Mostrando postagens com marcador Física e Gnosticismo. Mostrar todas as postagens
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domingo, fevereiro 23, 2020
Edison versus Tesla: o mistério do dispositivo para conversar com os mortos
domingo, fevereiro 23, 2020
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Quase meio século depois de ter inventado a lâmpada incandescente e o fonógrafo, o inventor e empresário Thomas Edison enfrentou o físico sérvio Nikola Tesla na última batalha das invenções: criar um dispositivo para conversar com os mortos – o telefone espiritual, uma espécie de “disque-fantasma”. Embora fosse agnóstico e crítico feroz das sessões espíritas, muito populares na virada do século, Edison acreditava que a conexão com o Outro Mundo somente poderia ser realizada através da Ciência. Em si mesma, a eletricidade era, e ainda é, misteriosa: embora faça parte do nosso cotidiano, ainda não sabemos a real natureza dessa força – ela parece possuir todas as propriedades das velhas mitologias animistas do passado. Enquanto Tesla buscava essa comunicação com o Além através do rádio, Edison optou pelo telefone. Assim como o fonógrafo foi recebido como a realização do antigo sonho da imortalidade, Edison via no sinal telefônico a possibilidade de se comunicar com “partículas imortais”. Esse é mais um capítulo da História de como o avanço tecnocientífico é alavancado pelo misticismo e por mitologias milenares.
quarta-feira, janeiro 29, 2020
Geração Millennial vivencia o terror do tempo em "Lake Artifact"
quarta-feira, janeiro 29, 2020
Wilson Roberto Vieira Ferreira
O plot “cabana na floresta” acabou se tornando um subgênero do terror: jovens vão para um lugar remoto em busca de festa e bebedeiras. E lá encontram demônios ancestrais ou serial killers. Mas isso está mudando por uma marca geracional dos millennials: a convivência com a rápida evolução tecnológica digital – agora, nas cabanas e florestas jovens encontrarão anomalias temporais, paradoxos quânticos ou loops espaço-tempo, armadilhas que ameaçam a vida dos protagonistas. “Lake Artifact” (2019) é um exemplo: múltiplas linhas de tempo se encontram em uma região remota na floresta. O pesadelo é que cada decisão ou correção de curso daquele grupo de jovens pode criar novas linhas de tempo, novos loops e novas prisões temporais: ser o único sobrevivente é a condição para escapar dessa anomalia. O tema recorrente no cinema do tempo como ameaça é o sintoma de um conflito dessa geração: através de dispositivos móveis como smartphones estamos abandonando o espaço para vivermos no tempo através do ciberespaço. Filme sugerido pelo nosso leitor Alexandre Von Keuken.
segunda-feira, novembro 25, 2019
Temporada final de "The Man in The High Castle": a banalidade do Mal e os mundos quânticos
segunda-feira, novembro 25, 2019
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Mundos paralelos quânticos nos quais encontramos as melhores versões de nós mesmos e a permanência da estrutura que reproduz a banalidade do Mal, não importa o mundo ou o governo que ocupe o Estado. Com esses temas a série da Amazon “The Man in The High Castle” amarra a narrativas das três temporadas anteriores e encerra com o episódio final “Fire from the Gods”. Baseada no livro homônimo no escritor gnóstico sci-fi Philip K. Dick, a série figura um mundo alternativo no qual o Terceiro Reich e o Império Japonês ganharam a Segunda Guerra Mundial e mudaram a face da História. Mas há um fantasma que assusta os vencedores e inspira a Resistência: a descoberta da existência de mundos quânticos paralelos onde a História foi diferente e encontramos nossas próprias versões alternativas que tomaram decisões diferentes. Mas há algo que permanece: nossas almas permanecem prisioneiras na banalidade do Mal.
