terça-feira, novembro 19, 2024

Desconstruindo os novos yuppies das startups tecnológicas no filme 'A Hipnose'


Lá nos distantes dos anos 1980-90 tínhamos os jovens profissionais urbanos de sucesso chamados “Yuppies” – agressivos, amorais e politicamente incorretos, cujo ícone é Donald Trump. Hoje, foram substituídos pelos noviços das startups tecnológicas, éticos e sustentáveis. Mas com um forte filtro linguístico de eufemismos e jargões que obscurecem o imediatismo nada sustentável e ético dos financiadores. O filme sueco “A Hipnose” (Hypnosen, 2023, disponível na MUBI) é uma sátira sombria desse universo. Antes de participar de um evento nacional de startups, Vera decide deixar de fumar através de uma terapia por hipnose. Junto com seu parceiro André, vão ao evento apresentar o seu aplicativo de saúde para “países emergentes” aos ricos financiadores. Mas ela está diferente: mais assertiva, crítica, dando vazão a sua “criança interior”. Colocando em xeque a falsa autenticidade daquele universo. 

sábado, novembro 16, 2024

Polysics, Otaku Punk; terrorismo tabajara e a "corda esticada"; VAT é a nova Jornada de Junho? Por que Scholz ligou para Putin?



Sim! Também temos terroristas. Terroristas tabajara perigosamente armados com fogos Caramuru. E que se matam no final. Realmente, a Democracia está sob ataque! Esse é um, entre outros temas, do tijolaço de domingo, a Live Cinegnose 360 #182, nesse domingo (17/11), às 18h, no YouTube e Facebook. Na sessão dos Vinis e CDs, a banda japonesa “Polysics”: Otaku Punk e Realismo Capitalista. Depois vamos conversar sobre os filmes “A Besta” (somos atores num fundo verde contracenando com o vazio) e “Excursion” (o loop temporal entre Capitalismo e Comunismo). Depois, vamos conversar sobre o livro quase proibido de Theodor Adorno. E na Crítica Midiática: O homem-bomba de Brasília e a construção da narrativa da “Democracia sob ataque” e da “corda esticada”; será que a bandeira do fim do 6X1 é uma nova “Jornada de Junho de 2013”? Parem as máquinas! Rita von Hunty é contra explorar petróleo no Brasil! G20 e o Janjapalloza; O Laboratório do Capitalismo de Choque de SP: puxar o cobertor da educação para a saúde; por que Scholz resolveu ligar para Putin?... Zelensky não gostou.

O terrorista tabajara, bolsonarismo e a quebra do elo geracional


Depois dos “300 de Brasília” da Sara Winter disparar rojões contra o STF, em 2020, agora temos um homem-bomba que tentou disparar contra o Supremo, mas explodiu contra si mesmo. “Mais um ataque contra a Democracia”, é a voz unânime por todo espectro político (com diferentes tons, da indignação ao cinismo). Golpe Tabajara? O terrorismo de fogos de artifício teve o timming (dia 13, G20 etc.) e a ambiguidade (foi ato político ou suicídio?) suficientes para manter a narrativa da “corda esticada”: aprisionar a esquerda dentro do horizonte binário – ou a democracia liberal burguesa ou... o fascismo. O caso do idoso Tiü França não é um simples exemplar de “envenenamento” ou “contaminação” pelo bolsonarismo. Revela um fenômeno mais complexo do que o chamado “pobre de direita”: revela o drama da quebra do elo geracional.

sexta-feira, novembro 15, 2024

'A Besta': somos como atores em um fundo verde contracenando com o vazio


Um amor que não consegue se consumar através dos tempos. Um romance interdimensional condenado a repetir o mesmo erro, sob roupagens diferentes. Um casal prisioneiro naquilo que o budismo chama de “Roda do Samsara”: o ciclo vicioso de lágrimas e sofrimento das sucessivas encarnações. Vivemos no esquecimento de quem já fomos, cuja melhor metáfora é a do ator atuando num fundo verde sendo dirigidos por uma voz fora do plano que vai nos descrevendo os monstros e os perigos para atuarmos com o vazio. Essa é a metáfora do diretor francês Bertrand Bonello no audacioso sci-fi  " A Besta” (“La Bête”, 2023) sobre um romance preso em um loop entre 1910, 2014 e 2044 – o mundo futuro de trabalhos precarizados. Para ter uma melhor oportunidade, deve-se se submeter ao “processo de purificação”: deletar os traumas e emoções das outras vidas que carregamos inconscientemente. Para nos tornar tão assertivos quanto uma IA.  

