segunda-feira, julho 01, 2013

Em Observação: "Under the Dome" (2013)


Sugerido pelo nosso leitor !3runo, a série "Under The Dome" estreiou dia 24 de junho da TV CBS nos EUA. Baseado no livro homônimo do escritor Stephen King, o episódio piloto nos mostra o estranho incidente que faz uma pequena cidade ficar isolada do resto do mundo: inexplicavelmente uma redoma gigantesca e transparente cai do céu, mantendo os habitantes de Chester's Mill prisioneiros. A série tem grande potencial em desenvolver temas caros aos filmes gnósticos: personagens prisioneiros em um microcosmo, atmosfera de conspirações governamentais ou alienígenas e clima de paranoia generalizada entre os habitantes da cidade: todos parecem esconder algum estranho segredo.


Under the Dome (2013)


Plot: baseado em livro homônimo de Stephen King, “Under the Dome” é uma série de ficção científica e terror transmitida pela TV CBS nos EUA em sua primeira temporada. O episódio piloto foi exibido no último dia 24 de junho A série conta a história da pequena cidade chamada Chester’s Mill que inesperadamente é vítima de um bizarro evento sem nenhum sentido: a cidade é repentinamente separada do resto do mundo por uma espécie de barreira ou domo transparente que cai do céu, encobrindo toda a cidade e mantendo-a isolada no interior de uma gigantesca cúpula. No filme piloto da série acompanhamos uma série de morte e acidentes provocados pelo repentino isolamento da cidade: um avião explode ao se chocar com o topo da cúpula; pessoas têm mãos e braços violentamente decepados com a repentina queda da cúpula; uma vaca é partida no meio; o chefe da polícia morre quando seu marca-passo explode ao tocar com as mãos a superfície da cúpula etc.

O episódio piloto da série apresenta o início dos intrincados relacionamentos entre Barbie (Mike Vogel), um misterioso outsider; Julia (Rachelle lafevre) uma jornalista investigativa; Big Jim (Dean Norris), vereador e vendedor de carros usados e Duke (Jeff Fahey), o chefe de polícia. Todos com misteriosos segredos, como os estranhos caminhões com carregamentos de gás propileno que chegam à cidade pouco tempo antes dos bizarros eventos. E os jogos de poder entre os personagens da cidade, todos dando a entender que escondem algo de proibido e estranho. Será que tem a ver com a gigantesca cúpula?

Por que está “Em Observação”? – Nesse primeiro episódio da série pode-se perceber que estão presentes os temas mais caros de Stephen King: culpa, punição – a cidade estaria sendo punida pelos pecados e a corrupção de seus líderes? – e pecados. O isolamento de Chester’s Mill por uma redoma transparente parece torna-la numa vitrine, uma espécie de microcosmos do que ocorre na Terra: apesar do estranho evento de proporções metafísicas, continuam na cidade os jogos de poder entre políticos, polícia e prefeitura. Como se nada tivesse ocorrido. Parece que cada uma dessas partes vai tentar tirar proveito do estranho incidente.

Há um evidente potencial de temas gnósticos serem explorados pela narrativa: já começa com a ideia de uma gigantesca redoma isolando a cidade e a conceito de microcosmo. Lembra não só a imagem-símbolo do gnosticismo que mostra um monge tentando observar o que está além do mundo (veja imagem ao lado) como também as “cidades-prisões” como a Seaheaven do filme “Show de Truman” e a cidade-laboratório dos aliens que confinavam seres humanos em “Cidade das Sombras” (Dark City, 1998).
As hipóteses que expliquem a gigantesca redoma sobre a cidade já são lançadas no primeiro episódio: alienígenas que criaram uma espécie de aquário para observar o comportamento humano? Um projeto secreto do governo que deu errado? De qualquer forma, são hipóteses bem gnósticas: alguém que não nos ama conspira contra nós.

O que esperar? – Os produtores da série são Brian K. Vaughn (da série “Lost”) e Neal Baer (“ER”), além de Steven Spielberg ser o produtor executivo, o que já um primeiro motivo para termos grandes expectativas. Com a série “Lost”, Vaughn demonstrou uma grande habilidade em entrelaçar uma série de personagens interessantes confinados em um pequeno espaço narrativo, e manter as engrenagens girando por vários episódios. E como em “Lost”, a narrativa promete equilibrar explicações sobrenaturais (muitos habitantes da cidade que tocam a redoma têm uma espécie de ataque epiléptico e passam a falar uma críptica frase: “as estrelas estão caindo em linhas...”) com causas bem terrenas – vemos do outro lado da cúpulas cientistas chegados com roupas antirradiação portanto estranhos aparelhos.


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