quinta-feira, setembro 25, 2025

'A Longa Marcha - Caminhe ou Morra': a adaptação do profético livro de Stephen King


Toda as manhãs acordamos com os contos motivacionais dos telejornais sobre pessoas que venceram com foco e resiliência. Porém, ainda vivemos em tempos nos quais essas pílulas de otimismo resolvem. Imagine em um futuro distópico em que uma América em depressão econômica precise de algo mais do que pérolas motivacionais na TV. Mas de uma competição em que os perdedores, que por algum motivo abandonam a prova, sejam literalmente punidos com um tiro mortal. Para levantar o moral da Nação e elevar o Produto Interno Bruto. Esse é o futuro imaginado por Stephen King, e adaptado por Francis Lawrence (“Jogos Mortais”), em “A Longa Marcha – Caminhe ou Morra” (The Long Walk, 2025). Um grupo de adolescentes participa de um concurso anual transmitido ao vivo, no qual eles devem caminhar em uma velocidade constante ou levar um tiro mortal por soldados que acompanham os competidores. O timing da adaptação ao cinema da primeira obra de Stephen King é perfeito: os EUA estão à beira de uma distopia muito próxima da ficção do mestre do terror.

quarta-feira, setembro 24, 2025

As aventuras semióticas em um ano pré-eleitoral



Que Trump é um agente do caos, todos já sabemos: a engenharia do caos é a essência da comunicação alt-right. “Flood the Zone!”, como sintetizou Steve Bannon: inundar a mídia com acontecimentos comunicacionais desconexos como jogo diversionista. Que muitas vezes nem a própria extrema-direita brasileira consegue entender. Do tarifaço ao discurso na ONU em que admitiu que rolou uma “química" entre ele e Lula, parece que Trump tirou o Governo brasileiro das cordas e deu de bandeja as armas semióticas que faltavam: a defesa da Soberania, Multilateralismo, ajudou a colocar as esquerdas nas ruas etc. Das milhões de visualizações do vídeo de Nikolas Ferreira, no início do ano, ao discurso de Lula na ONU da última terça-feira, testemunhamos uma verdadeira aventura semiótica num ano pré-eleitoral – o jogo da comunicação que parecia ganho para a extrema-direita até Trump embaralhar as cartas, obrigando a grande mídia a recalcular rotas e fazer o bolsonarismo aceitar a fórceps o jogo da despolarização cobrado pela banca financeira.

sábado, setembro 20, 2025

David Sanborn: smooth jazz e capitalismo; PCC é a "Laranja Mecânica"; Revolta no Nepal foi síndrome de abstinência das redes?



Primeiro, era um tabu a mídia enunciar suas iniciais. Depois, virou uma bomba semiótica enunciar livremente no jornalismo corporativo, para depois a extrema-direita associá-lo ao PT... Agora, o PCC virou uma “Laranja Mecânica”: por fagocitose está engolfando as polícias militares e civis, a Faria Lima e... o Congresso, com a PEC da Blindagem. Esse é apenas um dos assuntos que vamos debater no tijolaço de domingo, a Live Cinegnose 360 #208, nesse domingo (21/09), às 18h, no YouTube e Facebook. Vamos começar falando sobre as mutações do sax do jazz ao rock com David Sanborn: do Free Jazz ao Smooth Jazz - capitalismo e cotidiano. Depois, vamos analisar dois filmes: “The Actor” (a amnésia é um momentâneo esquecimento das falas de um roteiro chamado sociedade) e “Holland” (O novíssimo gótico americano hiper-real). E depois dos Comentários Aleatórios, a Crítica Midiática: O “Feitiço do Tempo”: Aécio e Temer de volta para “pacificar”; PCC na política: o diversionismo da PL da Dosimetria; PCC na Economia: de avião a lanchas de luxo, a lavagem de dinheiro; PCC na Polícia: anomalias na execução de ex-delegado em Praia Grande/SP; Nepal e bloqueio das redes: revolta por síndrome de abstinência de dopamina barata? Brizola com sinais trocados: Trump ameaça caçar licenças de TV. E outras bombinhas semióticas.

sexta-feira, setembro 19, 2025

O novíssimo gótico americano hiper-real no filme 'Holland'

 


Há um fenômeno curioso no Meio-Oeste americano, a chamada “América Profunda”: a criação de enclaves temáticos que buscam replicar um ideal europeu higienizado – de cidades com nomes de capitais europeias a parques temáticos. Uma nação com uma relação mal resolvida com sua própria identidade. Elas representam uma fuga da complexidade e da violência da história americana em direção a um passado europeu imaginado, um simulacro de autenticidade. A produção Prime Video, “Holland” (2025), dirigido por Mimi Cave, é um exemplo de história sobre “segredos por trás de cercas de madeira”. Ambientada em Holland (Michigan), uma cidade que emula paisagens holandesas hiper-reais com festivais de tulipas e réplicas de moinhos de vento e vilarejos europeus, oculta adultério e crimes em série. É o novíssimo gótico americano: a verdadeira arquitetura do horror não reside em porões escuros ou figuras monstruosas, mas na precisão milimétrica de uma maquete e na fachada de tulipas de uma "América Profunda" que sonha em ser Europa.

