Filmes críticos sobre como nos sentimos (em particular, as mulheres) esmagados por padrões de beleza impossíveis e pela hiperfixação da sociedade na juventude não é novidade. Mas “A Substância” (The Substance, 2024) não é uma crítica genérica: a diretora Coralie Fargeat abre fogo contra a cultura atual das promessas prét-à-porter de beleza e juventude – a cultura Ozempique. Com a propaganda que promete a chance de “se sentir como você mesmo novamente”, barato e com resultados rápidos. Uma atriz premiada que se tornou cinquentona vê sua vida perder o controle ao ser discretamente afastada pela indústria do entretenimento sempre em busca de “carne nova”. Espelhos e sociedade da imagem criam o fardo da autoconsciência e da obsolescência. E um conto de horror corporal que lembra os filmes de Cronenberg e o banho de sangue final de “Carrie” de Brian de Palma.
terça-feira, outubro 01, 2024
Wilson Roberto Vieira Ferreira
























![Bombas Semióticas na Guerra Híbrida Brasileira (2013-2016): Por que aquilo deu nisso? por [Wilson Roberto Vieira Ferreira]](https://m.media-amazon.com/images/I/41OVdKuGcML.jpg)




