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terça-feira, agosto 14, 2018

Filme "Extinção" e a Teoria Gnóstica da Intrusão Alienígena



Devo reconhecer que esse humilde blogueiro resistiu muito a assistir ao filme “Extinção” (Extinction, 2018). Vendo o pôster promocional e assistindo ao trailer, tudo levava a crer que o filme seria mais do mesmo nesse subgênero sci-fi sobre aliens invadindo a Terra. Afinal, maniqueísmo e patriotismo marcaram as produções por décadas. Porém, “Extinção” é a prova definitiva sobre as mudanças atuais nesse subgênero – no caso do filme, uma narrativa com interessante ponto de virada que claramente remete à chamada “Teoria Gnóstica da Intrusão Alienígena”. A mais antiga teoria sobre aliens no planeta, 1.600 anos anterior a atual onda de teorias sobre aliens e OVNIs no planeta, iniciada em 1947. Antiga teoria baseada nos textos gnósticos raros derivados das Escolas de Mistérios da antiguidade pré-cristã que se convencionou chamar de “Biblioteca de Nag Hammadi”. Um protagonista com pesadelos recorrentes sobre uma violenta invasão alienígena no planeta, até que a realidade parece materializar seus terríveis sonhos. Mas nada será o que parece. Filme sugerido pelo nosso leitor Felipe Resende.

sexta-feira, agosto 10, 2018

Cinegnose participará do Simpósio "Do Mundo Arcaico às Cosmologias Modernas" no RJ


“Por que o mundo tem que acabar? – Neo-apocalíptica e Escatologias Líquidas”. Esse será o tema da palestra deste humilde blogueiro no Simpósio “Do Mundo Arcaico às Cosmologias Modernas”, evento organizado pela revista eletrônica “Cosmos e Contexto” juntamente com o Centro de Estudos Avançados de Cosmologia (CEAC). O Simpósio acontecerá de 22 a 24 de agosto no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), Rio de Janeiro, com a participação de filósofos, historiadores, cosmólogos, pesquisadores e sacerdotes, procurando um saber antidogmático que questione o monopólio da Ciência na construção da realidade.

quinta-feira, julho 19, 2018

Na série "Colony" uma invasão alienígena demasiado humana


Disponível no Netflix, a série “Colony” (2016-) subverte de diversas maneiras a típica história de invasão alienígena: os humanos podem ser tão amorais e cruéis quanto os aliens e também não há uma metrópole distópica, sombria e em ruínas, mas uma Los Angeles ensolarada sob um persistente céu azul. Mas principalmente, os invasores não criam guerras de extermínio com suas naves ou máquinas monstruosas, como em clássicos do gênero. Apenas exploram as principais fraquezas humanas por meio de ferramentas que a própria humanidade criou para subjugar as fraquezas de outros seres humanos: meios de comunicação, religião, ensino e propaganda que arrancam o pior de nós – ambição, traição, ganância, egoísmo e desejo por poder. Eles não são mais “aliens”: agora são “RAPs” ou “hospedeiros”. Invasores “low profile” que apenas jogam os homens uns contra os outros, tirando seu lucro disso. Uma invasão “demasiado humana”, assim como nas atuais Guerra Híbridas nas quais o poder global invade países conquistando corações e mentes.

domingo, maio 13, 2018

Cigarros e niilismo gnóstico no filme "Lucky"


Um homem solitário e ranzinza confronta a chegada da morte. Com quase 90 anos, ele segue uma rotina espartana: faz alguns exercícios de ioga pela manhã, depois pega o chapéu e caminha através de uma paisagem árida de cactos numa cidadezinha no meio do nada. Trava conversas aleatórias sobre religião, filosofia, moral, game shows da TV, saúde e a morte numa cafeteria e num bar. Enquanto fuma muitos, muito cigarros. E entre seus interlocutores está o famoso diretor David Lynch, que faz um homem que tem uma tartaruga chamada “Presidente Roosevelt”. Esse é o filme “Lucky” (2017) sobre um protagonista ateu que entra na lista de produções sobre personagens excêntricos de uma América profunda. Mas Lucky tem um ateísmo de natureza muito especial – é dotado de um niilismo gnóstico. Ele não crê num propósito ou sentido para a vida. Pelo menos, não para esse mundo.

sábado, abril 28, 2018

Cinegnose discute "bolhas virtuais" e obscurantismo no "Poros da Comunicação"


