quinta-feira, junho 02, 2022

O filme anti-Elon Musk 'Io - O Último na Terra'


O que há em comum entre Musk, Bezos, Thiel e Zuckerberg? Além da fortuna e dos fundos de investimentos turbinando seus projetos, está o niilismo apocalíptico e a urgência de fugir desse planeta, seja para colônias em Marte ou para Multiversos. Nove em cada dez produções sci-fi atuais está alinhada com a agenda desses super-ricos. E a exceção confirma a regra. Uma das poucas exceções é o filme “Io – O Último na Terra” (Io - Last on Earth, 2019), o filme mais anti-Musk dos últimos tempos. Uma cientista vive solitária na Terra pós-apocalíptica, dominada por uma nuvem tóxica que matou grande parte da humanidade – os sobreviventes migraram para uma estação espacial na lua de Júpiter Io. Seu namorado em Io (ironicamente chamado Elon) tenta convencê-la a embarcar na última nave que partirá da Terra. Porém, entre colmeias de abelhas e obras de arte que pega dos escombros de um museu de Arte Moderna, tenta provar que a vida no planeta é mais resiliente do que imaginamos. E somos os guardiões do renascimento.

quarta-feira, junho 01, 2022

A produção social da loucura híbrida no documentário 'I Think We're Alone Now'


Não é por menos que a guerra híbrida tornou-se a tática de intervenção política mais bem-sucedida do século XXI, impulsionando “revoluções coloridas” por todo o planeta. A cultura pop, centrada no culto das celebridades, gerou a matéria-prima psíquica necessária para a criação das cismogêneses que evenenam as sociedades. O documentário “I Think We’re Alone Now” (2008) retrata dois fãs da cantora pop adolescente dos anos 1980, Tiffany, que passaram a acreditar que estavam envolvidos em um relacionamento intenso e pessoal com a celebridade. Fãs limítrofes prisioneiros na cilada imaginária do “duplo vínculo” (Gregory Bateson), condição esquizo criada por relações familiares danificadas e ampliada pela relação paradoxal dos espectadores com as mídias que diluem as fronteiras entre relação exclusiva/anonimato, intimidade/massificação, público/privado. Oferecendo a vulnerabilidade necessária para sociedades-alvo serem corroídas por dentro.

sábado, maio 28, 2022

No domingo: Björk, especulações quânticas, psicanálise da cismogênese brasileira e pranksters russos ganham a guerra


Se você procura um domingo com especulações quânticas, conexões da psicanálise com a guerra híbrida e análises político-semióticas, então venha participar da Live Cinegnose 360 #57, 29/05, às 18h no YouTube. Nos vinis do humilde blogueiro, encontramos Björk e os Sugarcubes: a dialética negativa no pós-rock. Depois, vamos discutir os filmes “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”: multiverso, viagens no tempo e os impactos da física quântica na cultura pop. E o filme “Psicopata Americano”: a psicopatologia foi normalizada no mundo corporativo. Como a psicanálise de Gregory Bateson tornou-se ferramenta da guerra híbrida: cismogênese e surto semiótico-esquizofrênico no Brasil. Conheça os dois “pranksters" russos que estão ganhando a guerra na Ucrânia... e a mídia ocidental ignora. Como a grande mídia assimilou os números da última pesquisa DataFolha. E a crítica midiática da semana e mais Comentários Aleatórios. 

quarta-feira, maio 25, 2022

Em "Psicopata Americano" a psicopatologia foi normalizada no mundo corporativo


Vinte e dois anos depois, o filme “Psicopata Americano” (American Psycho, 2000) permanece tão afiado como sempre foi. Tanto o livro quanto o filme passaram por uma odisseia de produção, como uma batata quente pulando de uma mão para outra. Até finalmente virar um filme não só sobre narcisismo e materialismo de um Yuppie dos anos 1980. Mas uma metáfora atemporal sobre a loucura do trabalho no capitalismo flexível de aquisições e fusões: a corrosão do caráter, personalidades manipuladoras, frieza, amoralidade e a compulsão psicótica em literalmente superar a concorrência matando rivais. Com o auxílio de todo arsenal da literatura de autoajuda, manuais sobre sucesso etc. Porém, a principal piada de toda sátira de “Psicopata Americano” é que ninguém parece notar que há algo errado com ele. A psicopatologia foi normalizada pelo mundo do trabalho. 

