No Brasil, as religiões de matriz africana mais conhecidas são a Umbanda e o Candomblé; outras, como o Catimbó-jurema passam despercebidas. O Vodu é visto com maus olhos e há uma completa ignorância acerca do mesmo. A imagem que temos do Vodu é a que nos é passada em histórias de terror, seja em filmes, quadrinhos ou desenhos animados e ninguém esquece aquele episódio do Pica-Pau que torna a palavra um pouco mais pândega do que o usual. Para desmistificar o Vodu, (que não faz parte de nossa raiz afro-brasileira) e a Quimbanda, o Cinegnose conversou com Eduardo Régis, especialista em Ciências da Religião, umbandista, quimbandeiro, ougan, babalorixá, mestre maçom, martinista, membro da Hermetic Order of the Golden Dawn (Ordem Hermética da Aurora Dourada) membro da A.M.O.R.C. (Ancient Mystical Order Rosae Crucis) e da OTOA-LCN (Ordo Templi Orientis Antiqua). Fã de quadrinhos, Régis é autor de "Vodou Haitiano: Serviço aos Lwas", "Ensaios sobre o Vodou Haitiano" e do romance "A Sorte do Coveiro", todos pela Editora Daemon.
Cinegnose - Qual a origem do Vodu? Como surgiu?
Eduardo Régis - Não existe um ponto definido e nem uma personagem única aos quais possamos atribuir o surgimento do Vodou. Se falarmos do Vodou haitiano, este surgiu ao longo do processo de colonização que São Domingos (que viria a se tornar o Haiti em 1804) sofreu por parte da Espanha e depois da França.
Regis em seu habitat natural |
Alguns pesquisadores entendem que o período inicial de colonização, logo no início do século XVI deve ter sido fundamental, pois a produção da ilha estava focada para o tabaco e as fazendas eram menores – isso teria permitido uma maior troca entre os escravizados africanos de diversas nações que convivam nas fazendas e os colonos e também entre os povos originários.
Não existe um ponto definido ao qual possamos atribuir o surgimento do Vodou e não era igual ao que temos agora no Haiti.
Porém, o surgimento do Vodou e seu desenvolvimento são processos complexos e que ocorrem de maneiras ligeiramente diferentes ao longo do Haiti. Uma coisa importante a ser considerada é que o Vodou (mesmo que não fosse assim chamado) do século XVI não foi o mesmo do Vodou do século XVIII, que não é o mesmo do Vodou do início do século XX, que já não é igual ao que temos agora no Haiti. Isso sem contar as diferenças regionais entre norte e sul do Haiti.
De toda sorte, o Vodou, de uma maneira resumida, surge das trocas entre escravizados africanos de diversas origens, colonos, povos originários, e também de pessoas de origem mista – filhos de colonos com escravizadas, por exemplo. Essas trocas culturais e espirituais vão forjando a maneira pela qual os escravizados de São Domingos tocam sua espiritualidade e sua tecnologia de contato com o mundo invisível.
Cinegnose - Da mesma forma que a Umbanda mescla elementos do catolicismo romano com o candomblé, o Vodu é puramente afrodescendente, oriundo do Congo para o Haiti ou teve influência/participação dos ocultistas franceses em sua composição?
Eduardo Régis- Não existe religião afro-americana que seja “pura” no sentido de ter vindo da África para cá intocada. Candomblé é um fenômeno brasileiro. O Vodou haitiano é um fenômeno haitiano. Hoje sabemos que a influência dos povos do tronco linguístico Bantu foi enorme na formação do Vodou, mas houve outras influências.
Régis com o paramento maçônico |
Uma dessas influências, se bem que não em igual medida a uma herança Bantu, foi certamente a do ocultismo/esoterismo francês, principalmente na forma da Maçonaria. Ocorre que a Maçonaria era uma espécie de passatempo dos colonos em São Domingos.
Não existe religião afro-americana que seja “pura”, que tenha vindo da África intocada.
