quarta-feira, julho 01, 2020

Vídeos da Quarentena da Universidade Anhembi Morumbi: Comunicação, Mídia e Política #1


Essa é a primeira postagem da série “Vídeos da Quarentena” – uma coletânea de vídeos produzidos pelos alunos da Universidade Anhembi Morumbi na disciplina Teorias da Comunicação, ministrada por este editor do Cinegnose. Fizeram parte dos trabalhos de conclusão da disciplina nos quais os grupos se concentraram em estudos de casos para aplicar conceitos de diversas teorias da história das pesquisas em comunicação – teorias clássicas e atuais, como Media Life e Memética. Um semestre inédito no qual aulas on line substituíram as presenciais por conta da pandemia e quarentena. Um desafio para o trabalho em equipe que envolve as produções de natureza audiovisual. Neste primeiro volume da série, o cinema entre guerras; Media Life e redes sociais; fake news; programa Fantástico; reality shows e Agenda Setting; e as conflituosas relações entre o grupo Racionais MC’s e a grande mídia.

O Cinegnose inicia a série “Vídeos da Quarentena”: a produção de vídeos dos alunos da Universidade Anhembi Morumbi – trabalhos de conclusão do curso de Teorias da Comunicação em Publicidade e Jornalismo ministrado por esse humilde blogueiro.

Como em todo semestre, o curso é concluído com uma produção audiovisual baseada em projeto de pesquisa fundamentado em uma teoria da comunicação como referência para o grupo criar problematizações sobre um estudo de caso.

Porém, esse semestre foi cercado por condições muito especiais: por conta da pandemia e a necessária quarentena, as aulas presenciais se transformaram em aulas on line (ou “síncronas”) – um desafio para um trabalho em equipe que envolve a produção principalmente audiovisual.

Por conta disso, esse Cinegnose decidiu dar uma maior visibilidade aos vídeos, a maioria deles em formato mini-doc, sobre estudos de casos sob tanto do ponto de vista de teorias de comunicação clássicas (como Agenda Setting, Escola de Frankfurt, Teoria Hipodérmica) quanto das linhas de estudo mais atuais, como Media Life e Memética.



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A Influência do Cinema no Período Entre guerras

Tomando como referência teoria a Teoria Hipodérmica e Escola de Frankfurt, o vídeo aborda como os meios de comunicação de massas, em particular o cinema, foram usados no período Entre guerras como ferramenta de propaganda e persuasão na Alemanha e EUA - O uso do cinema para fins de propaganda política, doutrinamento.

Como aconteceu por exemplo, nos filmes ​O Jovem Hitlerista Quex , Nuvens Sobre a Europa​, ​​Os Rothschilds (​1940) e o ​O eterno Judeu (​1940​) – ​o atrelamento do cinema à política com a ascensão do nazismo, obrigando a UFA (Universum Film Aktien Gesellschaft) a demitr todos os seus funcionários judeus. Muitos foram para Hollywood onde influenciaram diretamente o cinema americano a se transformar numa ferramenta de contrapropaganda. 

Autores: Caroline Nathan, Felipe Romanoschi, Giovanna Gomes, Isabella Andrade, João Pedro Miranda, Laysa Furlan, Millena Castellani.



Media Life e Culturas da Mediatização

Este vídeo aborda a interferência das redes sociais na vida de seus usuários, analisando suas opiniões e as relacionando com as teorias da comunicação Media Life e Cultura de Mediatização, tendo como base de pesquisa o livro Teorias contemporâneas da comunicação”, de Carlos Eduardo Marquioni.

A mídia está para nós assim como o peixe está para a água. Mas a questão é: será que temos uma boa vida com as mídias, assim como os peixes na água? Essa é a pergunta feita pelo pesquisador Mark Deuze em seu livro “Media Life” (Polity Press, 2012) a partir de uma prosaica constatação: não vivemos mais com as mídias, mas vivemos nas mídia – nossas relação com as mídias se tornaram onipresentes, universais, quase que codificando os nossos genes. “Gostemos ou não, todos os aspectos de nossas vidas têm lugar nos meios de comunicação”, afirma Deuze.

Autores: Catarina Baider, Enrico Rocha Miascovsky, Gleison dos Santos Souza, Letícia Haffner de Oliveira, Milena Maestrelli Varela, Natiele Maria dos Santos, Ulysses Rodrigues Demetrio.



Fake News

“Por que as Fake News nas redes sociais operam como um meio de alienação, sendo que existem diversas outras formas de obter informações?”. Essa é problematização levantada por esse vídeo.

O grupo se concentrou nos estudos das Fake News propagadas por meio das redes sociais, sendo elas Facebook, Instagram e o WhatsApp. Buscou analisar os impactos que trazem ao cotidiano na formação das opiniões dos indivíduos. 

A referência teórica buscada foi a Teoria Hipodérmica e a Teoria da Informação.

O vídeo optou por uma abordagem histórica, comparando a alienação atual com os meios de propagação de informação no período da ditadura militar brasileira. 

Autores: Esther Oliveira Guimarães, Francis Gomes de Mattos, Júlia Teixeira Fernandes da Silva, Karolina Poncio Alves, Letícia Servulo da Cunha Dias Abait.



Agenda Setting

Esse vídeo é baseado na hipótese do Agendamento ou Teoria Agenda Setting. Formulada por Maxwell McCombs e Donald Shaw na década de 1970, propõe a ideia de que os consumidores de notícias tendem a considerar mais importantes os assuntos que são veiculados com maior destaque na cobertura jornalística. 

Assim, na Agenda Setting, as notícias veiculadas na imprensa, se não necessariamente determinam o que as pessoas pensam sobre determinado assunto, são bem-sucedidas em fazer com que o público pense e fale sobre um determinado assunto e não sobre outros.

projeto do vídeo foi mostrar como o agendamento está presente no nosso cotidiano e como eles nos afetam de forma imperceptível e constante, estudando os casos da pandemia da COVID-19 a polêmica reportagem do Dr. Dráuzio Varella e a trans Suzi no programa Fantástico da TV Globo e como assuntos como reality shows e novelas tomam espaços importantes na mídia. 

Autores: João Victor Calasans, Marcelo Rodrigues Jr. Mayara Estrela, Igor Trevisan



Teoria Hipodérmica versus Teoria da Persuasão

O objeto de estudo escolhido pelo grupo foi a música, utilizando a teoria hipodérmica e de persuasão, apresentando a trajetória do rap e funk como sons marginalizados ao decorrer dos anos. 

O modo como o grito da minoria se descreve pela música fez marcos históricos em tempos de repressão. Como a indignação da falta de investimento e infraestrutura nas periferias das metrópoles é representada pela arte e pela música.

Um grande exemplo são as letras e música do grupo da periferia paulistana Racionais MC’s. 

Autores: Bruna Brás, Graziele Costa, Luiz Henrique Pires, Melissa Cavalcante, Yara Ramos, Camila Giardi


 

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