Quais as diferentes “acoplagens” que os
receptores têm com as diferentes mídias? Ao longo da história da comunicação,
cada mídia criou um diferente regime de recepção (temporal e espacial). Oralidade,
manuscrito, escrito até chegarmos ao impresso, cada uma dessas mídias criou uma
cultura própria que altera a recepção, assimilação e compreensão de conteúdos.
Discos de vinil e CDs foram os últimos representantes da “acoplagem” inaugurada
pela cultura tipográfica que será desmaterializada pela cultura digital do mp3.
Sendo as
materialidades da comunicação “a totalidade dos fenômenos que contribuem para a
constituição do sentido sem serem, eles próprios, sentido”[1],
vamos fazer uma breve análise de como os diferentes suportes (indiciais,
icônicos e simbólicos) produzem distintas formas de interações ou “acoplagens”
entre o usuário e a mídia, alterando os regimes de produção de sentido: as
relações entre enunciado e enunciação, a natureza do discurso e a própria
experiência temporal. Isso poderá ser mais drasticamente observado na passagem
das mídias icônicas para as simbólicas, ou seja, dos processos de inscrição
analógicos para as digitais. Aqui, novamente, poderemos constatar a crise das
noções de referência, tempo e totalidade descritas por Gumbrecht.
Na história das
mídias temos, em primeiro lugar a mídia indicial: a comunicação oral. Os signos
indiciais dominam a comunicação oral: gestos, carisma, simpatia/antipatia,
paixão, emoção e outros aspectos não verbais dos processos de enunciação do
discurso dominam o regime de produção e recepção de conteúdos na comunicação
oral.
“O orador será redundante ou ‘copioso’; em face das pessoas que se encontram à sua volta, deve lisonjear as idéias recebidas do auditório para obter ser assentimento, adaptar-se a ele para manter o contato. A ‘verdade’ de sua mensagem tende, portanto, a ser expressiva e fática, em vez de referencial. Essa verdade da intersubjetividade é relacional, é a do calor ou autenticidade, mais do que da fria adequação entre sujeito e objeto. Em uma tal comunicação, a relação da enunciação tende a suplantar o conteúdo do enunciado”[2]
Aspectos de
enunciação seriam aqueles signos que se manifestam no próprio ato da
comunicação, naquilo que podemos chamar do “em torno” do discurso, o contexto
onde estão inseridos tanto o emissor como o receptor. Na comunicação oral estes
aspectos são talvez mais decisivos do que o próprio enunciado (o aspecto
referencial da comunicação, sobre o quê está sendo dito, o conteúdo da
mensagem) pelo fato de o receptor ter sua atenção concentrada, num primeiro
momento, nestes verdadeiros sinalizadores indiciais manifestos pelo receptor.
Se levarmos em
conta o ditado popular de que “a primeira impressão é a que fica”, estes signos
indiciais da enunciação indicam disposições, motivações, personalidade e demais
detalhes pessoais do emissor. Eles são aquilo que “aquece” a comunicação oral.
Atraem, em primeiro lugar, a atenção do receptor que muitas vezes acaba no
processo final da comunicação reduzindo-se apenas a este plano emocional,
desprezando o próprio conteúdo da mensagem. Como ponto forte desta forma de
mídia, podemos afirmar que a enunciação
acaba colando-se ao enunciado, o conteúdo da mensagem funde-se ao próprio
emissor, correspondendo à própria natureza dos índices: fusão, absorção do
signo pelo próprio objeto, auto-referencialidade, a não clara presença da
clivagem expressão/conteúdo.
Nesta fusão
indicial da mídia oral é como se o conteúdo da mensagem cola-se ao próprio
receptor. O conteúdo está impregnado pelo carisma do emissor. A mensagem não
consegue tornar-se autônoma e o nível de compreensão da mensagem só pode estar
associado à individualidade do emissor.
Na mídia indicial o conteúdo está impregnado pelo carisma do emissor, os índices. |
Esta fusão
enunciado/enunciação lembra a estória do rei que mandou matar o mensageiro por
ele ter sido apenas o portador das más notícias acerca da derrota do exército
real na batalha contra o reino adversário.
