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segunda-feira, dezembro 12, 2016
Em "A Chegada" o homem está incomunicável no Universo
segunda-feira, dezembro 12, 2016
Wilson Roberto Vieira Ferreira
A exemplo de “Interestelar”, o filme “A
Chegada” ("Arrival", 2016) é uma ficção-científica desafiadora. Enquanto no filme de Nolan a física
quântica e a relatividade buscavam conciliação num ponto distante da galáxia, em
“A Chegada” o desafio está naquilo que nos mantêm presos à Terra, assim como a
gravidade: a linguagem. Como nos comunicar com visitantes vindos de um ponto
distante do Universo através de uma linguagem que nos aprisiona a um
tempo-espaço tridimensional? De repente o homem descobre que está incomunicável no Universo. A linguagem não serve apenas
para dar nome a coisas e acontecimentos. Traz consequências: nos aprisiona no
tempo e memórias. E para nos libertar da realidade construída pela linguagem,
somente um salto de fé. Mas não existe almoço grátis. Mesmo um filme tão intelectualmente
ambicioso, teve que pagar o preço político-ideológico de uma produção
hollywoodiana.
segunda-feira, outubro 24, 2016
Uma viagem no tempo quântica e noir em "Synchronicity"
segunda-feira, outubro 24, 2016
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Nos últimos anos, os filmes sci-fi de baixo orçamento estão apresentando uma verdadeira revolução na abordagem do tema viagem no tempo: caros efeitos especiais digitais são substituídos por roteiros desafiadores e inteligentes; e a abordagem relativística (Einstein) do tempo é trocada pelos desafios e paradoxos do tempo quântico: dimensões paralelas com um número infinito de possibilidades coincidindo simultaneamente. O filme “Synchronicity” (2015) é mais um exemplo dessa tendência no gênero. O tema da viagem no tempo com referencias ao “sci-fi noir” do clássico “Blade Runner”, de Ridley Scott. Como nos filmes “noir” clássico, “Synchronicity” faz a narrativa girar em torno da mulher fatal, que é a encarnação cinematográfica do mito gnóstico de Sophia – uma mulher que serve de ponte para o protagonista atravessar os diversos mundos dimensionais em busca de si mesmo, enfrentando seus diversos “duplos”.
segunda-feira, outubro 10, 2016
Bank Of America anuncia probabilidade de estarmos vivendo na Matrix
segunda-feira, outubro 10, 2016
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Vivemos em uma gigantesca simulação semelhante à Matrix e nesse momento
bilionários estão financiando cientistas que pensam em uma saída. Essa
afirmação não foi feita por algum escritor de ficção científica, teórico da
conspiração ou filósofo. Ao contrário, foi anunciado como uma variável em
cenários futuros de investimentos em uma nota informativa distribuída para
clientes do Bank of America Merryl Lynch, uma das maiores instituições
financeiras dos EUA. Como assim? Profissionais supostamente realistas e pragmáticos
do mundo dos negócios levando à sério hipóteses de filósofos como Nick Bostrom
ou de físicos teóricos? Quais os efeitos dessa variável em um cenário futuro de
negócios em games, computadores, Realidade Virtual e Realidade Aumentada?
Alívio cômico em uma sisuda nota informativa? Sintoma de um espírito de época?
Ou além dos cientistas, os próprios operadores financeiros esbarraram em alguma
anomalia nos algoritmos que pilotam operações em milissegundos?
sábado, outubro 08, 2016
A armadilha quântica do tempo no filme "Arq"
sábado, outubro 08, 2016
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Em um cenário distópico num mundo em crise energética e ambiental, um
engenheiro cria uma máquina que produz energia ilimitada. Mas que também produz
um efeito colateral imprevisto: o tempo ilimitado – um loop temporal que
aprisiona todos os personagens em uma torsão tempo-espaço. Esse é a produção
Netflix “Arq” (2016), um inteligente mix de “Feitiço do Tempo”, “Contra o
Tempo” e “Efeito Borboleta”. Mas o moto-contínuo de “Arq” é muito mais do que
uma máquina do tempo: os personagens são prisioneiros da própria “gravidade
quântica” – o mesmo acontecimento repetido diversas vezes cria uma “nuvem” de
possibilidades, assim como elétrons em torno do núcleo de um átomo. E somente a
memória e “déjà-vus” poderão tirar os protagonistas dessa nuvem, fazendo
emergir a seta do tempo nesse filme CronoGnóstico.
