terça-feira, outubro 28, 2025

A normalização da Guerra Fria 2.0 em 'Casa de Dinamite'



Quando Kathryn Bigelow venceu o Oscar de Melhor Direção por Guerra ao Terror (2008), tornou-se não apenas a primeira mulher a conquistar o prêmio, mas também a cineasta que melhor traduziu os dilemas morais e operacionais da máquina de guerra americana.  Para ingressar no campo propagandísticos da normalização ou justificação geopolíticas. Desde então, sua filmografia migrou dos filmes cult — com vampiros errantes, surfistas assaltantes e hackers sensoriais — para o coração do complexo militar-industrial hollywoodiano, onde o realismo técnico e o suspense geopolítico se entrelaçam. Na produção Netflix “Casa de Dinamite” (2025), Bigelow retorna ao campo que a consagrou: um míssil nuclear em rota para os EUA, 15 minutos para reagir, e uma cadeia de decisões que revela não apenas os inimigos externos, mas as rachaduras internas de um sistema de segurança à beira do colapso. Mais do que um filme-catástrofe, sua nova obra é um retrato tenso da “Guerra Fria 2.0” (saem terroristas islâmicos, entram mísseis nucleares) — e da própria diretora, que segue orbitando entre a crítica e a cumplicidade com os bastidores do poder.

sábado, outubro 25, 2025

O cavalo de Troia 'Okotô'; o ardil semiótico do "Big Stick" de Trump; o sincrônico erro de apostila escolar de SP; China de olho na negociação Lula/Trump



Make America Great Again! Pelo menos, fazendo voltar o “Big Stick” de Roosevelt. Nem que seja como farsa. Trump tá mal na opinião pública? Então, ameaça invadir a América Latina para combater o “narcoterrorismo” ... Afinal, a mídia vai levar à sério mesmo... Esse é apenas um dos assuntos que vamos discutir na Live Cinegnose 360 #213, no YouTube e, agora, também no Instagram (o Cinegnose foi proscrito do Facebook por “induzir o ódio e a intolerância!”). Na sessão dos vinis e CDs continuamos no underground brasileiro, com o Okotô: o cavalo de Troia da Globalização brasileira. E no Cinema e Audiovisual, uma noite com os zumbis: “Nós Somos Zumbis” (o zumbi explorado e precarizado pelo Capitalismo) e “Juan de los Muertos” (agora, são os zumbis tentam invadir Cuba). Em seguida aos Comentários Aleatórios, vem a Crítica Midiática: o ardil semiótico do “Big Stick” de Trump na América Latina e dos protestos “No Kings”; traficante é vítima? Escorregão discursivo de Lula faz festa da Grande Mídia; um erro sincrônico em apostila escolar da secretaria de educação de SP; Polarização no STF: sintoma do passado ou projeto para a futuro? Ex-embaixador dos EUA confirma Cinegnose: Trump nunca quis saber de Bolsonaro... e outras bombinhas semióticas.

O ardil semiótico de Trump: o "Big Stick" como farsa, América Latina e "No Kings"


 

Se no futebol brasileiro há o velho ditado de que, em tempos de crise na Seleção, basta chamar o Chile para levantar o moral, na política externa dos Estados Unidos sob governos republicanos parece haver uma máxima semelhante: quando a popularidade despenca, chama-se a América Latina. Com bravatas militares, ameaças de intervenção e o velho “big stick” de Roosevelt em punho, Donald Trump reedita a cartilha diversionista de seus antecessores — transformando crises internas em espetáculo geopolítico, enquanto jornalistas se perdem na encenação cinematográfica e o verdadeiro jogo de poder acontece nos bastidores. Enquanto os protestos “No Kings” nos EUA tentam salvar as aparências da “maior democracia do planeta” com o ardil semiótico de figurar Trump como um mero psicopata político que abduziu a “democracia”. E não um subproduto de um sistema eleitoral elitista.

sexta-feira, outubro 24, 2025

O zumbi precarizado e explorado pelo Capitalismo Tardio em 'Nós Somos Zumbis'



