sábado, junho 05, 2021

Elon Musk se junta com o horror de Edgar Allan Poe no filme 'Oxigênio'



O conto de Edgar Allan Poe “O Enterro Prematuro” encontra-se com Elon Musk: o pânico mórbido em ser enterrado vivo encontra a redenção na comunhão tecnognóstica das nossas mentes com a nuvem da Inteligência Artificial, para alcançar a imortalidade. Esse é a produção original Netflix “Oxigênio” (2021), mais um filme sci-fi com a marca da ideologia Elon Musk. Uma mulher desperta no interior de uma câmara criogênica sem ter a menor lembrança de como parou lá. E muito menos sabe quem é. Ela precisa encontrar uma maneira de reconstruir sua memória e fazer as perguntas certas a uma inteligência artificial, antes de que o oxigênio se esgote.

quinta-feira, junho 03, 2021

Cineteratologia: a ciência dos monstros no cinema no filme 'Superdeep'



A Guerra Fria não gerou apenas a corrida espacial em direção a Lua. Mas também uma corrida em direção ao centro da Terra. EUA e URSS competiram para cavar o poço mais profundo. E os soviéticos ganharam: o Poço Superprofundo de Kola, no Círculo Ártico. Lendas correram que do poço emergiam supostos gritos e gemidos do próprio Inferno, tal como imaginado por Dante Alighieri. Sons captados por um microfone baixado a 12 km, em 2013. Inspirado nesse hoax, o filme russo “The Superdeep” (“Kolskaya Sverhglubokaya”, 2020) faz uma releitura pós-moderna do Inferno bíblico: o Mal e a monstruosidade clássicas (disforme e imoral) são substituídos pelos chamados “monstros moles” (informes e amorais) com disseminação viral ou por propagação (esporos, pólen etc.) regidos pelos princípios amorais evolutivos e de performance.  É a cineteratologia atual que revela o espírito do nosso tempo.

quarta-feira, junho 02, 2021

Copa América no Brasil? A apropriação e ressignificação semiótica alt-right


Jornalistas e comentaristas da Globo indignados contra a Copa América no Brasil no Brasil, epicentro da pandemia na América do Sul. A mídia progressista viraliza vídeos de Casagrande e Luiz Roberto acusando de “torneio da morte”. Porém, os mesmos critérios também poderiam ser aplicados a dois “produtos” da Globo: Brasileirão e Copa do Brasil, com 92 delegações circulando pelo País. Bolsomínios apropriam-se dessa crítica à Globo, acusando a emissora de “hipocrisia”, reforçando o mote “Globolixo”. Estamos diante de um caso exemplar da estratégia semiótica da "direita alternativa" (alt-right): apropriação e ressignificação que paralisa a crítica progressista fazendo-a se aliar a uma emissora que supostamente é opositora ao Governo, mesmo com sua tática de morde-assopra (basta ver a cobertura do 29M). Mas não é uma mera “hipocrisia”: a guerra de bastidores que a Globo trava com a Conmebol e SBT reflete a “hipertelia” e “tautismo” da grande mídia - o destino de todos os sistemas tecnológicos. Enquanto isso, a esquerda viraliza os vídeos de comentaristas da emissora indignados, as folhas de parreira que encobrem a nudez da própria Globo. 

sábado, maio 29, 2021

Live Cinegnose 360 #5: Filmes; sexo e fascismo explicados por Alan Moore e Reich; sociedades secretas


Filmes “When The Wind Blows” e “Voyagers”: da ameaça nuclear à pandemia global e a ideologia Elon Musk nos filmes atuais no gênero ficção científica; a “Operação Pícaro” da psy op militar na Guerra Híbrida e sexo, fascismo e o “pênis” da Fiocruz explicados por Alan Moore e Wilhelm Reich; e mais Parapolítica: Bohemian Grove e a questão das sociedades secretas. Essa é a pauta da Live Cinegnose 360 #5 nesse domingo (30/05/2021), 18h00, no Facebook. Final de domingo sem tédio pré-segunda é na Live Cinegnose.

