quinta-feira, abril 09, 2020
Wilson Roberto Vieira Ferreira
O leitor deste Cinegnose deve lembrar do filme “Ela” (Her, 2013) no qual um homem triste e solitário se apaixona pela voz de uma Inteligência Artificial, sem prestar atenção no sistema operacional que roda por trás da interface da tela. A situação desse protagonista é análoga ao atual cenário político e opinião pública sequestrados pela sofisticada guerra criptografada que pula na interface como ícones em uma tela: Bolsonaro X Mandetta, Negacionistas X Ciência, Weintraub X China, Bonsonaro X General Braga Neto, Bolsonaro X governadores, e assim “ad infinitum” numa espiral de simulações de polarização. De repente, por contraste, Mandetta, Doria e Witzel surgem como faróis da Razão e da Ciência. Quando, há não muito tempo, desmontavam o SUS, atiravam em “cabecinhas” e mandavam a polícia atirar em bailes funks. Todos hipnotizados por uma interface criptografada, enquanto por trás roda um sistema operacional (SO) com atores em piloto automático, criando dissonâncias, conflitos e “golpes brancos” para excitar o distinto público. Atores que se promovem mutuamente, enquanto o SO, oculto pela criptografia roda a sua agenda secreta da Operação Pandemia global: com recursos públicos injetar liquidez no cassino financeiro, reciclar figuras da extrema-direita para um futuro cenário pós-polarização, com Bolsonaro impedido e PT com registro cassado e... monitorar celulares dentro de uma nova reengenharia social.