Assim como o signo indicial aponta
para si mesmo (auto-referencial) por ser um fragmento do objeto representado,
da mesma forma o conteúdo da mensagem parece ser um fragmento da própria personalidade
ou subjetividade do emissor.
Por isso o
discurso oral é performático. Por ele
ser marcado pela subjetividade do emissor, o discurso oral tem a forte marca do
contexto onde ele ocorre. O discurso passa a ser fortemente condicionado ou
pelo estado de espírito do emissor naquele momento ou pela qualidade das
interações entre emissor e receptor(es) naquele evento. Por exemplo, uma mesma
piada contada pelo mesmo comediante em teatros diferentes, públicos ou dias
diferentes terá, como resultado, performances diferentes. Embora o conteúdo
seja o mesmo, a motivação do artista naquele dia (determinada por fatores
extra-artísticos ou pessoais) ou a qualidade da interação dele com a platéia
(público receptivo ou não, pouca participação da platéia naquela noite etc)
alterarão substancialmente a performance da comunicação oral. O conteúdo não
consegue estabelecer uma clivagem nítida entre expressão e conteúdo e tornar-se
autônomo (ou seja, tornar-se um signo simbólico, como veremos adiante), mas é
absorvido pelo processo de enunciação (emissor, contexto, interação).
O tempo da mídia
oral, dessa maneira, pela sua natureza performática, é marcado pelo instante, o
aqui e agora. Uma performance sempre é única e jamais poderá ser reproduzida
igual (seja para melhor ou para pior). Portanto, pela forte influência das
condições do presente o grande problema da mídia oral é a memória. A própria
natureza dos signos indiciais os torna contingentes, pela sua própria natureza
fragmentária. Emoções e paixões tendem a ser esquecidas facilmente. Sua
superficialidade é a natureza fragmentária do índice. Por isso, historicamente
a mídia oral recorreu ao recurso do tempo cíclico dos enunciados como garantia
da fixação mínima de certos conteúdos. Isso poder ser percebido nos conhecimentos
populares, histórias, lendas e contos transmitidos oralmente por séculos em
certas culturas.
São, em geral, conteúdos curtos, esquemáticos, moralistas,
sempre com um mesmo final. Conteúdos por demais complexos se perderiam no mar
dos signos indiciais dos contextos orais de interação. Por isso a fidelidade e
a repetição de contos e cantigas populares.
A materialidade das mídias icônicas
As mídia icônicas
estão presentes nas artes plásticas (desenho, pintura, escultura e arquitetura)
e na fotografia enquanto imagem impressa no papel fotográfico. Como mídias de
produção de imagens em geral, podemos incluir o cinema. Estão excluídas desta
categoria as imagens televisivas ou derivadas da codificação digital como a
computação gráfica. Como veremos adiante, estas podemos classificar como mídias
simbólicas pelo fato de a imagem ser gerada a partir de codificações
fragmentadas ou digitais. Pelo ponto de vista da materialidade da comunicação,
esta sutil diferença de suportes (da película do cinema ou do papel fotográfico
para o tubo de imagem catódico da TV e os disquetes, discos rígidos e CDs dos
computadores) altera totalmente o regime de produção e recepção de mensagens.
Permanecendo nas
mesmas categorias com as quais analisamos a comunicação oral, também nas mídias
icônicas encontramos a fusão entre o enunciado e a enunciação. Como projeções
analógicas do objeto em um suporte que não lhe é idêntico, têm a forte marca da
subjetividade do artista que as realiza. Por exemplo, um quadro de Van Gogh
retratando uma igreja não é uma simples e exata reprodução de um objeto. A
imagem trás a marca indelével da personalidade ou da ideologia do artista:
índices do emissor estão presentes por toda imagem (tipo de pincelada, escolha
das cores etc.). Diante de um desenho ou pintura temos uma presença forte do
emissor, embora ele não esteja presente.