'Senhor das Moscas', Rousseau e Elon Musk vão para o espaço em 'Voyagers'


Desde que William Golding publicou “O Senhor das Moscas” em 1954, seu plot passou a ser um dos mais adaptados ao cinema e audiovisual (Lost, The Hundred, A Praia etc.). Porém, a ficção científica “Voyagers” (2021) acrescenta um toque de modernidade com a ideologia Elon Musk que parece dominar o gênero na atualidade. Mas também leva a ideia iluminista de contrato social de Rousseau para o espaço sideral. Diante de um cataclismo climático que ameaça a espécie, uma tripulação de adolescentes é enviada em uma missão de 86 anos para um distante planeta na qual seus filhos e netos viverão. Mas o maior inimigo será mesmo a natureza humana que transformará aquela espaçonave no microcosmo das mazelas políticas deixadas na Terra, a ponto da ruptura dos limites entre Natureza e Civilização. Porém, a ideologia Elon Musk não permite o filme abordar uma questão gnóstica que o filme suscita: a missão para salvar a humanidade foi elaborada através da mentira, ilusão e amoralidade. 

sexta-feira, maio 28, 2021

Sexo, fascismo, o "pênis" da Fiocruz e Alan Moore


Qual o sincronismo de assistir ao documentário “The Mindscape of Alan Moore” e acompanhar uma semana que começa com a carreata de Bolsonaro acompanhado de possantes motos da militância alt-right e termina com a confirmação da depoente bolsonarista Mayara Pinheiro na CPI da Pandemia confirmando áudio dela sobre ter visto “um pênis na porta da Fiocruz”? Moore (conhecido escritor de HQs) explica o argumento do gibi “Lost Girls”: como os adultos, via repressão sexual e moralismo, canalizam as energias sexuais dos jovens para a guerras e assassinatos. Argumento que ecoa as teses de Wilhelm Reich sobre a psicologia de massas do fascismo, basicamente em torno de duas teses principais: preocupação exagerada (seja pela repressão ou ansiedade) em relação à sexualidade e erotismo e representações do poder e da rudeza - importância exagerada em relações assimétricas de poder-submissão. Principalmente a relação com o simbolismo fálico através da ostentação, paranoia e angústia da castração.

quinta-feira, maio 27, 2021

'When The Wind Blows': nada mudou do holocausto nuclear à pandemia global


O impacto cultural da animação “When The Wind Blows” (1986) foi esquecido por décadas. Mas o seu relançamento em DVD revela uma estranha sensação de que as coisas nada mudaram: a Guerra Fria e a ameaça do Holocausto Nuclear podem ter passado, mas foram apenas substituídos pelo medo do terrorismo e da escalada das pandemias – sejam virais ou digitais. Com músicas de Roger Waters e David Bowie, a animação é muito mais do que um libelo pacifista: mostra como a propaganda e a desinformação, aliados à nostalgia nacionalista, nos tornam cegos e motivados mesmo diante das políticas de extermínio. Num lugar remoto no interior da Inglaterra, um doce casal de velhinhos tenta sobreviver aos primeiros impactos de uma explosão nuclear. Com fleuma e patriotismo acreditam na propaganda governamental que parece ocultar algo de muito mais sinistro. Como se sabe, a primeira vítima da guerra é a verdade.

terça-feira, maio 25, 2021

A realidade paralela da psy op militar: a bomba semiótica 'Operação Pícaro'



De “meu malvado favorito” na CPI da Pandemia (ou do Genocídio?), o ex-ministro da Saúde Pazuello agora assume um novo personagem na verdadeira realidade paralela criada pela guerra híbrida militar: o picaresco, o alívio cômico necessário para acompanhar o “herói” (no caso, o “Mito”), no alto do carro de som ao lado de Bolsonaro, em manifestação política no RJ. Uma exigência na atual narrativa desse mundo paralelo: um Sancho Pança para o Dom Quixote “alt right”. Para quê? Para reforçar o plot narrativo da ameaça de um suposto golpe militar “old school”: a desobediência de Pazuello do Regulamento Disciplinar do Exército colocaria a “alta cúpula militar”(entidade abstrata invocada pela mídia) contra Bolsonaro. Psy op militar - operar duas facas no pescoço antes das eleições: na de Lula (a ameaça de nova condenação) e na da opinião pública – o fantasma da intervenção militar. Que já aconteceu e ninguém viu por que foi híbrida. E a "Operação Pícaro" serve para apagar os rastros dessa operação.

