domingo, novembro 19, 2017
Hollywood abriu as portas para ocultismo e maldições com o filme "Incubus"
domingo, novembro 19, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Os
críticos consideram o filme “mais amaldiçoado da história do cinema”. Um
filme que abriu as portas para o ocultismo e hermetismo em Hollywood numa
década de “despertar místico e religioso” através das viagens alucinógenas do
psicodelismo e estados alterados de consciência. O Filme “Incubus” (1966) foi
dirigido e escrito por Leslie Stevens (criador da série de TV “Quinta Dimensão”)
e protagonizado por William Shatner, um ano antes de viver o capitão Kirk da
série “Star Trek”. Desde sua estreia, “Incubus” foi marcado por suicídios,
assassinatos, falências, divórcio e incêndio. Tão amaldiçoado que o diretor
tirou o filme de circulação e os negativos foram destruídos. Para em 1996 uma
cópia ser encontrada na França e recuperada para relançamentos em VHS e DVD. E
logo em seguida reiniciaram as “coincidências” fatais. Muitos pesquisadores em
Sincromisticismo consideram Hollywood um “centro de recrutamento de médiuns”,
manipulando voláteis e perigosas formas-pensamento e arquétipos do inconsciente
coletivo. “Incubus” seria um caso exemplar.
sexta-feira, novembro 17, 2017
FBI, FIFA e a nota oficial "tautista" da Globo
sexta-feira, novembro 17, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Nem a
Patafísica (a “ciência das soluções imaginárias”) de Alfred Jarry ou o teatro
do Absurdo de Backett conseguiriam imaginar um texto tão tautológico, circular,
auto-referencial e metalinguístico como a nota oficial da Globo diante do
escândalo das denúncias na Justiça dos EUA do pagamento de suborno pela
emissora para a FIFA para ter a exclusividade nas transmissões do futebol:
“após dois anos de investigações internas, a Globo apurou que jamais realizou
pagamentos não previstos em contratos...”, leu a nota um constrangido jogral de
apresentadores do JN. Desde que o ex-apresentador do Globo Esporte, Tiago
Leifert, transformou a inauguração de um ônibus-estúdio em notícia mais
relevante do que o próprio treino da seleção brasileira que deveria cobrir, a emissora
vive um processo de negação “tautista” (tautologia + autismo) no qual
transforma “eventos” em produtos próprios, criando uma atmosfera de amoralidade
e blindagem. Assim como as telenovelas. Mas isso pode lhe custar caro: não
perceber que a investida do FBI contra a FIFA (atingindo diretamente a Globo) é
mais uma estratégia de lawfare na geopolítica dos EUA. Dessa vez, para
reconfigurar o cenário da grande mídia mundial.
quarta-feira, novembro 15, 2017
A fé em um mundo sem Deus no filme "Entre o Bem e o Mal"
quarta-feira, novembro 15, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
“Entre o
Bem e o Mal” (“Adams Æbler”,
2005), comprova a tese de que os melhores filmes religiosos no cinema foram
feitos por ateus. Escrito e dirigido pelo dinamarquês Anders Thomas Jensen, é
uma tragicomédia de humor negro sobre um neonazista condenado a prestar
serviços comunitários em uma remota igreja no campo. Lá encontra um padre cuja
fé é baseada em um patológico otimismo de negação da realidade, e dois
ex-presidiários: um muçulmano que continua roubando postos de gasolina à noite
e um ex-jogador dinamarquês de tênis profissional, alcoólatra e cleptomaníaco.
Mas o sacerdote acredita na bondade humana, mesmo em um neonazista que esmurra
sua cara. O filme baseia-se em um argumento paradoxal: pouco importa sabermos
se Deus existe, se continuaremos sofrendo do mesmo modo. Portanto, só nos
restaria a solução introspectiva pessoal: a fé em um mundo sem Deus. Filme
sugerido pelo nosso leitor... você sabe quem: Felipe Resende.