quarta-feira, outubro 30, 2019
O buraco negro e o Mal no filme "Portals"
quarta-feira, outubro 30, 2019
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Portais interdimensionais têm uma má fama no cinema: em uma longa lista de filmes como “Stargate”, “Quero Ser John Malkovich”, “Monstros S/A”, “Alice no País das Maravilhas”, “Bandidos do Tempo”, “Donnie Darko”, “Os Vingadores” etc. portais são aberturas para mundos estranhos, desequilíbrios cósmicos e passagem através da qual demiurgos tentam invadir nosso mundo. “Portals” (2019) traz inovação ao tema: é uma antologia não episódica de curtas sci-fi e terror cujas narrativas correm em paralelo e se conectam no mesmo tema – o primeiro buraco negro artificial foi criado, provocando um apagão energético global e o aparecimento de misteriosos portais que podem surgir em qualquer lugar a qualquer momento: no meio de um Call Center, num estacionamento subterrâneo de shopping center e no meio de uma estrada. A Ciência tenta compreender as leis últimas da realidade. Mas pode se deparar com o elemento que participa da Criação desde o início: o Mal. Mais uma sugestão do nosso colaborador Felipe Resende.
domingo, agosto 25, 2019
Quando multiversos e mecânica quântica se tornam mortais em "Tangent Room"
domingo, agosto 25, 2019
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Presos em uma sala nos subterrâneos de um complexo de observatórios no Deserto do Atacama, Chile, quatro brilhantes cientistas correm contra o tempo para impedir um colapso cósmico do universo. Eles devem trabalhar juntos e resolverem uma sequência de números e equações envolvendo Cosmologia, mecânica quântica e eletromagnetismo, antes que seja tarde demais. Esse é o filme sueco “Tangent Room” (2917), um thriller científico envolvendo as mais recentes teorias cosmológicas, como o Big Bang, Teoria das Cordas e Universo Inflacionário. Mas o que aqueles cientistas não sabem é que experimentarão na prática os efeitos dos mundos em colisão na Teoria dos Multiversos: cada um deles experimentará os mesmos efeitos quânticos de uma partícula no mundo subatômico – telestransportes, bilocação e sobreposições, revelando que a Física moderna cada vez mais se aproxima da milenar cosmologia gnóstica. Filme sugerido pelo nosso vigilante leitor Felipe Resende.
quinta-feira, maio 09, 2019
Sartre, angústia existencial e mecânica quântica no filme "+1"
quinta-feira, maio 09, 2019
Wilson Roberto Vieira Ferreira
E se você tivesse a chance de voltar no tempo e corrigir um erro terrível, embora soubesse estar moralmente errado porque o resultado anterior era o que teria de realmente acontecer? Voltando ao passado, como reagiria ao se defrontar com seu próprio clone que tem todas suas memórias, porém limitadas por um delay de 15 minutos? Essas são algumas questões morais levantadas pelo filme “+1” (aka “Plus One, 2013), do diretor grego Dennis Iliadis. Não é propriamente um filme sobre “viagem no tempo”, mas a proposta de transformar uma festa universitária numa espécie de “Caixa de Schrödinger” (experimento imaginário de mecânica quântica do físico austríaco) no qual os mesmos eventos duplicados ocupam o mesmo espaço, porém com um delay a partir de 15 minutos progressivamente diminuindo. Tudo em decorrência de um misterioso fenômeno elétrico-astronômico. É mais um filme sobre o mito da “segunda chance”, mas dessa vez revelando que essa recorrência no cinema é o sintoma do atual espírito de época – a crescente angústia existencial humana, tal como descreveu o filósofo existencialista Jean-Paul Sartre. Filme sugerido pelo nosso leitor Fábio Hofnik.
