terça-feira, fevereiro 25, 2025
Aforismos e pensatas do humilde blogueiro no Departamento Médico (1): o butim da Ucrânia, Covid, esperando Gonet e inflação
terça-feira, fevereiro 25, 2025
Wilson Roberto Vieira Ferreira
terça-feira, fevereiro 11, 2025
Humilde blogueiro sofre acidente e atividades do Blog e Live estão temporariamente suspensas
terça-feira, fevereiro 11, 2025
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Esse humilde bogueiro sofreu um acidente na última quarta-feira (04/02), um acidente ciclístico no portão 2 da USP (ironia!). O blogueiro dublê de ciclista foi levado por Samu inconsciente (ao que consta... esse humilde blogueiro de nada se recorda) e levado ao hospital Universitário. Recebi alta neurológica e agora estou em casa, aguardando cirurgia do braço quebrado (o direito, segunda ironia... pelo menos manteve o ideológico esquerdo...com as quais digito essas mal traçadas linhas...), marcada para amanhã, dia 12/2.
terça-feira, fevereiro 04, 2025
Guerra dos bonés: Trump pauta Secom; "Drill, Baby, Drill!": Globo agora está ansiosa por petróleo; soberania digital e a IA do Piauí
terça-feira, fevereiro 04, 2025
Wilson Roberto Vieira Ferreira
AGORA VAI!!! A bomba atômica semiótica da nova Secom é... a guerra dos bonés. O Brasil pode ficar tranquilo que Trump está feliz com a gente: somos “paga pau” de Trump e replicamos todas as suas pautas... Esse é um dos temas da Live Extra Cinegnose 360 #84, nessa quarta-feira (05/02), às 18h, no YouTube e Facebook. Que começa com as trepidantes Conversas Aleatórias e termina com a Crítica Midiática: “Guerra dos Bonés”: estratégia de “Comunicação” do Governo continua a reboque de qualquer coisa; Ibama vs. Petrobrás e a polêmica da Margem Equatorial: Globo sente a Era Trump e abandona discurso ambientalista; como grande mídia prospecta crises: Globo News quer que enchente no Jardim São Paulo/SP “bata no Governo Federal”; Piauí cria a primeira IA brasileira: é a soberania digital, estúpido! Jornalismo corporativo caça novas crises: tarifaço de Trump, novos presidentes das casas do Congresso etc.; EUA envia imigrantes para Guantánamo: agora o novo inimigo é interno no Grande Reset Global.
Entrevista com o humilde blogueiro: Inteligência Semiótica e soberania digital
terça-feira, fevereiro 04, 2025
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Esse humilde blogueiro foi entrevistado pelo jornalista Moysés Corrêa da TVCRIO – Televisão Comunitária do Rio de Janeiro, nessa segunda-feira (03/02). “Comunicação, debate público e democracia” foi o grande tema. O foco foi fazer um diagnóstico da evolução das tecnologias de comunicação até chegarmos ao tempo real das redes sociais – principalmente, como a comunicação on line está corroendo a Democracia. Para chegarmos ao debate atual das armadilhas comunicacionais que, tanto o Governo Lula quanto a esquerda, estão caindo sem conseguirem reagir. Voltou na discussão o tema do “Gabinete de Inteligência Semiótica” e a necessidade de ser criada uma agenda comunicacional própria que dispute a narrativa da grande mídia. E a necessidade de uma política pública de soberania digital, num momento em que as Big Techs apoiam explicitamente a Era Trump e a expansão da extrema-direita pelo planeta.