Por que a Internet deixou de ser uma janela aberta para o mundo para se converter numa bolha virtual dentro da qual cada um de nós vive uma realidade simulada? Por que os algoritmos que animam essa bolhas parecem conhecer mais de nós que nós mesmos? E de que forma a motivação mística tecnognóstica anima esse cenário tecnológico, ameaçando criar novas formas de obscurantismo? Essas foram as interrogações que esse humilde blogueiro levou para o sexto programa “Poros da Comunicação”, transmitido ao vivo pela TV FAPCOM na última quinta-feira (26)  com o tema “Tecnologias e o Sagrado: um Novo Obscurantismo?”. Assista à gravação do debate aqui no “Cinegnose”.

sábado, abril 14, 2018

Filme "Thelma" faz versão muito além do terror de "Carrie - A Estranha"


Em uma nova produção do cineasta dinamarquês Joachim Trier (de filmes cult como “Oslo” e “Mais Forte Que Bombas”), dessa vez o diretor  cria sua própria versão de “Carrie – A Estranha” (1976) do mestre Brian De Palma. Em “Thelma” (2017) vemos o despertar da sexualidade e do desejo de uma jovem educada por toda vida para ser uma cristã devota. Longe de casa, estudando em uma universidade Thelma vê crescer uma atração homoafetiva por uma colega, ao mesmo tempo que crises epiléticas prenunciam poderes paranormais que eventualmente descobrirá. Mas ao contrário do clássico de Brian De Palma, marcado pelo terror, “Thelma” se desloca para o gênero fantástico: o despertar emocional de uma jovem extremamente reprimida cuja luta interior criará emoções tão estressantes que romperão o próprio tecido da realidade. Filme sugerido pelo nosso incansável leitor Felipe Resende.

domingo, fevereiro 18, 2018

Em "The Man From Earth: Holocene" aquilo que o homem mais teme: o niilismo


“The Man From Earth: Holocene” (2017) é a continuação da saga iniciada com o primeiro filme em 2007 com um mix de ficção científica e especulação religiosa: John é um homem que diz ter vivido 14 mil anos, imortal. Um homem erudito que a cada dez anos se muda para ninguém perceber que nunca envelhece. Se no primeiro filme, John faz um embate filosófico e teológico com um grupo de cientistas, nesse segundo filme ele enfrentará duas ameaças: as novas tecnologias invasivas que ameaçam revelar sua identidade; e a busca desesperada do homem em busca de sentido para a existência que vê na imortalidade de John a resposta. O problema é que John Young na verdade é o espelho daquilo que o homem mais teme: o niilismo, a inexistência de qualquer propósito na vida terrestre.  

segunda-feira, dezembro 25, 2017

Os sinais silenciosos que antecedem um golpe em "The Handmaid's Tale"


Para a revista “New Yorker”, publicação dos leitores bem pensantes liberais dos EUA, a série “Handmaid’s Tale” (2017-) é um “distópico conto feminista” da atual era Trump. Mas enquadrar a produção da plataforma de streaming Hulu nesse clichê é confirmar aquilo que a própria série alerta: ao qualificar os sinais do conservadorismo apenas como excrescências religiosas de gente ignorante é mau informada, reduzimos tudo a uma estranha normalidade, sem percebemos os sinais silenciosos cotidianos que antecedem os golpes políticos. Em “The Handmaid’s Tale” a América foi dominada por um estado teocrático fundamentalista cristão. Um desastre ambiental tornou a maioria das mulheres estéreis. As poucas mulheres férteis foram subjugadas e transformadas em “servas”, reduzidas a aparelhos reprodutores de uma elite dominante masculina. O Congresso, a Casa Branca e o Supremo Tribunal foram massacrados e a Constituição foi substituída pela leitura radical dos versículos da Bíblia.    

domingo, dezembro 24, 2017

O espírito do tempo do Natal em "Santa Claus" e "Star Wars Holiday Special"


