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quarta-feira, janeiro 09, 2013

Gnose e viagem no tempo em "Safety Not Guaranteed"

Ao contrário dos filmes tradicionais sobre viagem no tempo onde a atração principal são sempre os aparatos tecnológicos, no filme independente “Safety Not Guaranteed” (2012) a máquina do tempo é apenas o pretexto para a narrativa apresentar insights reveladores do estranhamento de pessoas em relação ao mundo moderno e nas maneiras de escapar e expressar seu descontentamento. E também diferente dos clichês da “segunda chance” nas viagens ao passado, nesse filme a suposta existência de uma máquina do tempo é a oportunidade de uma espécie de “transcendência espiritual mundana” baseado na ruptura da prisão existencial de “perdedores” em uma sociedade vazia de sentido. Viagem no tempo é um tema recorrente no cinema. Na concepção clássica encontramos...

sexta-feira, agosto 01, 2014

"La Jetée"´foi o marco da viagem no tempo no cinema

O filme de média metragem francês La Jetée (1962) do diretor Chris Marker foi uma das obras que mais influenciaram a cultura atual: da literatura, rock ao cinema de ficção científica como “Os 12 Macacos” de Terry Gilliam, “Red Espectacles” de Momoru Oshi ou “Em Algum Lugar do Passado” de Richard Matheson. Pela primeira vez na ficção científica a viagem no tempo é explorada de forma proustiana como memórias induzidas por estados alterados de consciência. Em um mundo pós III Guerra Mundial, um homem com uma recorrente imagem da infância de uma misteriosa e bela mulher é submetido à experiência de viagem no tempo por meio de drogas como esperança de encontrar no passado um meio de salvar a espécie humana. Mas lá ele encontrará mais do...

domingo, abril 14, 2019

Rádio, viagem no tempo e identidade no filme polonês "The Man With The Magical Box"

Um filme sobre viagem no tempo com a colcha de retalhos típica da nostalgia pós-moderna: um mix de “Brazil” de Terry Gilliam, “Clube da Luta”, “Blade Runner”, “1984” de Orwell com alusões a “Stalker” de Tarkovsky. É o thriller sci-fi polonês “The Man With The Magic Box” ("Czlowiec z magicznym pudelkiem", 2017) - na Varsóvia de 2030 um homem encontra em seu velho apartamento um antigo rádio de 1950 que misteriosamente transmite músicas do passado com ondas Theta que produzem nele flashs de memória de uma outra vida. Mas um governo nacionalista totalitário monitora qualquer tentativa de fuga por meio de viagens no tempo através da mente. Diferente da maioria das abordagens do cinema sobre a viagem no tempo (como possibilidade de mudança como...

segunda-feira, outubro 24, 2016

Uma viagem no tempo quântica e noir em "Synchronicity"

Nos últimos anos, os filmes sci-fi de baixo orçamento estão apresentando uma verdadeira revolução na abordagem do tema viagem no tempo: caros efeitos especiais digitais são substituídos por roteiros desafiadores e inteligentes; e a abordagem relativística (Einstein) do tempo é trocada pelos desafios e paradoxos do tempo quântico: dimensões paralelas com um número infinito de possibilidades coincidindo simultaneamente. O filme “Synchronicity” (2015) é mais um exemplo dessa tendência no gênero. O tema da viagem no tempo com referencias ao “sci-fi noir” do clássico “Blade Runner”, de Ridley Scott. Como nos filmes “noir” clássico, “Synchronicity” faz a narrativa girar em torno da mulher fatal, que é a encarnação cinematográfica do mito gnóstico...

quarta-feira, maio 03, 2017

Xamanismo, viagem no tempo e fenômenos quânticos em "Tiempo Muerto"

O filme argentino “Tiempo Muerto” (2016) é mais uma incursão do cinema atual no tema da viagem do tempo, mas por um viés bem particular – loops temporais e paradoxos como obstáculos para a “segunda chance” que possa alterar a linha do tempo. Inconformado com a morte da sua esposa, o protagonista contrata um “tempo morto” – um estranho ritual que envolve xamanismo, ocultismo e fenômenos quânticos. Tempo, psiquismo e memórias são contínuos que esbarram em um traço da natureza humana: a compulsão a repetição. Sem conseguirmos seguir em frente, ficamos neuroticamente fixados em experiências de prazer ou dor no passado, repetindo a cena do trauma. Quem sabe pensando que um dia o Titanic não afund...

domingo, outubro 04, 2020

O terror interdimensional gnóstico em 'Intersect'