sábado, maio 21, 2022

No domingo: Bauhaus, falhas na Matrix, woke exploitation da Globo e... o que Musk veio fazer no Brasil?


Se você é um sobrevivente desta distopia chamada Brasil, então tem encontro marcado com a Live Cinegnose 360 desse domingo, 22/05, às 18h, no YouTube. Já que falamos em distopia, vamos começar com a banda Bauhaus, na sessão dos vinis do humilde blogueiro: por que a cada década a indústria do entretenimento explora tendências depressivas dos jovens? Depois, vamos discutir os filmes “Spree” (a uberização da busca da fama e do ego) e o novo clássico “A Fita Branca” (quando não percebemos que o Mal cresce sob nossos pés). Houve uma falha na Matrix em 1965? - O caso da matéria “Computers for Everyone” da revista “Eagle”. O que Elon Musk veio fazer no Brasil? – a suspeita lista de empresários do encontro. Por que a Woke Exploitation da TV Globo não passa da página dois? E mais: comentários aleatórios e crítica midiática da semana.

sexta-feira, maio 20, 2022

Bandeira "woke exploitation" da TV Globo não passa da página dois


Ao vivo, com imagens aéreas, o telejornal local da TV Globo acompanhou a reintegração de posse no Centro de São Paulo: sob a truculência de escudos e armas antimotim da PM, 250 famílias foram despejadas às vésperas do dia mais frio do ano. Em sua maioria, mulheres e crianças negras, pobres. A cobertura foi anódina, sem repercussão nacional, apesar do termômetro do jornalismo da emissora, o dominical Fantástico, ter se convertido em um show de “woke exploitation” e as questões identitárias terem tomado a pauta. A bandeira woke da emissora não passa da página dois: negros, trans, mulheres etc. podem se organizar, protestar e levantar suas bandeiras. Tudo, menos fazer a mesma coisa no campo político da luta de classes por direitos civis e econômicos. No fundo, é uma estratégia de comunicação casada com a de Bolsonaro: empurrar as eleições para a guerra cultural. Mas também, outras pautas da grande mídia não têm passado da página dois: a terceira via e a urgência climática da União Europeia.

quinta-feira, maio 19, 2022

O Mal silencioso que cresce sob nossos pés em "A Fita Branca"



Muito já foi escrito sobre as raízes do nazifascismo – banalidade do Mal, personalidade autoritária, ressentimento coletivo etc. Mas poucos filmes foram tão profundo na questão como o filme de Michael Hanake “A Fita Branca” (Das weiße Band - Eine Deutsche Kindergeschichte, 2009) ambientado em uma vila rural no norte da Alemanha alguns anos antes de explodir a Primeira Guerra Mundial. São duas horas e meia de um mergulho na alma de uma vila extremamente religiosa, moralista e temente a Deus. Mas algo profundamente perverso e maligno está crescendo no subterrâneo daquela comunidade. Justamente onde deveria haver inocência e esperança: as crianças, que no futuro serão a primeira geração a apoiar o nazismo.

quarta-feira, maio 18, 2022

A uberização do ego no filme 'Spree'