sábado, fevereiro 01, 2025
Skid Row; demissão de Bocardi é apenas a ponta do iceberg; caem Big Techs e aviões nos EUA: qual a conexão? Lições da coletiva de Lula
sábado, fevereiro 01, 2025
Wilson Roberto Vieira Ferreira
No Brasil não tem terremotos, tornados ou tsunamis. Mas tem... “fenômenos extremos!” Temporais de verão viram “alerta extremo”... ou será “alerta severo”?... ou apenas “Atenção”. Defesa Civil manda SMS e... vire-se! Corra para as montanhas! Se não caírem antes. Essa é a nova faceta semiótica do neoliberalismo tupiniquim: como dar a impressão de que o Estado (precarizado) faz alguma coisa, enquanto não faz nada! Esse é um dos temas da Live Cinegnose 360 #190, nesse domingo (02/02), às 18h, no YouTube e Facebook. Que começa com Skid Row: a decadência do Glam Metal. Depois discutiremos o filme “A Cela” (a guinada metafísica e PsicoGnóstica de Hollywood) e o documentário “Trilha Sonora para um Golpe” (do Jazz às redes sociais, a música é a mesma). Na sessão dos livros, Fenomenologia, Merleau-Ponty e cibercutura. Na Crítica Midiática: a retórica climática da mídia: da Ditadura Militar ao neoliberalismo periférico; a demissão de Rodrigo Bocardi é a ponta do iceberg do jornalismo corporativo; lições da coletiva de imprensa de Lula; caem ações das Big Techs e aviões nos EUA: qual a conexão? Eleições no Congresso, lobby e guerra semiótica da inflação dos alimentos.
sexta-feira, janeiro 31, 2025
'Trilha Sonora para um Golpe de Estado': do Jazz às redes sociais, a música continua a mesma
sexta-feira, janeiro 31, 2025
Wilson Roberto Vieira Ferreira
“O fonógrafo de paraquedas, a mais nova arma da América jogado do céu com música pró-americana. O toca-discos pode ajudar a vencer a guerra fria”. O jornal NYT estampava essa manchete em 1955, celebrando a mais nova arma na Guerra Fria: o Jazz. O documentário belga “Trilha Sonora para um Golpe de Estado (Soundtrack to a Coup d'Etat, 2024, em cartaz no cinema) revela como a CIA e Departamento de Estado utilizavam os chamados “Embaixadores do Jazz”, músicos como Louis Armstrong, Nina Simone, Duke Ellington e Dizzy Gillespie, como cavalos de Tróia – junto com eles desembarcavam no país anfitrião espiões e mercenários para prepararem golpes de Estado. Como em 1961, na ex-colônia belga República Democrática do Congo: a chegada apoteótica de Louis Armstrong encobriu a operação de assassinato de Patrice Lumumba, ex-primeiro-ministro e líder africano. O urânio do Congo foi decisivo para fazer a primeira bomba atômica dos EUA. E o Ocidente queria mais. Hoje, em busca de lítio e metais raros, as Big Techs não precisam mais do Jazz. Têm as redes sociais. Será que as lendas do Jazz estavam conscientes do seu papel na Guerra Fria?
quarta-feira, janeiro 29, 2025
A guinada metafísica PsicoGnóstica de Hollywood no filme 'A Cela'
quarta-feira, janeiro 29, 2025
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Uma época em que Hollywood deu uma “guinada metafísica” (Boris Groys), cujo filme “Matrix” foi o ápice dessa guinada, tendo a mitologia gnóstica como impulsionadora. Mas o filme “A Cela” (The Cell, 2000), do então estreante Tarsem Singh (de videoclipes como “Losing May Religion” do R.E.M.), foi ao mesmo tempo síntese e ponto de inflexão. Como síntese, juntou a onda do Mal viral dos anos 1990 (desde “O Silêncio dos Inocentes”) à virada PsioGnóstica no cinema. Uma mistura bizarra de ficção científica, assassinatos em série, psicologia policial pop e efeitos especiais assombrosos que marcaram o início do novo milênio no gênero cinematográfico. Para encontrar a última vítima de um serial killer, o FBI se utiliza de uma tecnologia experimental de compartilhamento de mentes: entrar nos labirintos psíquicos e oníricos do criminoso em coma. Um filme que antecipou as topografias da mente de “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças” e “A Origem”.
