“Baionetas e sirenes jamais nos calarão!”, grita histericamente esquerdas e oposição diante do pífio desfile de velharias blindadas fumegantes diante do Palácio do Planalto. Tudo simulação ou blefe porque o golpe militar que já aconteceu - híbrido e, por isso, ninguém viu. Blefe que sequestra a pauta pela exploração do imaginário “old school” do golpe, timing e polissemia – cada posição no espectro político criou sua própria interpretação, induzido pela guerra semiótica criptografada que objetiva criar caos e enxame cognitivo. É o “piloto automático”, o “efeito borboleta” da Teoria do Caos que fundamenta a ação de guerra híbrida: dado um pequeno empurrão, cria-se um sistema dinâmico não linear e exponencial. Para quê? Enquanto todos pagavam o blefe da psyOp militar da iminência do golpe no dia da votação da PEC do voto impresso, a mesma Câmara deixava passar tranquilamente a boiada neoliberal: uma minirreforma trabalhista que provocará mais precarização e desregulamentação do trabalho. E um “apito de cachorro” nos Jogos Olímpicos contagiava metonicamente essa simulação de “crise institucional”.