização do interlocutor e roll over. Depois, restou à grande mídia brasileira salvar a própria credibilidade: como ajudaram um obscuro ator-comediante de uma série Netflix ucraniana a inventar a imagem de um destemido herói patriótico a ousado líder geopolítico global? Se há um aspecto...

terça-feira, fevereiro 25, 2025

Aforismos e pensatas do humilde blogueiro no Departamento Médico (1): o butim da Ucrânia, Covid, esperando Gonet e inflação

Essas são as primeiras pensatas e aforismos do humilde blogueiro entregue ao Departamento Médico. São textos pós-cirurgia no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC-SP – o blogueiro sofreu um acidente ciclístico. Na falta do que fazer, fico ainda mais absorvido pela TV e Internet. Os primeiros resultados são esses textos sobre Trump, Zelensky, Covid Rises Again, Gonet e PGR no timing e Lula e a inflação dos alimentos. Como dizia Lacan, a parte mais importante  da  Psicanálise é a simbolização: falar sobre o próprio trau...

terça-feira, fevereiro 04, 2025

Entrevista com o humilde blogueiro: Inteligência Semiótica e soberania digital

Esse humilde blogueiro foi entrevistado pelo jornalista Moysés Corrêa da TVCRIO – Televisão Comunitária do Rio de Janeiro, nessa segunda-feira (03/02). “Comunicação, debate público e democracia” foi o grande tema. O foco foi fazer um diagnóstico da evolução das tecnologias de comunicação até chegarmos ao tempo real das redes sociais – principalmente, como a comunicação on line está corroendo a Democracia. Para chegarmos ao debate atual das armadilhas comunicacionais que, tanto o Governo Lula quanto a esquerda, estão caindo sem conseguirem reagir. Voltou na discussão o tema do “Gabinete de Inteligência Semiótica” e a necessidade de ser criada uma agenda comunicacional própria que dispute a narrativa da grande mídia. E a necessidade de uma política...

sexta-feira, janeiro 17, 2025

A extrema-direita tem um "Gabinete de Inteligência Semiótica". E o Governo?

A humilhante derrota do Governo no episódio da normativa do Pix da Receita Federal (voltando atrás, passando recibo e pulverizando a credibilidade não só de um órgão público, mas também dos próprios jornalistas do campo progressista que lutavam contra a desinformação) revelou a extrema vulnerabilidade diante das operações de um “gabinete de inteligência semiótica” na extrema-direita: a sinergia entre o jornalismo corporativo e extrema-direita, fornecendo insights e munição para a desinformação. Desde o episódio dos imóveis perdidos do Palácio da Alvorada e reencontrados pela Comissão de Inventário (e depois bombado nas manchetes de primeira página) no início de 2024, encontramos um trabalho de prospecção rotineira de crises em potencial, para...

quinta-feira, janeiro 09, 2025

O ato em memória do 8/1 e o jogo perde-perde da comunicação

Por que no ano passado Lula vetou qualquer ato em memória aos 60 anos do golpe militar de 1964? E por que agora decidiu celebrar um ato em memória aos dois anos dos atos golpistas do 8/1? Com descida da rampa e tudo! Será que não quis melindrar a caserna que ainda acredita que o golpe foi a “revolução de 64”? O fato é que, para o Governo, o 8/1 virou uma bomba semiótica do “Sim!” – tem adesão fácil, principalmente da grande mídia que abduziu o campo progressista para a pauta da “Defesa da Democracia” – cujo filme “Ainda Estou Aqui” foi o toque emocional que faltava. Enquanto Lula coloca um marqueteiro na Secom para melhorar a “Comunicação”, mais uma vez confundindo o conceito com “propaganda”. A questão é que o governo caiu no ardil mídia/Faria...

quinta-feira, janeiro 02, 2025

Caso Natuza Nery e apropriação semiótica: como a Globo lucra com isso

O caso do ataque sofrido em supermercado pela “colonista” e apresentadora da Globo News, Natuza Nery, é exemplar por revelar, na prática, o efeito da estratégia de comunicação alt-right de apropriação semiótica. A crítica não só a Globo, mas ao monopólio midiático do país, sempre foi uma pauta da esquerda. Apropriada e com sinal invertido de forma paródica pela extrema-direita, virou o mote “Globo Lixo!”. Resultado: o campo sai em defesa do “jornalismo profissional” e a “liberdade de imprensa” contra o “fascismo”, não obstante a “colonista” ter semeado e colhido tempestade, junto com a emissora que deu visibilidade à lama psíquica do Brasil profundo. O campo progressista teme ser confundida com o bolsonarismo. Então, sai em defesa do jornalismo...