quarta-feira, agosto 31, 2016
Um Triângulo das Bermudas quântico no filme "Triângulo do Medo"
quarta-feira, agosto 31, 2016
Wilson Roberto Vieira Ferreira
O misterioso Triângulos das Bermudas foi pouco explorado pelo cinema,
restringindo-se a filmes e séries de baixo orçamento para a TV. Mas “Triângulo
do Medo ” (Triangle, 2009) do inglês Christopher Smith fez mudar esse cenário –
mais três filmes sobre o tema estão atualmente em produção. Além de se inspirar
em “O Iluminado” de Kubrick e num antigo filme francês chamado "La Jetee" (que
inspirou Terry Gilliam a fazer “Os Doze Macacos”), “Triângulo do Medo” renova
as teorias sobre as estranhas anomalias que aconteceriam naquela região: não
mais fenômenos paranormais ou extraterrestres – agora, o Triângulo das Bermudas
seria uma gigantesca “caixa de Schrödinger”: fenômeno quântico onde diferentes
versões de nós mesmos se sobrepõem de forma catastrófica. “Triangle” se inspira
nas hipóteses discutidas pela Física atual como a “Interpretação dos Muitos
Mundos” e a do “Mundos em Choque”. Filme sugerido pelo nosso leitor João Carlos.
quinta-feira, julho 14, 2016
O universo gnóstico infanto-juvenil em "Jovens Titãs em Ação"
quinta-feira, julho 14, 2016
Wilson Roberto Vieira Ferreira
É férias e os filhos passam mais tempo
em casa, festas e encontros com os amigos de escola. É o momento onde o
“Cinegnose” cai de cabeça no universo da cultura infanto-juvenil: animações,
games, redes sociais e canais do YouTube. Um universo cada vez mais dominado
por uma sensibilidade “meta” – paródica, auto-referencial e metalinguística. Um
exemplo é o episódio “A Quarta Parede” da série de animação “O Jovens Titãs em
Ação” apresentado pelo Cartoon Network. Uma versão irônica da série clássica “Teens
Titans” da DC Comics. O que acontece quando personagens ficcionais tomam
consciência de que são apenas paródias de personagens em quadrinhos? A quebra
da barreira imaginária entre personagem e espectador (a quarta parede) e a
entrada da narrativa na mitologia gnóstica: o demiurgo “Freak Control” que
aprisiona personagens para conquistar prêmios e reconhecimento – uma paródica
analogia da condição humana.
domingo, junho 12, 2016
Curta da Semana: "O Homem na Multidão" - Allan Poe se encontra com física quântica
domingo, junho 12, 2016
Wilson Roberto Vieira Ferreira
O homem da multidão do conto de Edgar
Allan Poe se encontra com o paradoxo quântico da famosa experiência do gato de
Schrödinger de 1935. É o curta “O Homem na Multidão”, adaptação do conto
original de Allan Poe feita pelo trio de alunos Aderbal Machado,
Ricardo Vos e Vitória Silva. O curta foi o resultado do trabalho de conclusão
da disciplina Estrutura de Roteiros ministrada por esse humilde blogueiro na
Universidade Anhembi Morumbi no curso de Produção Editorial em Multimeios. Um
curta enigmático e estranho, com uma pitada de Gnosticismo onde o encontro
somente é possível no estado de consciência suspensa entre a vida e a morte.
segunda-feira, junho 06, 2016
Curta da Semana: "ZZZZZZZ" - sonhos e as múltiplas realidades quânticas
segunda-feira, junho 06, 2016
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Um casal perambula pelas ruas na madrugada como fossem sonâmbulos. Mas aos poucos vão ganhando vida ao experimentar visões, sons e sensações. Durante o dia são solitários, mas nos sonhos se encontram e tentam enviar algum tipo de sinal para a “realidade”. Esse é curta “ZZZZZZZ” (2013) de Tarik Karam, com um argumento que se aproxima da discussão atual onde filósofos e psicólogos tentam aproximar a questão dos sonhos da hipótese da “Interpretação dos Muitos Mundos” (MWI) derivada da mecânica quântica: os sonhos seriam simulações contra-factuais de nossos homólogos em mundos alternativos? Cada evento nesse mundo poderia criar diversas ramificações possíveis e poderíamos estar sonhando com cada uma delas. Ou nós somos os sonhos de cada um desses mundos.