terça-feira, janeiro 28, 2025
DeepSeek: mídia ignora bolha da IA; a irônica volta de Neymar; uma Fernanda Torres incorreta; e se a China deportasse brasileiros algemados?
terça-feira, janeiro 28, 2025
Wilson Roberto Vieira Ferreira
A bolha do negócio da Inteligência Artificial está para explodir: num timing perfeito, a chinesa DeepSeek entrega o mesmo e por uma fração do custo do Vale do Silício. Expondo a bolha especulativa alimentada pelo presidente CriptoTrump. Mas para a mídia brasileira está tudo bem... assim como algemas em deportados brasileiros dos EUA. Vamos discutir esse e outros assuntos na Live Extra Cinegnose 360 #83, nessa quarta-feira (29/01), às 18h, no YouTube e Facebook. Primeiro, as Conversas Aleatórias. E depois, a Crítica Midiática: DeepSeek e o fenômeno das bolhas financeiras no Capitalismo; a ironia da volta de Neymar em pleno governo Lula; Mídia: Petro ganhou ou perdeu na queda de braço com CriptoTrump? Internet não é “terra de ninguém”... pelo menos para o campo progressista; Melou a PsyOp: descobriram uma Fernanda Torres politicamente incorreta; aprovação de Lula cai 5%: a opinião pública existe? E mais outras bombinhas semióticas.
sábado, janeiro 25, 2025
Skank e as 'comunidades imaginadas'; guerra semiótica: alguém ouve o Cinegnose; mídia: desemprego é remédio da inflação! O CriptoTrump
sábado, janeiro 25, 2025
Wilson Roberto Vieira Ferreira
sexta-feira, janeiro 24, 2025
Não existe perdão, só esquecimento no filme 'Pisque Duas Vezes'
sexta-feira, janeiro 24, 2025
Wilson Roberto Vieira Ferreira
O terror racial e o terror de gênero se encontram numa zona de combate brutal e sangrenta. É o filme “Pisque Duas Vezes” (Blink Twice, 2024, disponível na Prime Video) em que a assustadora mensagem de Jordan Peele em “Corra!” se combina com o terror da masculinidade tóxica de “Men”, de Alex Garland e atual tendência dos thrillers de vingança e luta de classes (“Parasita”, “O Menu”, “Triângulo da Tristeza” etc.). Uma desajeitada garçonete de coquetéis cai aos pés do bilionário tecnológico. Ele a convida, junto com sua melhor amiga, para um retiro na sua ilha privada tropical paradisíaca. Uma história que lembra Cinderela que aos poucos vai se tornando um conto de terror: há algo errado neste paraíso tropical. “Não existe perdão, só existe esquecimento” é o mote do filme que surpreende ao fazer alusões à interpretação gnóstica do Paraíso bíblico: os prazeres de um Jardim do Éden, serpentes, conhecimento e esquecimento.
terça-feira, janeiro 21, 2025
Trump entretém no show da comunicação alt-right... e Globo começa a "endireitar"; Agora vai: Governo tem plano de comunicação de 90 dias!
terça-feira, janeiro 21, 2025
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Surrealismo, meditação e gnose em David Lynch
terça-feira, janeiro 21, 2025
Wilson Roberto Vieira Ferreira
O surrealismo foi deixado para trás, lá no século XX, e hoje suas imagens viraram de pôsteres que decoram das casas de amantes da arte cult às psyOps publicitárias que fisgam o inconsciente do consumidores. Mas, em plena cena do chamado “cinema da meia-noite” dos anos 1970, David Lynch (que deixou esse mundo aos 78 anos no último dia 15) resgatou a essência incômoda do surrealismo: o cinema como instrumento para revelar como no cotidiano o psiquismo preenche aquele “gap” existente entre a alma e a realidade. Lynch foi o mestre em pegar histórias banais e transformá-las em labirintos obscuros de pistas falsas num mix de filme noir, gótico americano e humor negro. Em uma filmografia que surge o seu principal protagonista: o Detetive – no cotidiano banal que oculta o mundo dos sonhos (e pesadelos), somente o Detetive pode, através das imagens, resolver enigmas através da experiência de estranheza e alienação. Porém, no final, David Lynch descobre que nem o cinema é capaz disso, porque feito pela mesma lógica onírica – montagem, edição etc. Depois de desconstruir tudo, restou a ele o seu entusiasmo pela meditação transcendental: silenciar toda linguagem e a mente. E, quem sabe, encontrar a gnose.