Amnésia é o momentâneo esquecimento das falas do roteiro chamado "Sociedade" em 'The Actor'

 

Comparar a Política e os políticos a atores em um palco de teatro é uma tese clássica da Ciência Política. Mas sugerir que as convenções e papéis sociais seriam roteiros com linhas de diálogos de uma gigantesca produção teatral chamada Sociedade é o tema de um subgênero gnóstico no cinema, de filmes como “Quero Ser John Malkovich” e “Sinédoque, Nova York”. “The Actor” (2025), estreia de Duke Johnson (colaborador no filme de Charlie Kaufman “Anomalisa”), é mais um exemplo onírico e ambíguo – um interessante mix gnóstico-noir no qual a amnésia é o tema principal:  após sofrer um traumatismo craniano contundente, um ator de teatro acorda em um hospital sem nenhuma lembrança de sua vida passada e até mesmo com dificuldade para se lembrar dos mínimos detalhes de suas experiências diárias. E se a amnésia for um momentâneo esquecimento das linhas de diálogo de um roteiro criado por algum produtor da sociedade?

terça-feira, setembro 16, 2025

PCC será o "Estado Profundo" brasileiro? A recuperação semiótica da camiseta da CBF; STF, "defensor da democracia", libera escolas cívico-militares


Um “case” de sucesso... com “foco e resiliência” sobreviveu ao Massacre do Carandiru, em 1992, e se tornou a maior multinacional brasileira! E literalmente segue o manual neoliberal: elimina (a bala) qualquer decisão do Estado de mexer na liberdade do mercado... como o PCC na Praia Grande/SP. Mantendo a nossa fleugma de ironia e cinismo, vamos discutir esse e outros assuntos na Live Extra Cinegnose 360 #101, nessa quarta-feira (17/09), às 18h, no Youtube e Facebook. Começando com a Conversas Aleatórias, retomando algumas questões da edição anterior. E depois, A Crítica Midiática do meio da semana: PCC será o Estado Profundo brasileiro? Qual a versão mais confortável que a grande mídia conta sobre a execução do ex-delegado na Praia Grande pelo PCC; PCC e crime organizado: subprodutos da Ditadura Militar; Copa do Mundo Feminina: o resgate semiótico da camisa amarela da CBF; PEC da blindagem e PL da Anistia: porque o crime organizado está tão interessado na política; Charlie Kirk: as fissuras no MAGA; Futebol brasileiro acompanha o modelo exportador de commodities da economia; Milei: criticado pelos motivos errados; STF guardiões da Constituição? Plenária libera escolas cívico-militares em SP; De Gaza à Riviera do Mediterrâneo: por que Alemanha bloqueia sanções na União Europeia contra Israel?

sábado, setembro 13, 2025

'Marillion'; Bolsonaro queimou? Mídia foca agora no INSS; a mais-valia semiótica da condenação do STF; mitologia Charlie Kirk; Nepal está "colorido"?


Como esperado, o fusível Bolsonaro queimou para ser reciclado na semiótica Nem-Nem... Enquanto Trump está ocupado construindo sua própria mitologia com o assassinato de Charlie Kirk: não satisfeito com inimigos externos, ele também precisa criar inimigos internos. Venha discutir esses e outros temas no Tijolaço de Domingo: Live Cinegnose 360 #207, nesse domingo (14/09), às 18h, no YouTube e Facebook. Vamos começar com o neoprogressivo da banda Marillion: por que a síntese criativa da banda passou despercebida no Brasil? Depois, vamos discutir o filme “Bunker” (quando o horror de H.P. Lovecraft foi o nosso futuro). E na sessão dos livros do humilde blogueiro, Dietmar Kamper e a “Caverna Orbital de Imagens”. E na Crítica Midiática: o plano do golpe e o 8/1: causalidade jurídica ou política? Inteligência Artificial no Direito e o “Data Dump”: vai acontecer no Direito o mesmo fenômeno das plataformas de streaming no Cinema? Charlie Kirk: por que Trump precisa criar tantos inimigos? Rei morto, Rei posto: Bolsonaro queimou? Foca agora no INSS! Nepal: alerta de revolução colorida! Bolsonaro condenado? Estadão e The Guardian veem futuro pessimista. Drones russos sobre a Polônia? União Europeia se humilha chamar a atenção de Trump. E outras bombinhas semióticas que explodam até as 18h.

