Depois de filmes sobre ícone pop como Elton John e Freddie Mercury, agora foi a vez de Elvis Presley. Mas com uma ajuda de peso: Tom Hanks no papel de vilão. “Elvis” (oito indicações ao Oscar, entre eles Filme, Ator e Fotografia) é um musical que pretende mais do que renovar a mitologia do rei do rock para as novas gerações. Mas, principalmente, pasteurizá-la dentro do atual imaginário “woke” dos “Novos Democratas” no poder global. E Tom Hanks é o especialista em resgatar e defender as bases da mitologia pop norte-americana, como em Forrest Gump, Apolo 13, O Náufrago, O Círculo, entre outros. Hanks é tão “all american” quanto uma torta de maçã. O filme transforma a histórica relação simbiótica entre Elvis, o infame agente Coronel Parker e a Guerra Fria em “relação tóxica”. Para passar o pano nos detalhes mais incômodos da trajetória do ícone e transformá-lo na “esperança branca” que buscava uma América racialmente igualitária. Esquecendo de como o mito “Elvis The Pelvis” foi instrumento de guerra cultural e política.