sexta-feira, agosto 27, 2021

'Gritos dos Excluídos' é um OVNI na guerra híbrida do sete de setembro


O governador de São Paulo, Doria Jr., tirou do icônico palco político-midiático da Avenida Paulista (SP) a tradicional manifestação (desde 1995) do “Grito dos Excluídos” e definiu que apenas bolsonaristas poderão se manifestar lá no dia sete. Para além da “ambiguidade” de Doria Jr. (faz oposição a Bolsonaro muito mais por uma razão conjuntural do que ideológica), há um aspecto simbólico mais profundo: dentro do atual roteiro da guerra híbrida e do domínio total de espectro, o “Grito dos Excluídos” é simplesmente um OVNI inconveniente que tem que ser escondido pela grande mídia. Porque vai além da pauta “superestrutural” (Fora Bolsonaro, guerra cultural, anti-negacionismo etc.) - o “Grito” exige renda, trabalho, moradia, saúde dentro da nova reconfiguração do capitalismo que cria “excluídos”. Questões infraestruturais que a guerra híbrida que ocultar para blindar a política neoliberal. Enquanto isso, a grande mídia brasileira se recompõe e descobre o novo tom propagandístico para o Afeganistão: “fuga” virou “resgate” e “colaboradores” viraram “refugiados” para ocultar o retorno do modo “false flag” do Estado Islâmico.

quinta-feira, agosto 26, 2021

O novo totalitarismo híbrido narco-militar-midiático no filme 'A Ditadura Perfeita'


Quando falamos em ditaduras, logo imaginamos um governo totalitário que suspende as liberdades individuais e o Estado de Direito mantendo uma nação subjugada por um forte aparato repressivo policial e militar. Essa é uma ditadura clássica, mas não perfeita, porque ainda necessita do terror, violência e censura e a mídia é o seu maior inimigo. No filme mexicano “A Ditadura Perfeita” (“La Dictadura Perfecta”, 2014, disponível na Netflix) encontramos o estado da arte de uma ditadura híbrida e perfeita, sob o véu da democracia formal, fundada na relação promíscua entre grande mídia, políticos, narcotráfico e Forças Armadas. Uma sátira mordaz da política do México na qual a gestão dos meios de comunicação e dos escândalos de corrupção fazem eleger qualquer presidente que a aliança narco-militar-midiática queira. Ser o leitor encontrar no filme qualquer semelhança com a realidade política brasileira NÃO é mera coincidência.  

terça-feira, agosto 24, 2021

O vazio existencial do nosso conformismo bovino no filme 'Animal Político'


Uma vaca vive entre os humanos. Teve uma infância feliz e uma família humana amorosa. Vai a restaurantes, shopping, baladas, faz compras e se relaciona com todos. Mas mesmo com todo o seu conformismo bovino, sente que falta algo. Há uma angustiante sensação de vazio em toda essa felicidade. E a vaca sai em busca de uma resposta, seja racional ou espiritual. “Animal Político” (2016) é uma anomalia no cenário cinematográfico brasileiro, um filme estranho no melhor sentido: uma narrativa onírica e surreal sobre nossos problemas existenciais produzidos por fatores bem concretos: a sociedade de consumo numa sociedade marcada pelo abismo da desigualdade. O filme nos faz compreender a célebre afirmação de Aristóteles (o homem é um animal político) interpretando-a ao pé da letra, através da alegoria e de um humor sutil. 

sábado, agosto 21, 2021

Live Cinegnose 360: rock eletrônico de 'Harry', o Reset do Capitalismo em filmes e mídia a ver navios no Afeganistão


Todos sabem... Domingo é dia da Live Cinegnose 360, às 18h00 com transmissão simultânea no Youtube e Facebook. Como também todos sabem, nessa edição #17 (22/08) começamos com a sessão dos vinis do humilde blogueiro: a materialidade histórica do rock eletrônico da banda santista Harry. Depois, precisamos conversar sobre o Grande Reset do Capitalismo com o documentário “Generation Wealth” (2018) e dois filmes brasileiros surreais com vacas protagonistas: “1,99: Um Supermercado Que Vende Palavras” (2003) e “Animal Político” (2015). A grande mídia brasileira sem entender a guinada geopolítica dos EUA com a “perda” do Afeganistão – e porque a esquerda deve se preocupar. E para terminar, as 10 táticas de manipulação de Chomsky.