segunda-feira, abril 08, 2019
Cinegnose discute, nessa sexta, cinema gnóstico no Simpósio "A Transfiguração em 1900"
segunda-feira, abril 08, 2019
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Um estranho vortex abalou o Ocidente na virada do século XIX para o XX: mudanças radicais na vida urbana, nas ciências, tecnologias, artes, filosofia e costumes. E com o cinema não poderia ser diferente, pois estava no centro desse vortex – criou uma experiência perceptiva e sensorial absolutamente nova. O dispositivo cinematográfico acabou se tornando a metáfora do próprio funcionamento da mente na filosofia e ciências, criando uma crise na percepção e na maneira de nós encararmos o tempo e a permanência. Porém, enquanto o cinema revolucionava, ele próprio continuou prisioneiro da Caverna de Platão – um instrumento para a manutenção da ilusão do que entendemos como “realidade”. O surgimento do cinema gnóstico na virada do século XX para o XXI criou a possibilidade dessa emancipação. Esse tema será discutido por esse editor do “Cinegnose” no Simpósio “A Transfiguração em 1900”, nessa sexta-feira, 12/04, no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, no Rio de Janeiro.
domingo, março 24, 2019
O detetive diante dos mistérios quânticos no filme "Out of Blue"
domingo, março 24, 2019
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Se o gato da experiência do físico austríaco Schrödinger pode estar simultaneamente morto e vivo dentro de uma caixa selada, haveria mesmo um assassinato para resolver? Se alguns astrofísicos acreditam que haveria um número infinito de universos com diversas variações possíveis das nossas vidas, ocorrendo todas simultaneamente, então qual a importância de encontrarmos uma resposta definitiva no presente? Se o detetive numa narrativa policial é aquele que tenta resolver enigmas com a racionalidade, como então lidar com um caso que parece imerso nesse conjunto de paradoxos quânticos? Esse é o filme “Out of Blue” (2018): uma policial tenta resolver o enigma da morte de uma astrofísica em um observatório astronômico. O problema é que a racionalidade da detetive e a sua condição de ex-alcoólatra serão confrontadas com os dois principais mistérios da física quântica: como o observador sempre altera o próprio objeto observado e o paradoxo de Schrödinger – pode um ser estar simultaneamente vivo e morto?
sábado, julho 28, 2018
Filme "O Culto": e se nossas vidas forem gigantescas anomalias temporais?
sábado, julho 28, 2018
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Uma boa ideia, com um
roteiro inteligente, um elenco forte são capazes de fazer filmes convincentes,
mesmo com pouco dinheiro. O filme “O Culto” (The Endless, 2017) é
mais um filme independente que comprova a capacidade inventiva de renovar subgêneros
do horror e da ficção científica. Dessa vez a dupla de diretores Justin Benson
e Aaron Moorhead (“Resolution”, 2012) faz um inteligente meta-horror em torna
do tema das anomalias tempo-espaço. Dois irmãos (interpretados pelos próprios
diretores), depois de terem fugido de uma suposta seita suicida em uma
floresta montanhosa, decidem retornar depois de receberem um estranho vídeo. “O
Culto” não se limita a fazer uma desconstrução
do tema dos “paradoxos temporais” no cinema. Num insight gnóstico, estende
esses paradoxos para a nossa realidade cotidiana: e se nossas próprias
vidas já fossem gigantescos paradoxos tempo-espaço, que nos aprisionam nesse
cosmos, obrigando-nos a repetir uma mesma narrativa indefinidamente? Filme sugerido pelo nosso leitor Felipe Resende.
quinta-feira, fevereiro 08, 2018
Curtas da Semana: " Restart" e "Einstein-Rosen" - uma sensibilidade gnóstica do Tempo-Espaço
quinta-feira, fevereiro 08, 2018
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Uma jovem é sequestrada e levada para um bunker subterrâneo para ser uma cobaia humana em experiência de loop temporal pelo obscuros interesses corporativos de uma empresa. E em 1982, junto com seu irmão, um menino procura um " buraco de minhoca" no tempo-espaço de uma área do prédio em que mora. Para jogar através da passagem a bola que recuperará 35 anos depois no mesmo local. Esses são os curtas espanhóis "Restart" e " Einstein-Rosen" de Olga Osorio. Duas produções que mostram como a mitologia gnóstica hoje tornou-se o "espírito do tempo": uma nova sensibilidade ou olhar para a realidade tanto política quanto existencial.
sábado, dezembro 16, 2017
Nossas vidas são estradas e escadarias infinitas no filme "El Incidente"
sábado, dezembro 16, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Será que
na realidade somos como pobres hamsters prisioneiros de uma roda que gira
eternamente sem nos darmos conta da nossa terrível situação? Será que repetimos sempre os mesmos gestos,
em um mesmo cenário, sempre com os mesmos efeitos e as mesmas consequências?
