quarta-feira, setembro 08, 2021
As bases ocultas de Brasília, por Claudio Siqueira


terça-feira, janeiro 10, 2023
A invasão de Brasília não aconteceu


sábado, maio 31, 2014
A bomba semiótica Forte Apache


sexta-feira, abril 21, 2023
Vazamento da CNN revela que ataques de Brasília foram uma bomba semiótica transmídia


O “vazamento” da CNN do vídeo que fez cair o ministro-chefe do GSI foi a evidência de que os ataques de 08/01 em Brasília foram muito mais uma calculada bomba semiótica transmídia, do que uma tentativa real de um clássico golpe de Estado. O suposto vazamento tornou inevitável para o Governo a CPI, prometendo expandir o universo narrativo dos ataques de janeiro em múltiplas mídias e plataformas – cada vez mais o circo midiático das CPIs é transmídia. Bomba semiótica completa: polissemia, novidade, efemeridade, movimento e imprevisibilidade. E, principalmente, os sincronismos em torno do “vazamento” nesta semana. A invasão de Brasília foi um golpe virtual para a TV. O início de um universo em expansão que ameaça virar um golpe real.
quinta-feira, fevereiro 02, 2023
"Se tomar posse não governa": mídia transforma eleição do Senado em "Terceiro Turno"


“Se tomar posse, não vai governar”, dizia o udenista Carlos Lacerda contra Getúlio Vargas. Hoje usa-se o eufemismo do “terceiro turno”. Ansiosa, a grande mídia nem esperou pelos primeiros 100 dias: depois dos chiliques contra as evidências de política desenvolvimentista no Mercosul, transformou a eleição à presidência do Senado num “terceiro turno polarizado”. A reeleição de Rodrigo Pacheco era dada como certa. De repente, o quadro mudou: a mídia passou a inventar que a disputa se tornou “acirrada” e que adversário Rogério Marinho (PL-RN) já contava com “traições” e de que teria virado o placar. A profecia autorrealizável (que contou com o tradicional lobby da Globo com estúdio dentro do Congresso) não deu certo. Mas o jornalismo corporativo está cevando seus ativos: o bunker bolsonarista do Senado, a ambígua figura de Arthur Lira e o “Exército Psíquico de Reserva” dos bolsomínios – agora espicaçados com a mitomania do senador Marcos “Swat” do Val denunciando plano de grampear o ministro Alexandre de Moraes.
sábado, junho 24, 2023
Pedagogia do medo e o não-acontecimento do golpe tabajara


Como assim? Um golpe de Estado sendo discutido em um grupo de WhatsApp? E o roteiro encontrado no celular do ajudante de ordens de Bolsonaro? Golpe Tabajara? jornalistas acreditam em qualquer coisa, talvez por assistirem a muitos filmes da Netflix. Ou porque estão dominados pelo vício epistemológico de que as notícias só podem ser fatos grandiloquentes. Dominados por esse empirismo grosseiro, são incapazes de entende um cenário de guerra híbrida. Isto é, golpes como PROCESSOS. Mas, principalmente, o fato de que a guerra (principalmente informacional) é a arte do engano. “Vazou” um plano de golpe de Estado? É a não-notícia, estratégia difusa da pedagogia do medo para criar a paralisia estratégica no oponente – mais um tijolo para tentar emparedar o governo Lula. Aquele mal-agradecido, por não reconhecer que Biden salvou a nossa “frágil” democracia... de um golpe tabajara.
sábado, julho 24, 2021
O golpe militar no labirinto de espelhos da guerra semiótica criptografada


segunda-feira, agosto 16, 2021
Live Cinegnose 360 #16: Rock, esoterismo e bombas semióticas do golpe militar híbrido


Nesse domingo aconteceu mais uma Live Cinegnose 360, a edição #16. Começamos discutindo rock e esoterismo na sessão dos vinis desse humilde blogueiro: o jazz-rock da Mahavishnu Orchestra do guitarrista John McLaughlin. Depois, a incursão gnóstica do diretor Night Shyamalan no filme “Tempo” (Old, 2021) e a mitologia do empreendedor no filme francês “A Nuvem” (La Nuée, 2020). No bloco da guerra híbrida brasileira, a bomba semiótica do desfile dos tanques fumegantes em Brasília e a continuação do kit semiótico de manipulação discutindo o filme “Como Fazer Carreira em Publicidade” (How to Get Ahead in Advertising, 1989). Veja no canal Cinegnose do Youtube, com minutagem, bibliografia e discografia. A Live Cinegnose 360 vai ao ar todos os domingos, às 18h00, no Youtube e Facebook.
quinta-feira, fevereiro 23, 2023
Por que as pessoas erradas são sempre atraídas pelo poder? É a estupidez... estúpido!