“No futuro, todos terão 15 minutos de fama”, profetizava Andy Warhol. Ele só não contava com a precarização da busca da fama, assim como ocorre com motoristas de aplicativos. A consequência é a “uberização do ego”, construído a partir dos obscuros algoritmos e métricas das redes sociais e plataformas. Esse é o tema de “Spree” (2020), um híbrido de crítica social e terror slash com muito humor negro. Para Kurt Kunkle, toda vida é “conteúdo” para ser transmitido. Seu valor como humano é medido por quantas pessoas sintonizam suas transmissões ao vivo ou "curtem" seus vídeos. Porém, como tornar a si próprio viral? Depois de dez anos com apenas dois dígitos de seguidores, Kurt cansou de gritar no vazio: vira motorista de aplicativo e espalha câmeras pelo carro para transmitir em tempo real o destino sangrento de seus passageiros.

sábado, maio 14, 2022

Live de domingo: vinis do U2, lawfare no doc e filme 'The Staircase', terror, psicanálise e realidades paralelas econômicas


Neste domingo (15/05), mais vinis, análise de filmes e séries e bombas semióticas que alopram a política brasileira. A Live Cinegnose 360 de domingo, 16h, no YouTube começa com os vinis da banda U2: do messianismo cristão à bomba semiótica do “Sim!”. Depois a série “Bem-Vindos ao Éden” (Publicidade, Marketing, seitas e a releitura gnóstica do Genesis bíblico) e o filme estranho “Boa Noite, Mamãe!” (a matriz edipiana do gênero terror). No quê o lawfare de guerra híbrida do Deep State dos EUA se inspirou? Então vamos discutir o doc e filme “The Staircase”. Extra! Grande mídia cria realidades paralelas econômicas que superam a própria física quântica! E a crítica midiática da semana em mais um tijolaço de domingo!

Grande mídia cria realidade paralela econômica



Inflação, desemprego e fome estão diariamente nas manchetes da grande mídia. Mas isso não significa que, finalmente, a crise econômica está repercutindo no jornalismo corporativo. É possível ocultar a realidade, mesmo mostrando aquilo que se deseja ocultar. Torções nos números e malabarismos semióticos estão fazendo surgir insólitas realidades paralelas: no mundo macroeconômico, em média tudo está bem; e no cotidiano microeconômico acompanhamos “flagelados” de alguma catástrofe natural bem longe da economia: pandemia, guerras, clima etc. “Flagelados” à espera da privatização da miséria: o voluntariado de ONGs e entidades assistenciais que completam o fechamento operacional se um sistema que faz a Economia perder seu próprio objeto. 

quinta-feira, maio 12, 2022

A freudiana fantasia da vingança contra a "mãe má" no filme 'Boa Noite, Mamãe!'



Uma das características do filme estranho (“Weird Movies”) é aquele que não permite ao espectador o mecanismo psíquico básico do entretenimento, a identificação: afinal, quem o mocinho e o bandido? Além de estabelecer uma fina fronteira entre a realidade e o imaginário através do observador/protagonista não confiável. O filme de terror austríaco “Boa Noite, Mamãe!” (Ich Se, Ich Se, 2014) é um bom exemplo: como o vínculo universalmente inquebrável entre mãe e filhos pode ser desconstruído pela freudiana fantasia de vingança da criança contra a “mãe má”. Gêmeos veem sua mãe retornando para casa após uma cirurgia facial, com o rosto totalmente enfaixado. Logo, começam a suspeitar que aquela mulher pode não ser a sua mãe. Incomunicabilidade e a quebra do elo geracional na sociedade, somado à matriz edipiana, são os elementos do qual o gênero do terror atual se inspira. 

quarta-feira, maio 11, 2022

A releitura gnóstica do Paraíso bíblico na era das mídias sociais na série 'Bem-vindos ao Éden'


Publicidade cada vez mais se aproxima das seitas e religiões. Assim como essas, a Publicidade não oferece mais produtos, mas agora “experiências” que prometem autoconhecimento e uma nova vida, tentando “espiritualizar” o consumo. Na série Netflix espanhola Netflix “Bem-Vindos ao Éden” (2022- ), uma festa em uma ilha que aparenta ser uma ação de marketing de uma nova bebida energética para jovens selecionados nas redes sociais, revela que por trás está uma seita baseada na nova religiosidade ecumênica global: espiritualismo New Age combinado com ambientalismo que promete a “salvação” do apocalipse climático. Prisioneiros em uma ilha paradisíaca numa série que faz releitura CosmoGnóstica do Paraíso bíblico para a geração das mídias sociais. 