O que há em comum entre o filme mexicano “Santa Claus” (1959, aka “Santa Claus vs. The Devil”) e “Star Wars Holiday Special” (1978), o especial de Natal da CBS, considerado a pior coisa já feita para a TV? Cada uma dessas produções, na sua época, traduziu o Natal de acordo com o “espírito do tempo”. O primeiro, na esteira do início da corrida espacial e Guerra Fria EUA e URSS. E o segundo, no rastro do sucesso do filme de 1977, já antevendo o computador pessoal e compras e comunicação através da Internet. Contextos tecnológicos e políticos diferentes que criaram, cada um no seu tempo, formas diferentes de interpretar os simbolismos natalinos: o primeiro, global; o segundo, cósmico. Mas os destinos das produções foram diferentes: “Santa Claus” foi um dos filmes natalinos mais reprisados da TV norte americana; enquanto “Star Wars Holiday Special” foi renegado pelos atores, fãs e pelo próprio George Lucas: “eu queria apenas tempo e um martelo para destruir cada cópia”, lamentou.

sábado, dezembro 16, 2017

Três "Contos Maravilhosos" para novos mérito-empreendedores


Hoje a grande mídia esforça-se para demonstrar imparcialidade para não se desmoralizar de vez diante de telespectadores e leitores. Diante da crise econômica crônica e da tragédia social brasileira, a mídia é obrigada a abandonar o confortável campo semiótico da dissimulação (simplesmente mentir, omitir ou censurar) para aplicar a estratégia mais trabalhosa da simulação: tem que mostrar as mazelas brasileiras. Mas o desafio é transformá-las em “contos maravilhosos” no sentido dado pelo pesquisador de narratologia, Vladimir Propp – o estudo da estrutura narrativa recorrente em todos contos de fadas. Agora o jornalismo corporativo tenta transformar personagens anônimos da tragédia brasileira em protagonistas de contos de fadas pós-modernos. O “Cinegnose” analisa três contos maravilhosos midiáticos: o conto “a economia alquímica para as massas”, o conto do “presépio vivo de uma moradora de rua” e o conto “a virada maravilhosa de um homem em um economia que cresceu 0,1%”.

quinta-feira, dezembro 07, 2017

Mídia dilui significado da descoberta de papiro com "ensinamentos secretos" de Jesus


As notícias foram dadas como alguma coisa entre Indiana Jones, conspirações do “Código da Vinci” de Dan Brown ou sobre Jesus convenientemente próximo do Natal. As notícias sobre a descoberta do manuscrito em grego do “Primeiro Apocalipse de Tiago” (manuscrito apócrifo gnóstico até então conhecido em linguagem copta da chamada “Biblioteca de Nag Hammadi”), perdido no acervo da Universidade de Oxford, foram cercadas por uma mitologia midiática que sempre é acionada para diluir aquilo que é de mais virulento e revolucionário no Gnosticismo (razão pela qual foi tão perseguido por toda a História): os conflitos políticos e econômicos como parte do drama de uma luta cósmica entre o Bem e o Mal, sem superação dialética ou solução evolutiva. A grande mídia cobriu a descoberta como “religiosa”, diluindo a potencial ameaça às instituições desse mundo: de que Jesus não veio para nos “salvar”, mas para nos revelar algo que já existe dentro de nós – apenas nos fazem esquecer através de ilusões. E a mídia que “noticia” a descoberta do manuscrito é uma delas.

domingo, dezembro 03, 2017

Em "Cosmodrama" Ciência, Religião e Filosofia travam duelo sem rumo


Sete astronautas, acompanhados por um cachorro e um chipanzé, acordam em uma espaçonave depois de saírem do estado de criogênico. Nenhum deles sabe o que está fazendo ali ou qual o destino final da viagem. Aparentemente a nave (um mix vintage da “Discovery” de “2001” e a “Enterprise” da série de TV “Star Trek”) está programada para funcionar automaticamente. Eles apenas terão que confiar na própria capacidade de observação para especular o propósito de tudo aquilo. Logo descobrirão que cada um é especialista em um área do conhecimento: Psicologia, Astronomia, Semiótica, Jornalismo, Filosofia, Biologia e Genética. Esse é o filme francês “Cosmodrama” (2015) de Phillipe Fernandez. Com delicadeza e humor, através de gags e situações absurdas, introduz o espectador às grandes especulações cosmológicas sobre o início e o fim do Universo: o Big Bang, a Eternidade, o design inteligente e o universo holográfico. Ciência, Religião e Filosofia duelam entre si para entender o propósito da existência. Porém, o mistério maior permanece: mas afinal, o quê é aquela espaçonave? Com a colaboração do nosso infalível leitor Felipe Resende.