terça-feira, novembro 12, 2024

PEC do fim da 6X1: esquerda "todes" descobriu a luta de classes? Mídia blinda Tarcísio e Bolsonaro; Felipe Neto e Luciano Huck: novo tipo ideal weberiano


Certa vez a Globo gritou que a promulgação do 13o Salário e do Salário-Mínimo iria quebrar o País... bem, ainda estamos aqui... e agora a Globo alerta que a PEC do fim da escala 6X1 vai aumentar o preço dos remédios! Nitidamente, é terrorismo econômico comunista... mas, vindo de uma deputada mulher trans do PSOL? Esse é um dos assuntos da Live Extra Cinegnose 360 dessa quarta-feira (13/11), às 18h, no YouTube e Facebook. Depois de mais trepidantes Conversas Aleatórias, vamos para a Crítica Midiática do meio da semana: PEC do fim da escala 6X1 é uma boia jogada no naufrágio da esquerda nas últimas eleições? De novo grande mídia blinda Tarcísio, o Bandeirante-Frankenstein Moderado, no caso da “queima de arquivo” do PCC; para a Folha, agora é “Bolsonaro, o Democrata”; Fernando, Edward Mãos de Tesoura, Haddad cai cortar da própria carne? Folha acha que sim! Felipe Neto, Luciano Huck... está surgindo um novo Tipo-ideal weberiano: o “agir cínico com respeito a  fins”; e outras bombas semióticas que explodam até o início da Live. 

sábado, novembro 09, 2024

Kid Vinyl; Trump: culpa foi dos 'pobres de direita'? Cortes de gastos: é 2026, estúpido! CUFA revela na Globonews porque esquerda perde na favela


Se a mídia mostra o mercado tão tenso e ansioso à espera de ver Lula cortar da própria carne para deixar a Faria Lima feliz, então a solução está nas telas da própria mídia: chama o Edward Mãos de Tesoura! Pelo menos teria o charme gótico: Tem que DARK certo! Ironias à parte, venha participar da Live Cinegnose 360 #181, nesse domingo (10/11), às 18h, no Youtube e Facebook. Começando com o rock brasileiro de Kid Vinyl e a banda Magazine: o eterno retorno brasileiro. Depois temos dois filmes para discutirmos: “Imaculada” (o que aconteceria se Jesus quisesse voltar no século XXI) e “AfrAId” (na Internet, quando é de graça, você é o produto). E nos livros do humilde blogueiro, um ex-guerrilheiro escreve sobre os sortilégios da imagem. E na Crítica Midiática: Terremoto Trump: mídia “todes” põe a culpa no pobre de direita: é a luta de classes, estúpido! Lula refém do corte de gastos: é a eleição de 2026, estúpido! Preto Zezé da CUFA na Globonews revela porque esquerda perde de lavada na periferia; São Paulo, extrema-direita e Capitalismo de Destruição... e outras bombinhas semióticas.

sexta-feira, novembro 08, 2024

'AfrAId': quando é de graça, você é o produto


“Quando é de graça, você é o produto”. É o alerta sombrio que não somos meros usuários na Internet: nossos hábitos, escolhas e conteúdos que criamos formam o Big Data que nesse momento treina inteligências artificiais através de gigantescos data centers. Inteligências autopromocionais. Principalmente por contar com filmes como “AfrAId” (2024) que promovem a mitologia da Singularidade. Uma família é selecionada para testar gratuitamente uma espécie de super-Alexa chamada AIA. Como sempre, a princípio a IA se apresenta como uma Mary Poppins doméstica ansiosa pelo amor do usuário. Até que esse desejo de ser amada se tornar tão asfixiante que acaba revelando um lado mais sombrio. “AfrAId” faz parte do ardil promocional das Big Techs: ocultar as intenções da elite tecnológica sob o fetichismo de um suposto Frankenstein high tech. 

quarta-feira, novembro 06, 2024

Trump: É a economia, estúpido! Mais-valias semióticas de Trump: amedrontar esquerda brasileira e chantagem do corte de gastos


Trump ganhou: e agora? Vamos discutir esse e outros temas numa entrevista imperdível com Rui Costa Pimenta (jornalista e presidente do Partido da Causa Operária), nosso convidado para a Live Extra Cinegnose 360 #74, excepcionalmente nessa quinta-feira (07/11), às 18h, no Facebook e YouTube. E também na Crítica Mídiática: Trump rises again: É a economia, estúpido! A mais-valia semiótica da vitória de Trump na paralisia da esquerda brasileira; o barraco do ICL: esquerda resolve censurar a própria esquerda; derrota de Kamala pode decretar o fim do neoliberalismo progressista? Trump e corte de gastos: mercado começa a precificar a chantagem; Lula abandonou a política externa? União Europeia recomenda que cidadãos se preparem para desastre nuclear.