sábado, maio 07, 2022

Live: Vinis do Gênesis - do esotérico ao pop; Gamecracia e memética; manipulações cognitivas e terrorismo eleitoral


Esse país não deixa o Cinegnose em paz... por isso, como sempre, a pauta da Live Cinegnose 360 está cheia! O “set list” desse domingo (08/05), às 18h, no YouTube, será esse: vinis do humilde blogueiro do rock progressivo do Gênesis – do cult esotérico ao pop profano. Depois a série “Outer Range” (Cronos e o Tempo na mitologia grega e na modernidade) e o filme “Ruby Sparks” (Pigmaleão e o Divino Feminino gnóstico). O fenômeno político da Gamecracia e a Memética: o estudo formal dos memes. Brasil em transe! Pânico! Mais uma contagem regressiva para o golpe militar contra as eleições... só que não: o telecatch da profecia autorrealizável e da tática de agendamento midiático para fazer Paulo Guedes e a crise econômica sumirem... e a crítica midiática da semana. Venha participar da Live Cinegnose 360. Nunca o bicho é tão feio quanto parece!

Agenda setting e a profecia autorrealizável do "golpe" ou... como fazer Paulo Guedes sumir


Sobe a temperatura de um país em transe, aterrorizado pela iminência de um golpe militar contra as eleições Enquanto isso, nas telas da grande mídia os “colonistas”, agora com sangue nos olhos depois que Lula virou capa da revista Time, gritam que ele só “erra”, está “fora de forma” e sua campanha está “em crise”. Aproveitando a bagunça, o ministro Paulo Guedes sai de fininho, aliviado por não lhe cobrarem a conta da fome, desemprego e inflação. Mais uma vez, jornalismo corporativo e PMiG põem em ação as estratégias de comunicação de “agenda setting” e “profecia autorrealizável”. Deu certo no golpe contra o segundo governo Dilma ao criarem a crise econômica autorrealizável. E agora repetem num ano eleitoral para aloprar o cenário político com um telecatch que oculta duas coisas: desde 2018 as eleições já estão tuteladas pelo PMiG (o golpe militar já ocorreu e as instituições não funcionam mais) e a crise econômica neoliberal – transformada em catástrofe natural pela grande mídia. 

quinta-feira, maio 05, 2022

Pigmaleão e o mito gnóstico do Divino Feminino no filme 'Ruby Sparks - A Namorada Perfeita'


O mito de Pigmaleão (o escultor que se apaixonou pela própria obra em busca da mulher ideal) tem atraído diversos artistas, produzindo diversas releituras. Uma delas é o filme “Ruby Sparks - A Namorada Perfeita” (2012), escrito, dirigido e estrelado por Zoe Kazan – um jovem escritor com um sucesso comercial aos 19 anos sofre bloqueio criativo para manter a imagem mercadológica de gênio. Sua musa ideal aparece em sonhos e finalmente o inspira para começar um novo livro. Até ela misteriosamente se materializar, controlada pelas palavras que o escritor datilografa em sua velha máquina de escrever. O jovem escritor é prisioneiro daquilo que a psicologia já definiu como “Efeito Pigmaleão” e “Profecia Autorrealizável”. Porém, “Ruby Sparks” vai além: conecta a mitologia de Pigmaleão com o mito gnóstico do Divino Feminino (Sophia) e com o arquétipo contemporâneo do “Viajante”. 

quarta-feira, maio 04, 2022

A mitologia de Cronos e um buraco na ilusão do Tempo na série 'Outer Range'