O tema da viagem no tempo no cinema certamente é aquele em cujo pressuposto está uma das grandes discussões da Filosofia: livre-arbítrio X determinismo, a esperança de que através da tecnologia o homem vencerá a entropia da seta do Tempo. Mas com o auxílio luxuoso do horror cósmico de HP Lovecraft, o filme “Intersect” (2020) encerra de vez essa esperança. Se a viagem do tempo moderna é quântica (múltiplas dimensões e timelines) ela se aproxima da mitologia Gnóstica dos “muitos céus” - em cada um deles, entidades malévolas chamadas “Arcontes” mantêm o homem na ilusão para aprisiona-lo no mundo material. Em “Intersect”, um grupo de jovens cientistas cria uma máquina do tempo. Para confirmar a mitologia gnóstica dos Arcontes: somos manipulados...

sábado, junho 27, 2020

O cinema como máquina de viagem no tempo em "La Belle Époque"

Quando falamos em viagem no tempo logo lembramos dos cânones da ficção científica: Relatividade e Mecânica Quântica materializadas em máquinas e dispositivos intrincados e misteriosos. Ou viagens místicas e estados alterados de consciência. Mas o cinema nunca imaginou a si próprio como um dispositivo de viagem no tempo: spots de luzes, cenografia, figurinos etc. Por que então não usarmos os recursos cinematográficos para vivermos uma experiência imersiva que nos remeta a qualquer lugar do passado? Esse é o conceito da comédia romântica francesa "La Belle Époque" (2019): com a ajuda de cenários, figurinos e extras, uma empresa oferece “viagens no tempo”: um jantar na corte na época da monarquia ou uma noite bêbada com Hemingway. E um cartunista...

sexta-feira, março 29, 2024

Viagem no tempo vira ferramenta para consertar a vida ordinária em 'Questão de Tempo'

Richard Curtis é um especialista em filmes levemente românticos e supostamente cômicos como “Notting Hill”, “Quatro Casamentos e um Funeral” e “O Diário de Bridget Jones”. Quando o tema da viagem no tempo cai nas suas mãos, o desfecho não poderia ser outro. Um tema potencialmente tão disruptivo acaba se diluindo naquilo que exatamente o tema desafia: a realidade institucional. No filme de Curtis “Questão de Tempo” (About Time, 2013) a viagem no tempo se transforma numa ferramenta para consertar as desordens da vida ordinária do presente, incorrendo no velho clichê da “quebra-da-ordem-retorno-à-ordem”. Tão conservador que a mecânica temporal do filme ainda funciona dentro da causalidade newtoniana, ignorando os paradoxos quânticos que caracterizam...

terça-feira, julho 17, 2012

Demiurgo prisioneiro do tempo em "Crimes Temporais"

Como fazer um filme sobre um tema tão revisitado e com tantas versões como viagem no tempo? Na época estreando em longa-metragens, o espanhol Nacho Vigalondo, escreveu e dirigiu o filme “Crimes Temporais” (Los Cronocrimenes, 2007) que dá uma resposta criativa e inovadora ao gênero ao misturar o voyeurismo de Hitchcock no clássico “Janela Indiscreta” com uma curiosa sacada metalinguística onde o diretor faz o próprio cientista que perde o controle de uma experiência temporal – cientista, roteirista e diretor, todos demiurgos prisioneiros de limites análogos: na Física as leis da entropia e inércia; no roteiro, as regras narrativas e a verossimilhança. Física e roteiro governados pelo mesmo inimigo implacável: o Tempo. Após ser indicado...

sábado, agosto 24, 2019

Capitalismo e Comunismo prisioneiros em um loop temporal em "Excursion"

A lista de filmes que exploram paradoxos da viagem no tempo é extensa e até parece que todas as possibilidades já foram exploradas. Mas as conexões entre as causas e efeito de fatos políticos históricos associados a paradoxos temporais é um campo ainda pouco abordado. Séries como “The Man in the High Castle”, sobre realidades alternativas, nazismo e Segunda Guerra Mundial, é um dos poucos exemplos. O filme indie britânico “Excursion” (2019) junta-se a essa abordagem política da viagem no tempo, com um roteiro ousado e complexo, explorando dois paradoxos tempo-espaço famosos: o paradoxo do avô e do loop de informação. Um homem no presente é despertado pela sua versão mais jovem vinda do passado: um militante do Partido Comunista da extinta...

