sábado, fevereiro 28, 2015

Morsas e ostras mataram John Lennon?

A música mais enigmática dos Beatles aparece no maior fracasso comercial do grupo, o filme “Magical Mystery Tour” de 1967, hoje reavaliado como obra de arte ao nível do humor do grupo Monty Python ou do surrealismo de Buñuel. Inspirado no poema “A Morsa e o Carpinteiro” de Lewis Carroll, a música “I’m The Walrus” composta por John Lennon apresenta uma letra sombria, obscura e misteriosa com referências a genocídios, drogas e jovens que seriam seduzidos por uma “Morsa” que estaria levando-os para a destruição – no poema de Carroll aparecem “jovens ostras” . Será que a música foi alguma espécie de acerto de contas de Lennon com a culpa e o remorso de saber ter feito parte de uma gigantesca estratégia de engenharia social por trás da cultura...

segunda-feira, fevereiro 23, 2015

Oscar para "Birdman" revela secreta coerência de Hollywood

O blog “Cinegnose” acertou: o favoritismo de “Birdman” confirmou-se com o prêmio de Melhor Filme no Oscar 2015. O prêmio era aguardado pela recorrência temática dos filmes premiados pela Academia de Cinema nos últimos anos: metalinguagem, auto-referência, glamourização da “guerra anti-terror”, conflitos étnicos e liberdade, temas recorrentes desde a explosão da bolha imobiliária dos EUA em 2008 e a crise da Zona do Euro. Hollywood mais uma vez demonstra que é um braço armado do complexo bélico-militar norte-americano. E a indústria do entretenimento sabe premiar os seus: o diretor mexicano Alejandro Iñárritu (e a nacionalidade foi um fator ideológico importante) fez uma verdadeira homenagem à indústria do entretenimento – mostrou uma Broadway...

sábado, fevereiro 21, 2015

Em "O Destino de Júpiter" os Wachowski esquecem a pílula vermelha do Gnosticismo Pop

Com o filme “O Destino de Júpiter”, mais uma vez os irmãos Wachowski criam uma fábula gnóstica pop. E dessa vez sincronizando um evento astronômico (a ascensão do planeta Júpiter nos céus em fevereiro) com uma releitura do mito gnóstico da Criação, Queda e Ascensão do “Apócrifo de João” escrito em 150 DC. Tal como na “Trilogia Matrix”, a humanidade é prisioneira dos Demiurgos para ter sua energia drenada. Lá em Matrix presos em incubadoras.  Aqui em “O Destino de Júpiter” para serem semeados e colhidos por uma casta real alienígena em uma espécie de gigantesco latifúndio cósmico. Porém, dessa vez os Wachowski fizeram grandes concessões à Hollywood: a pílula vermelha da gnose que despertava para a Verdade da Matrix desapareceu para ser...

quarta-feira, fevereiro 18, 2015

Vídeos de execuções do Estado Islâmico apontam para a "Hipótese Fox Mulder"

Certa vez o agente especial do FBI Fox Mulder, da série televisiva “Arquivo X”, criou uma instigante hipótese: Hollywood propositalmente encenaria nos plots de seus filmes conspirações políticas para que as críticas contra essas mesmas conspirações, dessa vez na realidade, fossem desmoralizadas como meras “ficções”. A série recente de vídeos do Estado Islâmico sobre supostas decapitações de reféns estaria repetindo como farsa os vídeos fakes mostrados em filmes como “Mera Coincidência” (1997) e Homem de Ferro 3 (2013)? Diferente de antigos vídeos jihadistas de execuções, os atuais apresentam estranhas “anomalias” para vídeos supostamente realistas do estilo de antigos vídeos VHS como “Faces da Morte” – ao contrário, possuem superproduções...

domingo, fevereiro 15, 2015

Por que "Birdman" é o favorito ao Oscar?