sexta-feira, setembro 12, 2025

O horror cósmico Lovecraftiano foi o nosso futuro no filme 'Bunker'


Guerras e campos de batalhas por si só já são aterrorizantes. São poucos os filmes que acrescentam o elemento sobrenatural na conflagração militar. “Bunker” (2022) narra um contexto bem particular das terríveis guerras de trincheiras da I Guerra Mundial - péssimas condições sanitárias, lama, ratos e parasitas, que resultavam em doenças e sofrimento numa batalha estagnada. um grupo de soldados se encontra preso em um pequeno e claustrofóbico bunker. Enquanto esperam pelo resgate, eles começam a vivenciar estranhos eventos sobrenaturais. Mas de um horror bem particular: o horror cósmico Lovecraftiano que dá um significado simbólico – o início da “Era dos Extremos” do séculos XX e XXI em que a moralidade, dignidade e ética dos velhos campos de batalha são substituídos pela “guerra total”, amoral e tecnológica. Somente o horror cósmico de H.P. Lovecraft para representar esse novo mundo amoral e indiferente que estava surgindo.

quarta-feira, setembro 10, 2025

Arena Itaquerão + Avenida Paulista = Guerra Híbrida


Como todos sabemos, não existem coincidências em Política. Principalmente em Semiótica. O que existem são “coincidências significativas”, sincronismos. Não há como passar desapercebido o sincronismo entre uma bandeira gigantesca dos EUA estendida no gramado da Arena Itaquerão do Corinthians, em evento da NFL na sexta-feira, e, 48 horas depois, a mesma ou análoga bandeira do tamanho de uma quadra de basquete estendida pelo ato pró Anistia na Avenida Paulista. Pouco importa se é a mesma e a prefeitura (que promoveu e bancou o evento de futebol americano) de Ricardo Nunes cedeu o pavilhão norte-americano para os seus apoiadores políticos no domingo. O que importa é a “coincidência significativa” reforçada pelo jornal New York Times: “bandeira americana é o novo símbolo da direita brasileira”. E também da classe média, para o qual foi voltado o evento da NFL – setores médios que apoiam o militarismo para solucionar a própria disforia. Enquanto isso, o telecatch do julgamento da “trama golpista” no STF é voltado para desmobilizar a esquerda através da Judicialização da política. A guerra híbrida brasileira foi ativada.

terça-feira, setembro 09, 2025

Centésima Live Extra! A bandeira dos EUA e guerra híbrida em SP; o ardil semiótico da "Orcrim" pelo STF; EUA respeitarão resultados das eleições 2026?



Será que A MESMA bandeira gigantesca dos EUA usada na Arena Corinthians, em evento da NFL, 48 horas depois foi usada na Avenida Paulista em ato pró Anistia dos bolsonaristas? Será que testemunhamos uma “ativação” de Guerra Híbrida? Vamos discutir também esse tema na Live Extra Cinegnose 360 #100, nessa quarta-feira (10/09), às 18h, no YouTube e Facebook. Nessa Live especial, da CENTÉSIMA edição, vamos começar com as costumeiras e trepidantes Conversas Aleatórias – você pergunta e discute com o humilde blogueiro no Chat. E depois, a Crítica Midiática do meio da semana: Favela do Moinho: Prefeitura de SP usa a mesma estratégia de Netanyahu em Gaza para gentrificar o Centro; o Telecatch do julgamento da “Trama Golpista”: o ardil semiótico de denominar “Núcleo do Golpe” em “Organização Criminosa”; NFL no Itaquerão e ato na Avenida Paulista: a “ativação”  da guerra híbrida; “In Fux We Trust”: o fio da esperança bolsonarista (e da grande mídia?); surra eleitoral de Milei na Argentina: grande mídia cria os motivos errados; Brasil não toma lado do conflito EUA X Venezuela. EUA reconhecerá resultado das eleições brasileiras de 2026?

sábado, setembro 06, 2025

André Busic e Hot Line Jazz Band; as aventuras semióticas da mídia para salvar Tarcísio; viralatismo em tempos de tarifaço: NFL em SP