domingo, junho 15, 2014

Atratores estranhos e paradoxos da viagem no tempo em "Primer"

Vencedor no Festival de Sundance e odiado por aqueles que vão ao cinema apenas para comer pipoca e se divertir, o filme “Primer” (2004) do diretor Shane Carruth é um quebra-cabeça sobre questões lógicas sobre a viagem no tempo: paradoxos, lacunas, pontas soltas, causalidade. Esqueça o famoso “paradoxo dos gêmeos” (Paradoxo de Langevin) sobre a relatividade das viagens no tempo. Esse é o menor dos problemas nesse filme. Influenciado pelo ocultismo de Aronofsky de “Pi” e os “warmholes” de “Donnie Darko”, o filme se defronta com as grandes interdições estruturais do contínuo tempo-espaço que impedem o homem se libertar do Tempo: as noções de atratores estranhos e da geometria recursiva da Teoria do Caos. Filme sugerido pelo nosso leitor Marcos...

sábado, março 25, 2017

A celebração da loucura e destruição na viagem do tempo em "Os 12 Macacos"

Uma ambiciosa releitura do clássico francês “La Jetée”(1962), o filme que mudou a perspectiva da viagem no tempo no cinema. Em “Os 12 Macacos” (1995) Terry Gilliam explora o tema do protagonista prisioneiro em um loop temporal, tema dominante naquela década como em “Feitiço do Tempo” ou “12:01”. A humanidade foi devastada por uma praga viral, os animais dominaram o planeta e os sobreviventes vivem em subterrâneos. A esperança é voltar para o passado e trazer uma amostra do vírus antes da sua mutação para que a humanidade retorne à superfície. Em busca de perdão, um presidiário chamado James Cole é enviado ao passado para a difícil missão. Paranoico e perseguido como um louco esquizofrênico, a partir de um estranho sonho recorrente, Cole...

quarta-feira, outubro 14, 2020

Descendo pela toca do coelho da viagem no tempo com Christopher Nolan em 'Tenet'

Um filme opulento em que o estrondoso orçamento de US$ 200 milhões aparece em cada enquadramento. Somente o diretor Christopher Nolan poderia obter tamanho orçamento com um roteiro original. Em “Tenet” (2020) ecoam todos os temas de seus filmes anteriores (Amnésia, A Origem, Interestelar, Dunkirk etc.), chegando ao estado da arte de um tema recorrente na sua obra: a desconstrução da realidade. Em “Tenet”, Nolan combina conceitos abstratos (entropia invertida, viagem no tempo, universos em colisão etc.) com o gênero mais norte-americano do cinema: os filmes de perseguição. Uma bomba espaço-tempo invertida é enviada do futuro com o objetivo de destruir a nossa geração, a causadora do futuro apocalipse climático. Um rico e poderoso traficante...

terça-feira, abril 25, 2017

A ética e moral da viagem no tempo e o Efeito Mandela na série "12 Monkeys"

Produzida pelo canal Syfy, a série “12 Monkeys” (2015-) procura expandir a narrativa do filme clássico de Terry Gilliam “Os 12 Macacos” (1995): a humanidade foi devastada por um apocalipse viral, a Terra ficou fria e em ruínas sob o domínio de gangues saqueadoras. Enquanto isso, em instalações secretas, cientistas tentam encontrar uma forma de conter as mutações do vírus. Um grupo constrói uma máquina do tempo para enviar crono-astronautas para o passado e impedir o vírus, antes das mutações. Isso significaria reescrever toda a linha do tempo até o futuro. A série propõe uma geografia do Tempo bem diferente das produções contemporâneas sobre o tema: ao invés de mundos quânticos alternativos paralelos, uma única linha do tempo que poderia...

domingo, agosto 02, 2015

Amor e paradoxos quânticos no filme "Em Algum Lugar do Passado"

Por que um filme tão odiado pela crítica especializada na sua época como “Em Algum Lugar do Passado” (Somewhere in Time, 1980) em pouco tempo tornou-se um novo clássico e um fenômeno cult? Diferente de outros filmes sobre viagem no tempo com forte ênfase social, “Em Algum Lugar do Passado” é uma tragédia amorosa, melodramática sob a trilha onipresente de Rachmaninoff. Porém, há algo mais pulsando por trás de camadas e camadas de romantismo hollywoodiano: o primeiro filme a aproximar o tema do amor aos paradoxos quânticos do tempo, assim como hoje fazem filmes como “Interestelar” de Nolan ou “Amantes Eternos” de Jarmusc...

