Pegue as visões budistas sobre a Roda do Samsara, o ciclo incessante e doloroso de mortes e renascimentos na qual estamos presos pelo carma. Combine com o mito grego de Sísifo como metáfora do absurdo da existência humana, como descreve o escritor Albert Camus. E ainda mais, tendo como cenário um pequeno vilarejo do noroeste da China, expulso pelo crescimento da rápida industrialização do país. Teremos o filme chinês “Life After Life” (Zhi Fan Ye Mao, 2016). O espírito da mãe falecida assume o corpo do filho para realizar o seu último desejo, para só depois poder renascer: replantar uma árvore muito importante para que esta sobreviva à destruição do pequeno vilarejo pela expansão dos negócios de uma mineradora. Uma narrativa bem diferente dos clichês sentimentais e ocidentais sobre pessoas mortas voltando à vida.