quarta-feira, novembro 29, 2017

"Crumbs": o primeiro sci-fi da Etiópia é sobre o apocalipse ocidental


Em um mundo pós-apocalíptico, um homem fará uma jornada espiritual em busca do... Papai Noel, para que realize seu sonho de leva-lo para uma espaçonave que está parada no céu. Enquanto isso, sua esposa reza num altar com a foto de Michael Jordan para que divindades como “Justin Bieber IV” e “Paul MacCartney XI” os proteja nessa difícil missão. Esse é o primeiro filme de ficção científica da Etiópia: “Crumbs” (2015) de Miguel Llansó sobre um futuro em que tudo o que restou da antiga civilização foram brinquedos, objetos e detritos de plástico e vinil da extinta cultura pop. Sem terem a memória do mundo anterior ao apocalipse, criaram uma nova mitologia transformando todos esses restos do passado em símbolos místico-religiosos e amuletos de sorte. Toda a bizarrice e surrealismo de “Crumbs” nos faz pensar: assim como eles, será que também mitologizamos símbolos e objetos antigos, criando novas religiões tão loucas quanto as do filme “Crumbs”?

quarta-feira, novembro 22, 2017

O niilismo gnóstico de Tarkovsky contra Ciência, Religião e Arte em "Stalker"


“Stalker” (1979), segundo filme de ficção científica do soviético Andrei Tarkovsky após “Solaris” (1972), está conectado tanto com o passado quanto futuro: com a misteriosa explosão em Tunguska, Sibéria, em 1908 e com o acidente nuclear de Chernobyl em 1986, cujo argumento do filme foi estranhamente profético. Um stalker (guia ilegal) conduz um cientista e um escritor para “A Zona” – região misteriosa desértica e em ruínas (lá teria caído um asteroide ou nave alienígena) cercada por forte aparato policial. Nessa zona proibida existiriam estranhos poderes capazes de realizar os desejos mais recônditos de quem sobrevivesse a suas armadilhas mortais. Para Tarkovsky, “A Zona” seria o microcosmo da própria vida: Ciência, Arte e Religião se confrontam em uma batalha niilista para ver quem herdará o que restou da sociedade moderna – mesmo depois do fim, a ilusão, a fé vulgarizada e oportunismo lutam entre si.

quarta-feira, novembro 15, 2017

A fé em um mundo sem Deus no filme "Entre o Bem e o Mal"




“Entre o Bem e o Mal” (“Adams Æbler”, 2005), comprova a tese de que os melhores filmes religiosos no cinema foram feitos por ateus. Escrito e dirigido pelo dinamarquês Anders Thomas Jensen, é uma tragicomédia de humor negro sobre um neonazista condenado a prestar serviços comunitários em uma remota igreja no campo. Lá encontra um padre cuja fé é baseada em um patológico otimismo de negação da realidade, e dois ex-presidiários: um muçulmano que continua roubando postos de gasolina à noite e um ex-jogador dinamarquês de tênis profissional, alcoólatra e cleptomaníaco. Mas o sacerdote acredita na bondade humana, mesmo em um neonazista que esmurra sua cara. O filme baseia-se em um argumento paradoxal: pouco importa sabermos se Deus existe, se continuaremos sofrendo do mesmo modo. Portanto, só nos restaria a solução introspectiva pessoal: a fé em um mundo sem Deus. Filme sugerido pelo nosso leitor... você sabe quem: Felipe Resende.

quarta-feira, novembro 01, 2017

As 10 revelações gnósticas na série "Philip K. Dick's Electric Dreams"


Philip K. Dick escreveu seus contos sob a sombra do macarthismo da Guerra Fria onde a lealdade e confiança eram as principais armas contra a traição e delação de um sistema totalitário. Mas para ele, esse sistema não era apenas político, mas cósmico – obra de um Deus demente, um Demiurgo Criador que nos aprisiona por meio da ilusão moral (culpa) e ontológica (o princípio de realidade). A nova série da rede britânica Channel 4 “Philip K. Dick’s Electric Dreams” (2017-) adapta esses contos de ficção científica que conduziram o escritor até a violenta epifania mística em 1974, na qual teve visões, sonhos e revelações místico-religiosas que o levaram ao gnosticismo cristão. Os 10 contos que compõem a primeira temporada da série apresentam não só a atmosfera do anticomunismo da Guerra Fria do momento em que foram escritos. Mas didaticamente nos mostra os 10 grandes princípios da Revelação Gnóstica que orientaram toda a obra do escritor. Por isso Philip K. Dick tornou-se visionário: cada vez mais a realidade atual se assemelha a um conto dele.

