O brasileiro que chegou ao oitavo lugar na lista Forbes dos mais ricos do planeta. Saudado pela grande mídia brasileira como o “empreendedor genuíno” que “compete honestamente” e que “não tem vergonha da riqueza”. Em pouco tempo, estava exposto ao vivo na TV, cabeça raspada, sendo conduzido ao presídio após mais uma operação da Lava Jato. A produção brasileira Netflix “Eike, Tudo ou Nada” (2022) pretende descrever a vida do mito decaído Eike Batista. Mas tudo o que entrega é uma confortável fábula empresarial: Eike como uma espécie de “Prometeu acorrentado” que ousou desafiar o destino de um país condenado ao fracasso. Seu erro: como nos informa o pôster promocional, repetir o mesmo gesto icônico de Getúlio Vargas e Lula. “Eike, Tudo ou Nada” recicla pela segunda vez o refugo midiático em que se tornou: a primeira vez, um condenado para ser jogado no colo de Lula e Dilma; e agora, como um suposto empresário idealista num país que teima em não dar certo.