sábado, setembro 21, 2024
SP Metal; Tábata tem razão: Marçal é o jogo do tigrinho; retórica das mudanças climáticas ajuda em reeleições;teleféricos e ubers para a periferia
O horror da tentação darwinista social no filme 'Cuckoo'
Todo filme de terror explora os simbolismos mais recônditos da humanidade. Mas “Cuckoo” (2024), escrito e dirigido pelo alemão Tilman Singer, vai resgatar um simbolismo inusitado: o do passarinho cuco, notabilizado pelo relógio clássico – uma ave parasita e imitadora. Uma adolescente se muda para os Alpes alemães com o pai, madrasta e meia-irmã. Ao lado de um resort remoto e vazio. Sabemos que desde “O Iluminado” isso não traz bons pressentimentos. “Cuckoo” é um conto humano-aviário fantasmagórico que se transforma em puro show de aberrações e horror corporal. Mas que dá uma alerta: a tentação darwinista social presente nas formas mais inesperadas e surpreendentes na História – a aspiração totalitária pela busca de uma suposta pureza deixada por nós em algum paraíso natural perdido. E que a todo custo teria que ser recuperado.
quinta-feira, setembro 19, 2024
'Os Fantasmas Ainda se Divertem': como Tim Burton transforma o Gótico em entretenimento
Assim como as animações da Walt Disney, Tim Burton tem a habilidade de transformar temas sombrios em entretenimento. Se em Walt Disney são os temas do abandono e separação, no caso de Tim Burton seus filmes transformam o Gótico americano de Edgard Allan Poe e Herman Melville em diversão para que o sonho americano dê risadas de si mesmo. Em “Os Fantasmas Ainda se Divertem” (Beetlejuice Beetlejuice, 2024), Burton retorna aos seus efeitos práticos e brinquedos analógicos para levar o Estranho, o Fantástico e o Sobrenatural para a típica família suburbana disfuncional: se no primeiro filme de 36 anos atrás a protagonista era a filha adolescente melancólica e depressiva, agora temos uma nova filha adolescente – também melancólica e depressiva, mas dessa vez pela ausência materna. Supostamente, a mãe prefere mais os fantasmas aos vivos. E Michael Keaton retorna sensacional ao rançoso e rabugento demônio, convidado a voltar ao mundo dos vivos exatamente pela disfuncionalidade do sonho americano.
terça-feira, setembro 17, 2024
Bets e governo: entre nova receita e pandemia psíquica; Marçal dá cadeirada nele mesmo; Globo manda Gabeira para Roraima para criar nova crise
VEM PRA BET VOCÊ TAMBÉM, VEM!!! Bets têm até outubro para se regularizarem. Quem não se regularizar, será considerada BET PIRATA... qual a diferença atual entre o dinheiro falso e o dinheiro especulativo do mercado financeiro? Pois é, será a mesma coisa com os jogos on-line. Esse é um dos temas da Live Extra Cinegnose 360 #67, nessa quarta-feira (18/09), às 18h, no YouTube e Facebook. Depois do novo quadro Conversas Aleatórias, a Crítica Midiática da semana: Marçal deu a cadeirada em si mesmo e virou Padre Kelmon; por que agressões físicas em debates na TV acompanham países que sofreram ataques de guerra híbrida? Queimadas e guerra híbrida: Portugal e ataques em escola; Engenharia social? Bets e prostituição patrocinam futebol brasileiro; Globo manda Gabeira para Roraima para prospectar mais uma “crise diplomática”; “Superquarta”: Galípolo vai cortar da própria carne para a Faria Lima?