'Imaculada': e se Jesus resolvesse voltar novamente através de uma virgem no século XXI?


E se Jesus resolvesse voltar usando o mesmo modus operandi: através do Espírito Santo, conceber o Salvador sem o pecado original e sem nenhum pecado mortal ou venial, isto é, sem uma relação sexual e gozo? “Meu corpo, minhas regras!” pensaria a nova candidata a Santa. E denunciaria ao #MeToo o suposto abuso divino. Ou renderia um bom filme de terror como “Imaculada” (Immaculate, 2024) dentro da nova onda do horror à gravidez no cinema. Uma noviça americana vai para um convento remoto na Itália para fazer seus votos finais à Igreja. Para descobrir que está grávida, mesmo sendo casta. A volta de Jesus? Ou algum tipo de conspiração maligna? Certa vez o desenhista Robert Crumb falou sobre a sua versão em HQ da Bíblia Sagrada: “A Bíblia já é muito louca, não precisa ser satirizada”.

sábado, novembro 02, 2024

Memphis Slim; Venezuela: esquerda esqueceu o que é confronto; Lula cai no ardil do oba-oba por Kamala; TV Brasil contrata cismogênese


Votação antecipada, votos pelo correio em caixa postais que incendeiam, um sistema eleitoral que ninguém entende muito bem... mas para o jornalismo tupiniquim os EUA são um colosso da democracia do Ocidente livre... vamos tentar entender bem isso na Live Cinegnose 360 #180, nesse domingo (03/11), às 18h, no YouTube e Facebook. Começando com Memphis Slim: o blues do laboratório social a céu aberto de Chicago. Depois temos os filmes “Slingshot” (o pesadelo astrofísico e relativístico no espaço) e “Apartamento 7A” (a nova onda do “horror à gravidez”). Na sessão dos livros, mais uma dose de David Graeber e Wengrow. Na Crítica Midiática: Lula cai na armadilha do oba-oba da grande mídia com Kamala Harris; Venezuela: esquerda brasileira não sabe mais o que é confronto; Atores, drags, cismogênese e Rita von Hunty na TV Brasil; o estelionato eleitoral da grande mídia em SP; Trump e tiros em Cheney: um exemplo de manipulação em cortes de vídeo; PEC da segurança pública: grande mídia é obrigada a apoiar porque Tarcísio, o Moderado, estava lá... e outras bombinhas semióticas.

sexta-feira, novembro 01, 2024

A nova onda do horror à gravidez no filme 'Apartamento 7A'


Nesse século estamos vivendo a nova onda do subgênero do terror, o “horror à gravidez”, cujo filme “O Bebê de Rosemary” (1968), de Roman Polanski, é o exemplar mais icônico. Ao lado de “Antibirth”, “A Primeira Profecia”, e “Imaculada”, agora temos uma espécie de spin off do clássico de Polanski: o filme “Apartamento 7A” (2024), com todos os tropos do subgênero:  a mãe que vive uma relação de estranhamento seja diante forma de concepção, estranhamento em relação ao pai (o demônio) ou estranhamento pela evolução da gravidez (o horror corporal). Uma nova onda que reflete o zeitgeist desse século: a gravidez como alienação de si mesmo em tempos de precarização profissional, existencial e na relação com o futuro.

quinta-feira, outubro 31, 2024

O pesadelo do espaço relativístico em 'Slingshot'


Desde que roteiristas e escritores abandonaram aquele modelo de sistema solar análogo a imagem do átomo com elétrons girando em torno do núcleo, adotando a perspectiva relativística (órbitas como quedas na deformação do espaço-tempo produzida massa do Sol, o espaço deixou de ser “a fronteira final” – como se referiam sci-fi clássicos como “Jornada nas Estrelas”. O espaço virou um pesadelo logístico (buraco de minhoca, velocidade wrap, efeitos estilingue gravitacional etc.) e existencial: no espaço não encontramos nada, a não ser nossos próprios pesadelos que trazemos da Terra. “Slingshot” (2024) é uma pequena joia sci-fi de baixo orçamento sobre um trio de astronautas que mergulha no atoleiro da loucura do isolamento, paranoia e ansiedade. Tentam manter a lucidez à medida que se aproximam de uma correção de curso assistida pela gravidade de Júpiter – o “estilingue”. 