Deus existe? E se existe, por que deixa coisas ruins acontecerem? Por que nos sentimos abandonados por Deus? Por que o Universo é eterno é nós somos finitos? Qual a natureza de um misterioso buraco sem fundo que surge em pleno pasto de uma fazenda no Wyoming? Inspirado na antiga mitologia grega de Cronos (um Titã que se tornou o “Deus do Tempo”), a série da Prime Video “Outer Range” (2022- ) é povoado por personagens angustiados com essas questões, entre a Metafísica, a ficção científica e os tropos clássicos do gênero Western. Um misterioso buraco que parece ligar ao Tempo Eterno (anterior a Cronos) e a feroz disputa territorial entre duas famílias de fazendeiros faz da série uma aposta sobre questões filosóficas e gnósticas: o Tempo como um acidente na Criação, da qual só podemos escapar se conseguirmos perceber aquilo que os gregos antigos chamavam de “Kairós”: o “acontecimento único”.

sábado, abril 30, 2022

Live de aniversário nesse domingo! Peter Gabriel: Jung no rock; Riso e Política; Lula e as armadilhas semióticas


ANIVERSÁRIO DO CINEGNOSE 360!!! Nesse domingo, 01/05, às 18h, no Youtube, é o primeiro aniversário. E vamos comemorar a longevidade do Cinegnose 360 com mais vinis, comentários aleatórios, filmes estranhos e o xadrez semiótico da guerra híbrida brasileira. Vamos começar com vinis de Peter Gabriel: o leitor do gnosticismo alquímico de Jung no rock. Depois, vamos discutir os filmes “We’re Going to the World’s Fair” (tecnognosticismo nos games e creepypasta) e “Fresh” (elite, antropofagia e capitalismo). Depois, a antropologia e política do riso e da morte em Massimo Canevacci. Conselhos do humilde blogueiro para Lula: como fugir das armadilhas semióticas da “comunicação indireta” e “dilema midiático”. E a crítica midiática da semana. Venha ajudar a soprar a velinha... por enquanto é só uma. 

'We're Going to the World's Fair": creepypasta, games e o sonho tecnognóstico da imortalidade


“We’re All Going to the World’s Fair” (2022), da cineasta trans Jane Schoenbrun, é um filme com aquela estranheza que é cada vez mais valorizada e desejada em diferentes gêneros: um filme experimental com um mix de estética de videoarte, creepypasta, game de computador RPG on line e videochamadas no Zoom. Um filme estranho que tem muito a nos dizer sobre as origens místicas que motivam o atual desenvolvimento das ciberutopias por trás de games, aplicativos e o desejo pela imersão nos mundos virtuais. E que vai muito além das velhas fantasias escapistas do cinema e TV: têm a ver com o milenar sonho da imortalidade, para escapar da gnóstica relação de alienação e estranhamento com o mundo. Principalmente no adolescente, perdido entre a infância e a vida adulta. Para ele, o sonho tecnognóstico passa a ser cada vez mais sedutor.

quinta-feira, abril 28, 2022

Lula deve fugir de dois ardis semióticos do xadrez eleitoral: comunicação indireta e dilema midiático


As últimas pesquisas mostram diminuição da diferença entre Lula e Bolsonaro. Não por acaso, o PMiG (Partido Militar Golpista) intensifica a PsyOp “telecatch” do script da “crise entre poderes”, com a colaboração da grande mídia que simula fazer oposição a Bolsonaro: há uma semana só se fala em Daniel Silveira que, desinibido, desfila para as lentes das câmeras com o “indulto” em uma moldura verde-amarela. Na entrevista com youtubers e veículos alternativos, Lula mostrou-se consciente desse jogo. Porém, o panorama geral é frio: ruas vazias, sem manifestações ou protestos. Diferente do Chile, sem uma onda a partir das bases sociais, o PT conta unicamente com as armas semióticas de Lula: Carisma, Retórica, Memória e Rejeição. Como amplificar essa munição semiótica do líder político? Evitar as duas armadilhas das estratégias de comunicação alt-right de Bolsonaro e sua trupe calculadamente aloprada: a “comunicação indireta” e o “dilema midiático”.