Mídia icônica adquire autonomia: Van Gogh permanece mesmo após sua morte |
É precisamente aí
que reside o diferencial das mídias icônicas em relação à história das mídias:
abandonam o caráter performático que caracterizava a comunicação oral. Enquanto
a oralidade estava fortemente ancorada no presente, no aqui e agora do contexto
do processo de enunciação, a mídia icônica adquire autonomia e a sua mensagem
se desprende do instante para aspirar à eternidade. Um quadro de Van Gogh
permanece mesmo após a morte do pintor. O quadro pode viajar o mundo por
diferentes museus.
Ao se
desvencilhar do contexto relacional da enunciação, a mídia icônica resolve o
problema da memória da comunicação. Agora as mensagens podem ser de natureza
mais complexa, com uma riqueza maior de informações, já que o suporte material
garante a autonomia do significado. O corte semiótico aqui já está presente.
Porém, há ainda o
elemento indicial impregnando o conteúdo desta mídia. O enunciado e a
enunciação ainda estão colados, no sentido de que o processo subjetivo e
pessoal de elaboração da mensagem ainda é decisivo e, mais do que isso, é o que
garante a beleza estética na produção de imagens. Por isso, o ícone corre o
risco de cair na iconolatria, ou seja, na idolatria religiosa das imagens. A
imagem pode regredir totalmente para o índice, perdendo o caráter da clivagem expressão/conteúdo. Por
exemplo, as adorações das imagens beatíficas até hoje são a evidência disso. A
estátua de um santo não é apenas um retrato artístico com a marca pessoal do
seu realizador. Mais do que isso, a imagem é o próprio retrato do santo, a
mídia através do qual podemos falar com ele, ouvir nossas preces e promessas. O
ícone não é mais uma simples imagem, é o próprio santo presente em nossa
frente! O brilho do talento do artista confere à imagem tamanha “santidade”
que, para o religioso, a imagem torna-se a própria divindade encarnada.
As "tecnologias da crença"
Nesta regressão
indicial do ícone é que residia a “tecnologia da crença” do poder da Igreja
Católica na Idade Média. Se, como afirma Regis Debray, a Igreja Católica foi a
primeira mídia de massa bem sucedida na história da comunicação, seu poder de
persuasão estava na regressão da fé para a iconolatria, a imagem transformada
em carne[3].
Veremos mais adiante como esta regressão indicial que acomete os ícones também
será verificada nas mídias simbólicas das novas tecnologias de comunicação.
Mas por que a
clivagem expressão/conteúdo iniciado pelas mídias icônicas tem um caráter
civilizatório?
Como projeção artificial do objeto em um novo suporte, o ícone
permite um distanciamento do sujeito em relação à realidade. Esta duplicação do
real permitirá um olhar estético e criativo. Ao mesmo tempo, as mídias icônicas
permitem a oportunidade inédita de partilhar informações com um universo maior
de pessoas e expandir a capacidade de memória em extensão e tempo. O signo
abandona o imediatismo do discurso performático para aspirar à posteridade, ao
eterno.
Se expandirmos a
categoria das mídias icônicas, veremos que elas não se resumem apenas às artes
plásticas. Temos os dispositivos técnicos como a fotografia enquanto imagem
impressa no papel fotográfico.
Tal qual o desenho ou a pintura, o enunciado
funde-se com a enunciação já que a fotografia é um recorte subjetivo do real.
Uma visão do objeto pelo ponto de vista do olhar do artista. Para além da visão
ingênua que entende a fotografia como um meio técnico e neutro para capturar o
real, nela estão presentes os índices da subjetividade do artista. Portanto, a
fotografia tem este caráter de corte, de desligamento do real pela
representação que faz uma analogia artística do objeto por similaridade.