sábado, setembro 14, 2024
PJ Harvey; Jornalismo Tostines; enchentes, seca e incêndios: o Capitalismo de Desastre; o boné de Biden; a geopolítica imaginária da mídia brasileira
O Brasil queima! Enquanto isso a grande imprensa tupiniquim dá uma grande contribuição para a história do jornalismo, para além do seu grande léxico de eufemismos: o JORNALISMO TOSTINES, com paradoxos que desafiam a lógica! Venha conhecer essa revolução da linguagem jornalística na Live Cinegnose 360 #173, nesse domingo (15/09), às 18h, no YouTube e Facebook. Que começa com PJ Harvey: quando o rock alcança a maioridade. Depois vamos analisar o novo filme de Shyamalan “Armadilha” (inverossimilhança e gap geracional) e “Yannick” (a subversão metalinguística contra o entretenimento comercial). Na sessão dos livros, uma reflexão filosófica sobre o Wokeísmo. E na Crítica Midiática: Jornalismo Tostines ou como dar a notícia e não dizer nada; enchentes, seca e incêndios abre novo mercado: o Capitalismo de Desastre; a Opinião Pública não existe: por que pesquisas Quaest e DataFolha dão resultados tão diferentes? Debate Kamala X Trump: mídia brasileira e o seu conto de fadas geopolítico; O boné de Biden: esse homem pode decidir pela Terceira Guerra Mundial. Tudo isso nesse domingo!
sexta-feira, setembro 13, 2024
O Brasil pega fogo: Jornalismo Tostines e Capitalismo de Catástrofe
Olhamos para as imagens dos incêndios que estão fazendo o País arder e pensamos imediatamente em apocalipse e nas imagens hollywoodianas de filmes como Mad Max. Por que é mais fácil a gente pensar no fim do mundo do que no fim do Capitalismo? Por que falar em Capitalismo? Por que todos esses incêndios guardam um padrão que o jornalismo hegemônico quer esconder: recorrência, sincronismo, sequencialização e precipitação, apontando para uma engenharia política do caos. Muito além do “Aquecimento Global”. E que toda a catástrofe ambiental brasileira é provocada pelo modelo produtivo neocolonial digital de exaustão de todos os biomas. Entra em ação o “jornalismo Tostines”, de viciosidade e “rocambole semiótico”. Mas nem tudo está perdido: a Faria Lima descobriu o Capitalismo de Catástrofe e as Climatechs. Como a catástrofe pode se transformar numa lucrativa commodity.
A subversão contra a fascinação e o tédio no entretenimento em 'Yannick'
Desde que filmou um pneu serial killer rodando pelo deserto se vingando dos humanos que o descartaram em “Rubber” (2010), o diretor francês Quantin Dupieux é obcecado pela ideia da desconstrução todas as regras que regem o roteiro de cinema (principalmente a ideia de verossimilhança). Em "Yannick" (2023, em exibição na MUBI), dessa vez Dupieux volta a desconstrução para a relação do público com o entretenimento – no caso, uma plateia e os atores no palco de um pequeno teatro em Paris. Um espectador insatisfeito resolve fazer justiça com as próprias mãos – confronta os atores e, num ousado exercício metalinguístico, decide reescrever a peça em tempo real e dirigir os atores. Com uma arma na mão, pega todos como reféns da sua fúria crítica. Um filme deliciosamente subversivo que tematiza os sentimentos conflitantes de fascinação e tédio que envolvem o consumo do entretenimento comercial.
quinta-feira, setembro 12, 2024
'Armadilha': Shyamalan entre a inverossimilhança e o gap geracional
Será mesmo um estádio lotado com 20 mil pessoas para assistir ao show de um ícone pop o melhor lugar para se prender um homem desconhecido? Para M. Night Shyamalan, sim! Todo roteiro ficcional faz um pacto de suspensão da incredulidade com o espectador. Através da verossimilhança. Mas “Armadilha” (Trap, 2024) força muito a barra – o FBI transforma um estádio em uma grande armadilha para capturar um notório serial killer. Com referências a Hitchcock e Brian De Palma, Shyamalan parece ter transformado o seu último filme em veículo para sua filha, cantora e compositora. Ainda assim, “Armadilha” suscita dois temas do século XXI: a transformação das celebridades em influencers e a ausência simbólica do pais pelo aumento do gap geracional.
terça-feira, setembro 10, 2024
Brasil Mad Max hipernormalizado; PL da Anistia e Alopragem política; Globo vai entrar no mercado de cassinos; Kamala X Trump
Desde a infância ouvimos dizer que o Brasil é o país do futuro. Pois o futuro chegou! O futuro do filme Mad Max, desértico e em combustão – figurado e literal. Vamos discutir esse e outros temas na pauta da Live Extra Cinegnose 360 #66, nessa quarta-feira (11/09), às 18h, no YouTube e Facebook. Com uma novidade: o quadro “Conversas Aleatórias” – conversas no chat sobre qualquer assunto com o humilde blogueiro. Depois, a Crítica Midiática: como se hipernormaliza o Brasil Mad Max no jornalismo corporativo; Sai Silvio Almeida entra Macaé Evaristo: a inapetência Woke continua; Jornalistas da Globo incomodados: Grupo Globo vai entrar no mercado de cassinos; Marçal X Malafaia: alopragem política ou divisão na extrema-direita? Apropriação semiótica e alopragem política: a PL da Anistia; Venezuela: exílio político ou acordo político? Debate Kamala X Trump – estratégia alt-right vs. retórica neoliberal progressista.
