Desde a cobertura jornalística do Governo de Transição, a grande mídia entrou numa saia justa semiótica. O jornalismo corporativo foi obrigado a participar do consenso político da necessidade do combate à fome e da inclusão social. Porém, como conciliar a agenda social com a inclemente defesa do discurso fiscalista sobre tetos e responsabilidades cobrados pela Banca patrocinadora do jornalismo corporativo? Na primeira semana do ano, jornalões e canais de notícias assumiram um malabarismo retórico com dois sintomas: o transtorno bipolar e a Síndrome de Procusto (relativa ao mito grego do gigante Procusto). A única maneira para conciliar o psiquismo de “colonistas” que ora são liberados a se emocionar até às lágrimas e ora são instados a defenderem a intransigência de “responsabilidades” e “tetos”.