Será que na
imagem fotográfica existem signos que tendam para o índice? Evidentemente que
sim, como bem frisou Roland Barthes com o seu conceito de “punctum” no livro “A Câmera Clara”:
Barthes chama punctum essa sensação que brota da contigüidade entre a imagem fotográfica e o seu referente e que produz no observador diante da foto a assertiva tácita e exclamatória: "Isso-foi!". Essa co-presença do referente na imagem, que define então a própria essência (o "noema") da fotografia, está na origem do seu poder atestatório: toda fotografia é um certificado de presença. Esse certificado é o gene novo que sua invenção introduziu na família das imagens. A fotografia não é, então, uma simples representação, um sucedâneo de um referente real ou imaginário (como a pintura); ela é um certificado de existência, ela ratifica a existência do referente, e aí reside o seu traço distintivo como imagem.[4]
Contrariamente à
pintura e a gravura, a fotografia contém essa particularidade extraordinária:
de conjugar simultaneamente a realidade e o passado. A contigüidade física
impressa na superfície da película nos dá a forte sensação de realidade: “Isso
aconteceu, tal como estou vendo”. Por isso, a foto nos invade e nos atinge
profundamente, suscita emoção. Dessa forma, enquanto os índices presentes na
pintura e na gravura provocam o fetichismo religioso, na fotografia,
diferentemente, surge uma espécie de fetichismo
realista.
Do sujeito enamorado que desliza seus dedos sobre a foto como
fosse a pele da mulher amada ao leitor que vê a fotojornalismo como certificado
da realidade do fato tal como descrito na matéria noticiosa, ambos partilham da
mesma emoção indicial da foto. Esta emoção escamoteia o corte semiótico da
representação e toda a carga ideológica ou política potencialmente presente no
fotojornalismo ou, similarmente, a emoção tátil da foto da mulher amada encobre
os maus momentos do relacionamento amoroso.
Da escrita ao Impresso: as mídias simbólicas
Hieróglifos e a
escrita cuneiforme marcam a transição da mídia icônica para a simbólica. Como
mídias ainda com forte traço icônico, seus símbolos são verdadeiros
pictogramas, ou seja, cópias simplificadas das formas do mundo. Mas já aí está
a essência que marcará as mídias simbólicas: o retraimento da cadeia de
significantes. Desde então a mente passa a se exercitar não na mas sobre a língua. Com o avanço dos símbolos mais abstratos ou
arbitrários, a escrita aguça a consciência das regras segundo as quais falamos.
As revoluções criadas pelas mídias simbólicas impressas |
Surge o plano estruturado das regras de sintaxe. Para usar a terminologia de
Saussure, da Fala evolui para a Língua onde a cadeia dos significantes se
retrai e se autonomiza em relação ao emissor. Finalmente na história das mídias
o enunciado separa-se da enunciação, o discurso de descontextualiza e pode
viajar para longe de sua fonte, ser objeto de uma estocagem, de um tratamento à
parte.
A escrita poderá
ser estocada como placas de argilas, rolos de papiros etc. Ela traz a distância
ou o nível meta: distante da fonte emissora, o discurso fechado em si mesmo,
como uma cadeia de significantes retraída em si mesmo, poderá ser objeto de
manipulação, reflexão, síntese. Como uma verdadeira revolução copernicana, as
mídias simbólicas possibilitam as condições para que seja exercido o julgamento
crítico de um discurso.
Enquanto nas
outras mídias a recepção é um ato coletivo, performático (mídia oral) ou
presencial coletivo (no caso dos ícones reunidos em galerias ou museus para
exposição pública), as mídias simbólicas tendem a ter um receptor
individualizado. Ler é um ato solitário que exige concentração e silêncio. Esta
inédita condição de recepção propicia o surgimento do pensamento crítico na
comunicação. Outrora um ouvinte ou espectador, agora o leitor tem tempo para se
deter diante de um discurso que ele possui na sua totalidade, em mãos a
completa cadeia de significantes (as páginas totais de um livro, por exemplo).
Se na mídia oral a presença carismática do emissor pode intimidar qualquer questionamento
crítico (o calor das paixões do momento convergem para o assentimento daquilo
que o palestrante fala), aqui o leitor, isolado e diante apenas do enunciado,
tem tempo de ler e reler, analisar, sintetizar e questionar.
Aqui temos que
estabelecer uma diferença entre o escrito e o impresso. Embora a escrita traga,
em germe, este retraimento da cadeia dos significantes e a autonomia do
enunciado, ela ainda está carregada de índices do emissor: o manuscrito foi
redigido pelas mãos do emissor, os símbolos, por isso, estão impregnados pela
sua subjetividade. A grafologia moderna demonstra essa verdade: a escrita pode
nos comunicar os índices da personalidade, caráter, motivação etc.