Às vésperas do feriado de 7 de Setembro, Tarcisão corre para Brasília para articular a Anistia no Congresso... e dá tempo de voltar e bater o martelo de mais privatizações na Bolsa de São Paulo. Vamos discutir mais sobre o malabarismo semiótico que a mídia está fazendo para salvar Tarcísio de si mesmo e se tornar o futuro presidente eleito em 2026, na Live Cinegnose 360 #206, nesse domingo (07/09), às 18h, no YouTube e Facebook. Começando com jazz: as aventuras de um croata no Brasil com a Hot Line Jazz Band e André Busic: Jazz, a música dos estrangeiros. E depois, dois filmes: uma didática descrição de como se faz uma cismogênese no filme “Eddington”; e quando a empatia e capacitismo se transformam em um filme de terror em “Faça Ela Voltar”. E na Crítica Midiática: as aventuras semióticas da grande mídia para Tarcísio, O Redivivo, retornar ao páreo de 2026; NFL em São Paulo: se o Canadá vaia o hóquei americano, o viralatismo aplaude o futebol americano; com Vera Magalhães, jornalismo mediúnico lavajatista retorna ao julgamento do STF; Anistia no Congresso: o objetivo é derrubar futuro veto de Lula para criar caos político; Lei Magnitsky e Ministro Morais: o Instituto Lex; Lula quer regular as redes sem nunca ter tentado regular os meios de comunicação; Trump se apropria do Projeto Gaza 2035 com o Projeto GREAT TRUST.

'Faça Ela Voltar': quando a empatia aos vulneráveis inspira um conto de terror



O terror dos tempos do chamado “neo-liberalismo progressista” onde nunca se viu corporações e mídia tão preocupadas com palavras como “empatia”, “vulnerabilidade” e “capacitismo” dentro de regras e comportamentos. Até que os irmãos cineastas australianos Danny e Michael Philippou transformaram esses temas em inspiração para o subgênero de terror “body insertion” com o filme "Faça Ela de Volta" (Bring Her Back, 2025): explora com maestria nossos instintos protetores em relação aos vulneráveis, nosso medo da própria vulnerabilidade, a vergonha e a culpa do abuso e o miserável senso de lealdade dos sobreviventes para com seus agressores. Numa casa isolada um casal de irmãos adotados descobre que estão prisioneiros de um ritual aterrorizante que lida com o luto e a morte de uma forma bem peculiar.

sexta-feira, setembro 05, 2025

Quanto mais as coisas mudam, mais ficam iguais em 'Eddington'


Tudo se passa em 2020, época da pandemia COVID-19 e lockdown. Mas encontramos a mesma divisão social, a mesma incapacidade de concordar com uma realidade consensual, a mesma paranoia, medo e desinformação das redes sociais. E o mesmo presidente, Trump! Quando estreou no Festival de Cannes esse ano, a crítica observou: “quanto mais as coisas mudam, mais ficam iguais”. Estamos falando de “Eddington” (2025), filme de humor negro escrito e dirigido por Ari Aster, mestre do horror de alto conceito como “Hereditário” e “Midsommar”. Aqui, Aster dá conta do horror social de uma pequena cidade no Novo México que mergulha no caos e violência na medida em que os conflitos locais e de vizinhança são turbinados pela pauta nacional repercutida pelos feeds das redes sociais. “Eddington” didaticamente descreve uma nova engenharia social que substituiu a clássica criação do inimigo externo. Agora, o inimigo é INTERNO, alimentado pela criação da cismogênese: as pessoas sentem claramente que há algo errado, mas a desconfiança mútua, o medo e a paranoia superam qualquer coisa. Deixando de ver que o verdadeiro problema está ali, sendo incubado na frente de todos.

terça-feira, setembro 02, 2025

Judicialização: comer pipoca vendo a produção Netflix "Trama do Golpe"; por que Bonner anunciou aposentadoria às vésperas do julgamento do STF?

 


Pegue um saco de pipoca e acompanhe nas telas dos dispositivos o julgamento do núcleo principal (Bolsonaro e petit comitê) da “trama golpista”, ao vivo, do STF. Como um bom filme Netflix sobre tribunal da corte... A isso foi reduzida a práxis política da esquerda em terras tupiniquins... do jeito que o Império gosta, enquanto Trump brinca de invadir a Venezuela. Vamos discutir essa e outras bombinhas semióticas na Live Extra Cinegnose 360 #99, nessa quarta-feira (03/07), às 18h, no YouTube e Facebook. Mas antes, teremos as Conversas Aleatórias, onde o participante pode perguntar ou opinar sobre qualquer tema. Que conversaremos aleatoriamente... E depois, a Crítica Midiática: Quatro pontos que reforçam a tese de que a “trama golpista” foi um elaborado telecatch de guerra híbrida; por que William Bonner anunciou aposentadoria do JN na véspera do julgamento de Bolsonaro? Joice Hasselmann busca mais-valia semiótica do espólio político de Bolsonaro; Tarcisão também de olho no espólio de Bolsonaro; denúncia: dinheiro do PCC chega ao Congresso... mas todos estão mais ocupados em queimar o fusível Bolsonaro; Trump, o influencer produtor de conteúdo: dos mísseis para a Venezuela à suspeita de que morreu. E muito mais bombas semióticas!

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