sábado, janeiro 18, 2025
'Camisa de Vênus'; Entrevista: Francisco Ladeira - como a esquerda foi apropriada pela extrema-direita; NYT e Zuckerberg já operam eleição 2026
sábado, janeiro 18, 2025
Wilson Roberto Vieira Ferreira
sexta-feira, janeiro 17, 2025
A extrema-direita tem um "Gabinete de Inteligência Semiótica". E o Governo?
sexta-feira, janeiro 17, 2025
Wilson Roberto Vieira Ferreira
A humilhante derrota do Governo no episódio da normativa do Pix da Receita Federal (voltando atrás, passando recibo e pulverizando a credibilidade não só de um órgão público, mas também dos próprios jornalistas do campo progressista que lutavam contra a desinformação) revelou a extrema vulnerabilidade diante das operações de um “gabinete de inteligência semiótica” na extrema-direita: a sinergia entre o jornalismo corporativo e extrema-direita, fornecendo insights e munição para a desinformação. Desde o episódio dos imóveis perdidos do Palácio da Alvorada e reencontrados pela Comissão de Inventário (e depois bombado nas manchetes de primeira página) no início de 2024, encontramos um trabalho de prospecção rotineira de crises em potencial, para servir como munição às redes extremistas. O caso da normativa do Pix foi outro exemplo. Grande mídia desvia o foco para o “Gabinete do Ódio”, deixando oculta a verdadeira cena: o “Gabinete de Inteligência Semiótica” da comunicação alt-right. Quando cairá a ficha do Governo que propaganda NÃO é comunicação? Comunicação É o campo dos acontecimentos, gerido e operado por um Gabinete de Inteligência Semiótica (GIS).
terça-feira, janeiro 14, 2025
O pós-cinema em Los Angeles; um Gabinete de Inteligência Semiótica no Governo? Por que PT quer livrar clã Bolsonaro do caso Marielle?
terça-feira, janeiro 14, 2025
Wilson Roberto Vieira Ferreira
De Porto Alegre a Los Angeles. Das enchentes aos incêndios. Duas superproduções das vitrines do neoliberalismo. Mas Los Angeles é a vanguarda: a experiência imersiva do pós-cinema nas telas de todo o planeta. Esse é um dos temas da PRIMEIRA LIVE DO ANO: Live Extra Cinegnose 360 #81, nessa quarta-feira (15/01), às 18h, no YouTube e Facebook. E depois da sessão das Conversas Aleatórias, a primeira Crítica Midiática do Ano: por que Governo e PT querem livrar família Bolsonaro do caso Marielle Franco? Atos do 8/1: Lula prisioneiro da agenda da “Defesa da Democracia”; Entrevista do humilde blogueiro a TV GGN: Governo precisa de um “Gabinete de Inteligência Semiótica”; Porto Alegre e Los Angeles: as vitrines do Capitalismo Neoliberal de Desastre; Esquerda “paga pau” para Natuza Nery; flagrante de fake news na Globo: Ditadura de Maduro prendeu Corina Machado... venha participar da primeira Live do ano!