Por isso, o
manuscrito ainda tendia a um pensamento não reflexivo ou crítico pois ele
poderia transformar-se em representação do Sagrado. As tábuas dos Dez
Mandamentos ou os Evangelhos dos apóstolos de Cristo por trazerem, enquanto
manuscritos originais, a marca indicial do redator (Deus ou os doze apóstolos
de Cristo) tornava-se objeto de inquestionável adoração sagrada.
É justamente na
padronização dos símbolos que compõem a escrita trazida pela invenção da
tipografia por Gutemberg no século XV que os símbolos descolam-se dos índices
do emissor. Os tipos impressos substituem a mão que escreve, mata os índices da
escritura e torna os enunciados objetos de uma reflexão mais fria e
distanciada. Por isso que a Bíblia, primeiro livro impresso na história da
comunicação, passa a ser objeto de questionamento, propiciando o surgimento da
Reforma Protestante de Martinho Lutero e João Calvino.
A imprensa nos dá
o pensamento democrático. O Iluminismo e a Revolução Francesa somente foram
possíveis com o pensamento crítico e o individualismo trazido pela mídia
simbólica tipográfica. O distanciamento reflexivo propiciado pela autonomia dos
enunciados e a leitura como ato individual trouxe a capacidade crítica. Em
síntese, as mídias simbólicas criam o discurso constatativo que se opõem as discurso performático (mídia oral) e
ao discurso iconoclasta (mídias icônicas).
Além disso, a
cadeia significante dos símbolos inaugura uma nova percepção de tempo: o tempo linear. Se no passado a
comunicação tendia ao imediatismo da performance ou à eternidade das imagens,
agora o livro impresso aguça a percepção de que o tempo locomove-se, anda para
frente. O livro organiza-se numa seqüência linear de parágrafos, páginas e
capítulos. O texto somente pode ser compreendido como começo, meio e fim. A
compreensão não pode reverter a ordem da fluidez dos significantes. Isso trouxe
a percepção do tempo cumulativo. O tempo decorrido da leitura pode ser
percebido visualmente pelo número de páginas já lidas. A organização temporal
dentro das categorias de passado, presente e futuro cria a noção de progresso,
acumulação de conhecimentos e informações, estocagem de saberes.
Um signo remete a
outro, propiciando a produção de uma trama que produz o texto, a produção de
conhecimentos pela reação em cadeia dos signos. Os signos são pensados dentro
de uma totalidade ou de um projeto que visa um objetivo futuro. Este paradigma
inaugurado pelo livro impresso vai organizar o próprio campo cultural e
artístico como um todo. Por exemplo, vamos encontrar isso na técnica de
composição da música clássica em suítes e sinfonias. Das composições musicais
fragmentadas como tocattas, sonetos,
minuetos etc, a música erudita evolui para as grandes sinfonias ou óperas com
vários movimentos gradativos, análogo aos capítulos em um livro. Da mesma forma
o disco conceitual dentro do rock progressivo onde as faixas musicais não podem
ser ouvidas apenas isoladamente mas estão organicamente ligadas dentro de um
conceito geral, só compreendido no final.
Na terceira e última postagem dessa série sobre a materialidade das produções midiáticas abordaremos as mídias simbólicas eletrônicas e impressas.
NOTAS
[1] GUMBRECHT, Hans, & PFEIFFER,
Ludwig. Materialities of Communication. Stanford: Stanford
University Press, 1994. p. 398.
[2]BOUGNOUX,
Daniel, Introdução às Ciências da Comunicação e da Informação, p. 95.
[3]
Cf. DEBRAY, Régis, Curso de Midiologia Geral, Petrópolis, Vozes, 1992.
[4]
BRAGA, Robson Aurélio Adelino, “Roland Barthes e a Escritura: um olhar poético
sobre o signo fotográfico” In: http://www.studium.iar.unicamp.br/19/04.html?studium=3.html