Para defender os “patriotas” presos pelas depredações em Brasília, o médium kardecista Divaldo Franco chegou a lançar mão da célebre frase do ativista Martin Luther King sobre “os gritos dos maus” e o “silêncio dos bons” diante das “coisas feitas pelos poderosos”. Mas quem são os “bons” e os “maus”? Essas noções tornaram-se ambíguas e reversíveis porque ainda são pensadas no campo do julgamento moral. A ponto de um “espírita reaça” se apropriar do pensamento de um ativista dos direitos civis. Como desambiguar essas noções e transformá-las em categorias sócio-psicológicas objetivas? Um caminho é através da Teoria da Estupidez do teólogo Dietrich Bonhoeffer e da teoria do “viés da auto-seleção” do cientista político Brian Klass: por que as pessoas erradas são sempre atraídas pelo poder, assim como as mariposas pela luz?
sexta-feira, agosto 27, 2021
'Gritos dos Excluídos' é um OVNI na guerra híbrida do sete de setembro


O governador de São Paulo, Doria Jr., tirou do icônico palco político-midiático da Avenida Paulista (SP) a tradicional manifestação (desde 1995) do “Grito dos Excluídos” e definiu que apenas bolsonaristas poderão se manifestar lá no dia sete. Para além da “ambiguidade” de Doria Jr. (faz oposição a Bolsonaro muito mais por uma razão conjuntural do que ideológica), há um aspecto simbólico mais profundo: dentro do atual roteiro da guerra híbrida e do domínio total de espectro, o “Grito dos Excluídos” é simplesmente um OVNI inconveniente que tem que ser escondido pela grande mídia. Porque vai além da pauta “superestrutural” (Fora Bolsonaro, guerra cultural, anti-negacionismo etc.) - o “Grito” exige renda, trabalho, moradia, saúde dentro da nova reconfiguração do capitalismo que cria “excluídos”. Questões infraestruturais que a guerra híbrida que ocultar para blindar a política neoliberal. Enquanto isso, a grande mídia brasileira se recompõe e descobre o novo tom propagandístico para o Afeganistão: “fuga” virou “resgate” e “colaboradores” viraram “refugiados” para ocultar o retorno do modo “false flag” do Estado Islâmico.
quinta-feira, junho 10, 2021
Fantástico revela morde-assopra da Globo alinhado à psyop necropolítica militar


O final do domingo mais uma vez revelou, no programa de maior audiência da Globo, o Fantástico, a estratégia morde-assopra da grande mídia em estreita parceria com a psy-op militar. De novo, o experiente jornalista Álvaro Pereira Jr. foi convocado: dessa vez contra a China – em programa anterior foi a Rússia e a “pouco transparente” vacina Sputnik V. A matéria dá uma mãozinha à conspiração de que a Covid-19 “escapou de um laboratório na China”, com direito a personagem macabro: a “mulher morcego”. Efeito metonímico: o reforço do “hoax” da guerra bacteriológica comunista. Certamente Trump e Bolsonaro compartilhariam nas suas redes sociais a matéria global. Cadê o discurso da “Ciência” e do “mais vacinas, sem ideologia”? Atrás desse “morde-assopra” esconde-se o momento atual da escalada militar até entre as potências centrais do Capitalismo: o Grande Reset Global que promove a necropolítica e o necrocapitalismo para eliminar o refugo social – aqueles que nem para serem explorados servirão.
sábado, abril 28, 2018
Trompete invade link da Globo e abre perspectivas na guerra semiótica


A invasão de um solo de trompete num link ao vivo do “Jornal da Globo” entoando o refrão de “Olê, olê, olê, olá, Lula, Lula” é mais uma mostra da eficiência da estratégia de guerrilha antimídia do “culture jamming” (trolagem) – tática anárquica de criar ruídos, atrapalhar ou interferir no fluxo normal da informação. No atual cenário de guerra híbrida (demonstrado pela imediata criação de uma “cinderela de esquerda” pelo BBB18 após a ocupação do “tríplex do Lula”), a trolagem do link ao vivo da Globo demonstra seu poder de fogo por potencialmente mobilizar elementos semióticos de opinião pública fundamentais: clima de opinião, importância e ambiguidade, ironia e sarcasmo e trolagens multi-culturais. Eficácia que só aumentaria através de uma espécie de “temporada de caça aos links ao vivo da grande mídia”, ação de guerrilha midiática que atingiria o ponto fraco da TV atual: apesar do seu “tautismo” crônico, a TV tem necessidade de abrir pequenas janelas (blindadas) para o mundo. Afinal, ela vive do álibi da informação e entretenimento.
sexta-feira, abril 07, 2023
Mídia não liga lé com cré no ataque de SC e protege seu ativo: o Exército Psíquico de Reserva