Em um mundo onde os mortos-vivos já não devoram cérebros dos vivos, mas são tratados como mão de obra descartável em trabalhos  precarizados (são chamados de “deficientes vivos”), “Nós Somos Zumbis” (We Are Zombies, 2023), produção franco-canadense dirigida pelo trio canadense François Simard, Anouk Whissell e Yoann-Karl Whissell (os mesmos de Turbo Kid), transforma o apocalipse em sátira social. Uma comédia ácida que reinventa a mitologia zumbi ao retratar uma sociedade que normalizou a presença dos “não-mortos”, expondo com humor e irreverência o zeitgeist do século XXI — da precarização do trabalho à indiferença diante da crise permanente. Um trio de geeks perdedores hackeiam os serviços da Coleman Co. – uma empresa especializada em “aposentar” zumbis, retirando-os das famílias para os colocar em asilos. Mas os planos são outros, mais perversos. O zumbi deixa de ser metáfora do apocalipse e passa a simbolizar populações descartáveis, invisíveis ou exploradas pelo capitalismo tardio.

terça-feira, outubro 21, 2025

A bomba semiótica do Ibama; "In Fux We Trust!"; recorde de empregos no Brasil... pela cartilha neoliberal; Bocardi confirma crítica do Cinegnose


Depois de um processo de cinco anos, com idas e vindas, o Ibama decidiu AGORA, às vésperas da COP 30, conceder licença ambiental para a Petrobrás pesquisar petróleo na Margem Equatorial brasileira. Se tem timing e sincronismo, é uma BOMBA SEMIÓTICA! Mais uma para tentar reverter o ciclo virtuoso de notícias positivas do Governo Lula. Venha discutir esse e outros assuntos na Live Extra Cinegnose 360 # 105, nessa quarta-feira (22/10/2025), às 18h, no YouTube e agora no Instagram. Vamos começar nossas discussões nas Conversas Aleatórias – o participante pode perguntar e opinar sobre temas aleatórios no Chat. E depois, a Crítica Midiática: A licença ambiental do Ibama à Petrobrás é uma bomba semiótica para constranger Lula na COP 30? Depois de Daniela Lima, é a vez de Rodrigo Bocardi confirmar, em entrevista a podcast, crítica midiática do Cinegnose; o ocaso da Semiótica Nen-Nem: pedágios em SP derretem Tarcisão; China de olho nas negociações do Brasil das suas terras raras com Trump; recorde histórico de empregos no Brasil... mas, seguindo a cartilha neoliberal; o apagão da nuvem da Amazon ameaça também deixar às escuras soberania digital brasileira; “In Fux We Trust”: a estratégia do magistrado para empurrar prisão de Bolsonaro para 2026.

sábado, outubro 18, 2025

'Akira S e As Garotas Que Erraram'; Angélica e a Bomba Semiótica de Barroso; Lula e evangélicos: um milagre? Ninguém matou Odete Roitman

 

Lula fala que é a esquerda que não sabe se comunicar com os “evangélicos”... Será que os neopentecostais da Teologia do Domínio concordam? Ou será que, depois de encontrar uma conexão “química” com Trump, Lula conseguirá o mesmo com o inferno inteiro? Esse e muitos outros assuntos vamos discutir na Live Cinegnose 360 #212, nesse domingo (19/10), às 18h, no YouTube e Facebook. Começando com “Akira S. e As Garotas Que Erraram”: a tecnologia como via underground. E em seguida, vamos discutir/analisar o filme “Mr. K.” (o Hotel como um microcosmo gnóstico e kafkiano). E depois dos Comentários Aleatórios, os Livros do Humilde Blogueiro: Adorno, Jazz, Lazer e cimento social. E na Crítica Midiática: Angélica e a bomba semiótica do ministro Barroso; Depois dos patrões e Congresso, Lula conseguirá negociar com evangélicos? O evangélico preferido de Lula para o STF; Rombo dos Correios e o Reset do Capitalismo; Trump e a crise no Caribe: qual o novo balcão de negócios? Gaza: o gato subiu no telhado.