terça-feira, setembro 24, 2024

Em defesa de Pablo Marçal: ponham ele na conta da grande mídia

Se a lei eleitoral desobriga à grande mídia convidar Pablo Marçal, por que insiste em colocá-lo nos debates? Mesmo com os recorrentes problemas, como no último debate Flow Podcast? Hipocritamente, o jornalismo corporativo se posiciona com a vestal da moralidade política e continua denunciando as “cenas deprimentes”. Marçal é a garantia de audiência e clickbaits de um produto midiático que se tornou engessado e monótono ao longo dos anos. Além de garantir dissonância cognitiva necessária para desmoralizar a política - que alimenta a extrema direita. É hora de defender Marçal, colocando-o na conta da grande mídia: ele é seu filho dileto. Mais do que isso: representa a “pós-meritocracia” dentro do ecossistema atual dos jogos e apostas online e...

sexta-feira, setembro 13, 2024

O Brasil pega fogo: Jornalismo Tostines e Capitalismo de Catástrofe

Olhamos para as imagens dos incêndios que estão fazendo o País arder e pensamos imediatamente em apocalipse e nas imagens hollywoodianas de filmes como Mad Max. Por que é mais fácil a gente pensar no fim do mundo do que no fim do Capitalismo? Por que falar em Capitalismo? Por que todos esses incêndios guardam um padrão que o jornalismo hegemônico quer esconder: recorrência, sincronismo, sequencialização e precipitação, apontando para uma engenharia política do caos. Muito além do “Aquecimento Global”. E que toda a catástrofe ambiental brasileira é provocada pelo modelo produtivo neocolonial digital de exaustão de todos os biomas. Entra em ação o “jornalismo Tostines”, de viciosidade e “rocambole semiótico”. Mas nem tudo está perdido: a Faria...

quinta-feira, agosto 22, 2024

O coach venceu, agora só se fala no coach! Como aloprar a política com a comunicação indireta

O coach venceu! Agora só se fala no candidato coach à prefeitura de São Paulo, condenado por crimes de fraudes bancárias e suspeitas de conexões com o crime organizado. Mas tais denúncias parecem dar ainda mais luz própria a Pablo Marçal. As imagens nos bastidores pós-debate na TV Bandeirantes, cercado por câmeras, microfones e celulares de repórteres dão a dimensão do processo de normalização de mais uma metástase que promete destruir a política de dentro para fora. Ele é a confirmação prática de uma profecia que Paulo Virilio fez em 1995 para o século que viria: o ciberespaço vai destruir a democracia através do tempo real e interatividade digital. Marçal está sintonizado com o zeitgeist: a maneira como a técnica de comunicação indireta alt-right...

sábado, agosto 17, 2024

A alopragem política da Folha e as estratégias de comunicação 'alt-right'

As estratégias de comunicação alt-right da extrema-direita basicamente se estruturam em dois princípios: a “alopragem política” e a “comunicação indireta”. O não-acontecimento da matéria de Glenn Greenwald e Fabio Serapião na Folha contra a “falta de ritos” de Alexandre Morais, abrindo uma espécie de “Vaza Xandão” e a denúncia de “perseguição política” contra bolsonaristas flagrantemente revela isso. Principalmente com o timing no momento em que a ultradireita na Venezuela espelha o modus operandi da extrema-direita brasileira, colocando a grande mídia, que incensa Xandão como o guardião da Democracia, numa espécie de saia justa. Por que lá pode e aqui não? Folha não quer impeachment do Xandão, mas duas mais valias semióticas: (a) gerar mais...

quinta-feira, agosto 01, 2024

Bomba semiótica wokeísta e guinada na propaganda política nos Jogos de Paris

Que os Jogos Olímpicos são uma arma de propaganda política, não é novidade para ninguém. Porém, os Jogos Olímpicos de Paris apresentaram duas novidades: um sintoma que reflete o atual zeitgeist geopolítico europeu e uma guinada na propaganda política - uma cerimônia de abertura que abandonou os princípios da propaganda tradicional nesses eventos (nacionalismo, doutrinação ideológica, retórica e sedução) para detonar uma bomba semiótica wokeísta às margens do Rio Sena, com uma paródia de diversidade numa estilização da “Última Ceia”. Enquanto a propaganda clássica visava a esfera pública, a bomba semiótica cria ondas de impacto no contínuo midiático atmosférico: calculadamente “irritar” bolhas de extrema-direita e a “maioria silenciosa” para...

terça-feira, julho 16, 2024

Os tiros contra Donald Trump não aconteceram

Foi visível a perplexidade inicial do jornalismo corporativo diante dos disparos contra Donald Trump em um comício na Pensilvânia, tanto pela conveniência dos tiros à sua campanha quanto pela flagrante complacência do serviço secreto na segurança. Que posteriormente a mídia normalizou como “milagre” que supostamente teria salvo a vida do ex-presidente. Essa perplexidade e mal-estar são típicos quando estamos diante de não-acontecimentos, que sequer a mídia pode discutir a hipótese: põe em risco a própria matéria-prima da notícia: o acontecimento. É tudo coisa de “chapéus de alumínio”, têm que dizer para salvaguardar a própria profissão. Porém, o resultado, a mais-valia semiótica da fotografia perfeita, mais uma vez revela didaticamente as características...