Com um delay de mais de 30 anos, grande mídia agora dá ouvidos a estudiosos e muda política de cobertura a ataques como a da escola em São Paulo e a creche em Blumenau (SC): evitar o chamado “efeito copycat” de imitação de criminosos a partir da repercussão que a mídia oferece a esse tipo de notícia. Mas sabemos que o jornalismo corporativo não dá ponto sem nó. Destaca apenas as medidas do governo (estadual ou federal) para o aumento do patrulhamento e a criação de “protocolos” nas escolas contra esse tipo de crime. Com o seu notório empirismo grosseiro, sob o álibi de não querer dar visibilidade a criminosos, não quer ligar lé com cré: o sincronismo entre o crescimento de células nazistas e neonazistas nas redes sociais e a escalada de ataques a creches e escolas. Por quê? Para manter em stand by um dos seus principais ativos: o Exército Psíquico de Reserva. Uma espécie de exército de zumbis, útil num passado recente, e sempre a postos para entrar em ação a cada “apito de cachorro”.
domingo, março 09, 2025
Jornalismo corporativo institui a não-mulher no Dia da Mulher


Dia da Mulher. Grande mídia celebra. Porém, quando se fala em política, curiosamente o jornalismo corporativo não quer celebrar e nem reconhece como mulher a ativista petista feminina. Vira a não-mulher. É o caso de Gleise Hoffmann, condenada a repetir o caso da presidenta Dilma – não é mais sexismo ou misoginia. É anti-petismo mesmo. Enquanto isso, aproveitando a efeméride, a única crítica possível da jornalista Natuza Nery contra as medidas anti-inflação dos alimentos (ocultadas pelas medidas do PIX pelo BC) foi dizer que Alckmin era “um branco engravatado que não vai a supermercado” e, portanto, as medidas não tinham representatividade feminina (!!!). E o 8/1 pode não ter conseguido dar o golpe de Estado. Mas já está dando muito certo o seu ardil secreto: fazer o tempo correr com alopragem política e “Efeito Firehose”. Para contaminar as eleições 2026.
sexta-feira, abril 28, 2023
Jornalismo de guerra 2.0: etnografia do golpe, a embaixadora e a CNN


Depois da guerra na Ucrânia criar a expressão “Guerra Fria 2.0”, será que o terceiro governo Lula está fazendo a grande mídia entrar no modo “jornalismo de guerra 2.0”, reeditando auge da guerra híbrida 2013-16? Entre o retorno das velhas bombas semióticas, Folha parece repetir uma estratégia bem-sucedida em passado recente, a etnográfica: mapear desiludidos, revoltados e ressentidos – novos tipos-ideais urbanos. Aqueles cuja insatisfação existencial ou profissional é ainda difusa. Apenas precisando de um significante político que aponte para o culpado. É o que aponta a matéria “Millenials chegam frustrados à meia-idade”. Mapeamento etnográfico para encontrar novos descontentes, como no passado: “simples descolados”, “coxinhas 2.0”, “novos tradicionalistas” etc. que engrossaram as massas verde-amarelas nas ruas. Enquanto isso, a visita da embaixadora dos EUA aos estúdios da CNN parece ter sido a mensageira de algum tipo gatilho: imediatamente o canal de notícias "vazou" vídeo que provocou crise política e publicou fake news da Antonov. Será que voltamos ao velho jornalismo de guerra?
quarta-feira, junho 17, 2020
O golpe militar híbrido não foi televisionado


Para nós a História é feita por grandes imagens icônicas televisionadas, filmadas ou fotografadas: tanques e soldados nas ruas no golpe de 1964; as torres do WTC desabando em 2001; imagens da TV do muro de Berlim sendo derrubado. As esquerdas também devem achar a mesma coisa: temem algo impactante que configure um golpe, de um cabo e soldado fechando o STF a tanques e soldados nas ruas fechando de vez o regime. Mas o golpe militar já aconteceu e a tomada do Estado não foi marcada por nenhum ato espetacular. Golpes militares híbridos não são televisionados. A doutrina militar do combate ao “comunismo viral” já tomou o Estado: já possui dispositivos legais e de operações psicológicas apoiadas pelo consórcio jurídico-midiático-militar. Enquanto põem em ação as estratégias híbridas de paralisação estratégica do inimigo através da manipulação do temor de um golpe que já aconteceu.
quarta-feira, setembro 16, 2020
'The Boys' e 'O Dilema das Redes': esquerda precisa de hackers e 'artivistas'