O ardil da bomba semiótica de Barroso e as viúvas carpideiras do jornalismo corporativo



Nas últimas semanas, Lula entrou no verdadeiro ciclo virtuoso de uma agenda positiva que se retroalimentava. Graças a ajuda insuspeita dos tarifaços e sanções de Trump que criaram a janela de oportunidade para Lula sair das cordas para adotar uma comunicação proativa. Mas entre notícias de que o FMI prevê nenhum crescimento para 2026 e os supostos dilemas fiscais do Governo em ano eleitoral, a grande mídia tenta fechar esse ciclo. E, num timing e sincronia perfeitos, o ministro do STF, Luís Roberto Barroso, dá a sua contribuição anunciando a aposentadoria antecipa. Uma perfeita bomba semiótica, para reacender o discurso das viúvas carpideiras de Biden e Kamala no jornalismo corporativo: reacender a ideia de o STF precisa aplicar o conceito de representatividade na escolha de magistrados do STF – do jornalismo ao entretenimento, reivindica-se a escolha de uma magistrada mulher. Negra, ainda melhor. Para além da discussão acadêmica sobre o tema da representatividade, o ardil dessa bomba semiótica está em outra cena. Talvez, no sincericídio de Angélica, na estreia do seu programa no canal GNT.

sexta-feira, outubro 17, 2025

O hotel como um microcosmo kafkiano e gnóstico em 'Mr. K'

 


Desde o Bates Motel do vilão Norman bates no filme "Psicose" de Hitchcock, os hotéis renderam uma longa filmografia do terror ao drama e humor negro – lugares misteriosos, decadentes, habitado por fantasmas, assassinos, golpistas etc. Isso porque os hotéis parecem espaços inerentemente estranhos: um lugar que podemos chamar de lar por um tempo limitado. Mas, mesmo assim, compartilhamos nossa experiência com pessoas que nunca conheceremos. “Mr. K” (2024, disponível na Apple TV), produção europeia dirigida por Talluah Hazekamp Schwab, dá continuidade a esse imaginário com uma interessante combinação entre referências literárias a Kafka e a antiga mitologia gnóstica. A jornada labiríntica e surreal de seu protagonista, um mágico aprisionado em um hotel bizarro e inescapável, serve como uma poderosa alegoria gnóstica. Através de sua atmosfera kafkiana e de seus temas de aprisionamento, busca por conhecimento e a natureza ilusória da realidade, o filme espelha os princípios fundamentais do Gnosticismo.

terça-feira, outubro 14, 2025

A bomba semiótica do STF para Lula; para mídia "Trump costurou acordo de paz"! Sionistas vão demitir mais gente na Globo News?


Por que o Ministro Luís Roberto Barroso criou uma bomba semiótica para Lula? As viúvas carpideiras do wokeismo da Era Biden na grande mídia despertaram e cobram “representatividade” para nova indicação do presidente Lula ao STF. Depois da estranha aposentadoria antecipada do ministro Barroso. Vamos entender essa nova bomba semiótica pré-eleitoral jogada na opinião pública na Live Extra Cinegnose 360 #104, às 18h, no YouTube e Facebook. Como de hábito, começamos com as Conversas Aleatórias: você participa na Live pelo chat, perguntando ou criticando o humilde blogueiro. Em seguida, a Crítica Midiática: A bomba semiótica do STF: por que essa pressão midiática identitária e de gênero na indicação de Lula ao STF? Vídeo vazado da Globo News: Mônica Waldvogel é o próximo jornalista a ser demitido pelo sionismo? Eleição 2026: é a classe média, estúpido! Contagem regressiva para a guerra mundial: Europa quer confiscar ativos russos para financiar Zelensky! Para o jornalismo corporativo, Trump “costurou um acordo de paz”... “Stablecoin”: a moeda digital para substituir o dólar: Plano Mar-a-Lago; Apagão em oito Estados: até grande mídia admite a contradição das “energias renováveis” no sistema.

sábado, outubro 11, 2025

George Harrison; a paz dos cemitérios de Gaza; o jogo autoindulgente da aposentadoria de Barroso; pesquisismo e a desesperada despolarização