quinta-feira, agosto 19, 2021

Afeganistão: guinada geopolítica dos EUA deixa mídia a ver navios... e com mais-valia semiótica


Diante das imagens de um helicóptero estadunidense sobrevoando a embaixada de Cabul e de afegãos se agarrando em um avião na desesperada retirada de Cabul diante da blitzkrieg da retomada do país pelo Talibã, acompanhamos na TV brasileira correspondentes e apresentadores entre a irritação e consternação: depois de décadas dando apoio propagandístico à guerra contra o terror e a Doutrina do Destino Manifesto dos EUA, sentem-se agora órfãos e desamparados diante do reposicionamento geopolítico do Império. Já falam em “queda” na aprovação de Biden, revelando a natureza totalmente tautista da grande mídia: ao se apegar com fidelidade canina a uma narrativa hegemônica, torna-se cega à realidade. Mas, a crise do Afeganistão oferece uma mais-valia semiótica: a “turbulência política” internacional e brasileira servem de desculpa para inflação e o aumento dos combustíveis e energia. 

terça-feira, agosto 17, 2021

Documentário 'Generation Wealth': quando o império americano cair, levará o mundo junto



Um super-rico que ostenta uma casa que é a réplica da Casa Branca; um rapper que perambula com 14 quilos em ouro e pedras preciosas em anéis, colares e piercings, a bordo das maiores limousines da América; uma motorista de ônibus que perdeu as finanças e a família com caras cirurgias plásticas; um ganancioso especulador workholic condenado pela Justiça por fraude financeira e que vive recluso na Alemanha, longe da família. O documentário “Generation Wealth” (2018, disponível na Amazon Prime Video), da fotógrafa Lauren Greenfield, tenta montar o quebra-cabeças da mudança da noção de felicidade no capitalismo com um alerta:  a patologia social da busca da felicidade através da ostentação material e estética (que esconde a própria imobilidade social) esteve presente na queda dos grandes impérios na História. A diferença atual é que quando o império americano cair, levará o mundo inteiro junto.

segunda-feira, agosto 16, 2021

Live Cinegnose 360 #16: Rock, esoterismo e bombas semióticas do golpe militar híbrido


Nesse domingo aconteceu mais uma Live Cinegnose 360, a edição #16. Começamos discutindo rock e esoterismo na sessão dos vinis desse humilde blogueiro: o jazz-rock da Mahavishnu Orchestra do guitarrista John McLaughlin. Depois, a incursão gnóstica do diretor Night Shyamalan no filme “Tempo” (Old, 2021) e a mitologia do empreendedor no filme francês “A Nuvem” (La Nuée, 2020). No bloco da guerra híbrida brasileira, a bomba semiótica do desfile dos tanques fumegantes em Brasília e a continuação do kit semiótico de manipulação discutindo o filme “Como Fazer Carreira em Publicidade” (How to Get Ahead in Advertising, 1989). Veja no canal Cinegnose do Youtube, com minutagem, bibliografia e discografia. A Live Cinegnose 360 vai ao ar todos os domingos, às 18h00, no Youtube e Facebook.

sábado, agosto 14, 2021

Gafanhotos e o mito do empreendedor no filme 'A Nuvem'


Um mito cresce com o aumento do desemprego e das profundas transformações das relações trabalhistas no capitalismo: o mito do empreendedor. Como em todo mito, promete uma transformação mágica: a da força de trabalho se converter em capital. Claro, desde que você tenha força de vontade e dê o sangue para o seu negócio. Às vezes, literalmente! O filme francês “A Nuvem” (La Nuée, 2020) narra a perfeita metáfora da ideologia do empreendedorismo quando acompanhamos o drama de uma fazendeira que tenta salvar o seu negócio: uma crocante e nutritiva farinha de gafanhotos. Obcecada por salvar o empreendimento, coloca em risco os filhos e a si mesma ao descobrir acidentalmente que sangue humano turbina os insetos e as vendas. É o paradoxo do empreendedor: a força de trabalho só pode se transformar em capital na medida em que consome a si mesma.