domingo, maio 23, 2021

Live Cinegnose 360 #4: filmes, Psicanálise e Gnosticismo, efeito Heisenberg na CPI e Parapolítica



Nesse domingo, 18h00, no Facebook, mais uma 'Live Cinegnose 360', a quarta edição. Um olhar 360 graus para a semana do Cinegnose que tem na pauta o filme independente francês "Jumbo" e a produção Netflix chinesa "Super Me". Vamos discutir os filmes através da Psicanálise e Gnosticismo. Em seguida, mais um capítulo da guerra semiótica de informações com a CPI da Pandemia através de três conceitos-chave: Efeito Heisenberg, Pseudo-eventos e "piloto-automático" em cenários de guerra híbrida. E para fechar, mais algumas incursões sobre o tema Parapolítica: a presença do Oculto na política. Então, fuja da deprê do final de domingo na Live 'Cinegnose 360'.

sábado, maio 22, 2021

Efeito Heisenberg na CPI: atirou no que viu, acertou no que não viu... e nem percebeu

Ao querer terceirizar as funções investigativas da CPI da Pandemia (ou do Genocídio?) para agências de checagem, o relator Renan Calheiros revelou a natureza midiocêntrica da Comissão: um grande efeito Heisenberg no qual prints de portais de notícias entram como “provas” e as “perguntas” dos senadores são na verdade longos discursos para gerar vídeos virais nas suas redes sociais. Não há nenhuma estratégia para cercar os depoentes com perguntas indiretas para induzi-los a contradições. Por isso, a CPI passou batida por duas verdadeiras confissões de culpa do ex-ministro Pazuello: justamente nos momentos em que ele ficou mais relaxado e desandou a falar, assumindo a persona de herói militar – orgulhoso, expôs a sua “missão cumprida” dentro da psy op da guerra semiótica criptografada militar. O orgulho de caserna do general falou mais alto. E a CPI atirou no que viu e acertou no que não viu... e nem percebeu!

quinta-feira, maio 20, 2021

Freud e Jung encontram-se com o Gnosticismo em 'Super Me'


A produção Netflix chinesa “Super Me” (“Qi Huan Zhi Lv”, 2019) é um didático exemplo da complexidade atual dos produtos de entretenimento, muito além dos algoritmos da plataforma de streaming. O filme acompanha um roteirista insone, sem sorte e quase um sem-teto. Até que descobre, nos sonhos, uma forma de trazer tesouros para o mundo real, tornando-se super rico. Porém, hedonismo e ressentimento poderão destruí-lo. Uma fantasia que combina realismo fantástico, romance e comédia com uma narrativa bem adaptada às exigências ideológicas do  atual capitalismo chinês moderno e global. Porém, para não se tornar mais uma narrativa-clichê vazia, faz um mix de Jung e Freud dentro de uma cosmogonia PsicoGnóstica: somos prisioneiros nesse mundo e os sonhos seriam uma forma de libertação. Mas, em todos nós, há uma Sombra que sem misericórdia nos vigia e pune.

terça-feira, maio 18, 2021

Objetofilia: a atração amorosa por objetos como espírito do tempo em "Jumbo"