E fez-se a “paz” sobre o canteiro de demolição em que se transformou a Faixa de Gaza. A paz dos cemitérios... Com Gaza “pacificada” e Corina Machado, a “Guaidó de saias”, ganhando o Nobel da Paz (seriamente competindo com Trump!) fecha-se o quadro surreal. Mas com a lógica racional do balcão de negócios em que se transformou a geopolítica norte-americana. Venha discutir esse e outros assuntos na Live Cinegnose 360 # 211, às 18h, no YouTube e Facebook. O tradicional Tijolaço do Domingo. Começando com os CDs e Vinis do Humilde Blogueiro: George Harrison, evolução e ocaso de um beatle silencioso. E depois, vamos analisar o filme “Goat”: o protofascismo do futebol americano se transforma em conto de terror. E após os Comentários Aleatórios, a sessão dos Livros: Junho de 2013 foi uma “Rebelião Fantasma”? E na Crítica Midiática: Gaza, o exato significado da expressão militar “pacificar”; Depois de Gaza, Brasil é o mais novo balcão de negócios de Trump; derrubada da MP do IOF no Congresso reacende a Semiótica Nem-Nem na grande mídia; Pesquisismo ou como os institutos de pesquisas testam candidatos à “Terceira Via”; PEC da Bomba Atômica de Kim Kataguiri e a lógica da apropriação semiótica alt-right; autoindulgência e guerra semiótica da aposentadoria do Ministro Barroso no STF; caiu tarde a ficha de Derrite sobre a PsyOp da crise do metanol... e outras bombinhas semióticas.

Filme 'Goat' transforma protofascismo do futebol americano em conto de terror



Um jovem e promissor jogador de futebol americano enfrenta uma semana intensa de treinamentos sob a orientação de seu ídolo, um carismático quarterback que está perto de se aposentar. É possível retirar um conto de terror dessa sinopse? O filme “Goat” (Him, 2025), de Justin Tipping, consegue. Jordan Peele se interessou em produzir esse projeto pela existência de uma lacuna cinematográfica sobre a temática do terror em esportes profissionais. E Peele e Tipping compartilham de uma visão ultracrítica sobre o futebol americano. O slogan promocional de “Goat” (“A Grandeza Exige Sacrifício”) revela a ironia crítica: a conversão do esporte como entretenimento pedagógico para as massas: a celebração da educação pela dor como princípio de uma concepção fascista de vida. Apesar do filme tender para um terror gonzo e slasher que lembra “A Substância”, o filme didaticamente revela os nove traços da personalidade fascista que Theodor Adorno descreveu nos “Estudos Sobre a Personalidade Autoritária”.

quinta-feira, outubro 09, 2025

O balcão de negócios de Trump e a paciência semiótica do jornalismo corporativo



“FLOOD THE ZONE!”, exortou certa vez o estrategista de comunicação Steve Bannon. Inundar a mídia e a opinião pública de tantos fatos e notícias contraditórios que ninguém entenda nada. Principalmente os jornalistas. Mas, aqui no Brasil, parece que essa estratégia atingiu não só a mídia. Inundou também a capacidade cognitiva do Clã Bolsonaro e seus assemelhados que, desesperados e sem entenderem nada, entraram em negação psíquica ao verem Trump em síntese química com Lula. O modus operandi trumpista está para além da ideologia: ele cria crises para transformá-las em balcão de negócios. Enquanto isso, a paciência semiótica do jornalismo corporativo é, mais uma vez, colocada à prova com outra recaída na Síndrome de Dr. Fantástico do governador de SP, Tarcísio de Freitas: emulando seu padrinho político, debochou das mortes por intoxicação de metanol que ocorrem no próprio Estado que governa.

terça-feira, outubro 07, 2025

Cognição do Clã Bolsonaro não entende Trump; Odete Roitman e o zeitgeist; Tarcisão tem nova recaída na "Síndrome de Dr. Fantástico"


“FLOOD THE ZONE!”, conclamou certa vez Steve Bannon. Parece que o modus operandi “alt-right” de inundação de notícias contraditórias inundou não só a mídia. Inundou também a capacidade cognitiva do Clã Bolsonaro e seus puxadinhos de extrema-direita que, desesperados e sem entenderem nada, entraram em negação psíquica. Trump não é “ideológico”. Ele é pragmático e estratégico: vê em qualquer oportunidade um balcão de negócios... E aqui no Brasil, as terras raras. Vamos discutir esses e outros assuntos na Live Extra Cinegnose 360 #102, nessa quarta-feira (08/10), às 18h, no YouTube e Facebook. Que começa com as Conversas Aleatórias em que, no Chat, você participa perguntando, comentando ou criticando sobre qualquer assunto... é aleatório! E depois, a Crítica Midiática: Trump e terras raras: nunca foi sobre Bolsonaro e STF! Grande mídia aposta no “ideológico” Marco Rubio; anomalias no caso do metanol; o assassinato de Odete Roitman e os zeitgeist de 1989 e 2025; Tarcisão tem nova recaída na “Síndrome Dr. Stronglove”: haja paciência semiótica para grande mídia! Muito além dos naming rights: Prefeito de SP vende as ruas da cidade; Greta Thunberg, a ativista cancelada... ou... os limites do capitalismo absorver as oposições.