sábado, outubro 07, 2017

Engenheiro do Google e Uber funda igreja para criar divindade com Inteligência Artificial


O engenheiro por trás do projeto de Inteligência Artificial do carro sem motorista do Google e carros e caminhões autodirigidos do Uber, Anthony Levandowski, criou nos EUA a igreja “Way to the Future”. Seu objetivo: criar uma divindade baseada em IA para, através da adoração e compreensão, “melhorar a sociedade”. Um “Deus Ex Machina” que não só livraria o homem de qualquer responsabilidade ética ou moral dos seus atos mas também serviria de plataforma para a imortalidade humana digital. Com o apoio de igrejas que combinam Trans-humanismo (h+) com redenção cristã, Levandowski é mais um exemplo das motivações místico-religiosas por trás dos empreendimentos do Vale do Silício. Uma estranha combinação entre IA, fundamentalismo cristão e empreendedorismo das startups tecnológicas. E irradiada para todo planeta por meio da mídia corporativa como modelo de progresso para o século XXI.

domingo, setembro 24, 2017

A gnose de um fantasma em "A Ghost Story"


Muitas religiões falam de um ponto entre a vida e a morte no qual vagam, entre os vivos, fantasmas daqueles que por algum motivo não conseguem deixar esse mundo. Mas “A Ghost Story” (2017) nos apresenta um fantasma diferente: um jovem morto prematuramente coberto por um lençol como um fantasma de Halloween. Um observador silencioso preso a uma casa que vê moradores chegando e mudando-se. Um filme sobre a percepção do tempo e a permanência. O que o prende naquela casa, silenciosamente observando os vivos? Talvez, os mesmos motivos que fazem os vivos serem prisioneiros dessa vida, sem jamais alcançarem a gnose. E como as questões nietzschianas como a morte de Deus e o eterno retorno permeiam a angústia existente tanto nos vivos como nos mortos. Outro filme sugerido pelo nosso intrépido leitor Felipe Resende.

sexta-feira, setembro 08, 2017

Cinco evidências de que Bitcoin é uma religião


Criada em 2009, Bitcoin é uma moeda digital controlada por uma rede peer-to-peer sem depender de bancos centrais e com um mercado de bilhões de dólares. Bitcoin parece ser movido por um ímpeto anarquista porque seus seguidores odeiam governos e autoridades financeiras. Mas suas ações são espirituais, lembrando uma religião com um Criador, messias profetas, confirmando a tendência humana de perceber no dinheiro e valor atributos inerentemente mágicos e místicos. E como toda religião, tem a cortina que esconde o Mágico de Oz: o “fetichismo da mercadoria”, tal como diagnosticou Karl Marx no século XIX sobre o velho Capitalismo, a cortina que esconde a reprodução da desigualdade. O “Cinegnose” lista cinco evidências de que o Bitcoin é mais uma religião, porém mais “cool” do que a Teologia da Prosperidade das igrejas neopentecostais. Porque Deus desceu ao mundo não mais sob a forma de dinheiro, mas agora como Criptografia e Matemática.

quinta-feira, agosto 31, 2017

O Pequeno e Irônico Dicionário para Aspirantes ao Mérito-empreendedorismo


Ok, vocês venceram! Por isso, o “Cinegnose” vai dar uma ajuda aos aspirantes e adeptos da nova religião do mérito-empreendedorismo (meritocratas + empreendedores) desse admirável mundo novo, no qual maquininhas de crédito e débito substituíram da Carteira de Trabalho por meio da inabalável fé de que, um dia, a força de trabalho se transubstanciará em Capital. Para entender esse Mistério da transubstanciação de uma categoria econômica em outra (que se equivale ao da Santíssima Trindade ou da própria redenção de Cristo) é urgente dominar o jargão hermético dessa seita – “foco”, “nicho”, “aplicativo”, “sustentabilidade”, “agregar”, “gestão”, “inteligência” entre outros termos aparentemente inescrutáveis. Bem vindo à Metafísica da Teologia desses novos tempos, através do “Pequeno e Irônico Dicionário para Aspirantes ao Mérito-Empreendedorismo”.

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