sexta-feira, agosto 13, 2021

O significado oculto das máscaras no rock Nu Metal, por Claudio Siqueira


Joey Jordison, ex baterista do Slipknot, vulgo Nº 1, como os membros da banda se auto-intitulavam, morreu dia 27 de julho deste ano, aos 46 anos, por causas desconhecidas. Segundo consta, morreu dormindo. Mas não vamos falar de Joey e sua morte, nem da banda em si, mas do nu metal e suas máscaras. O Cinegnose mostra as bandas que deram origem ao estilo, seus precursores, os personagens de filmes de terror slasher que serviram de inspiração e o significado oculto do uso de máscaras em culturas ancestrais – a máscara como incorporação de espíritos.

quinta-feira, agosto 12, 2021

Shyamalan faz thriller sobre a fratura da finitude humana no filme 'Tempo'


Paira em todas as cenas do novo filme de M. Night Shyamalan o espírito de Rod Serling, da série cult “Além da Imaginação”. “Tempo” (Old, 2021) é um filme sobre doença, envelhecimento e mortalidade. Mas principalmente sobre a condição existencial da finitude num universo que implacavelmente caminha para a entropia e o fim. Tentamos esquecer isso com o hedonismo tecnológico e do entretenimento. Mas, e se caíssemos numa praia paradisíaca e isolada onde misteriosamente o tempo está fora de controle e tudo envelhece de forma acelerada? Então essa condição cósmica viria à nossa consciência como uma fratura exposta. Shyamalan é um dos poucos cineastas contemporâneos que tem um compromisso kamikaze com as próprias ideias: depois de filmes com uma série de plot twists iconoclastas, em “Tempo” o diretor chega ao estado da arte – vai do metafísico e gnóstico para a crítica social numa virada que mistura gêneros: do thriller e terror para a pura ficção científica, combinando conceitos de magnetismo e regeneração celular.

quarta-feira, agosto 11, 2021

Bomba semiótica e 'apito de cachorro' no blefe do golpe militar do desfile dos tanques fumegantes


“Baionetas e sirenes jamais nos calarão!”, grita histericamente esquerdas e oposição diante do pífio desfile de velharias blindadas fumegantes diante do Palácio do Planalto. Tudo simulação ou blefe porque o golpe militar que já aconteceu - híbrido e, por isso, ninguém viu. Blefe que sequestra a pauta pela exploração do imaginário “old school” do golpe, timing e polissemia – cada posição no espectro político criou sua própria interpretação, induzido pela guerra semiótica criptografada que objetiva criar caos e enxame cognitivo. É o “piloto automático”, o “efeito borboleta” da Teoria do Caos que fundamenta a ação de guerra híbrida: dado um pequeno empurrão, cria-se um sistema dinâmico não linear e exponencial. Para quê? Enquanto todos pagavam o blefe da psyOp militar da iminência do golpe no dia da votação da PEC do voto impresso, a mesma Câmara deixava passar tranquilamente a boiada neoliberal: uma minirreforma trabalhista que provocará mais precarização e desregulamentação do trabalho. E um “apito de cachorro” nos Jogos Olímpicos contagiava metonicamente essa simulação de “crise institucional”.

sábado, agosto 07, 2021

Live Cinegnose 360 Facebook/Youtube: Dave Brubeck, cinema quântico e canastrice semiótica na guerra híbrida


Nesse domingo, 18h00, mais uma Live Cinegnose 360. Transmissão simultânea Facebook e Youtube! Oscar Niemayer e Dave Brubeck faleceram no mesmo dia: quais as implicações sincromísticas? Vamos explicar isso com o álbum “Time Out” do jazzista Brubeck. Depois, uma noite quântica com os filmes “The Mandela Effect” e “Coherence”: o Efeito Mandela, a experiência do gato de Schrödinger e as hipóteses dos Muitos Mundos e do Universo Simulado. A bomba semiótica da canastrice política na série da Globo “Ilha de Ferro”. Os últimos lances da Guerra Híbrida brasileira, Bolsonaro e a psyOp militar para a banalização da crise institucional. E o Kit semiótico de manipulação liminar e subliminar na mídia, seitas, religiões, corporações etc.