Poderia ser essa a definição de loucura: tentar resultados diferentes repetindo
a mesma rotina? Duas estórias paralelas com personagens presos em loops
espaço-tempo eternos – um grupo em uma escadaria e uma família prisioneira em
uma estrada infinita na qual o sol nunca se põe. Esse é o filme mexicano “El
Incidente” (2014) do jovem diretor Isaac Ezban. Uma ambiciosa ficção científica
metafísica que aproxima as geometrias impossíveis de M.C. Escher com o universo conspiratória de Philip K. Dick, procurando aproximar a hipótese da existência dos mundos
paralelos da cosmogonia dos diversos
“céus” dos antigos gnósticos.
domingo, dezembro 03, 2017
Em "Cosmodrama" Ciência, Religião e Filosofia travam duelo sem rumo
domingo, dezembro 03, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Sete
astronautas, acompanhados por um cachorro e um chipanzé, acordam em uma
espaçonave depois de saírem do estado de criogênico. Nenhum deles sabe o que
está fazendo ali ou qual o destino final da viagem. Aparentemente a nave (um
mix vintage da “Discovery” de “2001” e a “Enterprise” da série de TV “Star
Trek”) está programada para funcionar automaticamente. Eles apenas terão que
confiar na própria capacidade de observação para especular o propósito de tudo
aquilo. Logo descobrirão que cada um é especialista em um área do conhecimento:
Psicologia, Astronomia, Semiótica, Jornalismo, Filosofia, Biologia e Genética.
Esse é o filme francês “Cosmodrama” (2015) de Phillipe Fernandez. Com
delicadeza e humor, através de gags e situações absurdas, introduz o espectador
às grandes especulações cosmológicas sobre o início e o fim do Universo: o Big
Bang, a Eternidade, o design inteligente e o universo holográfico. Ciência,
Religião e Filosofia duelam entre si para entender o propósito da existência.
Porém, o mistério maior permanece: mas afinal, o quê é aquela espaçonave? Com a
colaboração do nosso infalível leitor Felipe Resende.
sábado, novembro 04, 2017
Fantasma do Gnosticismo ronda CERN: para pesquisadores Universo não deveria existir!
sábado, novembro 04, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Quanto mais a Ciência se distancia do
antigo modelo mecanicista de Universo, curiosamente mais se aproxima da antiga
Cosmogênese do Gnosticismo e da mitologia grega na qual mesmo o poderoso Zeus
estava submetido às leis do Senhor do Tempo – Cronos. Pesquisadores do CERN
perplexos afirmam: o Universo não deveria existir! Sem conseguirem encontrar
assimetria entre matéria e anti-matéria, os pesquisadores atestam que o
Universo deveria ter se auto-aniquilado no segundo seguinte à Criação após o
Big Bang. Ao mesmo tempo, cientistas do Instituto Max Planck na Alemanha chagaram
a dados relativos à energia interna de um buraco negro que inesperadamente
confirmam a hipótese do Universo Holográfico – em algum lugar nos limites do
Universo existiu uma superfície 2D que “codificou” toda a informação que
descreve a nossa realidade 3D + Tempo. A improbabilidade do Universo seria mais
uma evidência do cosmos ser uma simulação finita?