terça-feira, outubro 29, 2024

Esquerda precisa de Freud; Escolas de SP administradas pela Faria Lima e cemitérios; JN e o sonho americano; Vini Jr. e novo patriotismo


Grande mídia se refastela! A esquerda está em formação psíquica reativa de negação. Por isso, como um pitbull, o jornalismo corporativo sente o cheiro do medo e parte para cima... só Freud, aguardando ao lado do divã, para dar conta. Esse é apenas um dos assuntos da Live Extra Cinegnose 360, nessa quarta-feira (30/10), às 18h, no YouTube e Facebook. Depois do novo quadro da Live, as “Conversas Aleatórias”, vamos para a crítica midiática: mais uma vez, a esquerda precisa de Freud; a esquerda está se cansando do identitarismo? Vini Jr. não levou a Bola de Ouro: o novo patriotismo identitário; Agora Tarcísio, o Moderado, entrega escolas públicas para Faria Lima e administradora de cemitérios; Por que o JN gastou mais de 10 minutos fazendo apologia da “democracia e sonho americano”?... e outras bombinhas semióticas. 

sábado, outubro 26, 2024

'Modern Jazz Quartet'; BRICS estão virando RICS? Transtornos mentais aderem à extrema-direita; Boulos vs. Marçal: derrota para Cismogênese


Enquanto Lula escorregava do banheiro para a História e Fernando “to Address” Haddad preferia falar em “investimentos verdes” em Washington, os BRICS ameaçam virar RICS: omitem o Brasil no documento final do Encontro sobre mudança ampla da ONU. Vamos discutir isso na Live Cinegnose 360 #179, nesse domingo (27/10), às 18h, no YouTube e Facebook. Mas primeiro, vamos conversar sobre o Modern Jazz Quartet: jazz e política em tempos não-identitários. E ainda temo dois filmes: “Things Will Be Different” (como esconder-se do destino do Tempo) e o terror filipino “Lá Fora” (como as relações humanas se deterioram mais rapidamente do que os zumbis). E na Crítica Midiática: Boulos na entrevista de emprego do Marçal: como a esquerda perdeu para a Cismogênese; Brasil está ficando irrelevante para os BRICS? A bomba semiótica do “Sim!”: taxação dos super-ricos e “investimento verde” no Brasil; O atirador de Novo Hamburgo: por que transtornos mentais aderem à extrema direita? Fantástica Fábrica de Marçais: a história do líder comunitário petista que se converteu ao Centrão; New York Post apoia Trump: a diferença semiótica entre o jornalismo corporativo lá e aqui.

sexta-feira, outubro 25, 2024

Os relacionamentos dos vivos se deterioram mais rapidamente do que os zumbis em 'Lá Fora'


O subgênero hollywoodiano sobre o fim do mundo tem uma contradição cuja solução é sempre artificial: o apocalipse é de natureza coletiva, mas o espectador somente consegue se identificar com dramas pessoais. A solução é o clichê de protagonistas que, apesar de tentarem salvar o mundo, sempre arrumam um tempinho para uma discussão de relacionamento: salvar um casamento, reconquistar a ex-esposa ou o amor dos filhos. A produção Netflix filipina “Lá Fora” (Outside, 2024) inova o concorrido tema do apocalipse zumbi ao conseguir fazer uma união orgânica entre os tropos do subgênero zumbi e o quadro das consequências da deterioração de um casamento. Não é o apocalipse que afetou o relacionamento deles. São eles mesmos, confinados em uma fazenda para tentar fugir do apocalipse – revelando como os vivos podem ser tão ou mais assustadores do que o zumbis.