sábado, outubro 04, 2025

Paul McCartney: o cronista de seis décadas; metanol é PsyOp para tipificação de terrorismo? One Piece: como tornar uma guerra híbrida cult


Jornalismo precisa ir além das fronteiras da realidade. Precisa ir para o Além. Jornalismo Parapsíquico! Para dar conta de tantas ressurreições. Depois de Temer e Aécio ressurgirem do mundo dos mortos, agora é a vez do Tony Blair vir do Além... também para “pacificar”... Gaza. “Pacificar” também como fez no Iraque, junto com Bush? Esse é um dos assuntos da Live Cinegnose 360 #210, nesse domingo (05/10), às 18h, no YouTube e Facebook. Começando com Paul McCartney, o cronista de seis décadas de cultura pop. Também vamos discutir dois filmes: “Uma Batalha Após a Outra” (hipernormalização é a excelência do entretenimento hollywoodiano) e “A Avaliação” (a distopia de um processo seletivo parental). E depois dos Comentários Aleatórios, a Crítica Midiática: Jornalismo Parapsíquico: da ressurreição de Temer, Aécio e Tony Blair no Plano de Paz para Gaza de Trump, a necessidade de uma camisa de força em Eduardo Bolsonaro quando voltar ao Brasil; o “Freak out” do metanol: por que grande mídia e mídia progressista querem ignorar a causa Crime Organizado? Metanol é uma PsyOp para tipificação de “Terrorismo”? Esquerda descobriu a roda: “Congresso só funciona na pressão popular”; o ocaso de Greta Thunberg; Anime One Piece: como tornar uma Revolução Popular Híbrida cult.

A distopia de um processo seletivo parental em 'A Avaliação'

 


As mudanças climáticas e pandemia destruíram a maior parte do planeta. E tudo foi colocado na conta da explosão populacional. O que restou da sociedade foi completamente controlado. Principalmente a reprodução humana, sob o controle direto de um Estado totalitário que otimiza a vida, incluindo avaliações de paternidade. Em "A Avaliação" (Assessment, 2025, disponível na Prime Video) um casal bem-sucedido é examinado por uma avaliadora durante sete dias para determinar sua aptidão para ter filhos gerados em fetos artificiais. Uma espécie de “processo seletivo” que parece ter evoluído em algo análogo aos processos seletivos atuais: não se trata mais de avaliar a proficiência, mas as chamadas “competências emocionais” que parecem muito mais ocultar algum ardil ou objetivo secreto. De simples entrevistas, transformam-se em verdadeiro reality shows, com “pegadinhas” para arrancar algum tipo de reação emocional que se volte contra o candidato.

sexta-feira, outubro 03, 2025

Hipernormalização é a excelência hollywoodiana em 'Uma Batalha Após a Outra'


Para onde vai a América? Essa questão parece estar incendiando a imaginação de produtores e roteiristas de Hollywood nesses tempos de MAGA e rebeliões Antifa. É nesses momentos que surge a excelência do entretenimento hollywoodiano: filmes de perseguição e histórias de um herói que sempre tenta reconstruir uma família despedaçada. Chamamos isso de “hipernormalização” de cenários sócio-políticos complexos. O filme “Uma Batalha Após a Outra” (One Battle After Another, 2025), o novo épico de Paul Thomas Anderson (“Sangue Negro”, “Vício Inerente”) segue essa receita de Hollywood: quando um Coronel ressurge do Estado Profundo 15 anos depois, um desajeitado ex-revolucionário e seu grupo se reúnem para resgatar a filha das suas mãos. Anderson quer nos enganar: parece que assistiremos a uma saga idealista e inspiradora sobre uma revolução contra um regime totalitário. Mas nos oferece uma um delírio gonzo.

terça-feira, setembro 30, 2025

Aprofundando a química da Semiótica Nem-Nem; metanol e PCC: porque, de novo, Tarcisão fica alarmado com a entrada da PF no caso?