Depois, africanos e seus descendentes que eram libertos conseguiram adentrar em algumas lojas e acredita-se que eles podem ter usado o sistema de “segredo” da Maçonaria para manter o Vodou e que, com isso, houve trocas entre estes sistemas. Além disso, é possível que (assim como ocorreu no Brasil) os escravizados considerassem o Vodou uma espécie de Maçonaria – ou seja, uma sociedade reservada apenas a eles e que mantinha certos segredos longe dos olhos de curiosos e tenham visto na Maçonaria inspiração, trazendo para dentro do Vodou certos elementos maçônicos.
Cinegnose- O Vodu pode ser considerado uma religião?
Eduardo Régis- De maneira simples, dentro da categoria que entendemos como religião no mundo ocidental, sim. Porém, a categoria “religião” que o ocidente usa é imprópria para definir as religiões afro-diaspóricas em geral, mas isso é outro papo…
Cinegnose- Afinal, qual a pronúncia e grafia corretas? Vodu, “Vudu” ou Vodum?
Eduardo Régis- No caso do Vodou haitiano, o KOSANBA – Congress of Santa Barbara – uma associação de estudiosos acadêmicos do Vodou recomenda a grafia VODOU, em Crioulo Haitiano. O termo provavelmente tem origem na palavra vodum, da língua Fom, que quer dizer, trocando em miúdos, algo como “divindade” ou “espírito”. Há outras teorias para a origem da palavra, mas essa é a mais aceita.
Cinegnose- Sendo assim, o Vodou é um sistema de feitiçaria?
Eduardo Régis- Não. Vodou é uma espiritualidade/religião. Entretanto, existe dentro da cosmovisão do Vodou espaço para a magia e para a feitiçaria. Porém, isso não deve ser compreendido de maneira equivocada: o Vodou não é um sistema de magia e de feitiçaria.
Cinegnose- Quantos tipos de Vodou existem?
Eduardo Régis- Muitos. Existe o Vodou do Benim (muitas vezes colocado dentro da mesma categoria, pelo termo em comum), o Vodou haitiano, o Vodou Dominicano, o Vodou da Martinica, Cubano e o da Louisiana, muitas vezes chamado de Voodoo. Provavelmente eu deixei algum de fora, ou por esquecimento ou por ignorância.
Cinegnose- Tem se falado ultimamente em Hoodoo. Poderia explicar a diferença entre Vodou e Hoodoo?
Eduardo Régis- O Hoodoo é um sistema de magia popular (Folk Magick) com pitadas de espiritualidade (uma Folk Religion ou religião popular) que tem origem no sul dos Estados Unidos, ali pela Geórgia e pegando também um pouco da Louisiana. É um sistema muito sincrético e poroso, ou seja, pega um pouco de tudo. A grande influência no Hoodoo também é Bantu, mas há outras.
Hoodoo não é Vodou. Muitos acham que Hoodoo surgiu de uma derivação de Voodoo já que os termos são praticamente idênticos.
Obviamente, por essa porosidade toda, o Hoodoo acabou incorporando para si – principalmente na Louisiana – muita coisa do Vodou (ou Voodoo) de lá. Soma-se a isso o fato de Hoodoo parecer muito com o Voodoo. Os termos são praticamente idênticos. Por isso, muitos acham que Hoodoo surgiu de uma derivação de Voodoo, mas isso não está tão estabelecido assim.
Porém, preciso insistir – Hoodoo não é Vodou. Ser um rootworker, conjurer, swampper… ou o que quer que seja (com todo o respeito, pois admiro muitíssimo o Hoodoo) não faz de ninguém um iniciado no Vodou haitiano.
Cinegnose- O imaginário popular tem no Vodou a imagem de se espetar bonecos para causar o mal a alguém à distância. Essa prática é real ou mera fantasia?
Eduardo Régis- Fantasia. É muito comum as pessoas se revoltarem quando falo isso, mas é a mais pura verdade. Existe o uso de bonecos no Vodou, mas para nada parecido com isso. Essa prática pode ser vista no Hoodoo e em outros sistemas de magia e espiritualidade, como no sistema de feitiçaria do Egito antigo. Porém, no Haiti, você não encontrará essa prática como algo corriqueiro.