Uma francesa casou-se com a Torre Eiffel. Mais tarde, divorciou-se do famoso monumento e, atualmente, vive um relacionamento com um guindaste. Uma norte-americana casou-se com uma roda gigante na Flórida, depois de um longo namoro de décadas. Esse é a estranha subcultura do “objectum” ou “objetofilia”: pessoas atraídas amorosamente por objetos. O filme francês “Jumbo” (2020) se inspira nesse universo ao acompanhar uma jovem que se apaixona pela nova atração de um parque temático de um vilarejo: uma enorme roda giratória multicolorida em neon com cadeiras cheias de turistas aos gritos. Um filme estranho que mergulha no psiquismo do desejo e do erotismo com placas de metais e óleo viscoso. Como todo filme estranho, é um sintoma do atual zeitgeist: uma sociedade mercadologicamente organizada para explorar neuroticamente nossas fantasias e desejos mais profundos. No caso, o animismo do chamado “objeto transicional” descrito pela psicanálise de Winnicott.

segunda-feira, maio 17, 2021

Live Cinegnose 360 #3: aconteceu, apesar do Facebook


Apesar de um imprevisto no momento da transmissão no Facebook, aconteceu a “Live Cinegnose 360 #3”. Simplesmente a live programada na fanpage do Cinegnose não iniciava, obrigando esse humilde blogueiro a iniciá-la no perfil pessoal do Facebook. Mas não tem problema: para aqueles que perderam, a gravação está no Youtube (canal Wilson Ferreira), com minutagem na descrição. Ou assista aqui no blog.

Na pauta os seguintes temas: os filmes “Titãs” (uma terrível produção Netflix, mas que revela sintomas do atual espírito do tempo) e o cultuado “Bagdad Café” (1987), do diretor alemão Pery Adlon, filme que se tornou urgente três décadas depois; CPI da Pandemia (ou do Genocídio?) como show midiático dentro da estratégia de guerra semiótica criptografada; Receita para fazer uma Guerra Híbrida explicada para iniciantes; e, dando continuidade à discussão sobre Parapolítica da Live anterior, Semiótica da Macumba: bombas semióticas e Magia.


sábado, maio 15, 2021

É a CPI da Pandemia ou do Genocídio? Pouco importa, o show psy op tem que continuar


Desde o primeiro dia, todo dia, incansavelmente, o governo Bolsonaro opera a psy op da guerra criptografada: gerenciamento de informações caóticas, dissonantes, repletas de pseudo-eventos, não-acontecimentos, balões de ensaio, que depois são desmentidos, confirmados... ou não! Para a grande mídia transformar em narrativas episódicas, com ação, drama, indignação, num jogo de morde-assopra. Com a CPI da Pandemia (ou do Genocídio?) o show continua com um novo pseudo-evento: timing, sincronismos, conflitos de interesse e logística para a cobertura midiática tautista na qual repórteres viram protagonistas da própria notícia em matérias metalinguísticas (primeira evidência de um pseudo-evento). Para quê tudo isso? Seguindo a cartilha de Milton Friedman (Escola de Chicago), criar crises reais ou percebidas como reais para tornar politicamente inevitável a agenda neoliberal. No radar, a privatização do SUS.

sexta-feira, maio 14, 2021

Nesse domingo, Live Cinegnose 360: Filmes, receita de guerra híbrida e semiótica da macumba: bombas semióticas e magia


Neste domingo, 16/05/2021, às 18h00, acontece a terceira edição da “Live Cinegnose 360” que o leitor acompanha tanto no Facebook quanto aqui no blog. Esse humilde blogueiro traz para a pauta os seguintes temas: os filmes “Titãs” (uma terrível produção Netflix, mas que revela sintomas do atual espírito do tempo) e o cultuado “Bagdad Café” (1987), do diretor alemão Pery Adlon, filme que se tornou urgente três décadas depois; CPI da Pandemia (ou do Genocídio?) como show midiático dentro da estratégia de guerra semiótica criptografada; Receita para fazer uma Guerra Híbrida explicada para iniciantes; e, dando continuidade à discussão sobre Parapolítica da Live anterior, Semiótica da Macumba: bombas semióticas e Magia. Como sempre falamos, livre-se do tédio do final de domingo na Live Cinegnose.

