“Defesa da democracia”, “confiança no sistema eleitoral”, “Estado de Direito” são alguns de uma constelação de mantras diários repetidos pelo jornalismo corporativo. Ajuda a criar a imagem de uma grande mídia imparcial e crítica. Também retroalimenta a “pedagogia do medo”, a ansiedade de que um golpe poderá vir de qualquer lugar. Mas para que essa PsyOp funcione, é necessário mostrar que “as instituições estão funcionando”, paralisando a esquerda. Mesmo que as últimas notícias mostrem o contrário: militares no TSE revisando códigos-fonte, a anomalia da figura jurídica do ‘estado de emergência” na PEC Eleitoral e a oferta de crédito consignado para os desesperados beneficiários do Auxílio Brasil. A grande mídia normaliza e banaliza as anomalias inconstitucionais em série, criando o simulacro da normalidade institucional através de eufemismos e reportagens com angulações que ocultam o essencial: o golpe militar já aconteceu, mas foi híbrido... e ninguém viu.