segunda-feira, novembro 13, 2017
Hans Donner mostra nova bandeira no "Fórum do Amanhã" olhando para o ontem
segunda-feira, novembro 13, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
As leis
trabalhistas foram “modernizadas”, assim como o próprio trabalho com os ventos “modernizadores”
do empreendedorismo e agora luta-se para que toda essa “modernização” alcance
também a Previdência Social. Mas falta algo, alguma coisa que sinalize essa
nova visão de país e inspire o povo. Para o designer gráfico Hans Donner, isso
somente será possível com uma bandeira nacional também “modernizada” – com
degradês, efeitos 3D, e a palavra “Amor” antes do lema “Ordem e Progresso” com
a faixa apontando para cima, para dar “poder” ao povo... O designer austríaco
apresentou o projeto em um evento chamado “Fórum do Amanhã” em MG, e pretende
levá-lo ao Congresso para implementação. Ironicamente, em um evento sobre o
“amanhã”, Donner apresenta uma bandeira retro-futurista igual a marca visual da
Globo das décadas passadas, que hoje nem a própria emissora adota mais,
privilegiando um visual “orgânico” e menos artificial. A “nova” bandeira
nacional de Hans Donner certamente está menos na estética, e muito mais no campo
dos sintomas: sinais expressados por uma elite que fala em futuro, mas com os
olhos sempre mantidos no passado. Para deixar o presente igual o ontem: o
futuro do pretérito.
domingo, novembro 12, 2017
Curta da Semana: "Working With Jigsaw" - Como se vingar do chefe com jogos mortais
domingo, novembro 12, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
A
franquia “Jogos Mortais” acabou e o pequeno fantoche Jigsaw teve que se virar e
arrumou um emprego em um escritório como qualquer mortal. Mas velhos hábitos
são difíceis de esquecer. E Jigsaw inferniza os seus colegas de trabalho com
mais jogos “mortais”, dessa vez com ameaçadores post-its, fitas adesivas, pop
ups pornográficos saltando em telas de computadores e mouses com alfinetes...
Esse é o impagável argumento do curta “Working With Jigsaw”(2016) no qual o
sádico fantoche vinga-se dos seus chefes que acusam seus jogos de diminuir a
“produtividade” e “sinergia” da empresa. Um curta que suscita uma interessante
analogia: como os jogos das relações humanas corporativas muitas vezes podem
ser tão sádicos e arbitrários quanto os do filme “Jogos Mortais”.
sábado, novembro 11, 2017
A cobertura midiática do Enem: muito além do "fact-checking"
sábado, novembro 11, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Até 2015, o Enem era noticiado pela
grande mídia como “eleiçoeiro” e “populista”, uma “fogueira” (a “fogueira do
Enem”) na qual os alunos viviam assustados e lesados com sucessivas denúncias
de fraude e desorganização. A partir do ano passado, tudo mudou como num passe
de mágica: agora é o “Enem nota 1.000” para aqueles alunos mais “focados e
determinados” no qual fraudes são problemas pontuais tecnicamente resolvidas,
sem mais o protagonismo do Judiciário. Depois de anos do jornalismo de guerra
no esgoto, a grande mídia tenta recuperar o seu produto tão vilipendiado: a
notícia. Enquanto joga ao mar antigos líderes como o jornalista William Waack
para recuperar uma suposta isenção, apoia agências de “fact-checking” para se prevenir
das “fake news” que ela própria inventou. Mas pela sua missão de salvar as
aparências, o “fact-checking” ignora as mudanças do viés atribuídos aos fatos
ao longo do tempo, de acordo com a mudança do contexto. A mudança da cobertura
midiática dada ao Enem de 2009 a 2017 é um caso exemplar: a mentira não está
apenas no ocultamento ou na invenção – está na angulação, seleção e edição.