Isso é Fantasia. Existe o uso de bonecos no Vodou, mas não é nada parecido com isso. Vejo mais o pessoal que mistura Hoodoo com Vodou usar essa coisa de boneco.
Aqui, um destaque importante: é evidente que esse mundo é muito grande e as pessoas muito diversas, por isso, não é impossível que vocês vejam um praticante de Vodou por aí alegando que faz isso ou de fato espetando um boneco. Que fique claro que casos isolados não contam para uma discussão mais ampla da práxis do Vodou. Só para destacar: em geral, eu vejo o pessoal que mistura Hoodoo com Vodou usando essa coisa do boneco.
Cinegnose- A Ordo Templi Orientis Antiqua me parece um blend entre a Ordo Templi Orientis pré-crowleyana e o Vodou haitiano. Poderia contar um pouco da história da O.T.O.A. e o que ela é?
Eduardo Régis- Ela é mais ou menos isso, mas com pitadas de muitas outras coisas. A O.T.O.A. surge no início do Século XX pelas mãos de Lucien François Jean-Maine, um ougan (sacerdote) de Vodou que era versado em diversos sistemas esotéricos e que recebeu de Papus o grau X da O.T.O. pré-Crowley. Jean-Maine então pega todas as suas influências, inclusive influência de sociedades secretas haitianas e coloca na forja que vai gerar a O.T.O.A. A ordem em si é uma ordem mágica e esotérica e não é um braço da religião Vodou. Isso precisa ficar muito claro: O.T.O.A. é uma coisa e Vodou é outra, é claro que a O.T.O.A. conversa muito com o Vodou, mas são coisas diferentes.
A O.T.O.A. é uma ordem mágica e esotérica e não é um braço da religião Vodou.
A O.T.O.A. ganhou o mundo pelo trabalho de Michael Bertiaux, que foi iniciado pelo filho de Jean-Maine. O principal trabalho ligado à Ordem é, sem dúvidas, o fenomenal Voudon Gnostic Workbook de Bertiaux. Para quem ficou interessado, sai um livro meu este ano, nos Estados Unidos, que será uma excelente ferramenta para melhor compreender a O.T.O.A.
Cinegnose- Recentemente, causou frisson o fato de Mãe Michelly da Cigana exibir uma imagem de Baphomet em sua residência. Isso pareceu blasfemo para alguns e esdrúxulo para outros, assim como o “Oxumaré das Encruzilhadas”. Você poderia falar um pouco sobre a conexão entre Baphomet (como símbolo) e a Quimbandae o porquê de ter havido o hibridismo entre ele e Exu, já que o próprio Baphomet é, em si mesmo, um hibridismo?
Eduardo Régis - Baphomet, como o conhecemos hoje, surge no imaginário pelo trabalho de Éliphas Lévi, o grande cabalista francês do século XVIII. Sempre houve uma troca cultural grande entre o sudeste brasileiro e a França, o que foi acelerado pela chegada do Espiritismo de (Allan) Kardec ao Brasil em meados do século XVIII. Em 1909, em São Paulo, é fundado o Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento, pelo português Antônio Olivio Rodrigues. Ele era um estudioso de esoterismo e o Círculo era como uma “Ordem”. Esse mesmo camarada havia, em 1907 fundado a editora O Pensamento, que trazia obras esotéricas pro Brasil. Quando o Círculo começa a fazer sucesso, a editora cresce e os títulos se espalham.
Com a popularização dos livros esotéricos, Baphomet caiu no gosto de alguns que escolheram sua figura como representação do Exu Belzebu. Toda essa correlação passa pela antiga associação entre de Exu com o diabo.
Juntamos tudo isso aos relatos de João do Rio, que no início do século XX relatou que nas Macumbas Cariocas, o Livro de São Cipriano era um item muito popular. O resultado é: provavelmente, desde cedo, nas Macumbas, houve uma forte influência do esoterismo e do ocultismo. Com a popularização dos livros esotéricos no Brasil, provavelmente Lévi caiu no gosto de alguns macumbeiros que escolheram a figura do Baphomet como uma representação de Exu Mor ou Exu Belzebu.