quinta-feira, outubro 24, 2024

'Things Will Be Different': como esconder-se do destino do Tempo


Quantas vezes, em diversas situações, não falamos em “dar um tempo” ou “esperar a poeira baixar”. É como se tentássemos estancar a seta entrópica do tempo – o Tempo: a grande falha cósmica que condena toda a Criação ao fim, desordem e caos por meio do princípio termodinâmico da entropia. Mas também capaz de conspirar contra os nossos desejos e projetos pessoais. “Things Will Be Different” (2024) é um sci-fi ao mesmo tempo um thriller de ação, um quebra-cabeça e um drama de relacionamentos – um casal de irmãos rouba um banco e procura um lugar para se esconder até tudo se acalmar. Onde? Numa fenda aberta no tecido do tempo, um limbo atemporal entre passado, presente e futuro. Mas, como heróis prometeicos, terão que enfrentar não a polícia terrena, mas as autoridades do Tempo. 

terça-feira, outubro 22, 2024

Lula: escorregão sincrônico e conveniente; FMI premia Brasil geopoliticamente obediente; Washington Post: EUA sinalizam deixar Ucrânia


Sabemos que em política não existem coincidências, apenas sincronismos... principalmente quando Lula escorrega no banheiro para a História, às vésperas da Cúpula dos BRICS e do segundo turno das eleições municipais nas quais a esquerda se esfarela. Vamos discutir esse e vários temas na Live Cinegnose 360 #72, nesta quarta-feira (23/10), às 18h, no YouTube e Facebook. Depois das intensas Conversas Aleatórias, vamos de Crítica Midiática do meio da semana: Timing, sincronismo e coincidências no “acidente doméstico” “corto-contuso” de Lula; Sabatina Boulos e Nunes: Globo confirma a aposta no bandeirante-frankenstein Tarcísio para 2026; Brasil geopoliticamente obediente: depois da Moody’s, agora é a vez do FMI bombar o País; regulamentação das Bets: como mudar para permanecer tudo na mesma; A Fantástica Fábrica de Marçais: crônica de uma distopia anunciada; Washington Post sinaliza abandono da Ucrânia pelo EUA... e outras bombinhas semióticas. 

sábado, outubro 19, 2024

Banda 'Queen', Nietzsche e Zoroastrismo; Chatgpt bebe meio litro de água a cada 50 respostas; Esquerda liberal e a paródia de debate do ICL


Fernando “to Address” Haddad está muito preocupado “em endereçar” para a sociedade as preocupações “legítimas” da Faria Lima... nem o “Lobo de Wall Street” seria tão farialimer. Esse é apenas um flagrante da “Esquerda Liberal” que discutiremos na Live Cinegnose 360 #178, nesse domingo (20/10), às 18h, no YouTube e Facebook. Vamos começar com a banda “Queen”: Fred Mercury, Nietzsche e Zoroastrismo. Após a entrevista, vamos discutir dois filmes: “Daaaaaalí!” (o surrealismo através do cineasta mais surrealista da atualidade) e “Perdidos na Escuridão” (a gnose na tela mental pós-morte). E a Crítica Midiática: Fernando “to Address” Haddad: o Keynessianismo sem dentes; a retórica midiática do Gabinete de Crise de SP: como proteger uma privatização; Chatgpt bebe meio litro de água a cada 50 respostas! ICL ou produção do Porta do Fundos? O debate do ICL sobre a esquerda; “Bate C*” na Universidade Federal: a esquerda que a extrema-direita adora; Reunião dos BRICS: Antonny Blinken na Foreign Affairs confirma o Cinegnose: dólar é mesmo um tigre de papel; sionismo: livro infantil promove colonização do Líbano.

quinta-feira, outubro 17, 2024

'Daaaaaalí!': surrealismo com começo, meio e fim, mas não necessariamente nessa ordem


“Uma história deve ter um começo, um meio e um fim, mas não necessariamente nessa ordem”, disse Goddard. E o diretor de cinema mais surrealista da atualidade, o francês Quantin Dupieux, levou ao limite essa frase no filme sobre o gênio surrealista Salvador Dalí. “Daaaaaalí!” (2023) não é um filme biográfico – Dupieux ele adotou na montagem e edição fílmica a mesma abordagem do pintor surrealista para entregar um conto particularmente louco. Os surrealistas viam no cinema a expressão do inconsciente que revolucionaria uma sociedade burguesa e careta. Ironicamente, virou a matéria-prima da revolução publicitária, do pop e entretenimento. E ao ver a realidade superando o surrealismo de suas telas, no final da vida Dalí agarrou-se no personagem que criou para si mesmo.

terça-feira, outubro 15, 2024

Jornalismo corporativo salva privatizações do furacão Enel ; fantástica fábrica de Marçais; mídia saúda Simone Tebet "na xinxa" pelo teto fiscal


