Dois lados de uma mesma moeda: Guerra Israel/Hamas e a onda de calor dos fenômenos extremos climáticos. Quem nos dá esse insight? A improvável jovem ativista Greta Thunberg. “Não há justiça climática para terras ocupadas”, puxou um coro tentando sobrepor as duas agendas. Atirou no que viu e acertou no que não viu: são eventos sincrônicos. Tanto a guerra quanto a urgência climática se deslocaram para um único campo: o retórico e propagandístico. E, mais profundamente, para o campo da simulação dos não-acontecimentos. Na guerra, o meta-terrorismo transpolitico de simulação israelenses de inimigos imaginários criados por "inside job" e "false flag". E a urgência climática: quando o debate científico sobre a discussão de múltiplas causalidades se torna retórica unidimensional no campo da propaganda, marcado por recorrências, figuras aristotélicas de retórica, contaminações metonímicas e inversões entre causas e efeitos.