Dando continuidade à nossa sessão “Opinião”, vamos postar aqui os
melhores comentários do artigo sobre o filme espanhol “El Método” (no Brasil, “O
Que Você Faria?”, 2005) e de outro artigo sobre a notícia de que físicos
norte-americanos especulam seriamente sobre a possibilidade de o Universo ser
uma simulação computacional finita.
Postagem de 28/12/2011
Games de
simulações de atividades militares, administrativas etc. poderiam representar
que a própria realidade pretensamente simulada já é, igualmente, um game?
A “gameficação”,isto é, a exploração do elemento “lúdico” como ferramenta
de administração treinamento, gestão etc, seria o sintoma da
"gameficação" da própria realidade? O filme "O Que Você Faria?
(El Método, 2005) remete a essas questões ao denunciar que as organizações
atuais estão se convertendo em games perversos e autistas.
Por Ed Döer em 29/12/2011
Antes de mais
nada, achei interessante o filme e vou ver se procuro para assistir.
A indústria de games tem crescido bastante nos
últimos anos, chegando ao ponto de bater recordes de venda pós-lançamento que
antes pertenciam quase que exclusivamente ao cinema. E assim como o cinema, os
games são uma mídia com grande diversidade de abordagem, estilo, etc. Não diria
que há um esforço em simular a realidade que por outro lado se
"gameficou", o que criaria um ciclo curioso e estranho. Noto sim uma
influência maior do cinema nos games, com o uso de diversas cenas (sem
intereção) entre fases ou momentos de determinados jogos. Fora os jogos que são
produções quase tão caras quanto um blockbuster tradicional. Mas os games estão
também se tornando parte do mainstream aos poucos.
Talvez o "problema" maior seja a
influência dos reality shows, que afetou até o "mundo dos games".
Digo isso porque a série tradicional Sim City (da qual eu gosto desde a
primeira versão em disquete), jogo de construção e administração de cidade, foi
praticamente posta no esquecimento pela fabricante graças ao sucesso do jogo
The Sims, que é um jogo de "simulação de vida", onde você pondo
controlar um ou mais personagens fazendo "coisas mundanas", ou até
mesmo deixar no "automático" e ficar apenas observando no
"melhor estilo BBB".
Filme "El Método" (2005) |
E se formos considerar o campo da Teoria dos
Jogos, situações que envolvam interações entre agentes racionais que se
comportam estrategicamente podem ser analisadas como um jogo.
"Gameficar" poderia ser apenas uma forma de tornar os processos,
ações, decisões que ocorrem no meio social e econômico mais claros e
compreensíveis. O problema dessa minha teoria seria algo similar ao que
levantou no artigo, um "fechamento do sistema" em torno das regras
poderia dificultar a existência de agentes genuinamente racionais. Não basta
apenas conhecer o jogo e suas regras. É preciso compreender as implicações do
jogo e até mesmo se o jogo deve ser jogado.
Ou sendo mais claro e direto, a
necessidade de senso crítico.E além do jogo de espelhos que citou, que poderiam
confundir os sentidos dos participantes, também alertaria para o risco de
banalização da realidade ou de aspectos da mesma, ao ser tratada como mero
jogo, no qual, a vitória dependeria da derrota (ou destruição) alheia, que em
nenhum momento afetaria ou comoveria o vencedor.
Lembrando que na Teoria dos
Jogos existem situações onde ambos competidores podem se auto-destruir se não
houver cooperação ou que cooperação é o caminho mais racional. E mesmo nos
videogames existem jogos cooperativos, enquanto no Reality Show prevalece a
máxima do Highlander, que só pode haver um.
Mesmo a formação de equipes
(durante parte da competição) se torna um processo destrutivo, onde aquele que
falha é sumariamente punido e condenado pelos demais, fortalecendo a ideia do
invidualismo, que é uma das bases da sociedade capitalista moderna.
Postagem de
11/06/2013
“Partindo do princípio que o Universo é
finito e que, portanto, os recursos de potenciais simuladores também o são, há
sempre a possibilidade de o simulado conhecer os simuladores”. Essas são as
últimas linhas de um artigo publicado por físicos da Universidade de Cornell,
EUA, onde criam as diretrizes iniciais para a comprovação da hipótese de que o
Universo é uma gigantesca simulação computacional a partir de uma simulação
numérica da chamada “grade cromodinâmica quântica”, associada às forças básicas
da natureza que unem prótons e nêutrons no núcleo do átomo. Tal conclusão leva
a importantes implicações filosóficas gnósticas como, por exemplo, a
atualização por meio da tecnologia de uma ambição humana revelada pela Teurgia
e Alquimia na Antiguidade: imitar Deus para tentar encontrá-lo. Dessa vez, por
meio da simulação algorítmica.
Por Manoel Simões Jr. (via Facebook)
12/06/2013
Simulação, imagem reflexa de uma vida sendo vivida em outra dimensão
tempo espaço,seja como diversão ou aprendizagem. Então há diferentes
desdobramentos para uma mesma ação ocorrida em determinado tempo espaço contínuo.
Sendo passado presente e futuro, coexistem em varias linhas como um software de
videogame, com múltiplos resultados em várias carreiras paralelas e ao mesmo
tempo diferentes em alguns aspectos.
Teoria bem interessante, onde a existência tempo espaço e seus
desdobramentos são diferentes do ponto de vista de cada observador em cada
ponto dentro ou fora deste jogo com vários planos existenciais. Acho tudo
possível e bem interessante. Do jeito que a coisa vai as luzes vão acender e
talvez acordemos em uma cama de hibernação de realidade virtal.
Por +almeida
13/06/2013
O cruzamento constante e infinito de
constantes e sequenciais linhas energéticas por todo o universo e que formam a
grande teia (cobertor) do universo ativo (em evolução) é a prova de que esse
mesmo universo, ao contrário do que parece, se mostra flagrantemente infinito e
que é indiscutivelmente uma obra constituída de gigantesca e esplendorosa
inteligência de programação.
O que pode causar a confusão é de que
além desse universo ativo e evolutivo, que a ciência quase nada conhece, devem
existir outros lados que de tão longínqua distância em relação a parte do
universo já conhecida, não nos permitem imaginá-los em função de nosso cérebro
se encontrar muito longe da evolução necessária para considerar esse pensamento
como um pensamento sério e sadio.
É possível que, se esses outros lados
existirem, seja tão longínquo de distância que seria impossível encontrar uma
ordem de grandeza para imaginá-la. Em seu espaço poderia se concentrar ou a
mais absurda imaginação de escuridão total ou uma tamanha intensidade de luz,
que por tão estúpido poder de potência seria humanamente impossível pensar em
algo dessa magnitude. Pode acontecer de que em determinado lado se processe a
ativação de futuras energias que iniciarão o aprendizado da evolução (uma
espécie de incubadora), de outro lado, talvez, processem as diversas
combinações de energias, que após combinadas reagirão de uma forma que lembra o
ato da concepção humana e então, em razão disso, poderão surgir as diversas
formas de criação de energias e matérias cósmicas. Pode haver lados que nossa
mente ainda nem sabe pensar no que podem ser.
Utopia, ficção, devaneio, fantasia,
delírio, etc... Pode ser que sim, mas será que o universo pode mesmo ser finito
ou limitado?