quinta-feira, novembro 17, 2022

Somos escravos do futuro em 'Dois Minutos Além do Infinito'

Filmado apenas com um Iphone em um único plano sequência, ambientado em um café real da cidade de Kyoto, o filme japonês “Dois Minutos Além do Infinito” (Dorosute no Hate de Bokura, 2020 – disponível na HBO Max) é uma das experiências cinematográficas mais inovadoras dos últimos anos. Kato, o proprietário do café, descobre que na tela do computador em seu apartamento no andar de cima está sendo transmitido, via Zoom, diretamente do café abaixo, sua versão dois minutos à frente no futuro. O filme explora um dos aspectos mais interessantes da viagem no tempo: os loops temporais e seus paradoxos. Principalmente, a dicotomia filosófica entre livre-arbítrio e necessidade. Afinal, seríamos escravos do futuro? Essa seria uma séria questão quando acrescentamos...

sábado, julho 27, 2024

Descendo pela toca do coelho da cismogênese política em 'Sombra Lunar'

A produção Netflix “Sombra Lunar” (In the Shadow of the Moon, 2019) é peculiar. Primeiro, que é impossível fazer uma análise sem incorrer em spoilers, pela sua natureza: reflexo do zeitgeist político atual de cismogênese. Segundo, porque o filme é um mush-up arriscado: imagine cruzar o filme “Seven” com o “Exterminador do Futuro”. Por isso, “Sombra Lunar” vai do típico trillher policial noir para a ficção científica. Em 1988, um policial, aspirante à detetive, depara-se com uma série de assassinatos estranhos e simultâneos. Enquanto sua esposa está na maternidade tendo sua filha. Fatos cujas consequências marcarão o restante da sua vida. Série de assassinatos que se repetirão a cada nove anos, acompanhando o ciclo da chamada “Lua sangrenta”....

sexta-feira, julho 22, 2022

'2046: Os Segredos do Amor': por que algo tão bom de repente não mais funciona?

Em 2011 o Partido Comunista Chinês proibiu o tema viagem no tempo em produções audiovisuais, sob alegação de que não eram “realistas”. Certamente, o filme “2046: Os Segredos do Amor” (“2046”, 2004), do diretor Wong Kar-wai (“In the Mood for Love”), fez parte dessa tendência de filmes sobre o tema que se tornaram popular na TV do país e irritou o governo. É um filme para cinéfilos corajosos cuja narrativa pula não só do futuro para o passado e vice-e-versa, como também confunde a realidade literária de um livro sci-fi escrito pelo protagonista com o seu próprio presente, cujos personagens reais se transformam em ficção no seu livro. Tentando capturar a experiência da memória de um grande amor perdido, o filme se trata da luta do homem contra...

terça-feira, dezembro 15, 2020

Série 'Travelers': por que precisamos da viagem no tempo?

A partir de 2016, o cinema e audiovisual (principalmente séries) vive um surto de narrativas sobre a viagem no tempo. Principalmente envolvendo a mitologia da segunda chance: a ciência relativística e quântica parece ter trazido mais angústias existenciais do que respostas. E as sombrias previsões políticas, econômicos e climáticas, só alimentam ainda mais essa angústia. A série original Netflix “Travelers” (2016-18) é mais uma estória sobre “segunda chance”, dessa vez para a história humana: através de “hospedeiros”, viajantes do futuro chegam no século XXI para desfazerem uma cadeia de eventos que levará o mundo a algum tipo de catástrofe climática e econômica futura que transformará o planeta num mundo árido e hostil. Depois dos deuses,...

quinta-feira, junho 15, 2023

Chegamos sempre tarde no encontro com a vida no filme 'Já Era Hora'

A produção Netflix italiana “Já Era Hora” (Era Ora, 2022) é uma surpreendente comédia romântica, cujo argumento faz lembrar o clássico “O Feitiço do Tempo” e a comédia hollywoodiana “Click”: um workaholic, sem tempo para familiares e amigos, fica preso em um loop temporal no dia do seu aniversário, no qual ele sempre salta um ano no futuro. Busca uma saída para não perder aqueles que mais ama, enquanto percebe que, a cada salto, sua vida profissional é cada vez mais bem-sucedida. Uma comédia surpreendente porque o drama tragicômico do protagonista ecoa algumas reflexões do filósofo italiano Giacomo Marramao sobre o fenômeno moderno da “hipertrofia das expectativas”: a sensação de sempre estar chegando demasiadamente tarde no encontro com a...

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