Uma Live sobre Química: da química semiótica entre Lula e Trump à química fatal do metanol em bares e adegas. É a Live Extra Cinegnose 360 #102, nessa quarta-feira (01/10), às 18h, no YouTube e Facebook. Como todos sabem, nas lives de quarta temos as Conversas Aleatórias: você entra no Chat e faz uma pergunta ou propõe uma tese ou faz um comentário ao humilde blogueiro. E depois, a Crítica Midiática: o caso das bebidas adulteradas com metanol: vingança do PCC aterrorizando a classe média? Tarcísio convoca coletiva às pressas depois do Governo colocar PF no caso do metanol: por que SP está tão preocupada com federalização do caso? Como no caso da execução do ex-delegado em Praia Grande/SP? Tarcisão diz que não quer a presidência... e a Globo não aceita! Grande mídia admite fracasso do governo Milei... pelos motivos errados; a semiótica da química: aprofundando a Semiótica Nem-Nem; Lula negociador ou “poliana”?... Lula quer mostrar a Trump o plano bolsonarista para assassiná-lo; o ardil semiótico de Trump sem filtro: EUA anunciam fim do militarismo “politicamente correto”. E outras bombinhas semióticas.

sábado, setembro 27, 2025

Syd Barret: o espectro do psicodelismo; como serão as Lava Jatos do futuro? O ardil semiótico da "química" entre Trump e Lula


O que há em comum nesses três personagens da foto acima que deixaram todos perplexos na Assembleia Geral da ONU nessa semana? Se quer saber, venha participar da Live Cinegnose 360 #209 (o “Tijolaço do Domingo”). Sim! Nesse domingo (28/09), às 18h, no YouTube e Facebook. Começando com a sessão dos Vinis e CDs com Syd Barret: do espectro da psicodelia da “Swinging London” para o fantasma que assombra a cultura pop. Depois vamos para o Cinema e Audiovisual com o filme “A Longa Marcha: Caminhe ou Morra” (a adaptação do profético primeiro livro de Stephen King). E de pois dos Comentários Aleatórios, a sessão dos Livros do Humilde Blogueiro: como um texto de Freud influenciou a Comunicação do século XX. E na Crítica Midiática: o ardil da Semiótica Nem-Nem na “química” de Trump com Lula; Os novos lances das aventuras semióticas midiáticas pré-eleitorais; Do lawfare à guerra ao terrorismo: como serão as “Lava Jatos” do futuro; UFOS na Dinamarca: como Trump induz a Europa a se atirar no abismo; Eleição na FIESP prepara os patos do futuro; O Feitiço do Tempo, depois de Temer e Aécio: Lula agora é “competitivo e favorito”.

sexta-feira, setembro 26, 2025

Drops News: as aventuras semióticas da grande mídia em ano pré-eleitoral

 

quinta-feira, setembro 25, 2025

'A Longa Marcha - Caminhe ou Morra': a adaptação do profético livro de Stephen King


Toda as manhãs acordamos com os contos motivacionais dos telejornais sobre pessoas que venceram com foco e resiliência. Porém, ainda vivemos em tempos nos quais essas pílulas de otimismo resolvem. Imagine em um futuro distópico em que uma América em depressão econômica precise de algo mais do que pérolas motivacionais na TV. Mas de uma competição em que os perdedores, que por algum motivo abandonam a prova, sejam literalmente punidos com um tiro mortal. Para levantar o moral da Nação e elevar o Produto Interno Bruto. Esse é o futuro imaginado por Stephen King, e adaptado por Francis Lawrence (“Jogos Mortais”), em “A Longa Marcha – Caminhe ou Morra” (The Long Walk, 2025). Um grupo de adolescentes participa de um concurso anual transmitido ao vivo, no qual eles devem caminhar em uma velocidade constante ou levar um tiro mortal por soldados que acompanham os competidores. O timing da adaptação ao cinema da primeira obra de Stephen King é perfeito: os EUA estão à beira de uma distopia muito próxima da ficção do mestre do terror.