sábado, fevereiro 20, 2016
Mídia esconde dissidentes de Einstein na descoberta das ondas gravitacionais
sábado, fevereiro 20, 2016
Wilson Roberto Vieira Ferreira
O anúncio de que pela primeira vez cientistas detectaram ondas
gravitacionais que passaram pela Terra originadas de uma fusão de dois buracos
negros foi recebido pela grande mídia como “revolução na astronomia”, “janela aberta para um novo Universo” e “confirmação
das previsões da Relatividade Geral de Einstein”. Mas todo esse “hype” que leva
a grife de Einstein (o ícone pop da genialidade) esconde uma crise na Física
provocada pelos resultados de experiências com interferômetros que buscam ondas desde o século XIX: a disputa entre Éter versus Relatividade – de um lado
os dissidentes de Einstein (Nikola Tesla, Dayton Miller etc.) que defendiam um
Universo cujo espaço é preenchido pelo Éter (substrato pré-físico de onde se
originaria toda energia); e do outro o modelo Newtoniano do vácuo e inércia,
além de Einstein que substituiu a noção de Éter pelo continuum espaço-tempo. A
descoberta dos cientistas do LIGO suscita a dúvida central dessa crise: como uma onda se propaga no vazio?
Pessoas de todo mundo
comemoraram nesse mês o anúncio de cientistas do LIGO (Laser Interferometer
Gravitational Wave Observatory nos EUA) de que, pela primeira vez, foram
diretamente detectadas ondas gravitacionais – ondulações no tecido do espaço-tempo
previsto há 100 anos na Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein.
Em setembro do ano passado a dupla de detectores do observatório, localizados na Louisiana e Washington, gravaram uma fraca vibração que atravessou o planeta. As análises revelaram ser ondas gravitacionais originadas do encontro de dois buracos em movimento de espiral que se fundiram criando um cataclismo cósmico que deformou o espaço-tempo.
Em setembro do ano passado a dupla de detectores do observatório, localizados na Louisiana e Washington, gravaram uma fraca vibração que atravessou o planeta. As análises revelaram ser ondas gravitacionais originadas do encontro de dois buracos em movimento de espiral que se fundiram criando um cataclismo cósmico que deformou o espaço-tempo.
domingo, fevereiro 07, 2016
Adeus à carne: uma história gnóstica do Carnaval, por Claudio Siqueira
domingo, fevereiro 07, 2016
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Chegamos a mais um carnaval, a famigerada “Festa da Carne”, embora a
etimologia não seja bem essa. Sagrado para os foliões e profano para os
carolas, as origens de tal festa possuem raízes gnósticas como não poderia deixar de
ser. Se “a voz do povo é a voz de Deus”, no Carnaval não poderia ser diferente;
ainda que esse deus fosse Dionísio. Embora pouco conhecido pela metafísica do
inconsciente coletivo nacional, o maior ritual hedonista brasileiro tem muito a
ver com essa antiga divindade grega, que em Roma atendia por Baco. Duvida?
Basta reparar no gordo Rei Momo que preside essa folia. Sim, senhoras e
senhores! Os arquétipos sempre se repaginam, e o maior ébrio do Olimpo não ia
ficar de fora da Saturnália dos trópicos. O "Cinegnose" disseca a história do carnaval,
sem se esquecer da Sétima Arte, que o retratou com maestria.
sábado, dezembro 26, 2015
Fenômenos quânticos revelam universos paralelos em colisão
sábado, dezembro 26, 2015
Wilson Roberto Vieira Ferreira
A hipótese do “multiverso” (a ideia de que nosso Universo seria apenas
um em um número infinito) não é uma novidade na Física e na Filosofia.
Recentemente essa hipótese se associou à busca por físicos de uma “assinatura
cósmica” que comprovasse que o Universo seria uma simulação computacional
finita, aproximando ainda mais à Física da antiga mitologia gnóstica. Agora, um
trio de físicos da Austrália e EUA publicou um artigo científico onde explora a
possibilidade de universos paralelos estarem
colidindo entre si. E os estranhos comportamentos das partículas
subatômicas revelado pela mecânica quântica nada mais seriam do que os
interstícios desses mundos se encontrando. As implicação filosófica da
pluralidade de mundos é evidentemente gnóstica. Mas, os físicos apontam para
uma surpreendente aplicação dessa hipótese: o estudo da dinâmica molecular das
reações químicas de drogas.