quinta-feira, outubro 19, 2017
Para a CIA Plano Astral existe e é potencial arma de Parapolítica
quinta-feira, outubro 19, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Após dois anos de batalha judicial na qual ativistas processaram a CIA através da FOIA (Freedom of Information Act),
a Agência foi obrigada a disponibilizar 800 mil documentos em sua biblioteca
virtual disponível na Internet. Entre as 13 milhões de páginas revela-se o
interesse da Inteligência militar por investigações sobre percepção
extra-sensorial (ESP) e o Plano Astral. Dois documentos se destacam. O primeiro faz
um resumo das investigações da CIA sobre o Plano Astral. E o segundo, um
pequeno manuscrito sobre os perigos que envolvem essas pesquisas com referência
a Aleister Crowley e o “ocultismo profano” Nazi. É sabido que durante a Guerra
Fria os EUA fizeram intensas pesquisas sobre visão remota para espionagem. Mas
os documentos dos anos 1980 sugerem algo além: contato com “energias
inteligentes e não corporais” de outras dimensões e projeções da consciência ao
passado e futuro. Será que, assim como no ocultismo nazi, também a Inteligência
militar dos EUA tenta manipular potenciais armas de Parapolítica?
sexta-feira, outubro 06, 2017
A alma está entre a luz e a matéria em "Anti Matter"
sexta-feira, outubro 06, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
O que nos torna humanos?
Personalidade? Memória? A existência da Alma? “Anti Matter” (2016) é mais um
filme de ficção científica que busca essa especificidade humana, ao lado de uma
tradição que vai da série de TV clássica Jornada nas Estrelas (o episódio
“Mirror, Mirror” de 1967), passando pelo drama dos replicantes mais humanistas
do que os humanos em “Blade Runner” (1982) até chegarmos ao gnóstico "Cidade das
Sombras" (Dark City, 1998) no qual aliens tentam encontrar a alma humana. Poderá um dia a Ciência,
através da mecânica quântica, encontrar a alma em algum ponto
entre a matéria e a luz numa dobra do contínuo tempo-espaço? Esse é o tema de
“Anti Matter”, uma narrativa minimalista, cerebral e com baixíssimo orçamento
sobre jovens doutorandos em Química, Física e Computação se deparam com um
estranho efeito colateral em um experimento com eletrólitos para baterias: a
existência da alma. Mais uma sugestão do nosso ativista leitor Felipe Resende.
sábado, junho 17, 2017
"Einstein's God Model": Relatividade Quântica contra Deus e a morte
sábado, junho 17, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Imagine um
thriller tecnocientífico que contasse com a consultoria de cientistas como
Einstein, Thomas Edison, Niels Bohr e Nikola Tesla. Mas não há colisores de
partículas ou fórmulas matemáticas. Há avançados experimentos na busca pela vida pós-morte.
Esse é o curioso filme indie “Einstein’s God Model” (2016) do diretor Philip
Johnson: como a busca de existências após a morte por meio de um Spectrographic
EMF Receiver construído por Edison nos anos 1920 revive o velho conflito entre
o modelo divino de Einstein contra o modelo ateu quântico de Bohr. Um grupo
bizarro de “cientistas” (um físico renegado, um anestesista e um médium cego)
irá confrontar Relatividade, Mecânica Quântica e Teoria das Cordas para buscar
o mito da “segunda chance” (corrigir em mundos paralelos erros cometidos nesse
mundo) e uma interpretação gnóstica da
Física que empurra os modelos teóricos para além da maior falha da Criação: a
seta do Tempo. Filme sugerido pelo nosso leitor Felipe Resende.
sábado, maio 13, 2017
Startup britânica promete construir a verdadeira Matrix
sábado, maio 13, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Uma startup britânica chamada Improbable
pretende criar a verdadeira Matrix: uma simulação em larga escala do mundo
real. E o ponto de partida já existe – a plataforma SpatialOS e o jogo de
computador Worlds Adrift, ainda restrito a acadêmicos e cientistas. O aporte de
milhões de dólares na startup por empresas de capital de risco, além do
interesse militar e indústria de entretenimento pelo projeto revelam evidentes
aplicações nas áreas estratégica, bélica e engenharia social: construir mundo
virtuais para simular o surgimento de extremismos violentos nas populações e
comportamentos econômicos. Mas a iniciativa dos co-fundadores Herman Nerula e
Rob Whitehead é também uma evidência da motivação místico-religiosa que possui
atualmente o Vale do Silício: Tecnognosticismo, imortalidade e a crença de que
já vivemos em uma gigantesca simulação. O game Worlds Adrift seria mais um
exemplo de como a ciência experimental se encontra com a prática religiosa: a
Teurgia.