sábado, setembro 07, 2024
Go-Go's; Silvio Almeida e a bola de ferro identitária woke; queimadas, bets viram braço do crime organizado, mas mídia só pensa na Venezuela
Fogo no parquinho identitário? Uma conspiração do “racismo estrutural” contra o ministro Silvio Almeida? Por que, quase um ano depois do assédio, Anielle Franco denuncia para uma ONG global? Mais uma bola de ferro para Lula arrastar? Depois da geopolítica a “identitária woke?”. As respostas para todas as perguntas, na Live Cinegnose 360 #172, nesse domingo (08/09), às 18h, no YouTube e Facebook. Começando com a banda Go-Go’s: a versão punk feminina do Sonho Americano. Também vamos discutir os filmes “Tipos de Gentileza” (relações de dominação muito além da sociedade disciplinar); “Nocturama” (explodam estátuas e palácios, mas deixem os shoppings!). Nos livros do humilde blogueiro, a “Sociedade do Cansaço”. E na Critica Midiática da semana: caso Silvio Almeida – fogo no parquinho identitário ou... algo mais? O país incendiando e a mídia faz presunção da catástrofe climática; Bets, Deolane e Futebol: engenharia social; ONS: apertem os cintos que o Estado sumiu; DataFolha: Marçal cresce e rejeição aumenta: um pequeno caso de Teoria da Informação.
sexta-feira, setembro 06, 2024
'Tipos de Gentileza': as relações de dominação atuais estão muito além da sociedade disciplinar
Depois dos filmes narratologicamente “normais” como “The Favorite” e “Poor Things”, o diretor grego Yorgos Lanthimos retorna ao modo provocativo com o filme “Tipo de Gentileza” (Kinds of Kindness, 2024) – a retomada do tema que marca sua filmografia: o fascínio pela dinâmica brutal de poder que governa as relações humanas. Os três episódios que compõem as quase três horas de metragem ecoam teses como a da “servidão voluntária” de Éttiene de La Boétie ou do “medo à liberdade” de Erich Fromm. O filme é sobre dominação e controle, mas numa perspectiva que passa longe da “sociedade disciplinar” de Foulcault. É sobre a atual sociedade da positividade, do desempenho. E, como no informa o título, marcada por “gentilezas” que permeiam as relações de submissão – todas são dominadas por uma atmosfera de educação, delicadeza, onde o controlador vivamente demonstra empatia e interesse no bem-estar do submisso. Até a atmosfera carregada entrar em combustão e explodir.
terça-feira, setembro 03, 2024
Extrema direita é sintoma da 'Sociedade do Cansaço'; timing do Xandão para o Sete de Setembro; Miriam Leitão terrorista
O candidato coach, a Sociedade do Cansaço e o Capitólio Tabajara
O ex-coordenador da campanha de Trump, Steve Bannon, disse certa vez a jornalistas: “vocês ainda terão saudades de Trump”. Nada é surpreendente no candidato coach Pablo Marçal: ele é apenas a evolução natural da estratégia alt-right de comunicação: forçar os limites de regras, legislações e instituições que supostamente defenderiam a Democracia. O que surpreende é observar como a sociedade não consegue oferecer nenhuma resistência: por todos os lados ou há omissão e negação ou, no caso da grande mídia, hipernormalização. De um lado, o candidato coach é o sintoma daquilo que o filósofo Byung-Chul Han chama de “Sociedade do Cansaço” – uma sociabilidade limítrofe e no espectro do déficit de atenção na qual o excesso de positividade normaliza a própria disfunção; e do outro, Marçal é personagem necessário para reforçar a narrativa do “Capitólio Tabajara” – que a suposta tentativa do golpe de Estado no 08/01 falhou porque “as instituições estão funcionando”.