Existem universos
alternativos? – mundos onde jamais os dinossauros foram extintos por algum
asteroide que caiu na Terra ou onde a Austrália foi colonizada pelos
portugueses ao invés dos ingleses.
quinta-feira, outubro 15, 2015
Cinco evidências de que vivemos em uma simulação
quinta-feira, outubro 15, 2015
Wilson Roberto Vieira Ferreira
domingo, agosto 02, 2015
Amor e paradoxos quânticos no filme "Em Algum Lugar do Passado"
domingo, agosto 02, 2015
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Por que um filme tão odiado pela crítica especializada na sua época como “Em Algum Lugar do Passado” (Somewhere in Time, 1980) em pouco tempo tornou-se um novo clássico e um fenômeno cult? Diferente de outros filmes sobre viagem no tempo com forte ênfase social, “Em Algum Lugar do Passado” é uma tragédia amorosa, melodramática sob a trilha onipresente de Rachmaninoff. Porém, há algo mais pulsando por trás de camadas e camadas de romantismo hollywoodiano: o primeiro filme a aproximar o tema do amor aos paradoxos quânticos do tempo, assim como hoje fazem filmes como “Interestelar” de Nolan ou “Amantes Eternos” de Jarmusch.
sexta-feira, julho 03, 2015
Curta "Rabbit and Deer" atualiza a Alegoria da Caverna de Platão
sexta-feira, julho 03, 2015
Wilson Roberto Vieira Ferreira
O que aconteceria se indivíduos que vivem em um mundo plano e
bidimensional acidentalmente descobrissem que existe um universo alternativo
tridimensional, até então invisível para eles? Qual a reação deles ao descobrir
que seu mundo plano não passa de um fino papel que esconde uma vasta realidade
tridimensional? Essa é a proposta de um surpreendente curta de animação húngaro
“Rabbit and Deer” (2013) com mais de 100 prêmios em festivais por todo o mundo.
O curta faz uma releitura da Alegoria da Caverna de Platão por um ponto de
vista dimensional – mais uma evidência de como cresce a sensibilidade gnóstica
na indústria do entretenimento atual, desde que a Relatividade e a Mecânica
Quântica atualizaram na ciência antigas mitologias gnósticas.
O leitor deve conhecer
a Alegoria da Caverna de Platão, onde
o filósofo descreve a situação em que a humanidade se encontra e a proposta de
um caminho de salvação: a crença de que o mundo revelado pelos nossos sentidos
não é o mundo real, mas apenas uma pálida cópia – a condição humana seria como
a de prisioneiros acorrentados em uma caverna vendo sombras projetadas na parede de objetos que passam
diante de um fogo atrás deles. As sombras são tão próximas que passam a
designar nomes para elas e toma-las como fossem a própria realidade.
Agora imagine essa
alegoria por um ponto de vista dimensional: os homens acorrentados e as sombras
pertenceriam a um mundo bidimensional, enquanto o fogo e os objetos que passam
diante dele estão no plano tridimensional – mesmo que se virassem, seres da
segunda dimensão seriam incapazes de verem o fogo ardente tridimensional.
Platão dizia que o brilho do fogo os cegaria. Do ponto de vista dimensional, a
tridimensionalidade simplesmente se tornaria invisível para esses seres planos
prisioneiros das suas correntes em duas dimensões.
sábado, junho 20, 2015
Entrelaçamento quântico, moral e livre-arbítrio em "Frequencies"
sábado, junho 20, 2015
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Co-produção britânica e australiana, “Frequencies” (aka “OXV: The
Manual, 2013) foi uma surpresa em festivais de Cinema Fantástico como o Fant 2014 de
Bilbao. Embora parta da premissa da atual onda de filmes sci fi distópicos com
adolescentes (amores impossíveis em mundos totalitários como em “Divergente”),
o filme pretende ser um ambicioso ensaio metafísico sobre o problema da Moral e
do Livre-arbítrio: quão livre nós somos em nosso querer agir? Em um mundo onde
o conhecimento determina o destino, jovens tropeçam em uma descoberta: o Manual
OXV baseado em uma “antiga tecnologia” onde palavras podem interferir nos
padrões de frequências que criam entrelaçamentos quânticos entre as pessoas.
Isso pode ser usado para o amor... mas também para o mal.