terça-feira, abril 25, 2017
A ética e moral da viagem no tempo e o Efeito Mandela na série "12 Monkeys"
terça-feira, abril 25, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Produzida pelo canal Syfy, a série “12
Monkeys” (2015-) procura expandir a narrativa do filme clássico de Terry
Gilliam “Os 12 Macacos” (1995): a humanidade foi devastada por um apocalipse
viral, a Terra ficou fria e em ruínas sob o domínio de gangues saqueadoras. Enquanto
isso, em instalações secretas, cientistas tentam encontrar uma forma de conter
as mutações do vírus. Um grupo constrói uma máquina do tempo para enviar crono-astronautas
para o passado e impedir o vírus, antes das mutações. Isso significaria reescrever
toda a linha do tempo até o futuro. A série propõe uma geografia do Tempo bem
diferente das produções contemporâneas sobre o tema: ao invés de mundos
quânticos alternativos paralelos, uma única linha do tempo que poderia ser
reescrita diversas vezes. Além da série parecer se inspirar no famoso “hoax”
Efeito Mandela, propõe um novo viés sobre a viagem no tempo – as possíveis
implicações éticas e morais: a superação do paradoxo, alterando o passado,
poderia nos empurrar para uma perigosa amoralidade.
domingo, janeiro 08, 2017
Em "Don't Blink" podemos ser apagados como fotogramas em um filme
domingo, janeiro 08, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
À primeira vista, “Don’t Blink” (2014) é mais
um filme sobre um grupo de jovens que se hospeda em uma cabana em algum lugar
remoto para serem punidos por seus vícios e pecados, por algum serial killer.
Mas estamos no terreno do horror independente e nada é o que parece: sem
explicações um a um começa a desaparecer assim que o grupo tem a atenção desviada ou
simplesmente fecha os olhos. Mais um filme inspirado no misterioso
desaparecimento, sem deixar qualquer rastro, de uma colônia inteira no início
da colonização dos EUA em 1587. Filmes como “O Mistério da Rua 7” e adaptações
de Stephen King como “A Tempestade do Século” e “A Fenda no Tempo” (“The
Langoliers”) também exploraram esse misterioso acontecimento, cada um com sua
própria interpretação. “Don’t Blink” discute as consequências morais (o que
você faria, sabendo que desapareceria nas próximas horas?) e deixa uma série de
pistas narrativas para o espectador montar sua própria explicação. De uma hora
para outra poderíamos ser arbitrariamente apagados como se a realidade fosse um
conjunto de fotogramas, assim como o cinema? Filme sugerido pelo nosso leitor Felipe Resende.
terça-feira, dezembro 27, 2016
Na série "The OA" a obsessão científica pelas experiências de quase morte
terça-feira, dezembro 27, 2016
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Desde “ET” e “Contatos Imediatos do Terceiro
Grau” Spielberg transformou os subúrbios de classe média dos EUA, com suas
bikes BMX e jovens aventureiros, em ícones da cultura pop, revividos de forma
retro em séries atuais como “Strange Things”. Na série Netflix “The OA” (2016)
esses ícones são retomados, porém de forma sombria: casas com famílias cada vez
mais vazias que tentam manter à força a coesão. Até surgir uma jovem que ficou
desaparecida por sete anos e mudar a vida de um grupo de inadaptados àquela
comunidade suburbana. Uma protagonista que sobreviveu a sucessivas Experiências
de Quase Morte (EQM) feitas por um cientista obcecado em provar cientificamente a
existência pós-morte. Mas por algum motivo ela pretende retornar àquele
pesadelo científico para recuperar alguma coisa de natureza espiritual que lhe
foi roubada. A série “The OA” é mais um exemplo de como o Netflix vem arriscando em
temáticas estranhas e gnósticas narradas em linguagens pouco convencionais.
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