sexta-feira, novembro 10, 2017
Globo despacha William Waack para tirar a lama das próprias mãos
sexta-feira, novembro 10, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Assim como no episódio do assédio sexual
do ator José Mayer (naquele momento a Globo fez o cast feminino da casa vestir
uma camiseta estampada “Mexeu com uma mexeu com todas”), da mesma maneira
prontamente a emissora despachou William Waack depois da repercussão de um
antigo vídeo no qual o jornalista fazia afirmações racistas em tom de galhofa
enquanto aguardava para entrar ao vivo. Fosse em outros tempos, episódios como
esses entrariam para o folclore da história dos bastidores televisivos. Quem armou essa cilada contra William Waack
levou em conta o atual contexto delicado da Globo: depois de seu jornalismo de
guerra nos últimos anos ter dado visibilidade e repercussão à direita raivosa (aquela
que vê o “politicamente correto” como “conspiração comunista”) para acirrar a
crise política que culminaria no impeachment, agora a emissora tenta limpar
suas mãos da lama que estrategicamente revolveu por anos. Disse em nota que é
“visceralmente contra o racismo”. A Globo tenta ignorar de forma tautista a
patologia psíquica que ajudou a incitar, da mesma maneira como até hoje tenta
provar que nada teve a ver com a lama da ditadura militar que ajudou a esconder.
quinta-feira, novembro 09, 2017
A vida entre o milagre e o caos em "The Frame"
quinta-feira, novembro 09, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Cada vez mais filósofos, físicos e matemáticos
suspeitam que o Universo seria um gigantesco game de computador ou algum tipo
de simulação tecnológica. Qual a principal evidência? A capacidade humana de
também criar simulações e ilusões narrativas como o Cinema, TV e games de
computador. Em “The Frame” (2014), Jamin Winans (“Ink”) propõe uma espécie de
quebra-cabeças metafísico inspirado no célebre “Princípio da Correspondência”
do Hermetismo: assim como roteiristas escrevem narrativas e dramas de
protagonistas enquadrados pelos planos de câmera vistos pelos espectadores no
cinema e na TV, será que da mesma forma nossas vidas seriam, nesse momento,
roteirizadas e editadas como algum tipo de série assistida por alguma divindade
malévola no além? Os produtos audiovisuais funcionariam como pequenos fractais
– tal como o fracta na geometria, um fragmento que reproduz dentro de si,
infinitamente, o padrão do todo. Esta é a curiosa “narrativa em abismo”
gnóstica proposta por Jamin Winans em “The Frame”.
segunda-feira, novembro 06, 2017
O sonambulismo gnóstico-noir em "Sleepwalker"
segunda-feira, novembro 06, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Uma mulher traumatizada pela morte do seu marido convive com sérios distúrbios do sono: sonambulismo, insônia e pesadelos. Sob tratamento em uma clínica especializada, finalmente consegue um sono reparador. Porém, algo de assustador começa a acontecer: a cada despertar, é como se acordasse em uma realidade alternativa com um novo sobrenome e pessoas conhecidas que não se lembram dela. “Sleepwalker” (2017) é um curioso filme que transita entre a estética “noir” (ninguém é o que aparenta ser), uma estranha atmosfera retro atemporal e a narrativa gnóstica sobre uma protagonista que parece navegar por diversas realidades em busca de memórias perdidas e crescente paranoia. O sonambulismo é o elo que em “Sleepwalker” une o “noir” com o gnóstico: estar desperto em um sonho é um evento marcado por uma forte carga simbólica de alguém que tenta acordar e encontrar a verdade. Filme sugerido pelo nosso antenado leitor Felipe Resende.
sábado, novembro 04, 2017
Fantasma do Gnosticismo ronda CERN: para pesquisadores Universo não deveria existir!
sábado, novembro 04, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Quanto mais a Ciência se distancia do
antigo modelo mecanicista de Universo, curiosamente mais se aproxima da antiga
Cosmogênese do Gnosticismo e da mitologia grega na qual mesmo o poderoso Zeus
estava submetido às leis do Senhor do Tempo – Cronos. Pesquisadores do CERN
perplexos afirmam: o Universo não deveria existir! Sem conseguirem encontrar
assimetria entre matéria e anti-matéria, os pesquisadores atestam que o
Universo deveria ter se auto-aniquilado no segundo seguinte à Criação após o
Big Bang. Ao mesmo tempo, cientistas do Instituto Max Planck na Alemanha chagaram
a dados relativos à energia interna de um buraco negro que inesperadamente
confirmam a hipótese do Universo Holográfico – em algum lugar nos limites do
Universo existiu uma superfície 2D que “codificou” toda a informação que
descreve a nossa realidade 3D + Tempo. A improbabilidade do Universo seria mais
uma evidência do cosmos ser uma simulação finita?
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