sexta-feira, agosto 06, 2021

Globo detona bomba semiótica de canastrice política com série 'Ilha de Ferro'


Uma das principais armas na guerra semiótica que levou aos bem-sucedidos impeachment e o golpe militar híbrido (que ninguém viu) foi a “canastrice semiótica”: legitimar a agenda política através da ficção (novelas, minisséries e filmes) por meio da hiper-realidade: quanto mais os fatos políticos se pareçam com a ficção, paradoxalmente ficam mais verossímeis e aceitos pela opinião pública. Com produções como “O Brado Retumbante” e “Questão de Família”, a Globo cumpriu esse papel. E agora, com timing e sincronia com o cenário da agenda de privatização fatiada da Petrobrás, a Globo lança a série “Ilha de Ferro” na TV aberta como exemplar bomba semiótica. O mesmo “modus operandi”: ambientada numa plataforma de petróleo da “Companhia Nacional de Petróleo” reforça todos os estereótipos que justificariam a lendária ineficiência das estatais. Momento crucial em que a grande mídia tenta levantar o baixo astral da patuleia desalentada com medalhas nos Jogos Olímpicos e a campanha da Fundação Roberto Marinho: “Não Desista do Seu Futuro”.

quarta-feira, agosto 04, 2021

Descendo a toca do coelho quântico no filme "The Mandela Effect"


Muita gente possui em comum falsas memórias: de filmes que jamais foram feitos, de lembranças de nomes, logotipos, caixas de jogos de mesa e personagens de desenhos animados bem diferentes do que são na realidade. Mas qual realidade? Essa é a questão principal do chamado “Efeito Mandela”, fenômeno viral no qual muitas pessoas começam a descobrir que têm as mesmas falsas memórias dos mesmos eventos – produzindo conspirações quânticas como a experiência do gato de Schrödinger, a hipótese dos Muitos Mundos e a teoria do Universo como uma simulação computacional. Tudo isso inspirou o filme independente “The Mandela Effect” (2019): inconformado com a morte da sua pequena filha em um acidente, um designer de games de computador desce pelo buraco da toca do coelho quântico do Efeito Mandela acreditando que em alguns desses mundos das suas falsas memórias ela esteja ainda viva. Mas o filme apresente indícios de que a explicação do Efeito Mandela pode estar no fenômeno da hiper-realidade. 

domingo, agosto 01, 2021

'Doutor Sono' aprofunda visão gnóstica de 'O Iluminado' de Stephen King e Kubrick


O escritor Stephen King sempre deixou bem claro sua discordância com a adaptação cinematográfica de Kubrick do seu livro “O Iluminado” de 1977. Achou o filme clássico uma “experiência mórbida, niilista e vazia”. Foi pensando em se livrar do filme que acabou sobrepondo o próprio livro, que em 2013 escreveu o livro “Doutor Sono”, continuação de “O Iluminado” no qual aprofunda o insight gnóstico sobre a “iluminação” que Kubrick não aprofundou: existem forças ocultas nesse mundo que prosperam com a dor e a miséria dos vivos, explorando egoisticamente a luz encontrada dentro dos outros. Coube ao cineasta Mike Flanagan a difícil missão de juntar no filme de 2019 “Doutor Sono” os legados de King e Kubrick. Acompanhamos o menino Danny, agora adulto, lidando com seus dons paranormais de “iluminado” e tendo que enfrentar essas forças ocultas, para retornar ao icônico Hotel Overlook. Agora transformado num parque temático de pesadelos para os fãs do gênero.  

sábado, julho 31, 2021

Live Cinegnose 360: materialidade histórica da banda "Os Mutantes"; a armadilha do Borba Gato e a crítica das Olimpíadas midiáticas