Incêndios em Los Angeles: é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do Capitalismo
terça-feira, janeiro 14, 2025
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Vídeos e fotos dos incêndios de Los Angeles que circulam nas redes sociais e na grande mídia são impressionantes: parecem que foram escolhidas pela “fotogenia”, isto é, pela similaridade com as dezenas de filmes-catástrofe já feitos por Hollywood. E o destaque dos incêndios das próprias mansões de atores parecem querer nos mostrar que eles estão estrelando algum tipo de superprodução real. Qual o ardil dessas imagens que viraram bombas semióticas? A resposta está no teórico urbanista e historiador Mike Davis, agora reconhecido pela antevisão do seu livro “Ecologia do Medo: Los Angeles e a Fabricação de um Desastre”, de 1998. Como a urbanização caótica, especulação imobiliária e privatização dos recursos hídricos tornou uma sociedade altamente vulnerável aos desastres ambientais – e, atualmente, às mudanças climáticas. Mas Hollywood, com seus “disasters movies”, naturalizam um problema político e econômico, porque é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do Capitalismo - L.A. como vítima de uma "crise climática global" e não de um desastre ambiental provocado pelo saco de maldades neoliberais .
sábado, janeiro 11, 2025
A recriação feminista de Frankenstein, hospitais e instituição total no filme '(Re)Nascer'
sábado, janeiro 11, 2025
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Há mais de 200 anos Mary Shelley publicava a primeira edição de “Frankenstein ou O Prometeu Moderno”. Sua fantasia prometeica estava assentada na tecnociência vitoriana (eletromecânica). Ao lado de “Pobres Criaturas”, de Yorgos Lanthimos, “(Re) Nascer” (Birth/Rebirth, 2023), de Laura Moss, é uma recriação feminista do conto atemporal de Shelley: só as mulheres conhecem a dor e o estresse de ter um corpo sujeito aos caprichos da natureza. Portanto, as mulheres estão mais próximas dos mistérios da concepção da vida – a eletricidade e as máquinas cedem ao paradigma orgânico. A recriação feminista de “(Re) Nascer” vai muito além do mito do cientista louco – quando uma patologista de um necrotério e uma enfermeira obstétrica se unem para ressuscitar a pequena filha e mantê-la viva a partir de privilégios nada éticos do sistema hospitalar, cairão naquilo que se chamava de “instituição total” – tecnologia disciplinar para manter os corpos sob o controle de uma finalidade totalitária.
quinta-feira, janeiro 09, 2025
O ato em memória do 8/1 e o jogo perde-perde da comunicação
quinta-feira, janeiro 09, 2025
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Por que no ano passado Lula vetou qualquer ato em memória aos 60 anos do golpe militar de 1964? E por que agora decidiu celebrar um ato em memória aos dois anos dos atos golpistas do 8/1? Com descida da rampa e tudo! Será que não quis melindrar a caserna que ainda acredita que o golpe foi a “revolução de 64”? O fato é que, para o Governo, o 8/1 virou uma bomba semiótica do “Sim!” – tem adesão fácil, principalmente da grande mídia que abduziu o campo progressista para a pauta da “Defesa da Democracia” – cujo filme “Ainda Estou Aqui” foi o toque emocional que faltava. Enquanto Lula coloca um marqueteiro na Secom para melhorar a “Comunicação”, mais uma vez confundindo o conceito com “propaganda”. A questão é que o governo caiu no ardil mídia/Faria Lima do jogo de perde-perde na comunicação: perde defendendo uma Democracia abstrata (Democracia para quem?) para, mais uma vez se desconectar do povão, às voltas com precarização e coachs religiosos-motivacionais; e perde aderindo a uma pauta da mídia corporativa, enquanto ela toca o terror fiscal para inviabilizar a esquerda para 2026. Opção? Pensar a comunicação para além da propaganda. Pensar na pauta anticíclica da Comunicação como Acontecimento.
