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domingo, agosto 06, 2017

Curta da Semana: "This Is Why Eating Healthy Is Hard (Time Travel Dietician)" - vivendo e não aprendendo


A lista dos alimentos saudáveis e não-saudáveis é mutante: muda ao sabor da última pesquisa científica de alguma universidade famosa ou artigo publicado em um revista médica. O que era cancerígeno no passado, pode ser a salvação na semana que vem. O curta “This Is Why Eating Healthy Is Hard - Time Travel Dietician” (2017), do site de vídeos de humor “Funny or Die” leva essa situação à ficção científica – em 1979, um casal vê o seu almoço interrompido por um nutricionista que veio do futuro. Para impedir que comam ovos: basta um para aumentar as chances de infarto! O nutricionista vai e volta do futuro várias vezes em questão de segundos, sempre com descobertas contraditórias – o ovo já não mata mais... agora é a carne vermelha. Ovos agora são saudáveis... e assim por diante. E o pobre casal não consegue almoçar. O humor “hipo-utópico” do curta levanta algumas questões: o problema da midiatização da Ciência e porque o Tempo e a História não são capazes de nos ensinar.

terça-feira, junho 13, 2017

Curta da Semana: "Cream" - a estrada da história das invenções está coberta de cadáveres


O que aconteceria se um cientista descobrisse um creme capaz não só de tirar manchas do rosto em questão de segundos, mas que também fosse capaz de produzir mágicos efeitos colaterais? - curar doenças, acabar com a fome, a pobreza, a morte, a tristeza e até fazer crescer florestas em desertos e despoluir o ar e rios. Todos ficariam felizes... menos algumas pessoas cujo poder depende da deliberada fabricação da escassez para a criação de valor e lucro – e por isso a estrada da história das invenções seria coberta por cadáveres. Esse é o tema dessa pequena fábula contemporânea, o curta “Cream” (2017) David Firth, conhecido pela série de animação de humor negro e terror psicológico “Salad Fingers”. Com surrealismo e um humor politicamente incorreto que lembra “South Park”, Firth introduz o espectador às principais teses do ativismo-conspiratório: as descobertas científicas filtradas ou censuradas pelas necessidades mercadológicas e a grande mídia como a principal ferramenta de engenharia de opinião pública.

quinta-feira, junho 01, 2017

O horror e a patologia humana no filme "A Cura"


À primeira vista parece um gigantesco pastiche de duas horas e meia de referencias a filmes como “Ilha do Medo”, “O Iluminado”, “Drácula” e filmes B de terror. Mas tudo isso é uma superfície narrativa. “A Cura” (“A Cure for Wellness”, 2016) trata de como o homem tirou Deus do seu altar de adoração e pôs no lugar a Ambição, gerando a patologia do homem moderno. O que garantirá uma inesgotável matéria-prima para um experimento que mistura geneticismo e horror. Um jovem agressivo e ambicioso corretor do mundo financeiro vai resgatar um CEO da sua empresa em um spa nos Alpes suíços famoso pelas suas águas terapêuticas. Para ali encontrar uma jornada pelo horror e o fantástico que exigirá a verdadeira cura: a transformação interior. Filme sugerido pelo nosso leitor Felipe Resende.

quarta-feira, abril 26, 2017

Um trem desaparece em anomalia topográfica no metrô de Buenos Aires em "Moebius"


Ao contrário dos filmes sci-fi que exploram os paradoxos temporais, o filme argentino "Moebius" (1996) explora os paradoxos espaciais, transformando-se numa espécie de thriller matemático. Inspirado na enigmática figura topológica da "fita de Möbius", a narrativa interpreta-a como um portal dimensional, lembrando das origens sagradas da Geometria na antiguidade. Um trem desaparece no metrô de Buenos Aires. A rede do metropolitano ficou tão complexa que assumiu a forma da "fita de Möbius" - figura geométrica paradoxal que não possui o lado de "dentro" e de "fora". Sem saber os engenheiros projetaram um portal por onde o trem passou. E ele continua viajando, invisível e prisioneiro de uma anomalia espacial.