Ataques massivos de hackers de extrema-direita estão derrubando lives acadêmicas com temáticas progressistas revelando o campo mais bruto da guerra semiótica: os ataques cibernéticos em uma terra de ninguém no qual hackers agem livres como as gangs no deserto distópico de “Mad Max”. Escandalizada, a esquerda ainda crê no senso de obrigação moral a direitos universais ou republicanos, simplesmente ignorando o paradigma comunicacional da viralização. Séries ficcionais como a segunda temporada de “The Boys” (2019-) e o documentário “O Dilema das Redes” (2020) mostram com a tática de viralização leva ampla vantagem sobre as estratégias tradicionais de propaganda. Restará à esquerda lutar no mesmo campo semiótico da extrema-direita, mesmo que seja nos limites da moral e da ética. Como mostra a “violência metafórica” do “Freedom Kick” do coletivo de artistas ativistas “Indecline”: vídeos de protesto com esculturas de cabeças hiper-realistas de Putin, Trump e... Bolsonaro – chegam aos países afetados pelas suas políticas para os seus opositores jogarem futebol com elas. A esquerda precisa de harckers e "artivistas".
sábado, julho 30, 2022
PsyOp militar da pedagogia do medo e a 'Carta em Defesa da Democracia'


As psyOps da guerra híbrida militar veem a sociedade civil e a opinião pública como um “palco de operações” numa analogia à guerra convencional: false flags, guerra criptografada, abordagens informacionais indiretas, controle total de espectro etc. são mobilizados com um objetivo: criar a simulação de que “as instituições estão funcionando”. E seu efeito residual é a “pedagogia do medo”, o medo de que um golpe possa ocorrer a qualquer momento. Ocultando o fato de que o golpe já aconteceu. Mas foi híbrido, mantendo abertamente sob tutela as instituições civis. A Carta em Defesa da Democracia (já com mais de 400 mil signatários) partilha dessa ilusão criada pelo “palco de operações”, com a ajuda midiática que ressuscita na tela fotos e vídeos da velha ditadura militar. Como um fantasma que pudesse voltar. Paralisando a esquerda que, temerosa, permanece pacata, protocolar e institucional. Mesmo sabendo que as instituições foram aparelhadas pelo golpe militar híbrido.
quinta-feira, janeiro 09, 2025
O ato em memória do 8/1 e o jogo perde-perde da comunicação


Por que no ano passado Lula vetou qualquer ato em memória aos 60 anos do golpe militar de 1964? E por que agora decidiu celebrar um ato em memória aos dois anos dos atos golpistas do 8/1? Com descida da rampa e tudo! Será que não quis melindrar a caserna que ainda acredita que o golpe foi a “revolução de 64”? O fato é que, para o Governo, o 8/1 virou uma bomba semiótica do “Sim!” – tem adesão fácil, principalmente da grande mídia que abduziu o campo progressista para a pauta da “Defesa da Democracia” – cujo filme “Ainda Estou Aqui” foi o toque emocional que faltava. Enquanto Lula coloca um marqueteiro na Secom para melhorar a “Comunicação”, mais uma vez confundindo o conceito com “propaganda”. A questão é que o governo caiu no ardil mídia/Faria Lima do jogo de perde-perde na comunicação: perde defendendo uma Democracia abstrata (Democracia para quem?) para, mais uma vez se desconectar do povão, às voltas com precarização e coachs religiosos-motivacionais; e perde aderindo a uma pauta da mídia corporativa, enquanto ela toca o terror fiscal para inviabilizar a esquerda para 2026. Opção? Pensar a comunicação para além da propaganda. Pensar na pauta anticíclica da Comunicação como Acontecimento.
quarta-feira, junho 15, 2022
Entrevista com Fábio Shiva, autor de 'Favela Gótica' e ópera-rock 'Anunnaki', por Claudio Siqueira


Ex- baixista da banda doom metal Imago Mortis e autor do romance Favela Gótica, Fábio Shiva desenvolveu, junto com seu irmão Fabrício Barretto, a ópera-rock Anunnaki, da banda Mensageiros do Vento. A história mais antiga da humanidade é contada na forma de um desenho animado, onde as músicas narram a epopeia dos Anunnaki e o consequente surgimento mítico(?) da humanidade. O Cinegnose teve o prazer de entrevistar o autor e compositor de uma das bandas mais importantes para o cenário underground nacional e autor de uma das melhores obras cinematográficas de nossa filmografia. Cinegnósticos, Fábio Shiva.