O ministro Fachin responde às revelações do general Villas Bôas que irrita o “rambonaro” deputado Daniel Silveira que, por sua vez, pilha o ministro Alexandre Moraes que o manda prender e faz tocar o alarme da grande mídia que leva o presidente da Câmara dos Deputados falar em “momento delicado das instituições”, cuja repercussão midiática retroalimenta esse sistema de irritações, pilhas e, por que não dizer, hormônios. Uma cadeia de ação e reação tão sincronizada que até parece que foi planejada dentro de alguma sala secreta de conspirações. Esse é o gênio da guerra híbrida: criado o tabuleiro, todos começam a fazer lances no piloto automático dentro de um sistema autopoiético de bombas semióticas de causa/efeito – um sistema aparentemente caótico, porém com um sentido, a “dispersuasão”: quando o consórcio STF-Mídia-Mercado entra no modo alarme, as peças do tabuleiro são provocadas, agindo e reagindo, em retroalimentação, criando um aparente caos capaz de dispersar as oposições e opinião pública.