sábado, abril 22, 2017

Deus joga dados em não-acontecimento da Champ Élysées


Nas imagens da CNN estranhamente a câmera parece dar a deixa para as ações na Champs Élysées: quando veem a câmera bombeiros e paramédicos começam a correr não se sabe para onde, enquanto cruza a cena policiais antimotim com escudos, capacetes fortemente armados em fila – para onde estão indo se a área foi isolada e o atirador já  está morto? Inúmeras anomalias marcaram mais um não-acontecimento às vésperas das eleições presidenciais na França. E como sempre (Londres, Berlim, Nice, Bataclan, Charlie Hebdo etc.) mais recorrências e sincronismos. Enquanto a Ciência tenta compreender a realidade a partir de fenômenos recorrentes e eventos sincrônicos, o Jornalismo ainda crê em acidentes, no acaso e nas fatalidades. Para a grande mídia, fora desse mundo no qual Deus parece jogar dados com os acontecimentos, estão à espera os paranoicos teóricos da conspiração. Mas dessa vez a “coincidência” entre os tiros no boulevard mais famoso do mundo e o debate eleitoral num estúdio de TV foi além da conta...

sábado, março 18, 2017

Teoria da Terra Plana renasce mais uma vez em tempos difíceis


A Terra é um disco plano e cercada por um muro de gelo que chamamos de Antártida. O Sol e a Lua são apenas discos luminosos que giram sobre o plano terrestre e os planetas não existem. São apenas estrelas firmadas em uma abóboda. E a NASA esconde tudo simulando viagens espaciais e fotos da curvatura terrestre. Acredite, essa teoria que cada vez mais ocupa espaço na Internet com textos e vídeos com um crescente número de seguidores. Mas teoria da Terra Plana não é nova na era moderna. É recorrente na História em momentos de crise política e econômica, como hoje. Por exemplo, teorias da Terra Oca e Plana foram adotadas pelo Nazismo para se opor à “ciência materialista” e injetar magia e misticismo na Política por meio de sociedades secretas como a Vril e Tule, antes da Segunda Guerra. A Ciência transforma-se em fundamentalismo religioso, expressão da polarização e intolerância política do momento. Mas os terraplanistas acertam em um ponto: toda cartografia é uma representação político-imaginária.

sábado, março 11, 2017

A fronteira final: neoliberalismo vai ao espaço com Elon Musk


“O Espaço, a fronteira final...”. Os leitores devem conhecer a introdução dos episódios da série Jornada nas Estrelas. Mas dessa vez, não teremos o Capitão Kirk ou o Sr. Spock. Mas o jovem empresário Elon Musk que promete com a empresa SpaceX levar turistas para dar volta na Lua e colonos para Marte e além. Cientistas e operadores de Wall Street o qualificam como alguma coisa entre “fraude” e “máquina de queimar dinheiro”, embolsando verbas públicas enquanto faz intrincadas manobras societárias com suas empresas como a Tesla Motors e a SolarCity. Em muitos aspectos lembra a trajetória do ex-oitavo homem mais rico do planeta, Eike Batista. Mas a retórica de Musk enche os olhos da grande mídia: é o “Tony Stark da vida real”, pronto para provar como os velhos valores do capitalismo (competição e mercado) podem ser combinados com economia sustentável e “tecnologias limpas” do século XXI. Ele promete levar o neoliberalismo à última fronteira. Mais do que ninguém, Elon Musk sabe como são voláteis as fronteiras entre a especulação do mundo das finanças e da mídia.

terça-feira, março 07, 2017

Curta da Semana: "Night Mayor" - Aurora Boreal, Nikola Tesla e a energia livre


Quando pensamos em Modernidade o que lembramos? Tecnologia, velocidade, capitalismo, urbanidade, eletricidade, o cinema. Um verdadeiro turbilhão para onde somos transportados quando assistimos ao curta “Night Mayor” (2008) do canadense Guy Maddin. Misturando o atual estilo do falso documentário (mockumentary) com a linguagem e fotografia do cinema mudo, Maddin nos conta a história de um inventor bósnio que em 1939 descobriu no Canadá que a Aurora Boreal é na verdade constituída por melodias e imagens. E que poderiam ser transmitidas livremente pelas linhas telefônicas através do “Telemelodium”. Mas o governo não vai gostar muito dessa invenção... O curta é uma pequena obra-prima claramente inspirado no inventor croata Nikola Tesla que pagou com a própria vida uma descoberta feita em 1899 que poderia colocar em risco o Capitalismo: a energia livre.