terça-feira, janeiro 07, 2025
'Ainda Estou Aqui' e a cordial luta de classes brasileira
terça-feira, janeiro 07, 2025
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Estamos acostumados (eu diria “treinados”) a considerar um filme apenas pelo seu conteúdo, ignorando a linguagem, o contexto e as relações sociais e de classe que envolvem a fabricação do produto cultural. É a necessidade de termos o olhar materialista histórico, coisa fora da moda na atualidade. Mas é essencial para entendermos o filme “Ainda Estou Aqui” (2024), que guarda paradoxos e ironias que revelam como a cordialidade marca a luta de classes brasileira: de um lado, um cineasta herdeiro de um banqueiro fiador e beneficiário do golpe militar de 1964; e do outro, a Globo – golpista de primeira hora em 1964 e num momento em que, através da plataforma Globoplay, co-produtora do filme, tenta ir além da TV aberta, de olho no mercado internacional. O campo progressista celebra o filme. Por supostamente proporcionar a oportunidade de contar a história da ditadura. Mas porque uma Sony Pictures e outras distribuidoras internacionais se interessaram pelo filme e não por outros sobre o mesmo tema? A resposta está no contexto da luta de classes e da linguagem internacional-popular esperada pelas distribuidoras.
sábado, janeiro 04, 2025
O horror de 'Nosferatu': o que você faz se o Mal beijar a esposa melhor que o marido?
sábado, janeiro 04, 2025
Wilson Roberto Vieira Ferreira
O que você faz se o Mal beijar a esposa melhor que o marido? Certamente serão colocados em xeque toda racionalidade científica, a moralidade e a religião. Pode parecer grosseiro e simplista, mas este parece ser o argumento central de “Nosferatu” (2024), refilmagem do cineasta Robert Eggers (“A Bruxa”, “O Farol”) do clássico mudo “Nosferatu – Uma Sinfonia do Horror”, de 1922. Ao contrário do original, Eggers vai além de um conto sobre um vampiro: mais do que entidade das trevas, Nosferatu é o Mal puro capaz de distorcer a própria realidade. “Nosferatu” concentra-se no erotismo macabro e numa sexualidade melancólica e crepuscular que vai “além dos oceanos do tempo”. A representação ontológica do Mal e sua perturbadora conexão com o Erótico, o Orgasmo e a Morte - o erotismo como a afirmação da vida que se estende até a morte.
quinta-feira, janeiro 02, 2025
Caso Natuza Nery e apropriação semiótica: como a Globo lucra com isso
quinta-feira, janeiro 02, 2025
Wilson Roberto Vieira Ferreira
segunda-feira, dezembro 30, 2024
Poder, Nietzsche e fast food no filme "Obediência"
segunda-feira, dezembro 30, 2024
Wilson Roberto Vieira Ferreira
domingo, dezembro 29, 2024
Ninguém vai nos salvar na comédia geopolítica 'Rumours'
domingo, dezembro 29, 2024
Wilson Roberto Vieira Ferreira
“Rumours” (2024) é uma sátira geopolítica extremamente engraçada da imaginação fértil do cineasta cult Guy Maddin – o equivalente canadense das elocubrações surrealistas do norte-americano David Lynch. Um cérebro do tamanho de um Volkswagen Beetle no meio de uma floresta, um chatbot projetado para prender pedófilos e cadáveres mumificados da Idade do Ferro que viram zumbis onanistas. Tudo isso atormentará uma reunião de cúpula do G7, realizada em um castelo em algum lugar remoto na Alemanha, liderado por Cate Blanchett, fazendo um avatar de Angela Merkel. Estão redigindo uma declaração conjunta sobre uma crise global indeterminada. Acabam sendo esquecidos lá e ficam isolados. Terão que lutar pela própria sobrevivência. O mundo os esqueceu porque sabe que ninguém irá nos salvar.
























![Bombas Semióticas na Guerra Híbrida Brasileira (2013-2016): Por que aquilo deu nisso? por [Wilson Roberto Vieira Ferreira]](https://m.media-amazon.com/images/I/41OVdKuGcML.jpg)