sábado, agosto 31, 2024
Echo & The Bunnymen; o telecatch Xandão vs. Musk da plataforma de streaming da política brasileira; a namorada de Galípolo e o jornalismo
Chegamos ao ápice do telecatch Xandão vs. Musk... quando será o plot twist dessa série da verdadeira plataforma de streaming em que virou a política brasileira? Para entender, não perca a Live Cinegnose 360 #171 desse domingo (01/09), `as 18h, no YouTube e Facebook. Começando com Echo and the Bunnymen: introspecção e transcendência na adolescência do pós-punk. Depois, dois filmes: “Crumb Catcher” (quando empreendedorismo e motivação coach explodem em violência) e o clássico “Sexo, Mentiras e Videotape” (o obscuro objeto da sexualidade). Nos Livros do Humilde Blogueiro, Slavoj Zizek, Lacan e Marx. Na Crítica Midiática da Semana: Dissecando a narrativa telecatch Xandão vs. Musk; Musk e o cemitério de Teslas: é o crash de 1929, estúpido! O velho script alt-right de Pablo Marçal; a namorada de Galípolo da CNN: um “case” de promiscuidade do jornalismo corporativo; Zelensky está derrubando os próprios F-16 que EUA deram. E outras bombinhas semióticas.
sexta-feira, agosto 30, 2024
O obscuro objeto da sexualidade em 'Sexo, Mentiras e Videotape'
Empreendedorismo e motivação coach explodem em violência no filme 'Crumb Catcher'
Estamos vivendo a época da combinação infernal entre empreendedorismo e motivação coach – o paroxismo de toda a literatura de autoajuda, desde o seminal livro “Como Fazer Amigo e Influenciar Pessoas” de 1936. O resultado disso é mostrado na comédia dramática de humor negro “Crumb Catcher” (2023): ressentimento motiva um idoso garçom que se considera um “empreendedor e inventor” que tenta encontrar um investidor para sua última aposta: um dispositivo para limpar migalhas das mesas de restaurantes. E um casal de noivos, aparentemente ricos, sai da sua festa de casamento seguido pelo “garçom empreendedor” que pretende convencê-los a investir no negócio. Nem que seja à base da chantagem e extorsão. Porém, o casal vive a sua própria tensão das diferenças de classes sociais. Uma combinação explosiva: luta de classes e a polidez eufemista da propaganda coach que a qualquer momento pode se transformar numa explosão de violência.
terça-feira, agosto 27, 2024
A mais-valia semiótica do PCC; Boulos e a esquerda que a extrema-direita adora; por que mídia criou a figura do "CLT Premium"?
sábado, agosto 24, 2024
Pat Metheny; Agro é fogo, a verdadeira mudança climática; Felipe Neto e as aventuras das mudanças de discurso; o meme Pablo Marçal
O Agro é Pop ou o Agro é Fogo? O agronegócio está transformando o País num material altamente inflamável... e em diversos sentidos. Trinta cidades ameaçadas por incêndios no interior de SP é apenas o começo. Esse é um dos temas da Live Cinegnose 360 #170, nesse domingo (25/08), às 18h, no YouTube e Facebook. Começando com o free jazz de Pat Metheny: a reinvenção da guitarra e do imaginário do jazz. Depois, vamos discutir o terror irlandês “Oddity” (terror e os três cavaleiros do apocalipse pós-moderno) e a série Netflix “Perdidos no Espaço” (a família do século XXI em cacos). Nos livros do humilde blogueiro, a questão do Wokeísmo. E na Crítica Midiática da semana: esquerda tenta racionalizar o meme Pablo Marçal; o Agro é fogo: a verdadeira mudança climática; Axé, Kamala: crianças radiantes do jornalismo felizes com o Império que agora jogará bombas sorrindo; 70 anos da morte de Getúlio Vargas: mídia entre indiferença e ironias; um Kennedy apoia Trump: guerra intestina no Estado Profundo? Felipe Neto: a cada pedido de desculpas, outro reposicionamento mercadológico de discurso.