domingo, dezembro 18, 2016

Curta da Semana: "Monkey Love Experiments": amor, macacos e corrida espacial



Corrida espacial entre EUA e URSS nos anos 1960. Enquanto os americanos mandavam para o espaço macacos, na Terra um cientista fazia cruéis experiências para estudar a privação do amor maternal e social com filhotes de macacos rhesus. Essa situação paradoxal da Ciência inspirou o curta “Monkey Love Experiments” (2014) que emula os famosos vídeos das experiências do Dr. Harry Harlow sobre a natureza do amor. Um pequeno filhote em sua cela agarrado a sua mãe artificial sonha em ser mais uma macaco que será enviado para o espaço. O curta sugere duas discussões: os rituais de sacrifício aos quais sociedade submete a infância; e como Ciência, para estudar o amor, não deve amar o próprio objeto que estuda.

sexta-feira, outubro 21, 2016

"Computers for Everyone": houve uma falha na Matrix em 1965?


Em 1965, uma obscura revista de história em quadrinhos inglesa para crianças e jovens chamada “Eagle” publicou um artigo intitulado “Computers For Everyone”. O texto previa com assombrosa exatidão o surgimento dos motores de busca na Internet para os anos 1990 e serviços análogos aos atuais Netflix, Kindle e Skype. Isso, cinco anos antes da pré-história da moderna Internet, a Arpanet em 1969. O que espanta é que foram profecias bem diferentes daquelas famosas de escritores como Júlio Verne ou H.G. Wells: em pleno mundo analógico dos anos 1960, o artigo previa gadgets digitais como a Internet das Coisas. Apenas boa futurologia? Ou haveria uma outra narrativa para a história da ciência e tecnologia? Todas as invenções que irão estruturar o futuro já foram descobertas e patenteadas. Elas são “desovadas” aos poucos, de acordo com necessidades estratégicas de mercado, políticas ou militares. Poderiam assombrosas visões do futuro como essas publicadas em um comic book isolado ser uma falha na Matrix? Um verdadeiro déjà-vu?

sábado, outubro 01, 2016

Curta da Semana: "Waltz For One" - o medo do futuro


Enquanto EUA e URSS disputam a corrida espacial dos anos 1960, um excêntrico milionário financia sua própria viagem espacial buscando quebrar o recorde de permanência solitária em orbita da Terra. Mas um irritante “beep” de mau funcionamento do sistema somado à claustrofobia e delírio no interior de uma minúscula cápsula ameaçam a missão. Esse é o curta “Waltz For One”  (“Valsa para Um”, 2012), lançado pelo coletivo de artistas “Intellectual Propaganda”.  É muito mais do que uma paródia aos cânones de filmes do gênero (entre eles, “2001” de Kubrick): é uma melancólica desconstrução do gênero ficção científica, enfraquecido na pós-modernidade porque perdeu a própria essência que o constituía - a visão confiante e utópica no futuro. O sintoma de uma sensibilidade atual marcada pela incerteza e temor em relação ao futuro.

segunda-feira, agosto 01, 2016

Curta da Semana: série "Bendito Machine" - relaxe, tudo está sob controle


“Relaxe, tudo está sob controle” é o que sempre parecem nos dizer as máquinas e as tecnologias. Por isso elas nos fascinam e nos gratificam a ponto de se tornarem modernas religiões. É o que nos mostra a série com cinco curtas de animação “Bendito Machine” (2006-2014). Produzida pelo estúdio espanhol Zumbakamera, cada episódio apresenta máquinas que sempre parecem “defecar” pequenas criaturas globulares com olhos que nos controlam por meio da oferta dos prazeres da ambição e gula. Em tempos de apps virais como o Pokémon GO chegando em terras brasileiras, assistir a essa série é obrigatório.

sábado, junho 04, 2016

Em "Regressão" Religião e Ciência trazem medo e histeria



Com o filme “Regressão” (Regression, 2015) o diretor Alejandro Amenábar retorna ao seu tema predileto de filmes como “Abre Los Ojos” ou “Os Outros”: as ilusões criadas pela nossa percepção. Um detetive e um psicólogo investigam o caso de uma jovem vítima de abuso sexual pelo seu pai. A aplicação de terapia de regressão por hipnose revela evidencias de uma seita secreta de cultos satânicos envolvendo estupros, raptos e sacrifícios. O que transforma uma pequena comunidade em vítima do medo e histeria coletiva. Mas Amenábar nos mostra outro tipo de regressão: como a Religião e, principalmente a Ciência, que deveriam ser instrumentos de verdade ou esperança, transformam-se em incitadores do medo, ignorância e histeria. Filme sugerido pelo nosso leitor Felipe Resende.