Não é por acaso que “Birdman” é o grande favorito ao Oscar. O filme promete discussões profundas sobre a importância de se sentir amado nesse mundo. Mas tudo o que o diretor mexicano Alejandro Iñárritu nos entrega é uma agradecida homenagem à indústria de entretenimento dos EUA que lhe abriu as portas: um filme supersaturado de metalinguagem e colagens de auto-referências que acabou resultando em uma produção complacente, auto-indulgente e subserviente. Iñarritu faz homenagem a uma Broadway que não mais existe, reforçando a mitologia que ainda dá algum verniz “artístico” a Hollywood: atores autopiedosos, divas narcisistas que se entregam ao “Método” e críticos implacáveis que transformam artistas em “gênios incompreendidos”. Com isso, o...

quinta-feira, fevereiro 12, 2015

Dez filmes arruinados pelas novas tecnologias

Com as novas tecnologias cada vez mais intrusivas e onipresentes, o Cinema vive um paradoxo: os filmes não têm o menor problema para fazer o público acreditar em fantasmas, gremlins, maníacos sobrenaturais, feiticeiros, vampiros, poltergeists ou extraterrestres. Mas está cada vez mais difícil fazê-los aceitarem que o herói de um filme não esteja munido com a tecnologia necessária (smartphones, Ipads, GPS etc.) para frustrar as intenções do Mal. O avanço tecnológico está criando um impasse entre roteiristas e diretores: muitos plots de filmes do passado, hoje seriam impossíveis de serem realizados como “Esqueceram de Mim”, “Psicose” etc. Internet e dispositivos móveis estão cada vez mais inviabilizando os arquétipos clássicos do cinema que...

terça-feira, fevereiro 10, 2015

Tecnologias de comunicação escondem o isolamento no filme "Bird People"

No meio do caminho entre o realismo documental e o sobrenatural, o filme “Bird People” (2014) do francês Pascale Ferran nos mostra os dilemas dos momentos da vida em que precisamos assumir riscos e dar saltos no vazio. Pessoas que transitam em espaços impessoais como aeroportos e hotéis e que tentam mascarar o isolamento por meio de tecnologias de comunicação como dispositivos móveis e computadores. Ferran nos mostra a contradição de como pessoas cercadas de interfaces de comunicação podem, ao mesmo tempo, sofrerem do mal da incomunicabilidade. Escondem o isolamento, mas sofrem os sintomas da claustrofobia e alienação. E sentem a necessidade de darem um salto nas suas vidas, assim como os pássaros e aviõe...

"Garota Exemplar" e a tragédia como delineadora da vida, por Sonielson de Sousa

Grande favorito ao Oscar (provavelmente nas categorias Melhor Filme, Melhor Ator/Atriz, Melhor Roteiro e Melhor Diretor, dentre outros) “Garota Exemplar” (Gone Girl, 2014) é um suspense de aproximadamente duas horas e meia que tem a habilidade de mostrar a tênue linha entre a normalidade e a face nebulosa das pessoas - a “Sombra” de que fala Jung. "O Homem é o lobo do homem, em guerra de todos contra todos" (Thomas Hobbes) Baseado no livro homônimo escrito por Gillian Flynn, o filme trata da estória de Amy Dunne (Rosamund Pike), que na infância é tratada pelos pais e por todos à sua volta com extrema excepcionalidade e que, depois de casada, é obrigada a ter uma vida mediana e a morar no interior para acompanhar o marido. Dunne desaparece...

domingo, fevereiro 08, 2015

Ligações perigosas nas séries "Felizes Para Sempre?" e "Questão de Família"

As séries televisivas “Felizes Para Sempre?” e “Questão de Família” (Globo e GNT) apresentam sincronismos e insólitas coincidências envolvendo autor, diretor e o timing dos episódios que parecem espelhar na teledramaturgia notícias e imagens do telejornalismo da grande mídia . Estaria a todo vapor funcionando uma correia de transmissão entre os núcleos de novelas e o jornalismo da emissora? O sincronismo seria favorecido pelo vazamento antecipado de informações das investigações do Judiciário? Por outro lado poderia ser um sintoma do tautismo da TV Globo que, em crise, injeta realismo na teledramaturgia para recuperar a relevância perdida? Ou são apenas eventos sincromísticos? Em 1982 ia ao ar na TV Globo a minissérie Quem Ama Não Mata,...