Imagem de Baphomet na casa da Mãe Michelly da Cigana |
Que fique claro e destacado o termo representação. Não há uma confusão. Não existe “Exu Baphomet” e nem ninguém acha que Baphomet seja igual a Belzebu. Toda essa correlação passa pela antiga (e que não cabe explicar aqui) associação entre Exu e o diabo também, claro. Agora, não sei explicar (e acho que ninguém sabe) exatamente quando e onde essa associação entre Baphomet e Exu Mor aconteceu pela primeira vez.
Cinegnose- Papa Guédé parece se assemelhar tanto ao Exu Caveira quanto ao Tranca-Rua e aparece frequentemente nos quadrinhos da Vertigo. Poderíamos traçar essa correlação entre os Lwas do Vodou e os orixás? Quais seriam as atribuições do Papa Guédé já que estamos mais familiarizados com Exu em suas diversas versões?
Eduardo Régis- Exu Caveira e Tranca-Ruas não são orixás. Essa é uma confusão comum. Apesar de Papa Guédé e outros Guédés nos lembrarem de Exus e Pombagiras, eles não são a mesma coisa. Estamos falando de matrizes culturais e religiosas distintas, mesmo que com semelhanças aqui e ali.
Ponto riscado de Barão Samedi |
A correlação entre Lwas e Orixás, porém, é possível de ser feita, visto que os dois são os grupos para os quais o culto é principalmente direcionado. São grupos de entidades mediadoras e alguns Orixás aparecem no Haiti como Lwas. Ainda assim, precisamos ter cuidado para não achar que “é tudo a mesma coisa”.
Barão Samedi não é maléfico. Exu Caveira e Tranca-Ruas não são orixás.
Papa Guédé é visto por muitos como o “lado mais bondoso” de Barão Samedi. Entretanto, que fique claro que Barão Samedi não é um Lwa maléfico ou perverso. Por isso, outros tantos vão rejeitar essa “dualidade” e dizer que Papa Guédé é só outro nome para o Barão Samedi. Ainda há outro grupo que dirá que Papa Guédé é um Lwa diferente do Barão Samedi. Confuso? É assim mesmo. De toda a sorte, como todos os Guédé, Papa Guédé está relacionado à morte e à sexualidade*. Seu comportamento pode ser um tanto jocoso e um tanto desregrado. É fácil ver o porquê de muitas pessoas rapidamente quererem associar os Guédé aos exus.
*Nota do entrevistador: Não por acaso, o signo de Escorpião é A Morte, no Tarô.
Cinegnose- Lasirèn é uma sereia, com características do mito grego (mulher da cintura pra cima, peixe da cintura pra baixo). Os incorporados por ela correm, muitas vezes, o risco de serem guiados pra água e morrerem afogados, como o faz a Iara, a Mãe D’Água. Ela encanta com a voz como Circe e tem uma face lunar obscura como Lilith. Lasirèn surgiu do sincretismo ou já havia uma sereia nos cultos congoleses? Quais suas atribuições além das supracitadas?
Eduardo Régis- Essa é uma pergunta muitíssimo complicada. Havia nos cultos congoleses espíritos ligados à água, como os Bisimbi que podiam aparecer na forma de serpentes e tipos de sereias, de acordo com alguns pesquisadores. Há a Nkisi Dandalunda, dona das águas, da fertilidade etc. Hoje em dia Dandalunda é imaginada como uma sereia, mas eu não sei, honestamente, quando isso começou na África.
Lasirèn |
De toda a sorte, temos alguns precedentes africanos que poderiam explicar a forma da sereia. Infelizmente, é impossível dar uma resposta exata sobre como surgiu Lasirèn especificamente. Além das evidentes atribuições de uma sereia, ela tem ligação com a riqueza e com a inspiração para as artes, por exemplo.
Cinegnose- Falando um pouco sobre a Quimbanda, que é relativamente pouco conhecida. Ela é uma “modalidade” dentro da Umbanda ou totalmente distinta? É uma religião como a Umbanda e o Candomblé ou uma prática mágica que pode ser executada, já que fala-se “umbandista” e “quimbandeiro”? Fale um pouco sobre a história e origem da Quimbanda.