Uma história de amor
impossível entre dois adolescentes que vivem em uma ordem social totalitária
que impede a concretização dos seus sentimentos. Sintetizando dessa forma o
filme Frequencies (aka OXV: The Manual), parece que estamos
diante de mais um filme da atual onda de “distopias teens” como Divergente, Jogos Vorazes, Eu Sou o Número 4
etc.
Uma onda de filmes classificados pelo rótulo “ficção científica” pelos
seus aspectos mais superficiais do gênero: futuros distópicos, efeitos
especiais e alta tecnologia.
sábado, junho 06, 2015
Em Observação: "Strange Angel": a explosiva combinação da Ciência com o Ocultismo
sábado, junho 06, 2015
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Qual
o interesse do diretor Ridley Scott ("Blade Runner", "Prometheus" e "Êxodus") em
produzir a nova minissérie “Strange Angel” do canal AMC sobre a vida de um
engenheiro químico inventor do combustível sólido usado em foguetes espaciais?
Nenhum, não fosse a minissérie sobre a vida de Jack Parsons, co-fundador do
Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa e, ao mesmo tempo, ocultista e
participante ativo da OTO (Ordo Templi Orientis), da Eclesia Gnóstica e
seguidor do mago Aleister Crowley. A combinação literalmente explosiva entre
Ciência e Ocultismo envolvia experiência com foguetes no deserto ao mesmo tempo
em que realizava rituais pagãos durante os experimentos. Para muitos ocultistas, o legado de Parsons
teria ido muito além do aprimoramento da tecnologia que levou a NASA ao espaço.
Ele também teria aberto estranhas portas dimensionais que influenciaram o século
XX.
sexta-feira, maio 29, 2015
Pesquisadores da NASA e Oxford acreditam que Universo é um game de computador
sexta-feira, maio 29, 2015
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Sempre ouvimos dizer que “a vida é um jogo”. Mas e
se essa frase for mais do que uma metáfora e nesse exato momento estivermos
todos nós vivendo em um jogo desenhado por alguém que está em algum ponto num
futuro distante? Tão velha quanto a história humana, a ideia gnóstica de que a
realidade é uma ilusão retorna através das leis da Inteligência Artificial e a
evolução dos games de computador: Nick Bostrom, da Universidade de Oxford, e Richard Terrile, da NASA, apontam para evidências de que o Universo seria uma
gigantesca simulação de um game de computador cósmico e que o salto qualitativo na capacidade
dos nossos computadores nos permitiria repetir a experiência da simulação de mundos,
assim como o nosso. Tal hipótese explicaria inconsistências e mistérios que
cercam o nosso cosmos, como, por exemplo, a natureza da “matéria escura”.
Ciência e gnosticismo mais uma vez se encontram, dessa vez no fascínio atual
pelos games de computador. Pauta sugerida pelo nosso leitor André De Paula Eduardo.
De acordo com as teorias de dois pesquisadores
também distantes no tempo e espaço, um acadêmico de Oxford (Inglaterra) e um
cientista da NASA (EUA), haveria uma certeza matemática que estamos imersos em
uma simulação intrincada criada por seres (aliens ou mesmo seres humanos) que
existem em algum lugar distante no futuro a partir de 30 anos até cinco milhões
de anos. Seríamos como um passa-tempo desses futuros seres, a sua versão de um roler-playing como um World of Warcraft.
Uma
ideia alucinante com o velho toque da cosmologia gnóstica da antiguidade (o
homem como prisioneiro em um cosmos criado por um demiurgo enlouquecido que se
diz Deus), mas em suas defesas esses pesquisadores argumentam que a hipótese
não é mais rebuscada do que acreditarmos na religião que nos diz que Deus criou
as terras e os céu. Ou de que tudo surgiu de uma enorme explosão que começou a
esticar o tecido do espaço como um balão, formando trilhões de galáxias e, por
pura sorte, surgiu o ser humano, como nos informa a teoria do Big Bang.
terça-feira, fevereiro 03, 2015
A mecânica quântica nas relações humanas no filme "Coherence"
terça-feira, fevereiro 03, 2015
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Em uma noite amigos se reúnem para um jantar regado a vinho. Um cometa cruza o céu. O físico austríaco Schrödinger em 1935 imaginou a famosa experiência do gato preso em uma caixa para ilustrar os paradoxos da mecânica quântica. O filme "indie" “Coherence” (2013) junta esses três elementos para criar um dos mais inventivos roteiros dos últimos anos. Complexos conceitos da física quântica como “sobreposição”, “entrelaçamento” e “decoerência” são transferidos do mundo subatômico para as tensões das relações humanas. E se todos naquele noite estiverem na mesma situação angustiante do gato de Schrödinger? Mas também pode ser a oportunidade de realizar o sonho da segunda chance e corrigir as escolhas erradas de uma vida.