sexta-feira, fevereiro 06, 2015

Uma crítica irônica ao racismo europeu em "Charleston Parade"

Estamos em 2028. A Europa foi arrasada por uma guerra mundial e Paris está em ruínas com poucos sobreviventes. Um explorador desce numa esfera voadora e descobre um dos sobreviventes. Ela é uma mulher selvagem que, com seu gorila de estimação, dança nas ruas um ritmo estranho chamado Charleston. Esse explorador é negro e vem da África que se tornou o centro da civilização, enquanto a Europa branca tornou-se arruinada e selvagem. Estamos falando de algum filme distópico atual? Não, esse é um estranho e irônico curta de ficção científica francês de 1927 “Charleston Parade” (Sur Un Air De Charleston) de Jean Renoir, filho do famoso pintor impressionista. O curta é uma engraçada crítica politicamente incorreta ao racismo e colonialismo europeu....

quinta-feira, fevereiro 05, 2015

O enigma da calma estoica de Alckmin

Enquanto a crise hídrica é anexada à energética pela grande mídia, nacionalizando a pauta e sobrando as medidas impopulares para a presidenta Dilma, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, passa incólume pela crise.  Alckmin tira vantagem de uma blindagem midiática? A resposta não é assim tão simples, onde a grande mídia supostamente teria poderes para operar uma lavagem cerebral em um Estado inteiro. Uma pista talvez esteja no impagável apelido dado pelo colunista José Simão ao governador em 2001: “picolé de chuchu diet”. O colunista foi profético – pressentiu o papel que Alckmin desempenharia no futuro onde essa imagem “diet” junto à opinião pública seria fundamental: o papel de líder de um Estado que, de locomotiva da Nação,...

terça-feira, fevereiro 03, 2015

A mecânica quântica nas relações humanas no filme "Coherence"

Em uma noite amigos se reúnem para um jantar regado a vinho. Um cometa cruza o céu. O físico austríaco Schrödinger em 1935 imaginou a famosa experiência do gato preso em uma caixa para ilustrar os paradoxos da mecânica quântica. O filme "indie" “Coherence” (2013) junta esses três elementos para criar um dos mais inventivos roteiros dos últimos anos. Complexos conceitos da física quântica como “sobreposição”, “entrelaçamento” e “decoerência” são transferidos do mundo subatômico para as tensões das relações humanas. E se todos naquele noite estiverem na mesma situação angustiante do gato de Schrödinger? Mas também pode ser a oportunidade de realizar o sonho da segunda chance e corrigir as escolhas erradas de uma vid...

sábado, janeiro 31, 2015

Série "Mundo da Lua" previu crise atual da água em 1991?

Assistir ao episódio “Esquadrão do Sabonete” da série de TV brasileira “Mundo da Lua” apresentado em 1991 é a oportunidade de ter uma desconcertante experiência de "dèjá vu": teria lá no passado o protagonista Lucas previsto a atual crise da água? O episódio reserva estranhas conexões entre passado e futuro – coincidências ou sincronicidades? Essas possíveis conexões trazem a discussão sobre as fronteiras entre ficção e realidade tal como propostas por escritores como Charles Bukowski e Philip K. Dick: para o primeiro, a realidade consegue superar a ficção em bizarrice, por isso a literatura deve ser mais estranha que o real; para o segundo, a realidade é o futuro como profecia auto-realizável. É a hipótese sincromística: haveria um subtexto...

sexta-feira, janeiro 30, 2015

Conteudismo: a doença infantil da comunicação

As estruturas de comunicação de instituições públicas são lentas para reagir a ambientes midiáticos negativos. Mas no caso atual do Governo Federal o problema não é de “timing”, mas principalmente do paradigma que orienta suas estratégias: o Conteudismo, a doença infantil da Comunicação. Da vulgarização da utilização de filmes em sala de aula para ilustrar de maneira linear conteúdos curriculares à ordem da presidenta Dilma para que os ministros sejam “claros e precisos” e “comuniquem iniciativas e acertos” para enfrentar a “batalha da comunicação”, todos partilham de um mesmo equívoco: de que a questão da Comunicação se trata unicamente de transmissão de conteúdos. O cenário midiático atual não se identifica mais com uma “batalha da comunicação”,...