Eduardo Régis- A Quimbanda pode se tratar de uma religiosidade distinta ou fazer referência apenas a uma sessão ou trabalho de Exu e Pombagira dentro da Umbanda. Em sua modalidade “destacada” da Umbanda, ela é uma religiosidade independente e não uma prática mágica. É uma religiosidade iniciática, mas é preciso destacar que o trabalho de uma pessoa com seu Exu e Pombagira, dentro de um limite, é totalmente possível sem a necessidade de iniciação, apenas com a orientação correta.
Para falar da origem e da história brevemente, vou pedir licença para citar meu verbete “Quimbanda” no site ocultura:
“A data e processo de formação da Quimbanda são incertos. Tata Decelso em "Umbanda de Caboclos" (Editora Eco. 1975) alega que a Quimbanda foi uma "invencionice" de Lourenço Braga e de Aluizio Fontenelle que teria surgido entre os anos 1940-1950. Outras fontes, porém, como Diego de Oxóssi (Os Búzios de Exu e os Reinos de Quimbanda; Editora Arole. 2023) e Nicholaj de Mattos Frisvold (Seven Crossroads of Night; Hadean press. 2023) entendem que a Quimbanda tenha se formado, no Sudeste brasileiro, agregando práticas das Macumbas Cariocas e de outras religiosidades.
A Quimbanda pode ser uma religiosidade distinta ou apenas um trabalho de Exu e Pombagira dentro da Umbanda. A Quimbanda ocorreu por muito tempo como uma prática secreta dentro de casas de Umbanda.
Entretanto, apontar uma figura ou um conjunto de personagens históricos que tenham sido responsáveis pela criação e estruturação primeira da Quimbanda parece uma tarefa para a qual não haverá uma conclusão final. Seja como for, a Quimbanda ocorreu por muito tempo principalmente como uma prática secreta dentro de casas de Umbanda e mais recentemente ganhou mais independência, com muitas vertentes e praticantes completamente desligados da prática umbandista.
No Sul brasileiro, entretanto, a Quimbanda tem uma história ligeiramente diferente. Em Porto Alegre, principalmente, a prática do Batuque e da Umbanda teria se hibridizado na Linha Cruzada e desta teria saído a Quimbanda Tradicional ou Quimbanda de Cruzeiro e de Almas, organizada nos anos 1960 por Mãe Ieda de Ogum. A Quimbanda Sulista apresenta um caráter público mais marcante, com cerimônias grandiosas e festas ocorrendo nas ruas das cidades e é marcadamente separada da Umbanda”.
Cinegnose- Quais os livros e autores para se pesquisar e aprender sobre o Vodou?
Eduardo Régis- Em português, meus dois livros que saíram pela editora Daemon: Vodou Haitiano: Serviço aos Lwas e Ensaios sobre o Vodou Haitiano e o livro de Sebastien de La Croix e Diamantino Trindade: Vodu, Voodoo e Hoodoo: A Magia do Caribe e o Império de Marie Laveau.
Cinegnose- Você é autor do livro A Sorte do Coveiro. Fale um pouco sobre o enredo do livro.
Eduardo Régis- A Sorte do Coveiro é um romance com elementos fantásticos e com uma pitada de influência do esoterismo. Neste livro, acompanhamos a história de um coveiro que tem um passado complicado e uma relação bem ruim com a filha e que está verdadeiramente perdido na vida, procurando por algo que dê sentido a sua existência. Ele passa a receber visitas de uma entidade misteriosa chamada apenas de “Psicopompo” e tais visitas o colocam em rota de colisão com seu destino. É uma jornada amarga para o coveiro, mas com muitas passagens intrigantes, misteriosas e divertidas para o leitor.
Claudio Siqueira é Bacharel em Jornalismo, escritor, poeta, pesquisador de Etimologia, Astrologia e Religião Comparada. Considera os personagens de quadrinhos, games e cartoons como panteões atuais; ou ao menos arquétipos repaginados.