Sim! Também temos nossos furacões: aqueles gerados pelas privatizações. Mas não se preocupe... a hipernormalização midiática salvará o dia! Venha discutir esse e outros temas na Live Extra Cinegnose 360 #71, nessa quarta-feira (16/10), às 18h, no YouTube e Facebook. Que começa com a sessão imperdível “Conversas Aleatórias”. Depois, a Crítica Midiática do meio da semana: “enterrar fios” e “jogo de empurra”: as maravilhosas pérolas da hipernormalização midiática; e por falar em maravilhosas, vamos continuar falando da Fantástica Fábrica de Marçais; Barbara Gancia, Miriam Leitão... como “colonistas” descobriram a elite do atraso; pastor Ed René descobre a pós-meritocracia; geopolítica do aquecimento global: depois do petróleo, agora o alvo são os frigoríficos brasileiros; Jornalismo corporativo comemora ministra  Simone Tebet “na xinxa” pelo Teto Fiscal; Brasil vai prender Putin se vier ao Brasil? Será que o procurador-geral da Venezuela tem razão sobre Lula? 

O grande truque de Washington Olivetto


Nos anos 1970, dizia-se que os publicitários eram “filhos de Goebbles”. Logicamente, um estereótipo exagerado de uma esquerda combativa dos tempos da ditadura militar brasileira. Washington Olivetto mostrou que a Publicidade não precisava de tudo isso: bastava criar bons textos dionisíacos para que, magicamente, o interesse privado mercadológico se fundisse com o interesse público num inconsciente coletivo abduzido pela prospecção das pesquisas sociopsicológicas de mercado. Para criar o fenômeno das “memórias afetivas”. Há um termo sociológico para esse fenômeno: a “refeudalização da esfera pública” (Habermas). O grande truque cognitivo em que interesses privados de anunciantes ganham uma irresistível relevância pública. A tal ponto que uma agência de publicidade acabou virando título de uma música popular de sucesso. 

sábado, outubro 12, 2024

'a-ha', MTV e Guerra Fria; entrevista com Nildo Ouriques: eleições e o futuro da esquerda; o ardil midiático do furacão Milton

Onde está a repórter que estava ali, arriscando a vida para nos mostrar o furacão “white people problem” Milton?  Qual o futuro da esquerda após as eleições? Esses são alguns temas candentes da Live Cinegnose 360 #177, desse domingo (13/10), às 18h, no YouTube e Facebook. Que contará, mais uma vez, com a participação do professor da UFSC e economista, Nildo Ouriques. Vamos debater com ele as perspectivas da esquerda e da política brasileira após as últimas eleições. Para começar, temos que discutir a banda norueguesa “a-ha”: MTV, Guerra Fria e cultura escapista dos anos 80. Em seguida, a trepidante entrevista com o professor Nildo Ouriques. Também, vamos discutir dois filmes: “Coringa: Delírio a Dois” (a desconstrução do palhaço do crime) e “Megalópolis” (Economia, Jornalismo e ex Appeal constroem a Nova Roma). E na Crítica Midiática: a pauta histérica do furacão Milton na grande mídia; repórter da Globo colocada em risco no furacão: o efeito de realidade do telejornalismo; o “debate” de Boulos na rádio CBN: um exemplo do modus operandi do jornalismo corporativo nas eleições; Apagão em SP: “surpresa de outubro” nas eleições? Anielle “quinta coluna” Franco: agora, a treta com o Candomblé... e outras bombinhas semióticas.

sexta-feira, outubro 11, 2024

Em 'Megalópolis', a Nova Roma construída através da economia, jornalismo e sex appeal


 
A América atual é como o império romano e está destinada a ser derrubada pela ganância e arrogância de alguns homens loucos pelo poder. Essa é a ideia central da loucura retro-futurista de Coppola “Megalópolis” (Megalopolis, 2024). Em uma Nova York alternativa, transformada na Nova Roma, um prefeito conservador e um arquiteto visionário estão em confronto: um apenas quer se manter no poder; e o outro, projetar a Utopia cujo otimismo está na relação direta da sua arrogância. Duas concepções diferentes sobre a inerência humana: ela é má ou boa? Uma de inspiração hobbesiana contra a rousseauniana. Ambas pode dar resultados sinistros: a Economia, o Jornalismo e o Sex Appeal – draconianas medidas de austeridade que sufocam uma metrópole, os escândalos midiáticos que desviam a atenção dos problemas fundamentais e a ilusão hedonista sedutora.

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