Há dois anos era “pedra cantada” que Donald Trump ganharia a eleição desse ano. É o que nos mostra o filme “Suaves e Discretas” (Quiet & Soft, 2022) da diretora americana Beth de Araújo, que reflete o alinhamento do movimento “Tradlife” (mulheres que defendem o retorno aos valores “tradicionais” que dependem de fazer muitos bebês brancos na tentativa de “preservar” a “raça europeia”) com a “Alt-right” - Emily é uma professora que organiza uma reunião com um grupo de mulheres de extrema-direita num chá da tarde. Elas decidem continuar a reunião em outro lugar, mas uma discussão no meio do caminho dá início a uma inesperada e violenta cadeia de eventos. Diferente do terror racial de “Corra!” ou “Them”, em “Suaves e Discretas” acompanhamos a perspectiva do racista. Mas o terror perturbador do filme não está no conteúdo fascista, mas pela absoluta banalidade da personalidade autoritária. E mais: como a democracia liberal está se tornando disfuncional no atual estágio do capitalismo.
quinta-feira, novembro 28, 2024
Wilson Roberto Vieira Ferreira
























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