domingo, maio 22, 2016

Cérebros humanos podem ser ressuscitados no projeto pós-humano "ReAnima"


Longe de Frankenstein e mais próximo de filmes pós-humanistas e tecnognósticos como “A Ilha”, “Ex-Machina” ou “The Machine”. A realidade está cada vez mais próxima da ficção. Estamos falando sobre o Projeto ReAnima da empresa norte-americana Bioquark que pretende ressuscitar cérebros de pacientes dados como clinicamente mortos e ainda mantidos vivos por meio de equipamentos. A ideia é encontrar na mente o botão de “reiniciar” e encarar o cérebro como um HD que poderia ser reformatado. Sem as memórias, de quem seria essa mente ressuscitada? Ou a questão mais sombria: para quê? Guerra, mercado e a imortalidade de uma elite poderiam estar por trás dessa agenda tecnocientífica.

segunda-feira, março 28, 2016

Em "O Cérebro Que Não Queria Morrer" o pesadelo da ciência tecnognóstica


Um filme que assombrou a infância desse humilde blogueiro. Assistido décadas depois, o filme de terror sci fi “O Cérebro Que Não Queria Morrer” (The Brain That Wouldn’t Die, 1962) comprova ser uma verdadeira cápsula do tempo: mostra uma Hollywood onde a herança cultural europeia ainda estava presente na crítica à ética do progresso científico – a consciência ou “alma” não se localiza exclusivamente no cérebro (ecos da psicologia Gestalt e da Fenomenologia), o que torna a experiência do protagonista (o transplante da cabeça de sua noiva) moralmente abominável. Bem diferente da atualidade, onde a agenda tecnognóstica na Ciência crê numa consciência descorporificada que poderia ser traduzida em bytes e aspirar à eternidade.

sábado, março 26, 2016

Em "Closer To God" o mito de Frankenstein enfrenta a Ciência, Mídia e Religião


Como o clássico terror gótico “Frankenstein” seria contado no século XXI? Certamente o cientista teria a sua disposição a clonagem e contra ele o sensacionalismo midiático alimentando uma turba enfurecida de fundamentalistas religiosos pregando o fim da Ciência e uma nova Idade Média. Esse é o terror independente “Closer To God” (2014) de Billy Senese, onde vemos o drama de um geneticista criador do primeiro clone humano e que terá que enfrentar uma extensa cobertura midiática que o transforma em alvo de diversos grupos religiosos radicais e violentos. Um filme que evita os clichês hollywoodianos do “cientista louco” e do maniqueísmo “Ciência versus Religião”. Todos os lados (Ciência, Mídia e Religião) têm suas mazelas e culpas. E o único ser próximo de Deus é a pequena Elizabeth, o bebê clone inocente de toda a tragédia ao redor. Filme sugerido pelo nosso leitor Antonio Oliveira.

sábado, fevereiro 20, 2016

Mídia esconde dissidentes de Einstein na descoberta das ondas gravitacionais


O anúncio de que pela primeira vez cientistas detectaram ondas gravitacionais que passaram pela Terra originadas de uma fusão de dois buracos negros foi recebido pela grande mídia como “revolução na astronomia”,  “janela aberta para um novo Universo” e “confirmação das previsões da Relatividade Geral de Einstein”. Mas todo esse “hype” que leva a grife de Einstein (o ícone pop da genialidade) esconde uma crise na Física provocada pelos resultados de experiências com interferômetros que buscam ondas desde o século XIX: a disputa entre Éter versus Relatividade – de um lado os dissidentes de Einstein (Nikola Tesla, Dayton Miller etc.) que defendiam um Universo cujo espaço é preenchido pelo Éter (substrato pré-físico de onde se originaria toda energia); e do outro o modelo Newtoniano do vácuo e inércia, além de Einstein que substituiu a noção de Éter pelo continuum espaço-tempo. A descoberta dos cientistas do LIGO suscita a dúvida central dessa crise: como uma onda se propaga no vazio?