quarta-feira, janeiro 28, 2015

Filme "Borgman" mostra como uma família burguesa se autodestrói

Esqueça a maldade representada pela tradição hollywoodiana: serial killers, monstros, psicopatas, terroristas, russos, árabes e vilões em geral (RAVs). Para assistir ao filme “Borgman” (2013), do diretor holandês Alex Van Warmerdan, o espectador deve ter em mente que está entrando no terreno do Mal surrealista e metafísico. O Mal na tradição gnóstica que, no Ocidente, tem na obra de Marques de Sade um dos seus melhores representantes. Em um mix de thriller, sobrenatural e humor negro, “Borgman” narra como uma típica família burguesa é capaz de se autodestruir até o limite da insanidade – e Camiel Borgman, um presumível sem-teto que um dia bate à porta da família, seria o suposto responsável por tudo – hipótese mais tranquilizadora para...

segunda-feira, janeiro 26, 2015

O fantasma da adolescência no filme "Divergente"

O fantasma da adolescência assombra o Capitalismo: como estender o período da vida que conhecemos como “juventude”, com toda a sua ansiedade e revolta, com a finalidade de adiar cada vez mais a entrada do jovem no mercado de trabalho? Filmes como "Divergente" (Divergent, 2014) é um exemplo da solução desse problema e, ao mesmo tempo, a descoberta de uma inesgotável fonte de lucros. Em cada década a indústria do entretenimento explorou essa “adolescência estendida”: rebeldes sem causa, punks, darks, góticos, emos. E agora, rebeldes “teens distópicos” de filmes como “Jogos Vorazes” ou “Ender’s Games”. Baseado em mais um indefectível romance infanto-juvenil, o filme “Divergente” traz a ambígua mensagem desses novos tradicionalistas de início...

sexta-feira, janeiro 23, 2015

A Ponte Estaiada é uma bomba sincromística?

Foto: André Nunez “Estilingão”, “X” da Xuxa”, “X” dos analfabetos foram alguns dos apelidos recebidos pela Ponte Estaiada Otávio Frias de Oliveira quando inaugurada em 2008 na cidade de São Paulo. Certamente sintomas da perplexidade de uma estrutura em “X” equivalente a um prédio de 46 andares de onde saem estais que sustentam pistas sobrepostas em curva. Para além da funcionalidade viária, a ponte nasceu para ser emblemática, midiática e símbolo global. Para atingir essas funções ideológicas do “Soft-capitalismo” (midiático-financeiro), tornou-se um evento sincromístico: além dos feixes de estais, ela representa um feixe de simbolismos herméticos, esotéricos e matemáticos como a espiral de Fibonacci e o Homem Vitruviano de Leonardo...

quarta-feira, janeiro 21, 2015

O estranho clássico cult "The Cars That Ate Paris"

Estranhos carros tunados que correm o Outback australiano provocando acidentes cujas vítimas serão ou assassinadas, ou incorporadas à comunidade de um lugarejo chamado Paris ou se transformarão em cobaias de um estranho experimento psiquiátrico. O clássico cult “The Cars That Ate Paris” (1974), dirigido por Peter Weir (“Show de Truman”, “Sociedade dos Poetas Mortos”) em início de carreira, é um filme estranho e enigmático e que por décadas se mostrou impossível de ser rotulado em um gênero. Apesar da sua estranheza,  a produção acabou influenciando diversos filmes por gerações como “Mad Max”, “Veludo Azul”, “Chumbo Grosso” ou “Velozes e Furiosos”. Como mais tarde faria em “Show de Truman”, em “The Cars” Peter Weir quer encontrar o bizarro...