quarta-feira, junho 26, 2024

Da Lava Jato ao PL do Estupro: CogWar, OTAN e a nova etapa da Guerra Híbrida

Hoje uma nova operação Lava Jato seria impossível. A agenda da guerra híbrida mudou: enquanto a primeira fase (as “primaveras” e “revoluções coloridas”) foi marcada por operações psicológicas, nesse momento a guerra híbrida entrou no modo Guerra Cognitiva (CogWar). É o que mostra o relatório resultante de painéis de discussões da OTAN “Mitigating and Responding to Cognitive Warfare”, de 2023. Enquanto as PsyOps visavam a influência das crenças, a CogWar age sobre cognições, excesso sensorial e perceptivo; saturação da atenção e geração de viéses cognitivos. Trata-se agora tornar o debate público irracional, forçando vieses baseados em religião, valores e costumes. O “PL do Estupro” é um exemplo que cria o chamado “efeito firehose”, aversão...

sábado, maio 18, 2024

Pânico cromático: por que jornalistas corporativos têm tanto medo da cor vermelha?

O pânico cromático provocado pela cor vermelha está de volta. Dessa vez, para tentar salvar das enchentes o governador do RS, Eduardo Leite. Depois do pânico das ciclofaixas pintadas de vermelho em SP, do pavor de símbolos vermelhos entrarem na bandeira brasileira e de a Folha exaltar a retirada da cor vermelha dos pilares do MASP, agora o pânico cromático retorna na politização da catástrofe ambiental que o jornalismo corporativo diz que não deve ser feito. A jaqueta vermelha do ministro da Reconstrução do RS, Paulo Pimenta, provocou pavor semiótico na Globo News. O apalermado Eduardo Leite estaria de cara amarrada por estar diante de uma propaganda política explícita do PT. Segundo a Globo News, ao contrário, o jovem ativo político midiático...

sexta-feira, maio 10, 2024

Jornalismo metonímico da grande mídia dá munição às fake news de olho no impeachment

Vivemos mais um hype na grande mídia sobre as chamadas “fake news”. Que agora miram a calamidade ambiental no Rio Grande do Sul. Os “colonistas” do jornalismo corporativo mostram todo o seu repertório de indignação moral e amaldiçoam essa praga supostamente exclusiva das redes sociais. Mais uma vez, o hype midiático sobre fake news ocorre como estratégia diversionista para esconder algo. Dessa vez, a forma inovadora pela qual o chamado “jornalismo profissional” está fornecendo munição para algo que vai muito além das “fake news”: uma estratégia ampla de contrainformação com dois objetivos: tirar o protagonismo de Lula e espalhar cascas de bananas orçamentárias (sob a lupa do TCU) para, quem sabe, servir de álibi para um processo de impeachment....

sexta-feira, março 22, 2024

O ardil midiático da "crise da comunicação" do governo Lula e contínuo midiático atmosférico

A volta do jornalismo de guerra. Nesse momento a grande mídia tenta criar a tempestade perfeita com um concerto de crises: alta dos alimentos, Petrobrás, dengue, segurança pública, Saúde, diplomática, climática, queda da aprovação do governo Lula etc. Porém, nos últimos dias esse modus operandi da mídia hegemônica revelou uma nova faceta: a preocupação com comunicação do Governo – por que, apesar dos bons feitos na Economia, os resultados não chegam ao povo? Mais uma crise, a da comunicação que, como sempre, reativamente, faz Lula convocar ministros. Qual o ardil desse súbito interesse da grande mídia na comunicação? No afogadilho da “crise”, induzir Lula a fazer mais do mesmo: confundir comunicação com propaganda. Enquanto grande mídia e as...

terça-feira, dezembro 26, 2023

Contra as bombas semióticas da "Empatia" e do "Faça a diferença"

“Empatia” e “faça a diferença” são expressões que marcaram 2023. Apareceram em todos os lugares: no colunismo e editoriais da grande mídia, em vídeos publicitários das grandes marcas globais, nos discursos motivacionais corporativos, na literatura de autoajuda. Viraram palavras mágicas através das quais podemos supostamente fazer uma sociedade melhor e mudar o mundo! Há uma relação direta entre o aumento da polarização política e escalada midiática dessas palavras, consideradas antídotos para todas as mazelas do ódio e intolerância. O mais irônico, é que aqueles que lançam essas palavras mágicas como slogans ou hashtags foram os responsáveis pela doença que supostamente pretendem curar: o jornalismo de guerra que deu visibilidade ao extremismo...

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