Pessoas de todo mundo comemoraram nesse mês o anúncio de cientistas do LIGO (Laser Interferometer Gravitational Wave Observatory nos EUA) de que, pela primeira vez, foram diretamente detectadas ondas gravitacionais – ondulações no tecido do espaço-tempo previsto há 100 anos na Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein.

Em setembro do ano passado a dupla de detectores do observatório, localizados na Louisiana e Washington, gravaram uma fraca vibração que atravessou o planeta. As análises revelaram ser ondas gravitacionais originadas do encontro de dois buracos em movimento de espiral que se fundiram criando um cataclismo cósmico que deformou o espaço-tempo.

terça-feira, novembro 03, 2015

"Perdido em Marte": o estranho filme destoante de Ridley Scott


Um filme que destoa do conjunto da obra de Ridley Scott – “Alien”, “Blade Runner”, “Prometheus” entre outros universos distópicos. “Perdido em Marte” é um sci fi estranhamente otimista sobre um astronauta deixado só numa missão no planeta vermelho após um acidente, à espera da morte. Mas ele é cientista e botânico com a determinação de um MacGyver ou de um John McClane de “Duro de Matar”, com suas principais armas: lonas e fitas de silver tape. Contando com o velho clichê do “nenhum americano será deixado para trás”, o filme parece uma grande peça de propaganda NASA/complexo militar americano. Será que foi alguma obrigação contratual da Fox ao diretor Ridley Scott na sua quarta produção seguida pelo estúdio? Estaria Scott seguindo os supostos passos de Kubrick nas relações perigosas com a NASA?

“No espaço ninguém poderá ouvir seus gritos”. É surpreendente que o autor dessa linha de diálogo do filme Alien, o diretor Ridley Scott (artífice de universos distópicos e gnósticos como em Blade Runner e Prometheus), tenha dirigido Perdido em Marte com linhas de diálogo como “o mundo inteiro está torcendo por um só homem”. E ainda com um protagonista que tenha falas como “o primeiro homem a pisar fora dessa sonda”... “o primeiro a subir essa colina”, “o maior botânico do planeta”... “o pirata espacial”... “o colonizador de Marte”... “foda-se Marte...”.

terça-feira, julho 28, 2015

Em Observação: "Cosmodrama" - A metafísica no espaço

Sete astronautas despertam do sono criogênico em uma estranha espaçonave que parece ter saído de alguma série sci fi dos anos 1960. Eles não sabem qual o propósito de estarem ali, de onde vieram e para onde vão, e a nave parece funcionar automaticamente Essa é a premissa do filme francês “Cosmodrama” (2015), uma tragicomédia com uma evidente alusão sobre a condição humana nesse planeta. Estreou esse ano no Festival Internacional de Rotterdam e a crítica especializada vem definindo o filme como “a metafísica no espaço”. A cada cena, a tripulação tenta formular teorias físicas, religiosas, filosóficas ou semióticas sobre a natureza da espaçonave onde estão prisioneiros. Por isso, “Cosmodrama” tem um evidente sabor gnóstico.

segunda-feira, julho 06, 2015

"Divertida Mente" transforma pesquisas de controle da mente em entretenimento


A crítica especializada vem considerando a nova animação da Pixar, “Divertida Mente” (Inside Out, 2015), como a mais criativa e emocionante do estúdio. Certamente comprova como a Pixar é capaz de transformar em entretenimento um conteúdo politicamente sério: as pesquisas do psicólogo Paul Ekman, pioneiro dos estudos das conexões entre as emoções e expressões fisionômicas – estudos iniciados pela CIA e Departamento de Defesa dos EUA para criar modernos detectores de mentira em suspeitos de terrorismo. Dessa maneira, “Divertida Mente” é mais um produto midiático que reflete a atual agenda tecnocientífica: o projeto das cartografias e topografias da mente – criar modelos de simulação baseados nas neurociências, Cibernética e ciências da computação que desvendem o funcionamento da mente e da consciência.  Por trás do entretenimento há um propósito muito mais sério: controle e manipulação da mente, seja pela via fármaco ou pelo controle de massas através de dispositivos como o Neuromarketing.

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