quarta-feira, setembro 24, 2025

As aventuras semióticas em um ano pré-eleitoral



Que Trump é um agente do caos, todos já sabemos: a engenharia do caos é a essência da comunicação alt-right. “Flood the Zone!”, como sintetizou Steve Bannon: inundar a mídia com acontecimentos comunicacionais desconexos como jogo diversionista. Que muitas vezes nem a própria extrema-direita brasileira consegue entender. Do tarifaço ao discurso na ONU em que admitiu que rolou uma “química" entre ele e Lula, parece que Trump tirou o Governo brasileiro das cordas e deu de bandeja as armas semióticas que faltavam: a defesa da Soberania, Multilateralismo, ajudou a colocar as esquerdas nas ruas etc. Das milhões de visualizações do vídeo de Nikolas Ferreira, no início do ano, ao discurso de Lula na ONU da última terça-feira, testemunhamos uma verdadeira aventura semiótica num ano pré-eleitoral – o jogo da comunicação que parecia ganho para a extrema-direita até Trump embaralhar as cartas, obrigando a grande mídia a recalcular rotas e fazer o bolsonarismo aceitar a fórceps o jogo da despolarização cobrado pela banca financeira.

sábado, setembro 20, 2025

David Sanborn: smooth jazz e capitalismo; PCC é a "Laranja Mecânica"; Revolta no Nepal foi síndrome de abstinência das redes?



Primeiro, era um tabu a mídia enunciar suas iniciais. Depois, virou uma bomba semiótica enunciar livremente no jornalismo corporativo, para depois a extrema-direita associá-lo ao PT... Agora, o PCC virou uma “Laranja Mecânica”: por fagocitose está engolfando as polícias militares e civis, a Faria Lima e... o Congresso, com a PEC da Blindagem. Esse é apenas um dos assuntos que vamos debater no tijolaço de domingo, a Live Cinegnose 360 #208, nesse domingo (21/09), às 18h, no YouTube e Facebook. Vamos começar falando sobre as mutações do sax do jazz ao rock com David Sanborn: do Free Jazz ao Smooth Jazz - capitalismo e cotidiano. Depois, vamos analisar dois filmes: “The Actor” (a amnésia é um momentâneo esquecimento das falas de um roteiro chamado sociedade) e “Holland” (O novíssimo gótico americano hiper-real). E depois dos Comentários Aleatórios, a Crítica Midiática: O “Feitiço do Tempo”: Aécio e Temer de volta para “pacificar”; PCC na política: o diversionismo da PL da Dosimetria; PCC na Economia: de avião a lanchas de luxo, a lavagem de dinheiro; PCC na Polícia: anomalias na execução de ex-delegado em Praia Grande/SP; Nepal e bloqueio das redes: revolta por síndrome de abstinência de dopamina barata? Brizola com sinais trocados: Trump ameaça caçar licenças de TV. E outras bombinhas semióticas.

sexta-feira, setembro 19, 2025

O novíssimo gótico americano hiper-real no filme 'Holland'

 


Há um fenômeno curioso no Meio-Oeste americano, a chamada “América Profunda”: a criação de enclaves temáticos que buscam replicar um ideal europeu higienizado – de cidades com nomes de capitais europeias a parques temáticos. Uma nação com uma relação mal resolvida com sua própria identidade. Elas representam uma fuga da complexidade e da violência da história americana em direção a um passado europeu imaginado, um simulacro de autenticidade. A produção Prime Video, “Holland” (2025), dirigido por Mimi Cave, é um exemplo de história sobre “segredos por trás de cercas de madeira”. Ambientada em Holland (Michigan), uma cidade que emula paisagens holandesas hiper-reais com festivais de tulipas e réplicas de moinhos de vento e vilarejos europeus, oculta adultério e crimes em série. É o novíssimo gótico americano: a verdadeira arquitetura do horror não reside em porões escuros ou figuras monstruosas, mas na precisão milimétrica de uma maquete e na fachada de tulipas de uma "América Profunda" que sonha em ser Europa.

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