Os Três Cavaleiros do Apocalipse pós-moderno no terror 'Oddity'
Discutir sobre a natureza da pós-modernidade implica falar sobre os chamados “Três Cavaleiros do Apocalipse”: Nietzsche, Marx e Freud – aqueles que tiraram a centralidade da Razão e colocaram no lugar, respectivamente, o demasiado humano, o peso do legado do passado e o inconsciente. O thriller irlandês de terror “Oddity” (2024) transforma essas armas do Apocalipse em um conto sobrenatural com um atrevido humor negro no qual a racionalidade científica se opõe ao sobrenatural e o Oculto. O confronto entre um médico psiquiatra de comanda um hospital psiquiátrico com criminosos dementes e uma sensitiva proprietária de uma loja de antiguidades que vende objetos amaldiçoados. Razão vs. sobrenatural na elucidação de um assassinato que expõe o destino da Razão: transformar-se em “racionalização”, isto é, em álibi para o demasiado humano.
quinta-feira, agosto 22, 2024
O coach venceu, agora só se fala no coach! Como aloprar a política com a comunicação indireta
O coach venceu! Agora só se fala no candidato coach à prefeitura de São Paulo, condenado por crimes de fraudes bancárias e suspeitas de conexões com o crime organizado. Mas tais denúncias parecem dar ainda mais luz própria a Pablo Marçal. As imagens nos bastidores pós-debate na TV Bandeirantes, cercado por câmeras, microfones e celulares de repórteres dão a dimensão do processo de normalização de mais uma metástase que promete destruir a política de dentro para fora. Ele é a confirmação prática de uma profecia que Paulo Virilio fez em 1995 para o século que viria: o ciberespaço vai destruir a democracia através do tempo real e interatividade digital. Marçal está sintonizado com o zeitgeist: a maneira como a técnica de comunicação indireta alt-right ganha força com os fenômenos do dilema midiático, lavajatismo, o “efeito Padre Kelmon”, alopragem política e a necessidade midiática da demonstração de que “as instituições estão funcionando”.
terça-feira, agosto 20, 2024
Cismogênese põe Exu influencer na avenida; como lidar com a comunicação alt-right coach; Maduro põe mídia na saia justa
YEAH!!! Depois da Marcha para Jesus, agora também temos a Marcha para Exu em SP! Cismogênese da Guerra Híbrida está se transformando em Engenharia Social com Exu influencer... Esse é um dos temas da Live Extra Cinegnose #63, nessa quarta-feira (21/08), às 18h, no YouTube e Facebook. Depois de alguns polêmicos comentários aleatórios, vamos de Crítica Midiática do meio da semana, dando continuidade à crítica do domingo: Milhares de PMs vão disputar eleições municipais e Exu foi marchar na Avenida Paulista: flagrantes da engenharia social acelerada; Boulos, Datena e Nunes: a resposta correta à técnica de comunicação indireta de Pablo Marçal; Geopolítica dos EUA: Lula é a transição da “velha” para “nova” esquerda – um exemplo: taxar super-ricos; Saia justa: Maduro explicita simetria entre extrema-direita brasileira e venezuelana. E outras bombinhas semióticas. Venha participar!
sábado, agosto 17, 2024
Jean-Luc Ponty e Jazz Fusion; problema público de saúde e econômico das Bets; Folha e alopragem política; OTAN prepara guerra nuclear
A alopragem política da Folha e as estratégias de comunicação 'alt-right'
As estratégias de comunicação alt-right da extrema-direita basicamente se estruturam em dois princípios: a “alopragem política” e a “comunicação indireta”. O não-acontecimento da matéria de Glenn Greenwald e Fabio Serapião na Folha contra a “falta de ritos” de Alexandre Morais, abrindo uma espécie de “Vaza Xandão” e a denúncia de “perseguição política” contra bolsonaristas flagrantemente revela isso. Principalmente com o timing no momento em que a ultradireita na Venezuela espelha o modus operandi da extrema-direita brasileira, colocando a grande mídia, que incensa Xandão como o guardião da Democracia, numa espécie de saia justa. Por que lá pode e aqui não? Folha não quer impeachment do Xandão, mas duas mais valias semióticas: (a) gerar mais uma crise e continuar suprindo a grande mídia de acontecimentos (alopragem política); (b) com o barulho todo, o efeito Firehose e dissonâncias cognitivas, criar o background subliminar da simetria lulismo-bolsonarismo.