quinta-feira, maio 13, 2021

Mais de três décadas depois, 'Bagdad Café' revela um eterno-retorno sem solução


Assistir ao filme “Bagdad Café” (“Out of Rosenhein”, 1987), do diretor alemão Percy Adlon, nos remete a uma estranha sensação de nostalgia melancólica. É uma comédia dramática sobre encontros multiculturais e raciais num café e motel empoeirados e perdidos no meio do Deserto de Mojave. Um filme otimista sem ser agridoce sobre a possibilidade de que as diferenças culturais e raciais, num conjunto de personagens excêntricos e marginalizados pela sociedade, podem encontrar a redenção. Um microcosmo do mal-estar da subjetividade contemporânea sintetizada por personagens que representam todos nós: detetives, viajantes e estrangeiros, embalados pela música “Calling You”. Mais de três décadas depois, vemos que aqueles mesmos temas intensamente discutidos na década de 1980 continuam sem solução. E o que é pior: se transformaram em ferramentas para criar polarizações e dividir politicamente sociedades.

terça-feira, maio 11, 2021

Filme 'Titã': a patafísica tecnológica como sintoma do nosso tempo


“Titã” (“The Titan”, 2018) é um dos piores filmes que este humilde blogueiro já assistiu, com sérios problemas com o princípio básico de qualquer roteiro: verossimilhança e suspensão da incredulidade. E com um ator protagonista tão inexpressivo que os diretores insistem em transformá-lo em híbrido ou alienígena. Um filme destinado a ficar aninhado naquela lista do Netflix “Por que você assistiu...”. E por que este Cinegnose se interessou pela produção? “Titã” revela um sintoma do espírito do nosso tempo: o momento em que a tecnologia se torna tão hipertrofiada e invasiva que acaba inviabilizando as próprias finalidades para as quais surgiu para cumprir, cruzando um “vanish point”. É a patafísica dos sistemas, quando a tecnologia se torna non sense: a “hipertelia”. O nosso planeta está acabando. Temos que fugir para uma das luas de Saturno chamada Titã. Como salvar a humanidade? Resposta patafísica: deixando de ser humanos!

sábado, maio 08, 2021

Domingo, Live Cinegnose 360 #2: filmes, canastrice e ocultismo na política e bombas semióticas


Nesse domingo (09/05) acontece a segunda edição da “Live Cinegnose 360” que você acompanha no Facebook e aqui no blog. Esse humilde blogueiro trará a seguinte pauta: a série “Them”; o filme “Black Box”; a bomba semiótica da falsa capa do jornal The New York Times e a questão dos memes e guerra semiótica nas redes pelo ponto de vista da neurofisiologia; a canastrice na política: por que queremos acreditar em qualquer coisa?; e o conceito de Parapolítica: quando o ocultismo e o esoterismo se tornam ferramentas da política. Além dos últimos lances do xadrez da guerra híbrida brasileira. Fuja do tédio do final de domingo, com informação e conhecimento, na Live Cinegnose 360!

Live Cinegnose 360 no Fecebook: https://www.facebook.com/cinegnose/live/

Pauta da live desse domingo:




quinta-feira, maio 06, 2021

Bombas semióticas e neurofisiologia: falso The New York Times, Globo e Paulo Gustavo


As eleições de 2022 aproximam-se e as primeiras bombas semióticas começam a ser ensaiadas: a ressurreição na TV Cultura do, até então, esquecido programa Manhattan Connection (que virou “o gabinete do ódio do Dória”) e a falsa primeira página do New York Times que circulou nos perfis bolsomínios repercutindo as manifestações das camisetas verde-amarelas no primeiro de maio. As denúncias de agências de checagem e das mídias progressistas são inócuas e só reforçam os efeitos dessas bombas semióticas. Porque elas jogam no campo do automatismo da percepção do aqui e agora, o “acontecimento comunicacional”. Muito mais eficiente do que qualquer denúncia “a posteriori”. A neurofisiologia explica. Enquanto isso, a política do “morde-assopra” da TV Globo em relação a Bolsonaro ficou mais evidente em dois episódios: o mico do jornalista Álvaro Pereira Jr. e o obituário do comediante Paulo Gustavo.