domingo, novembro 23, 2014
Amor e entrelaçamento quântico no filme "Interestelar"
domingo, novembro 23, 2014
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Depois de desafiar os espectadores com desconstruções
narrativas como “Amnésia” e articular sucessivas camadas de mundos oníricos em
“A Origem”, agora Christopher Nolan em “Interestelar” (Interstellar, 2014) nos
desafia com os paradoxos da mecânica quântica e relatividade. Aqui não há mais heróis tentando salvar a
Terra, mas pessoas que se sacrificam na procura de um caminho para a humanidade
abandonar um planeta agonizante. E a única saída será através de buracos negros
e “buracos de minhoca” cósmicos. Porém, as equações falham em tentar conciliar
a dimensão quântica e a relatividade. Qual a solução proposta por Nolan? Amor e
Comunicação, os únicos elementos que atravessam os diferentes espaços-tempos e
que resolveriam o enigma do chamado “entrelaçamento quântico”. Tudo com muitas
alusões gnósticas e religiosas, criando uma poderosa atmosfera mística.
John Smith
trabalha como projetista em um cinema nos EUA. John fez um curioso relato no
início desse mês: ao receber a cópia do filme Interestelar percebeu que ela veio embrulhada e rotulada como
“Flora’s Letter” – The Hollywood Reporter,
22/10/2014.
Já é bem
conhecida essa estratégia onde os filmes são distribuídos ou mesmo produzidos
com títulos falsos a fim de dificultar a pirataria ou roubo.
Mas também é
conhecido que muitos produtores não resistem à tentação de deixar nesses falsos
rótulos pistas inteligentes e sugestões. É o exemplo de filmes anteriores de
Nolan que foram distribuídos dessa maneira, com intrigantes pistas:
“Backbreaker” para o filme Batman - O
Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight,
2008) e “Be Kind, Rewind” para Amnésia
(Memento, 2000).
sábado, novembro 08, 2014
Física e Metafísica se encontram no filme "O Enigma do Horizonte"
sábado, novembro 08, 2014
Wilson Roberto Vieira Ferreira
“O
Enigma do Horizonte” (Event Horizon, 1997) é uma ficção científica curiosa. Mal
recebida pela crítica, a produção de Paul Anderson, que segue a linha de terror
sci fi iniciada por “Alien” em 1979, junta alusões a clássicos como “Solaris”
de Tarkovsky e “2001” de Kubrick. Mas por trás de camadas de explosões e
clichês de terror espacial, há uma interessante combinação de física e
metafísica, Cosmologia e Teosofia: um portal dimensional que curva o
tempo-espaço não nos levará para novos mundos ou dimensões. Apenas revelará os
nossos infernos íntimos, capazes de criar mundos etéricos que podem nos
aprisionar. Filme sugerido pelo nosso leitor Felipe Resende.
No livro Uma Breve História do Tempo, o físico
Stephen Hawking define o “horizonte de eventos” como a região fronteiriça de um
buraco negro, a fronteira da região do espaço-tempo a partir da qual não é
possível escapar. E Hawking comenta: “Pode-se dizer sobre o horizonte de
eventos a mesma coisa que o poeta Dante disse da entrada no Inferno: Vós que
entrais aqui, abandone todas as esperanças”.
Esta frase
foi o ponto de partida do roteiro do filme O
Enigma do Horizonte do diretor Paul Anderson (Resident Evil, Alien versus
Predador). Numa audaciosa combinação do filme Solaris (1972) de Andrei Tarkovsky com o terror de Clive Barker de Hellraiser (1987) e com muitas alusões
visuais ao clássico 2001: Uma Odisséia no
Espaço de Kubrick. Paul Anderson tentou se enveredar por um subgênero da
ficção científica iniciado por Alien de Ridley Scott em 1979: o terror sci fi,
típico subgênero pós-moderno que abandona o otimismo futurista da ficção
científica para sugerir um destino sombrio do progresso tecnológico – lá no futuro o homem
encontrará monstros, predadores e o horror.
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