A edição #14 da Live Cinegnose 360 (01/08/2021, 18h00) para espantar o tédio de final de domingo! Na sessão dos vinis desse humilde blogueiro, vamos discutir a materialidade histórica da banda “Mutantes”: da Tropicália ao Rock Progressivo; depois vamos falar sobre a continuação do filme “O Iluminado”: “Doutor Sono” (2019) – por que Stephen King não gostou da adaptação de Kubrick?; a série francesa “L’Effondrement” (O Colapso, 2019): do país berço do Iluminismo surge a ciência da Colapsologia; a guerra híbrida nossa de cada dia: a armadilha do incêndio da estátua do Borba Gato e como a grande mídia transformou os Jogos Olímpicos de Tóquio num seminário remoto motivacional para os brasileiros; e o Kit Semiótico de Manipulação – segunda parte.

sexta-feira, julho 30, 2021

Grande mídia transforma Jogos Olímpicos de Tóquio em seminário remoto motivacional



Desde 2019, o baixo astral domina a pauta do jornalismo corporativo com uma sucessão de desgraças: começou com Brumadinho, jovens mortos no incêndio do CT do Flamengo, o massacre de Suzano etc. Para piorar com a pandemia, aprofundando a crise econômica, desemprego e... o esperado incêndio do galpão da Cinemateca, em SP. Essa escalada quase diária praticamente faz apresentadores e repórteres terem que pedir desculpas: “infelizmente, más notícias”. E o esforço hercúleo de encontrar a “boa notícia” na “má notícia”. A cobertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio é a esperança da grande mídia elevar o moral em baixa, na sua política de morde-assopra com o governo Bolsonaro: o jornalismo esportivo deu lugar ao “jornalismo de personagens” – buscar contos maravilhosos de histórias de superação, transformando a cobertura num seminário remoto motivacional com lições de superação para a patuleia desalentada. Soma-se a isso, a mitologia do Japão como lição moral para os preguiçosos e indisciplinados brasileiros. 

quarta-feira, julho 28, 2021

O inferno da repetição é o que ardeu nas chamas da estátua do Borba Gato


O grande escritor Stephen King fala que “o Inferno é a repetição”. Então, o Inferno é aqui. As chamas da estátua do Borba Gato dão uma sensação de “déjà vu” sobre algo que não terminou bem. Sensação da qual a mídia progressista parece estar imune na sua amnésia: “um brinde para a “Revolução Periférica!”, clamam uns. “A roda da história caminhando!”, exaltam outros. False flag? Mini incêndio do Reichstag? Pouco importa saber se a tal “Revolução Periférica” (o nome, em si mesmo, já é paródico) é fato ou fake. Desde já, a ação já é um produto da cismogênese incitada no imaginário nacional pelos estratagemas diversionistas do golpe militar híbrido que já aconteceu, e ninguém viu. Arrasta o espectro político para o campo semiótico no qual a extrema direita sente-se mais à vontade: o da “guerra cultural”. Para ocultar a infraestrutura da economia política e da luta de classes no caos cognitivo da luta contra os “símbolos fascistas”. Sincronicamente, Bolsonaro encontra-se com deputada da extrema-direita alemã: articulação da extrema-direita internacional como arma, sempre em stand by, aguardando os futuros momentos mais agudos do Grande Reset Global do capitalismo.

terça-feira, julho 27, 2021

Visões gnósticas e budistas sobre a roda da vida e morte em 'Life After Life'


Pegue as visões budistas sobre a Roda do Samsara, o ciclo incessante e doloroso de mortes e renascimentos na qual estamos presos pelo carma. Combine com o mito grego de Sísifo como metáfora do absurdo da existência humana, como descreve o escritor Albert Camus. E ainda mais, tendo como cenário um pequeno vilarejo do noroeste da China, expulso pelo crescimento da rápida industrialização do país. Teremos o filme chinês “Life After Life” (Zhi Fan Ye Mao, 2016). O espírito da mãe falecida assume o corpo do filho para realizar o seu último desejo, para só depois poder renascer: replantar uma árvore muito importante para que esta sobreviva à destruição do pequeno vilarejo pela expansão dos negócios de uma mineradora. Uma narrativa bem diferente dos clichês sentimentais e ocidentais sobre pessoas mortas voltando à vida.  

sábado, julho 24, 2021

Live Cinegnose 360: Cena Punk e Chaos Magick; o Kit semiótico de manipulação midiática e + guerra híbrida