domingo, janeiro 18, 2015

O gênio do Chefe Shang inspira dedo-durismo da grande mídia

Há quase 3 mil anos na China, Chefe Shang, dirigente na totalitária Disnastia Ch’in, criou a ardilosa tática de estímulo ao dedo-durismo generalizado entre agricultores: preocupados em vigiar seus vizinhos, esqueciam-se que estavam sob um regime de terror e autoritarismo. Desde então, o dedo-durismo passou a ser a prática recorrente nos regimes totalitários. Pois o gênio do Chefe Shang continua vivo – sob o pretexto de “exercício da cidadania” durante a chamada “crise hídrica” em São Paulo, a grande mídia vem estimulando pessoas a enviar vídeos e fotos de vizinhos que supostamente desperdiçam água. Mais uma vez a grande mídia pisa no pântano do proto-fascismo: uma suposta cruzada cívica que pode se transformar em vingança e violência por...

sexta-feira, janeiro 16, 2015

A humanidade está no fogo cruzado entre deuses e reis no filme "Êxodo"

O homem está colocado em uma espécie de fogo cruzado entre deuses e reis, demiurgos vingativos e ciumentos perante os quais somos apenas aquilo que representa a mosca para uma criança. Ao homem nada mais resta do que desafiá-los para, no final, resgatar dentro de si o bem mais precioso – aqueles a quem ama. Esse é o tema que perpassa a obra do diretor Ridley Scott e que, mais uma vez, está presente na versão do Êxodo bíblico feita por um cineasta assumidamente ateu. “Êxodo: Deuses e Reis” (2014) retrata um Moisés convertido em anti-herói amargurado: “É tudo vingança!”, critica em um dos ríspidos diálogos com Deus. Scott repete a mesma desesperança dos tripulantes da nave Prometheus que, ao descobrirem a raça dos criadores do homem em um...

quarta-feira, janeiro 14, 2015

As bombas semióticas do "Charlie Hebdo" e das "árvores-que-caem-e-matam" em São Paulo

Enquanto o jornal Charlie Hebdo foi repentinamente arrancado da crise financeira e da ameaça de fechamento para a condição de “pièce de résistance” da liberdade de expressão Ocidental, em São Paulo as costumeiras árvores que caem a cada tempestade de verão também repentinamente foram elevadas da cobertura local aos telejornais diários de rede nacional como o fenômeno generalizado das “árvores-que-caem-e-matam”. O que há em comum nesses dois eventos que dominam a atual pauta midiática? A bomba semiótica diversionista, cujas origens estão nas táticas militares dos campos de batalha desde a Antiguidade. Hoje é a principal arma na luta pela conquista da atenção da opinião pública. Tática manjada e canastrona pelo seu evidente sendo de oportunismo,...

segunda-feira, janeiro 12, 2015

"Atazagorafobia": a nova fobia das redes sociais no curta "Remember Me"

“Você lembra de mim, logo existo”. Isso é uma questão de sobrevivência para um novo tipo humano que domina as redes sociais, pessoas que sempre estão em busca da atenção das pessoas. Psicólogos chamam essa nova fobia de “Atazagorafobia” ou “fear of missing out” (FOMO) – o pânico de estar perdendo alguma oportunidade de interação ou de reconhecimento. Esse é o tema do curta canadense “Remember Me” (Mémorable Moi, 2013) do diretor Jean-François Asselin: “Você está pensando em mim?”, é a dúvida obsessiva do protagonista, sempre colado ao computador e dispositivos móveis tentando fingir ser qualquer coisa, enquanto sua vida conjugal vai para o ralo. Depois da Internet prometer a “inteligência coletiva” na cultura e a “estrada para o futuro” nos...

sexta-feira, janeiro 09, 2015

O atentado ao "Charlie Hebdo" foi um filme mal produzido?

Como em todos eventos agudos que envolvem a interminável “guerra contra o terrorismo”, muitos analistas apontam inconsistências, ambiguidades e lacunas na cobertura midiática ao atentado contra o jornal "Charlie Hebdo" em Paris.  São tantas que parece que estamos diante de um roteiro de um filme mal produzido: uma ação militar profissionalmente cirúrgica feita por jovens que esquecem um cartão de identidade no carro da fuga. Coincidências e conveniências para muitos lados (e até para a grande mídia brasileira) envolvem a chacina dos jornalistas e cartunistas franceses, gerando uma espiral de especulações e conspirações. Será que alcançamos o estágio mais avançado do terrorismo, o “meta-terrorismo”? O relato midiaticamente ambíguo de...

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