quarta-feira, maio 05, 2021

'Black Box' e a endocolonização: 'Total Recall' se encontra com 'Corra' e 'Amnésia'



O tema do “body insertion” é cada vez mais recorrente nesse século, no cinema e audiovisual: a habilidade tecnológica de inserir a mente de alguém no corpo do outro. Uma combinação de possessão com troca de mentes. Se no passado tínhamos a possessão demoníaca ou espiritual, hoje vivemos a tecnológica, no momento em que nossas mentes são traduzidas pelos modelos computacionais e os algoritmos parecem saber mais de nós do que nós mesmos. Dentro de um verdadeiro processo de endocolonização das mentes. A produção Amazon Prime Video “Black Box” (2020) é mais um exemplo dessa recorrência: depois de perder sua esposa e a sua memória em um acidente de carro, o pai viúvo de submete a um tratamento neurofisiológico experimental, colocando em crise quem ele realmente é. Black Box é um inteligente mix de “Total Recall” (Philip K.Dick), “Amnésia” (Christopher Nolan) e “Corra” (Jordan Peele).

segunda-feira, maio 03, 2021

O ódio racial pós-moderno na série 'Them'


Seguindo a esteira do terror racial de Jordan Peele “Corra” e “Nós”, a série da Amazon Prime Video “Them” (2021-) converge o clássico gótico americano de Lovecraft com o, por assim dizer, “afrogótico”. Dessa vez a casa mal assombrada é uma típica casa de um subúrbio de classe média dos anos 1950, o paraíso idílico do sonho americano. Só que agora, ameaçado pela chegada dos Emory, uma família afro-americana em pleno bairro supremacista branco. Uma família ameaçada por dentro por fantasmas e uma maldição do passado puritano religioso, e por fora pelo ódio racial da vizinhança. Passado e presente são confrontados: na história, a metanarrativa bíblica justificando o racismo. E no presente, a desconstrução pós-moderna que destruiu os meta-relatos, como os da religião. Deixando aflorar a fina flor do ressentimento pós-moderno das sociedades meritocráticas de consumo. Que vai impulsionar o ódio racial, dessa vez sem mais rodeios ou filtros.

Primeira 'Live Cinegnose 360': xadrez da guerra híbrida, filmes gnósticos e bombas semióticas


Nesse domingo (02) rolou a primeira edição da “Live Cinegnose 360”. Quase duas horas passando em revista os acontecimentos da semana no xadrez da guerra semiótica (guerra híbrida e bombas semióticas), filmes gnósticos e a geopolítica internacional do Grande Reset Global. Além de responder as inúmeras perguntas e comentários dos interessados cinegnósticos que participaram da Live. Nesse próximo domingo, sempre às 18h00, teremos a segunda edição do “Cinegnose 360” no Facebook. Venha participar!... pelo menos fugirá do tédio do final de domingo e da indefectível música do Domingão do Faustão... Assista aqui no blog como foi a Live #1.

sábado, maio 01, 2021

Nesse domingo, estreia a live do blog no Facebook: 'Cinegnose 360'


Neste domingo estreia a primeira live “Cinegnose 360” no Facebook, na página do “Cinema Secreto: Cinegnose”, blog que completará doze anos de existência nesse ano. Um olhar “360 graus” para a semana que passou, com informações e análise crítica. Sempre com o olhar gnóstico e transdisciplinar. No cardápio dessa estreia, vamos conversar sobre o grande vencedor do Oscar, “Nomadland”, o curta da semana “Coda”, os últimos lances do xadrez da guerra híbrida brasileira e geopolítica: o evento “Cyber Polygon” e o “Grande Reset Global. A guerra política semiótica brasileira, agora, no modo criptografado na fase “apito de cachorro”, como demonstrou o episódio da reunião vazada com as declarações de pornografia política explícita do ministro Paulo Guedes. A quem interessa “vazamentos” como esses? Ate lá!

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