Neste domingo, a simbólica edição número TREZE da “Live Cinegnose 360”, às 18h00, no Facebook. Na sessão dos vinis do humilde blogueiro, Rock e Ocultismo: a Cena Punk e o Chaos Magick; na série “Rised By Wolves” vamos discutir a mitologia sci-fi de Ridley Scott; no filme chinês “Life After Life” Budismo e Gnosticismo; também vamos abordar o Kit Semiótico de Manipulação, as principais ferramentas semióticas de manipulações midiáticas; e os últimos capítulos da Guerra Híbrida: o escândalo da espionagem do software Pegasus e suas conexões com Edward Snowden e Elon Musk; e a ameaça híbrida do golpe militar do ministro Braga Netto.

O golpe militar no labirinto de espelhos da guerra semiótica criptografada


Mais um capítulo da série “A Ameaça do Golpe Militar”. Dessa vez, com a reportagem do “Estadão” sobre um suposto “duro recado” do ministro da Defesa, general Braga Netto, ao presidente da Câmara ameaçando que “não haverá eleição em 2022 se não houver voto auditável impresso”. “Invenção”, disse o general... para depois dar uma nota para lá de ambígua jogando mais gasolina no incêndio... enquanto a “tecla SAP" dos coices de Bolsonaro, o vice general Mourão, falava que o Brasil não é uma “república de bananas”. Mais um flagrante da guerra semiótica criptografada que simula a tensão de um possível golpe militar. Que já ocorreu e ninguém viu por que foi híbrido. Estratégia semiótica para criar um cenário de dissonância cognitiva, como um labirinto de espelhos no qual não percebemos mais o que é reflexo e o que foi refletido. Cenário de dissonâncias para apagar as pistas do verdadeiro golpe que já ocorreu, contando com o efeito Heisenberg midiático e as fraquezas do “terreno humano”: explorar o pecado da vaidade de jornalistas que buscam vantagens pessoais e profissionais.

quinta-feira, julho 22, 2021

Evento 'Cyber Polygon 2021', os segredos de polichinelo de Snowden e o Estado-Plataforma



Bombou tanto na mídia corporativa quanto na progressista o escândalo da espionagem cibernética de proporções internacionais envolvendo uma empresa israelense de cyber vigilância e o software “Pegasus”. Software adquirido, p. ex., por governos de extrema-direita para controlar a mídia investigativa independente. Denunciado por um consórcio de jornais corporativos e ONGs internacionais, Edward Snowden exaltou: “esse vazamento é a reportagem do ano”. Será que agora os jornalões globais estão defendendo o jornalismo investigativo independente? Como todo “vazamento”, tem o timing preciso: ocorre logo após o “Cyber Polygon 2021”, evento do Fórum Econômico Mundial para centralizar o poder de vigilância no “Estado-Plataforma”. Quem ganha com esse segredo de polichinelo do “vazamento”? A fusão público-privado na cyber militarização do espaço, da qual participam, por exemplo, Elon Musk com o StarLink e SpaceX. Segredos de polichinelo que se revelam psyOp da agenda do Grande Reset Global.

quarta-feira, julho 21, 2021

Ciência vs. Religião e a peste humana na série "Raised By Wolves"



Monstros à espreita, androides que parecem ser mais humanos do que os humanos, um planeta alienígena desolado, tudo somado a questões como o quanto a humanidade é solitária num universo sem propósito, as armadilhas da fé e as formas que o futuro distópico pode assumir. Criada por Aaron Guzilowski e com Ridley Scott como produtor executivo, é inegável que a série “Raised By Wolves” (2020-) tem alusões diretas à mitologia da filmografia sci-fi de Scott. Nos episódios da primeira temporada estão os replicantes de “Blade Runner” e os demiurgos e a monstruosidade de “Alien”, “Prometheus” e “Alien: Covenant”. Uma guerra entre ateus e religiosos fundamentalistas destrói a Terra e a última esperança é um exoplaneta. Mas junto com ateus e religiosos vem a peste: o choque Ciência versus Religião. Restando como esperança a missão de um casal de androides cuidar de um punhado de crianças que fuja de toda essa loucura. Ou será que não?

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