terça-feira, abril 26, 2022

Alien's Day: das raízes bíblicas às ocultistas do universo Alien, por Claudio Siqueira


Dia 26 de abril se comemora o Alien’s Day (o Dia do Alien, numa tradução livre, já que ainda não há tradução para a língua portuguesa, pelo menos no Brasil), o famigerado xenomorfo da franquia Alien. O monstro mais famoso e amado do cinema  e dos quadrinhos – não o é por acaso; ele foi concebido pelo pintor e escultor surrealista Hans Ruedi Giger, ou simplesmente H.R. Giger como é conhecido. O Cinegnose vem dissecar a criatura, suas fontes de inspiração e o porquê de Prometheus e sua sequência não serem tão ruins como dizem as más línguas.

sábado, abril 23, 2022

Live de domingo: vinis, guia prático de destruição do Capitalismo e País em pânico com 'indulto' do Bozo


Na véspera do Cinegnose 360 completar um ano, o humilde blogueiro continua com a verve conspiratória... Nesse domingo, 24/04, 18h, no YouTube, venha conspirar na edição #52. Como os cinegnósticos sabem, o programa abre com os velhos vinis: Paralamas do Sucesso e o LP “Os Grãos”: será que o rock brasileiro dos anos 80 foi uma PsyOp militar? Depois, os filmes “Night’s End” (a Razão pode criar monstros) e a série Maniac (a psicanálise da computação). Antártida 30 graus: a mitologia das mudanças climáticas. Depois, vamos conspirar: o saque emergencial do FGTS e o Guia Prático de Destruição do Capitalismo. Campanha do Cinegnose: Anitta para marqueteira de Lula! O país em pânico: a precessão dos simulacros no “indulto” de Bolsonaro. E a crítica midiática da semana. Venha conspirar contra a civilização ocidental na Live Cinegnose 360! 

sexta-feira, abril 22, 2022

Presunção da catástrofe da mídia cria arma geopolítica da mitologia da mudança climática


Fez 30 graus na Antártida! Por incrível que pareça foi isso que alguns telejornais (desses que transformam notícias em infotenimento) acabaram induzindo o distinto público a acreditar a respeito de “onda calor inédita” reportada por uma base francesa no continente gelado. É a presunção da catástrofe, construção semiótica operada pela mitologia das “mudanças climáticas” – depois da urgência biológica da pandemia, agora a grande mídia volta para a urgência climática. Uma operação semiótica de despolitização ao reduzir a questão ecológica ao “meio ambiente”, deixando de lado o fator socioeconômico. A mitologia das mudanças climáticas se transforma em chantagem ambiental na grande mídia: a substituição da matriz do combustível fóssil pela “energia limpa” (eólica, solar) além de igualmente destruir o meio ambiente, atende principalmente objetivos geopolíticos: transformar os países outrora chamados de “emergentes” em novas neocolônias high tech.

quinta-feira, abril 21, 2022

O Pentagrama, o Diabo e o Oculto no game eletrônico 'Pilgrims', por Claudio Siqueira


Eu já falei da Amanita Design aqui, mas falar deles nunca é demais. A equipe de jogos independentes da república tcheca ressuscitou muito bem o estilo de games adventure point-and-click, criando incríveis narrativas mudas, contando às vezes belas histórias ainda que numa atmosfera lúgubre. Neste artigo o Cinegnose vem mostrar o interessante jogo Pilgrims, cujo gameplay se dá todo na mecânica de um único puzzle de Samorost 3 – Pilgrims é um jogo sobre um humilde peregrino em sua jornada esotérica, com elementos do Oculto implícitos. Desde o Pentagrama, que abre o jogo, até o Diabo... que reclama a alma de um padre que teria pecado.

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